SANTA RITA DO PASSA QUATRO/SP - Raisa Sampaio Moura de Oliveira é santa-ritense, 28 anos, atualmente faz mestrado no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, em São Paulo, estava em busca de informações sobre a existência de materiais arqueológicos provenientes de Santa Rita, após estudo encontrou uma coleção composta por objetos líticos, cerâmicas indígenas e objetos históricos. A pesquisa tem o objetivo de analisar essa coleção, que nunca foi estudada antes, sob orientação do Professor Dr. Astolfo Araújo.
A pesquisa iniciou no Museu Histórico Simonense Alaur da Matta (São Simão), assim como o Museu Histórico e Pedagógico Professor Flávio da Silva Oliveira (Porto Ferreira), mas em nenhum desses foram verificados materiais arqueológicos vindos de Santa Rita, especificamente, em seus acervos.
A primeira descoberta foi através da leitura do trabalho de Carlos Alberto Manarin, santa-ritense e autor de “À sombra dos jequitibás”, assim soube da existência de uma coleção arqueológica particular numa fazenda em Santa Rita, mas não sabia onde estava essa coleção, pois não estava mais na mesma fazenda há anos.
Numa conversa com outro pesquisador do MAE-USP, Renan Pezzi, conseguiu a informação que ela estava no Museu de Arqueologia e Paleontologia de Araraquara, o MAPA. E ali começaram os contatos para conhecê-la.
Segundo a Pesquisadora, a coleção é formada por 2.597 peças arqueológicas provenientes de Santa Rita do Passa Quatro, coletadas da superfície do solo por Maurício Corrêa Dias durante muitos anos de sua vida em sua propriedade rural.
De acordo com os relatos, Sr. Maurício era apaixonado por Arqueologia, deixando um patrimônio arqueológico muito rico e interessante. Ele simplesmente morava em um sítio arqueológico e se dedicou ao cuidadoso trabalho de coleta, e após seu falecimento, a coleção foi para o MAPA, através de uma doação da família.
A coleção é composta por objetos líticos(feitos com pedra), cerâmicas indígenas e objetos históricos, e com essa importante pesquisa feita por Raisa, Santa Rita poderá ter uma escavação arqueológica no local onde essas peças foram coletadas e com isso trará outros materiais e novas análises e interpretações. É possível colocar o município entre os locais onde há pesquisa sistemática, que deram a devida importância ao seu patrimônio arqueológico e que pesquisam e divulgam esse patrimônio.
*Por: REVISTA DAQUELE MODELO