BRASÍLIA/DF - Pesquisa PoderData divulgada nesta última 4ª feira (14) mostra que o governo do presidente Jair Bolsonaro é aprovado por 52% dos brasileiros. Outros 41% desaprovam, e 7% não souberam ou não responderam.
Os percentuais apresentam estabilidade desde a 2ª quinzena de agosto. Eis os números:
A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Os dados foram coletados de 12 a 14 de outubro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 503 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS
O PoderData destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a percepção dos brasileiros sobre o governo.
Dessa forma, fica clara a discrepância de percepção em relação à administração bolsonarista entre os sexos. Dos homens, 60% aprovam. Mas a proporção cai para 45% quando as respostas vêm das mulheres. Desde 2018 avaliam de modo mais negativo o governo de Bolsonaro.
Quem mais aprova
- pessoas de 25 a 44 anos (56%);
- os que estudaram até o ensino médio (58%);
- moradores da região Norte (64%);
- quem ganha até 2 salários mínimos (56%).
Quem mais desaprova
- jovens de 16 a 24 anos (62%);
- quem tem ensino superior (52%);
- moradores da região Nordeste (46%);
- os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (60%).
Como indicam os infográficos acima, a popularidade de Bolsonaro e a de seu governo podem ter batido no teto. O efeito do auxílio emergencial parece ter se esgotado. A incógnita agora é como se comportará a opinião pública com o fim do pagamento das parcelas de R$ 300 (antes R$ 600). Quase 68 milhões recebem o benefício.
TRABALHO DE BOLSONARO
O PoderData também perguntou o que os entrevistados acham do trabalho de Bolsonaro como presidente: ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo.
Os percentuais se mantiveram estáveis em 15 dias. A rejeição ao trabalho do presidente (“ruim”+ “péssimo”) variou 3 p.p. desde o último levantamento, dentro da margem de erro. Passou de 30% para 33%.
Os que ganham de 2 a 5 salários mínimos são aqueles que mais rejeitam o trabalho de Bolsonaro (49% de “ruim” e “péssimo”). Os desempregados ou sem renda fixa estão na outra ponta (42% de “ótimo” ou “bom”). O grupo, que abarca quase metade dos brasileiros, também concentra os beneficiários do auxílio emergencial.
Highlights demográficos
Os homens (46%) e os moradores do Centro-Oeste e do Norte (49% e 46%, respectivamente) são os que mais consideram o trabalho do presidente “ótimo” ou “bom”.
Já os que têm de 16 a 24 anos (41%) e aqueles que ganham de 2 a 5 salários mínimos e de 5 a 10 salários mínimos (49% e 48%, respectivamente) são os que mais acham Bolsonaro “ruim” ou “péssimo”.
Leia a estratificação completa:
OS 25% QUE ACHAM BOLSONARO “REGULAR”
No Brasil, pergunta-se aos eleitores se acham que o governante faz 1 trabalho ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo. A “turma do regular” (25%) é sempre uma incógnita.
O PoderData faz 1 cruzamento das respostas desse grupo com os que aprovam ou desaprovam o governo como 1 todo. Os dados mostram que a proporção daqueles que enxergam o trabalho de Bolsonaro como “regular” e hoje aprovam seu governo é de 50%.
Do grupo dos que acham o presidente “regular”, 44% disseram desaprovar o governo há 15 dias. Agora, 34% fizeram essa afirmação.
O fato mais relevante: metade dos que acham o trabalho de Bolsonaro regular aprovam sua administração.
BOLSONARO NO NORDESTE
Há 15 dias, 55% dos moradores da região disseram aprovar o governo. Agora, são 50% desse grupo. Já a desaprovação cresceu de 33% para 46% desde o último levantamento.
Percebe-se no infográfico abaixo que a percepção positiva sobre o governo federal aumentou entre os nordestinos. Em junho, a aprovação ao governo era só de 27%.
Já quando questionados sobre o trabalho pessoal de Bolsonaro, 39% dos entrevistados da região disseram que a atuação é “ótima” ou “boa“. A curva de rejeição (“ruim” + “péssimo”) apresentou tendência de queda desde junho. Nesta rodada, no entanto, a variação foi positiva dentro da margem de erro, indo de 28% para 31%.
*Por: Rafael Barbosa / PODER360