CAMPINAS/SP - A Polícia Militar, por meio do 1º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep), realizou uma operação contra o crime organizado em Campinas, no interior de São Paulo. Na ação, sete criminosos foram presos por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo.
Durante as diligências, com o apoio de cães policiais, os agentes localizaram uma casa bomba, lugar utilizado para armazenar e fracionar entorpecentes, no bairro Jardim Novo Campos Elíseos. No local, foram apreendidos 18,6 quilos de drogas, incluindo porções de cocaína, maconha, crack, haxixe, ice e lança-perfume. Cinco criminosos foram detidos, dois deles possuem antecedentes por tráfico, furto, roubo e receptação.
No desdobramento da operação, no bairro Jardim Adhemar de Barros, um homem que estava foragido da Justiça por associação criminosa e adulteração de sinal identificador de veículo foi capturado, e outro foi preso por porte ilegal de arma de fogo.
Os casos estão em andamento na 2ª Delegacia Seccional de Campinas.
Evento reuniu especialistas de todo o país para discutir avanços em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.
SÃO CARLOS/SP - A coordenadora de enfermagem do Serviço de Hemodinâmica da Santa Casa de São Carlos, Elaine Furquim, apresentou um trabalho científico no Congresso da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), realizado em Porto Alegre (RS).
O evento, um dos mais importantes do Brasil, reuniu especialistas para debater avanços em hemodinâmica, área que estuda o fluxo sanguíneo no organismo e sua aplicação no diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Além disso, foram abordados avanços em cardiologia intervencionista, especialidade que realiza procedimentos minimamente invasivos no coração e nos vasos sanguíneos.
Durante o evento, Elaine apresentou o trabalho "Cardiomiopatia Hipertrófica, Tratamento Minimamente Invasivo", que evidenciou o papel estratégico da equipe de enfermagem em procedimentos realizados por via percutânea, técnica que dispensa cirurgia aberta, utilizando um cateter inserido por punção. “A participação em um evento desse porte reforça nosso papel como hospital de média e alta complexidade. Estar presente em espaços como este é fundamental para fortalecer a instituição e aprimorar os cuidados prestados à população”, disse Elaine.
O estudo destacou um caso de cardiomiopatia hipertrófica, condição que provoca o espessamento anormal do músculo cardíaco. A técnica inovadora aplicada proporcionou excelente recuperação e melhora significativa na qualidade de vida do paciente. “A qualificação da nossa equipe está diretamente ligada à qualidade do atendimento prestado à população. Incentivar a participação em eventos científicos e o compartilhamento de experiências como essa é uma forma de promover excelência, inovação e valorização profissional”, afirma o provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Junior.
EUA - A revogação do visto de ministros do STF, como Alexandre de Moraes, pelo governo dos Estados Unidos repercutiu fortemente no Brasil. No entanto, ele está longe de ser um caso isolado. Nos últimos meses, estudantes, músicos e outras figuras públicas também tiveram vistos cancelados, refletindo uma política mais dura de controle diplomático e ideológico impulsionada pela gestão de Donald Trump
Entre os casos que chamaram atenção está o da indiana Ranjani Srinivasan, ex-estudante de mestrado em sociologia na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Ela teve o visto revogado após se manifestar publicamente nas redes sociais contra violações de direitos humanos na guerra em Gaza. Segundo o Departamento de Segurança Interna dos EUA, a decisão foi embasada por um estatuto que permite a revogação de vistos caso haja risco de “consequências graves para a política externa” do país.
No meio artístico, o cantor mexicano Julión Álvarez e sua banda foram impedidos de entrar nos EUA em maio, obrigando o cancelamento de um show no Texas. O Departamento de Estado não comentou oficialmente o caso, alegando confidencialidade. Álvarez já havia sido investigado anteriormente por supostos vínculos com o narcotráfico, o que ele sempre negou.
Outro caso polêmico foi o da banda britânica de rap punk Bob Vylan, que também teve os vistos cancelados após um festival no Reino Unido onde o público entoou palavras de ordem contra militares de Israel. A acusação, segundo informações da imprensa internacional, é que o grupo teria incitado discursos considerados contrários aos interesses de segurança dos EUA.
Na mesma linha, os integrantes da banda mexicana Los Alegres del Barranco também perderam os vistos de turismo. O motivo foi a projeção, durante um show em Jalisco, do rosto de um conhecido chefão do narcotráfico. O episódio gerou reação imediata das autoridades americanas.
Desde o início do governo Trump, centenas de estudantes internacionais também tiveram seus vistos cancelados, especialmente por participarem de protestos ou por manifestações online relacionadas a causas políticas sensíveis. O endurecimento se insere em uma lógica mais ampla de contenção de riscos diplomáticos, com o Departamento de Estado ampliando a margem de ação para vetos com base em "interesses estratégicos" dos EUA.
NOTICIAS AO MINUTO
BRASÍLIA/DF - O tarifaço de 50% anunciado pelos Estados Unidos contra produtos brasileiros pode resultar em redução momentânea de preços para alguns alimentos no mercado interno brasileiro. No entanto, se, por um lado, isso pode ser positivo para o consumidor, com uma inflação menor para os alimentos, por outro pode desestimular produtores – o que, também, seria prejudicial para o país, disse na terça-feira (22) o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
A afirmação foi feita durante o Bom Dia, Ministro, programa produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Segundo Dias, nesse contexto o desafio do governo é o de trabalhar para garantir preço adequado de alimentos ao consumidor e também ao produtor.
“É buscar um preço adequado. Essa é a nossa missão”, disse o ministro.
Tarifaço
Recentemente, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o aumento tarifário a ser aplicado a partir de 1º de agosto sobre produtos brasileiros exportados para os EUA.Nas manifestações, Trump tem associado a medida a supostas desvantagens comerciais na relação entre os dois países e, também, à forma como as investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro têm sido conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Influência momentânea
Perguntado sobre se a diminuição das exportações de produtos como laranja, café, carnes e frutas poderia resultar em um escoamento deles para o mercado interno, beneficiando o consumidor brasileiro, o ministro disse que sim, mas que o ideal é que essa redução de preços seja estimulada por outros fatores. Em especial, por uma maior competitividade da produção brasileira.
“As tarifas podem, sim, ter alguma influência momentânea [baixando a inflação dos alimentos], mas o que queremos é a redução dos preços por competitividade. Ou seja, pela capacidade de mais produção numa mesma área; por um financiamento com juros mais baixos. Esse é o ganho que queremos alcançar”, disse o ministro.
“Mas veja bem: assim como a gente quer proteger o consumidor nessa tarefa, temos de proteger o produtor. Caso contrário desestimularíamos a produção. Nesse caso, precisamos ter equilíbrio”, acrescentou.
De acordo com o ministro, a estratégia do governo é a de, por meio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e de algumas pastas ministeriais, buscar alternativas de mercado, de forma a ajudar produtores como, por exemplo, os de mel, frutas e carne.
Investigação
Wellington Dias lembrou da boa relação histórica entre Brasil e Estados Unidos e reiterou que, comercialmente, essa relação sempre foi favorável aos norte-americanos. “Compramos mais do que vendemos para os EUA”, disse ele ao desmentir as alegações apresentadas por Trump, de que seu país estaria sendo prejudicado comercialmente na relação entre os dois países.
“O que o presidente Trump está fazendo não tem nada a ver com medida econômica ou comercial. Na verdade, são ataques especulativos fora do contexto. Por isso acho que tem que ter na uma investigação internacional, e que os países atacados devem se proteger nessa direção, claro, mantendo a diplomacia e o diálogo”, argumentou o ministro.
Dias lembrou que tanto o Supremo Tribunal Federal como a Justiça norte-americana abriram investigações em meio à confirmação de que “espertos foram avisados antes”, e compraram dólar anteriormente ao anúncio, obtendo lucros bilionários.
AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - Um suplente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foi alvo de mandado de busca e apreensão na terça-feira (22), em operação da Polícia Federal e da CGU (Controladoria-Geral da União) que tem como foco suspeitas de fraudes em licitações do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Amapá.
Alcolumbre não é investigado e, até o momento, não há registro de participação dele nas suspeitas. A operação se chama Route 156 e tem como objetivo aprofundar apurações sobre direcionamento das concorrências públicas e desvios de recursos na manutenção e recuperação da rodovia BR-156.
Os órgãos federais miram com a apuração fraudes em licitações no valor de ao menos R$ 60 milhões em operação que tem entre seus principais alvos Breno Chaves Pinto, segundo suplente de Alcolumbre, e a LB Construções, empreiteira que pertence ao empresário.
Em sua residência, a PF apreendeu pistolas, um fuzil e 250 munições. Breno é CAC (caçadores, atiradores e colecionadores) e pode ter o seu registro cassado.
Breno foi um dos alvos de busca e apreensão, assim como o superintendente do Dnit no Amapá, Marcello Vieira Linhares, que foi afastado por dez dias cargo por ordem da Justiça Federal.
Também foram alvos das buscas e apreensões o empresário mineiro Luiz Otávio Fontes Junqueira e a LCM Construção e Comércio, empreiteira com contratos no governo federal.
O senador Davi Alcolumbre disse em nota que "não possui qualquer relação com as empresas citadas na operação" e nem com a atuação empresarial do seu segundo suplente.
"Alcolumbre reitera seu respeito às instituições e entende que todos os envolvidos devem prestar os devidos esclarecimentos à Justiça, respeitado o devido processo legal."
A reportagem procurou a LCM Construção e Comércio, que não se manifestou. As defesas de Breno, Marcello e Luiz Otávio não foram localizadas.
Em nota, o Dnit afirmou que "colabora com a investigação, visando a completa elucidação dos fatos".
"As instâncias de integridade da autarquia também estão apurando os fatos a fim de adotar as medidas administrativas que forem necessárias", diz o órgão, que é vinculado ao Ministério dos Transportes.
"O departamento repudia qualquer prática fraudulenta ou ato de corrupção e conta com uma política antifraude e anticorrupção que, entre outros aspectos, deixa clara essa premissa."
Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, seis deles no Amapá, três em Minas Gerais, um em Mato Grosso do Sul e um no Amazonas.
Em Minas, a PF apreendeu três veículos da marca Porsche e 13 quadros atribuídos a pintores como Cândido Portinari e Alberto da Veiga Guignard, além de joias e relógios de luxo.
A Justiça também determinou o bloqueio de bens e de valores dos investigados na quantia de R$ 8 milhões, que seria o equivalente aos saques em espécie e às movimentações financeiras consideradas atípicas identificadas durante a investigação.
As suspeitas da PF são dos crimes de fraude à licitação, organização criminosa, prevaricação, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
Como a Folha de S.Paulo mostrou no ano passado, a empresa que pertence a Breno Chaves Pinto assinou contratos, no fim de 2023 e começo de 2024, para obras de R$ 354,5 milhões com verba federal sob o governo Lula (PT).
A LB Construções foi selecionada, até a ocasião, para obra de R$ 268 milhões do Dnit, em consórcio com outra empresa. A construtora também venceu três editais da Codevasf, estatal federal controlada por um aliado do senador, que somam R$ 86,5 milhões.
por Folhapress
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