SÃO CARLOS/SP - A ausência não justificada de pacientes em atendimentos previamente agendados tem sido um dos principais obstáculos à efetividade dos serviços públicos de saúde municipal em São Carlos. Esse fenômeno é conhecido como absenteísmo, termo que designa o hábito de se ausentar com frequência de compromissos obrigatórios, como consultas, exames e procedimentos médicos, sem aviso prévio ou justificativa. No contexto da saúde pública, o absenteísmo representa uma quebra na continuidade do cuidado, além de gerar desperdício de recursos e desorganização na gestão dos serviços.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, no primeiro quadrimestre de 2025, os números revelam perdas significativas em todas as frentes da Rede Municipal, desde os centros especializados até as unidades básicas. No Centro Municipal de Especialidades (CEME), foram registradas 4.728 faltas em consultas (22,1%) e 736 em exames (16,5%). Já nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s), o número absoluto de faltas foi o mais alto de toda a rede: 18.761 pessoas deixaram de comparecer aos atendimentos, o que representa 19,7% de ausências. O índice também é elevado nas Unidades de Saúde da Família (USF’s), com 10.105 faltas (12,6%).
Centros Especializados - O problema não se restringe à atenção primária. Nos centros especializados, como o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), 505 pacientes faltaram às consultas (16%). O Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS-II) teve uma taxa de absenteísmo de 19,2%, com 1.007 faltas — e o CAPS-AD, focado no cuidado de dependentes químicos, registrou 836 ausências (14%). Já o Ambulatório de Oncologia, apesar de atender pacientes em situação crítica, teve 307 faltas (9,9%). O CAPS Infantojuvenil (CAPS-IJ), voltado para crianças e adolescentes, contabilizou 221 faltas (6,8%), enquanto o Ambulatório de Feridas Complexas e Ostomias, que lida com tratamentos continuados e delicados, apresentou menor índice de absenteísmo (2,5%), com 63 não comparecimentos.
“As consequências vão além das estatísticas. A ausência compromete diretamente o diagnóstico precoce e a continuidade de tratamentos essenciais, além de provocar o desperdício de recursos públicos, como insumos já adquiridos, infraestrutura mobilizada e tempo de profissionais que ficam ociosos. O atraso na assistência também agrava o estado clínico dos pacientes, impacta o sistema de regulação e dificulta o planejamento da oferta de serviços”, alerta Leandro Pilha, secretário de Saúde, que reforça: o cenário exige ações concretas. “Cada ausência não comunicada representa uma oportunidade de cuidado perdida e um investimento que não retorna ao sistema”.
Já a diretora de Gestão do Cuidado Ambulatorial, Viviane Cavalcante, destaca o comprometimento da gestão com soluções equilibradas. “Estamos lidando com um comportamento recorrente que precisa ser enfrentado com conscientização, educação e melhor comunicação com o cidadão. Penalizar o paciente não é uma opção, mas racionalizar o uso dos serviços é uma necessidade”.
A Secretaria já realiza o envio de lembretes via SMS e WhatsApp e estuda a implantação de campanhas educativas e medidas regulatórias que atuem sobre reincidências injustificadas, sempre respeitando o direito constitucional ao acesso à saúde, conforme o artigo 196 da Constituição Federal.
Confira os números do absenteísmo na Rede Municipal de Saúde — 1º Quadrimestre de 2025:
CEME – Consultas: 4.728 faltas de 21.411 agendamentos (22,1%)
CEME – Exames: 736 faltas de 4.453 agendamentos (16,5%)
UBS – 11 unidades: 18.761 faltas de 95.248 atendimentos (19,7%)
CAPS-II: 1.007 faltas de 5.251 consultas (19,2%)
CAPS-AD: 836 faltas de 5.921 atendimentos (14%)
CAPS-IJ: 221 faltas de 3.262 consultas (6,8%)
CEO – Odontologia: 505 faltas de 3.150 atendimentos (16%)
USF – 23 unidades: 10.105 faltas de 80.157 atendimentos (12,6%)
Ambulatório de Oncologia: 307 faltas de 3.090 consultas (9,9%)
Ambulatório de Feridas Complexas e Ostomias: 63 faltas de 2.493 atendimentos (2,5%).
SÃO CARLOS/SP - A Câmara Municipal realiza nesta sexta-feira, 25, às 18h, na sala das sessões do edifício Euclides da Cunha, uma Mesa Redonda promovida pela Frente Parlamentar da em Prol da Vida e da Família. O vereador André Rebello, PSDB, que preside a frente parlamentar, destacou a importância do tema da mesa redonda: “Vida: Escolha ou Presente? Como identificar e acolher mulheres que necessitam de apoio durante a gestação”.
O evento contará com a participação de Ana Miller, fundadora do Instituto Dilectum, em São Carlos, entidade que visa aconselhar, amparar e acolher gestantes em estado de vulnerabilidade, por meio de assistência médica, psicológica e social; Rose Santiago, teóloga, tradutora e interprete e pedagoga, com mestrado em Ciências da Religião com foco no Terceiro Setor e pós-graduada em Aconselhamento de Adolescentes, Terapia Familiar Sistêmica, Terapia Comunitária Integrativa e Logoterapia. Foi professora, diretora de uma ONG na área de adoção, palestrante e atualmente é diretora executiva e fundadora do CERVI - Centro de Reestruturação para a Vida; Laio de Souza, casado e pai de 8 crianças, formado em Engenharia Materiais e licenciado em Filosofia, é professor no Ensino Fundamental de Ciências e do Ensino Médio de Química, Física e Biologia no Instituto São Carlos Borromeu. É ainda coordenador regional de um grupo de estudo sobre a Defesa da Vida e da Família e produtor de materiais didáticos.
A Frente Parlamentar em Prol da Vida e da Família, tem como objetivo discutir, estudar e indicar políticas públicas que trabalhem a garantia do direito à vida, e o desenvolvimento dos vínculos familiares na cidade de São Carlos.
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos publicou, no Diário Oficial do Município de quarta-feira (23/7), o edital de convocação para a terceira fase do concurso público para o cargo de agente de trânsito, conhecidos também como “amarelinhos”. Nesta etapa, 38 candidatos que já foram aprovados nas fases anteriores — prova objetiva, exame antropométrico e teste de aptidão física — são chamados para a Avaliação Psicológica, de caráter eliminatório. A avaliação será realizada no dia 2 de agosto (sábado), na Fidelis Psicologia, que fica na Rua Padre Teixeira, nº 1.781, no Centro da cidade, com horário e orientações disponíveis no site do Instituto Nosso Rumo (nossorumo.org.br), banca organizadora do concurso.
O objetivo da Avaliação Psicológica é analisar o perfil comportamental dos candidatos. Os testes aplicados seguem rigorosamente as normas do Conselho Federal de Psicologia e poderão ser realizados de forma individual ou coletiva. A presença do candidato no horário e local marcados é obrigatória, sendo exigido documento de identidade original e em perfeitas condições para identificação.
O concurso público foi lançado por meio do Edital nº 003/2024, oferecendo 29 vagas efetivas mais cadastro reserva. O salário inicial é de R$ 3.522,00, com jornada de 40 horas semanais. Os requisitos incluem ensino médio completo, Carteira Nacional de Habilitação nas categorias “A e B”, altura mínima de 1,65m para homens e 1,60m para mulheres, idoneidade moral e ausência de antecedentes criminais. O processo seletivo foi composto por diversas etapas eliminatórias, incluindo prova objetiva, avaliação física, avaliação psicológica, exames médicos e toxicológicos, além de investigação social e comportamental. Todos os detalhes estão disponíveis no site da banca organizadora, o Instituto Nosso Rumo.
“A atuação dos agentes de trânsito é essencial para garantir a segurança viária e a mobilidade urbana em São Carlos. Por isso, essa fase de avaliação psicológica é fundamental para selecionar profissionais preparados para lidar com situações do dia a dia, destacou o secretário municipal de Segurança Pública e Mobilidade Urbana, Michael Yabuki.
BRASÍLIA/DF - Um grupo de especialistas vai estudar a viabilidade de o Brasil desenvolver seu próprio sistema de geolocalização por satélite, um empreendimento de altíssima complexidade e custo. Formado por representantes de ministérios, da Aeronáutica, de agências e institutos federais e da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil, o grupo técnico deve diagnosticar as eventuais consequências do país depender de sistemas de posicionamento, navegação e tempo controlados por outras nações.
O grupo foi criado no início deste mês, por meio da Resolução nº 33, do Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. Assinada pelo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Marcos Antonio Amaro dos Santos, a resolução estabelece um prazo de 180 dias, contados a partir de 14 de julho, para que o grupo entregue ao ministro um relatório com suas conclusões e sugestões.
“O grupo ainda está se organizando”, explicou nesta segunda-feira (21), em entrevista à Agência Brasil, Rodrigo Leonardi, diretor de Gestão de Portfólio da Agência Espacial Brasileira (AEB), um dos 14 órgãos e entidades que vão compor o grupo, que poderá convidar representantes de outras instituições aptos a contribuir com os objetivos estratégicos do grupo.
“Vamos procurar entender os gargalos, as dificuldades, os prós e contras de desenvolvermos um sistema destes”, acrescentou Leonardi, destacando a importância dos atuais sistemas de navegação por satélite – dentre os quais, o mais conhecido é o estadunidense GPS (do inglês, Sistema de Posicionamento Global), operado pela Força Espacial dos Estados Unidos.
“No Brasil, historicamente, priorizamos o debate acerca de outros aspectos espaciais, como a necessidade de termos satélites para monitoramento territorial. Agora, vamos discutir se queremos ou não ter nosso próprio sistema de navegação; o investimento necessário para fazê-lo e, se for o caso, a necessidade nacional de ter um sistema global ou um sistema regional, capaz de cobrir todo nosso território. Qualquer que seja o caso, se o país concluir que deve fazer isso, o patamar de investimentos terá que ser muitas vezes maior que o atualmente investido no programa espacial brasileiro”, concluiu Leonardi, admitindo a complexidade da empreitada, que exige capacidade tecnológica para projetar, fabricar e lançar satélites capazes de transmitir, do espaço para a terra, sinais precisos.
O grupo técnico foi criado uma semana antes do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar que, a partir de 1º de agosto, os produtos brasileiros pagarão uma tarifa de 50% para ingressar em território estadunidense. E duas semanas antes de as redes sociais serem tomadas pelo debate sobre a possibilidade de os Estados Unidos, em caso de uma guerra comercial, desligarem ou restringirem o sinal de seu sistema, o GPS (do inglês, Sistema de Posicionamento Global), para o Brasil.
“Este é um típico caso de ruído surgido nas mídias sociais, capaz de gerar ansiedade. E uma coincidência, porque já vínhamos discutindo o tema há tempos, de maneira que a criação do grupo não teve nenhuma relação com o que aconteceu depois”, afirmou Leonardi.
“Primeiro, porque não houve nenhum comunicado, de nenhuma autoridade norte-americana, sobre a remota possibilidade dos EUA restringirem o uso do GPS no Brasil. Depois porque, mesmo que isso acontecesse – o que seria uma situação muito drástica e improvável – há alternativas ao GPS”, assegurou o diretor da Agência Espacial Brasileira.
Segundo Leonardi, a maioria das pessoas erra ao usar a sigla GPS como sinônimo de GNSS, do inglês Sistema Global de Navegação por Satélite, termo correto para se referir a qualquer conjunto (ou constelação) de satélites usado para fornecer serviços de posicionamento, navegação e temporização global.
“O GPS é o sistema de propriedade dos EUA, mas há outros, globais, como o Glonass [russo]; o Galileo [União Europeia] e o BeiDou [ou BDS], da China. Estes têm cobertura global e podem ser utilizados, inclusive, no e pelo Brasil. E há também algumas nações que possuem sistemas regionais, como a Índia [NavlC] e o Japão [Qzss]”, apontou Leonardi.
“Com isso em mente, é lógico cogitar que, em tese, os EUA poderiam degradar ou até mesmo restringir o sinal de seu GPS para determinadas regiões, mas esta seria uma medida tão drástica que, a meu ver, só se justificaria se a segurança nacional dos EUA estivesse sendo ameaçada”, ponderou o diretor da AEB.
“Primeiro porque as empresas estadunidenses que operam no Brasil, como aplicativos de transporte e de entrega, seriam afetadas. Outras nações também seriam prejudicadas, já que não há como limitar o sinal para todo um território sem afetar países fronteiriços. Fora que isso poderia causar acidentes, por exemplo, na aviação civil, custando vidas, inclusive as de norte-americanos. Para não falar das repercussões comerciais, já que outros países se perguntariam se deveriam continuar confiando no sistema norte-americano ou migrar para outros”, apontou Leonardi.
Professor da Universidade de Brasília (UnB), onde coordena o Laboratório de Automação e Robótica (Lara), Geovany Araújo Borges, concorda com a avaliação de que, tecnicamente, os EUA poderiam interromper o sinal do GPS ou mesmo tornar o sistema menos eficaz para uma determinada região, mas não crê que isso venha a ocorrer.
“Se fizessem isso sem aviso prévio, os norte-americanos assumiriam o risco de contrariar seus próprios interesses em território brasileiro”, endossou Borges, acrescentando que boa parte dos sistemas e equipamentos eletrônicos modernos são capazes de receber o sinal de mais de um sistema de geolocalização. De maneira geral, os sinais enviados pelos satélites que integram os diferentes sistemas em operação são captados por receptores embutidos em veículos, aeronaves, espaçonaves, navios, munições guiadas de precisão, aplicativos e telefones celulares, além de equipamentos de monitoramento de uso industrial, civil e militar.
“A maioria dos aparelhos celulares, por exemplo, já é multiconstelação, ou seja, é capaz de receber, automaticamente, o sinal de diferentes sistemas. De forma que, em termos de localização, nossos celulares seguiriam funcionando normalmente se deixássemos de receber o sinal do GPS. A mesma lógica vale para muitos outros sistemas [dependente de serviços de posicionamento, navegação e temporização global]: se o sistema de sincronização for redundante, o impacto será limitado”, disse Borges, defendendo a importância de um país dispor de tecnologias próprias neste setor.
Ele lembra que, independentemente das intenções norte-americanas ou de haver alternativas ao GPS, hoje o Brasil depende de outras nações neste que é um campo estratégico.
"Várias áreas perdem com isso. Não só porque um país independente tem que ter um setor de defesa aeroespacial forte, como porque o desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais beneficia outros segmentos, como, por exemplo, a medicina, a indústria e a agropecuária”, comentou o professor, assegurando que o Brasil dispõe de mão de obra qualificada e capacidade de desenvolver, a longo prazo, seu próprio sistema.
“Nosso problema não é RH [recursos humanos]. É dinheiro. Temos pessoal capacitado. A questão é se temos condições de bancar um projeto desta envergadura. Principalmente porque, qualquer coisa neste sentido que comecemos hoje, demorará a vingar. Até mesmo porque alguns países não aceitarão exportar certos componentes essenciais. Então, teremos que, paralelamente, desenvolver nossa indústria de microeletrônica, investir mais em educação básica e assegurar que este projeto seja uma política de Estado. Neste sentido, ainda que tardia, é positiva a criação de um grupo de especialistas para debater o tema”, finalizou Borges.
AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) têm defendido cautela na avaliação da possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por descumprimento de medidas cautelares.
A análise foi consolidada após integrantes do tribunal observarem a repercussão do despacho do ministro Alexandre de Moraes no qual ameaçava prender Bolsonaro caso não explicasse sua declaração a jornalistas contra a obrigação de usar tornozeleira eletrônica.
Políticos e empresários sinalizaram ao Supremo que os impactos de uma prisão preventiva seriam negativos para o esforço diplomático de derrubar o tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros e poderia tumultuar o processo sobre a trama golpista, em fase final, que pode culminar na condenação definitiva do ex-presidente.
Os editoriais publicados pelos principais jornais com opinião contrária à proibição de Bolsonaro conceder entrevistas foram recebidos no Supremo como uma repercussão negativa da opinião pública sobre a escalada da crise com Bolsonaro neste momento.
Cinco ministros ouvidos pela Folha de S.Paulo destacam que é preciso ter cautela diante de um cenário conturbado. Eles rechaçam, porém, que a liberdade de Bolsonaro signifique uma interferência do governo Donald Trump sobre a corte.
As estratégias para pacificar a situação são as mais variadas. Um ministro do Supremo chegou a sugerir um pacto de silêncio entre Bolsonaro e o tribunal como forma de acalmar os ânimos.
Outros argumentam que não há razão para uma prisão preventiva considerando que o processo sobre a tentativa de golpe de Estado está em sua fase final, com julgamento próximo.
Moraes tem tido respaldo da maioria dos ministros do Supremo nas decisões que toma em processos que miram o bolsonarismo. A imposição de medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica, foi referendada pela Primeira Turma do STF.
Há, porém, uma avaliação que a decisão que impediu o ex-presidente de dar entrevistas, com ameaça de prisão por ter falado às câmeras no Congresso Nacional na segunda-feira (21), pode ter tensionado o clima além do necessário.
O acirramento poderia prejudicar ainda mais a relação com Estados Unidos, o que prejudicaria as negociações para impedir a sobretaxa de 50% em produtos brasileiros, marcada para entrar em vigor em 1º de agosto.
Um dos principais interlocutores do mundo político com o tribunal, o ex-presidente Michel Temer (MDB) gravou um vídeo pedindo pacificação diante das interferências de Trump no Brasil.
Temer chamou o tarifaço de "despropositado" e a revogação dos vistos de ministros do Supremo de ato "injustificável e inadmissível".
"São inadequações que não se resolvem, contudo, com bravatas, com ameaças, com retruques, com agressões. Resolve-se pelo diálogo que se faz entre as nações, especialmente as nações parceiras", disse o ex-presidente.
Dentro do Supremo, a revogação dos vistos de 8 dos 11 ministros é entendida como uma medida de pequeno impacto. Torna-se importante mais pelo símbolo da agressão inédita ao tribunal do que pela proibição dos integrantes da corte de entrar nos Estados Unidos.
Por mais que o caso seja minimizado no STF, ministros que foram poupados pelo Departamento de Estado contaram à Folha que há certo constrangimento na situação.
Não foi por acaso que o ministro Luiz Fux, ao votar contra as medidas cautelares de Bolsonaro na segunda-feira, decidiu iniciar o voto criticando as ações do governo Trump, com um manifesto sobre a "soberania nacional como fundamento da República Federativa do Brasil".
"Os juízes devem obediência unicamente à Constituição e às leis de seu país. No exercício de seu mister, devem arbitrar conflitos tanto quanto possível em prol de sua pacificação, calcados nos consensos morais mínimos de uma sociedade plural e complexa", disse Fux no voto.
"Na seara política, contextos e pessoas são transitórios. Na seara jurídica, os fundamentos da República Federativa do Brasil e suas normas constitucionais devem ser permanentes", completou.
O sentimento de cautela na Corte chegou ao entorno do ex-presidente, e o clima nesta quarta-feira (23) foi de uma temperatura bem abaixo dos dias anteriores. Chegaram a Bolsonaro relatos de conversas de lideranças políticas a magistrados, além de um entendimento de que não há respaldo unânime às ações de Moraes no STF nesta semana.
O ex-presidente foi acordado às 5h30 com helicópteros e imprensa na sua casa, o que gerou temor de uma eventual prisão. Mas, ao longo do dia, seus aliados foram repassando relatos de distensionamento. Ainda que Moraes não tenha respondido aos seus advogados nos autos até 20h30 desta quarta, a avaliação era de que não há risco iminente de uma preventiva.
O ex-mandatário passou o dia na sede nacional do partido, onde recebeu visitas de alguns poucos aliados que continuam em Brasília. Foi organizado um esquema entre eles para que o ex-presidente esteja sempre acompanhado nesses dias.
A preocupação com a saúde, neste momento, passou. Segundo relatos, ele não está mais soluçando. Bolsonaro estava afastado de agendas públicas até o fim do mês, por recomendação médica. Aliados temiam que o quadro piorasse diante do aumento de estresse com as medidas cautelares.
Bolsonaro esteve com os deputados federais Evair de Melo (PP-ES), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), além do senador Magno Malta (PL-ES), entre outros. Ao chegar e sair do partido, ele disse a jornalistas apenas que "infelizmente, não pode falar".
Aliados afirmam que ele será obediente às cautelares. E que, apesar de já considerarem que ele, na prática, está preso, ele não vai violar as normas estabelecidas por Moraes, aguardando um detalhamento maior, sobretudo no que diz respeito às entrevistas.
por Folhapress
Medidas incluem atividades como rodas de conversa, oficinas e práticas integrativas
SÃO CARLOS/SP - Um estudo conduzido por Tatiane Carolina Martins Machado Rodrigues, servidora do Departamento de Assuntos Comunitários e Estudantis (DeACE) do Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), apresenta contribuições significativas para a promoção da saúde mental de estudantes universitários. O artigo "Implementação de protocolo de organização de serviço para enfrentamento do sofrimento psíquico universitário", publicado recentemente na Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), relata a experiência de elaboração e implementação da segunda versão de um protocolo de organização de serviços voltado ao enfrentamento do sofrimento psíquico no ambiente acadêmico.
O artigo é fruto da tese de doutorado profissional em Enfermagem defendida por Rodrigues, na Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Botucatu), sob orientação do professor Guilherme Correa Barbosa. O trabalho baseado em princípios da pesquisa-ação envolveu a participação direta de equipes dos departamentos de Saúde e Assistência Estudantil dos quatro campi da UFSCar - São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino - e foi articulado com o apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (ProACE) da Universidade.
Segundo Rodrigues, o protocolo foi construído de maneira colaborativa entre fevereiro e outubro de 2023, por meio de oficinas online que reuniram 26 servidores das áreas envolvidas. As atividades foram divididas em três momentos principais: análise da versão anterior do protocolo, seleção das ações em curso e definição das novas estratégias. O processo permitiu a revisão crítica das práticas em andamento e resultou na ampliação e sistematização de ações educativas, terapêuticas e de apoio aos estudantes, realizadas individualmente ou em grupo.
Entre os destaques do protocolo, estão ações voltadas tanto ao acolhimento individual - como escuta qualificada, psicoterapia, atendimentos médicos e orientações sociais - quanto à promoção da saúde em grupos, com atividades como rodas de conversa, oficinas, práticas integrativas (como mindfulness) e incentivo à cultura e ao lazer.
A segunda edição do protocolo também incorporou a participação ativa dos servidores na formulação das propostas, promovendo trocas de experiências entre os profissionais de diferentes campi. "A experiência foi transformadora, pois além de reafirmar o sofrimento psíquico como um problema real, deu voz às equipes na construção das soluções", afirma Rodrigues.
O estudo reforça o papel das universidades na promoção da saúde mental e na criação de ambientes acolhedores e inclusivos. "Mais do que pensar em acesso, é preciso garantir permanência com qualidade e bem-estar. A pesquisa vem somar esforços, na UFSCar, para o fortalecimento de sua política institucional de saúde mental e se destaca como referência em ações articuladas e integradas de enfrentamento ao sofrimento psíquico universitário", completa a autora.
A íntegra do artigo está disponível em https://doi.org/10.5902/
SÃO CARLOS/SP - A programação do Cine Araújo do Shopping Iguatemi nesta semana traz filmes para todos os gostos. “Quarteto Fantástico: Primeiros Passos” mostra a origem dos heróis que ganham poderes após uma tempestade cósmica. O documentário “BTS ARMY: Forever We Are Young” acompanha a jornada de fãs ao redor do mundo que transformaram sua paixão pelo grupo sul-coreano em um movimento global de união, ativismo e esperança. “Thiago & Ísis e os Biomas do Brasil” acompanha a jornada de dois amigos curiosos que exploram os principais biomas brasileiros.
“Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”
Baseado nos clássicos quadrinhos de Stan Lee e Jack Kirby, o filme acompanha quatro astronautas que, após serem atingidos por uma tempestade de raios cósmicos, ganham poderes extraordinários: Reed Richards pode esticar o corpo; Susan Storm fica invisível e cria campos de força; Johnny Storm controla o fogo e voa; e Ben Grimm se transforma em um monstro rochoso com força sobre-humana. Enquanto aprendem a lidar com suas habilidades, eles enfrentam o poderoso Galactus, um deus espacial que ameaça destruir a Terra. Uma aventura cheia de ação, drama e efeitos especiais que reinventa a origem desses heróis para uma nova geração.
Confira o trailer: aqui
“BTS Army: Forever We Are Young” – exibição 30/07
De Seul a Los Angeles, o BTS ARMY está em todo lugar. Forever We Are Young mergulha no fandom global que impulsionou o BTS ao estrelato mundial. De convenções nos EUA a estúdios de dança na Coreia, o filme revela um movimento diverso, engajado e intergeracional, que desafia estereótipos e transforma fãs em símbolo de união e esperança em um mundo fragmentado.
Confira o trailer: aqui
“Thiago & Ísis e os Biomas do Brasil”
Voltado ao público infantojuvenil e familiar, o longa brasileiro acompanha os irmãos Thiago e Ísis em uma jornada de aprendizado e aventura pelos biomas do país. Acompanhados do pai, o cineasta João, eles percorrem o Cerrado, o Pantanal e a Mata Atlântica, enfrentando desafios e ajudando animais em risco. O filme combina ficção com educação ambiental, destacando a riqueza e os desafios da biodiversidade brasileira.
Confira o trailer: aqui
Os ingressos já estão disponíveis para venda no site e aplicativo da Ingresso.com, além das bilheterias e terminais de autoatendimento dos cinemas Cine Araújo. Para conferir detalhes sobre promoções, acesse o site do Cine Araújo e selecione a seção de promoções.
*ATENÇÃO: Verifique a classificação indicativa dos filmes. Programação sujeita a alteração sem aviso prévio.
Declaração da influenciadora aconteceu no Programa De Frente com Blogueirinha
SÃO PAULO/SP - Durante sua participação no programa De Frente com Blogueirinha, a influenciadora Andressa Urach revelou que busca um relacionamento em que o parceiro tenha o fetiche de ser corno. Segundo a própria influenciadora, para ficar lhe fazer companhia, o homem precisa gostar de ser corno, já que ela não consegue ficar com a mesma pessoa por muito tempo. A declaração viralizou e colocou em evidência um desejo que, embora ainda seja tabu para muitos, é mais comum do que se imagina.
Na prática, o fetiche envolve uma mulher que se relaciona sexualmente com outros homens, com o consentimento (e muitas vezes o estímulo) do parceiro, que sente prazer em ver ou saber que a esposa está sendo desejada. Esse homem é conhecido como cuckold, e a mulher, como hotwife.
Cuckolds e hotwives: uma fantasia que cresce
No universo do prazer consensual e do sexo liberal, o fetiche hotwife está entre os mais buscados, segundo o Censo dos Fetiches do Sexlog, rede social adulta com mais de 23 milhões de usuários. A última edição da pesquisa revelou que quase meio milhão de brasileiros sentem prazer em assumir o papel de “corno”.
“O que antes era motivo de piada ou vergonha está sendo ressignificado”, explica Mayumi Sato, CMO do Sexlog. “Hoje a fantasia cuckold aparece cada vez mais nos perfis, principalmente entre casais que decidiram explorar o sexo com maturidade e liberdade. Quando há confiança e consentimento, o ciúme pode virar um tempero extra”.
A prática também está associada ao exibicionismo, uma vez que muitas hotwives e seus parceiros compartilham vídeos e relatos na comunidade.
Quando o fetiche vira fonte de renda
Além de realizar fantasias, muitas pessoas estão ganhando dinheiro com isso. No Hotvips, plataforma de venda de conteúdo adulto independente, cresce o número de mulheres que monetizam o fetiche hotwife. Algumas filmam os encontros com os “bulls” (nome dado aos homens que participam da dinâmica com a hotwife) e oferecem os vídeos para um público que paga para assistir.
“Esse tipo de conteúdo está entre os mais procurados no Hotvips. Os vídeos são autênticos, intensos e mostram relações reais, com desejo de verdade. Para quem tem esse fetiche, ou quer apenas conhecer mais sobre ele, é um prato cheio”, afirma Mayumi Sato.
Além da excitação, muitas dessas mulheres encontram ali uma forma de independência financeira. Transformar o prazer em negócio tem sido o caminho de diversas hotwives que, assim como Andressa Urach, querem explorar seus desejos sem culpa e com lucro.
Sobre o Sexlog
Com mais de 23 milhões de usuários, o Sexlog é a maior rede social de sexo e swing da América Latina. A plataforma oferece um ambiente seguro para quem deseja explorar a sexualidade com liberdade, respeito e muito prazer.
ARARAQUARA/SP - Na quarta-feira (23) durante patrulhamento preventivo no bairro Selmi Dei, em Araraquara, equipes da Guarda Civil Municipal (GCM) avistaram dois indivíduos nas proximidades do CRAS do setor 2, em atitude suspeita. Os homens estavam em posse de um cachimbo improvisado e apetrechos normalmente utilizados para o consumo de entorpecentes. Ambos foram abordados de imediato.
Nada de ilícito foi localizado na revista pessoal. No entanto, ao proceder com a verificação criminal, foi constatado que um dos abordados, C.W.C.S., de 34 anos, possuía mandado de prisão definitiva em aberto pelo crime de estupro de vulnerável, tipificado no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro (CP).
O mandado, expedido pelo Departamento de Execuções Criminais da 6ª RAJ de Ribeirão Preto, é resultado de condenação com trânsito em julgado e impõe ao condenado o cumprimento de pena de 4 anos e 8 meses de reclusão.
Além disso, o homem já possui histórico de envolvimento com o crime, com anteriores passagens por tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06) e receptação (art. 180 do CP).
Diante da constatação, os guardas civis conduziram o indivíduo à Delegacia de Polícia, onde foi registrada a ocorrência e tomadas as medidas legais cabíveis, incluindo seu encaminhamento à cadeia pública.
A ação da GCM demonstra mais uma vez a importância da presença ostensiva nas ruas, reforçando o compromisso da corporação com a segurança da população e o cumprimento das decisões do Poder Judiciário.
IBATÉ/SP - A Prefeitura Municipal de Ibaté, por meio da Secretaria de Serviços Públicos, segue avançando com o protocolo de manutenção das vias da cidade. Nesta nova etapa da operação tapa-buracos, serão utilizadas mais de 20 toneladas de massa asfáltica, que estão sendo distribuídas em diversos pontos para corrigir os danos e melhorar a trafegabilidade.
A ação contempla ruas de diferentes bairros e visa garantir mais segurança e qualidade no trânsito urbano, atendendo às demandas da população e priorizando os trechos mais afetados pelas chuvas e pelo desgaste do tempo.
A administração municipal reforça que os trabalhos continuarão nas próximas semanas e destaca que o compromisso é seguir avançando cada vez mais para manter a cidade em ordem e melhorar a infraestrutura para todos.
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