fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

SÃO CARLOS/SP - O presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos (SAAE), Derike Contri, prestigiou a XI Feira de Ciências e Tecnologia da Unidade Regional de Ensino de São Carlos, que ocorre nos dias 5 e 6 de dezembro de 2025, no Salão de Eventos da Área 1 do Campus da USP em São Carlos. Também estiveram presentes na abertura a Professora Débora Gonzales Costa Blanco, dirigente Regional de Ensino, o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Dr. Flávio Okamoto, representando o Ministério Público, além dos vereadores Gustavo Pozzi e Bruno Zancheta, que representaram a Câmara Municipal, professores e pesquisadores de diversos departamentos e institutos da USP e CIESP.

EIXO CENTRAL: ÁGUA - A feira abrange os municípios de São Carlos, Ibaté, Ribeirão Bonito, Corumbataí, Descalvado, Dourado e Itirapina, em parceria com a Universidade de São Paulo. Neste ano, o tema da feira é “Água: dos rios aos oceanos – mudanças climáticas”, e conta com a participação de 44 escolas, 80  clubes de ciências, aproximadamente 320 alunos e 140 professores e gestores, 92 avaliadores e com expectativa de receber cerca de 2 mil pessoas por dia.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL - O tema da Feira de Ciências e Tecnologia está alinhado ao Programa de Educação Ambiental da Diretoria de Ensino – Região de São Carlos, embasado no artigo 225 da Constituição Federal e na Política Estadual de Educação Ambiental, instituída pela Lei nº 12.780/2007 e regulamentada pelo Decreto nº 63.456/2018, que estabelece a Educação Ambiental como componente essencial e permanente da educação, devendo estar presente em âmbito estadual e municipal, de forma articulada e continuada, em todos os níveis e modalidades dos processos educativos.

O presidente do SAAE, Derike Contri, destacou a importância de ações e ambientes como este para o desenvolvimento dos jovens. “É muito importante para São Carlos ter feiras como essa, que estimulam e desenvolvem o conhecimento científico. No atual contexto de mudanças climáticas, o tema da água tem sido cada vez mais discutido, e é essencial que crianças e jovens já desenvolvam a consciência ambiental e o senso de preservação.”

SÃO CARLOS/SP - Um grupo de cientistas liderado pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Igor Polikarpov, identificou uma enzima capaz de desmontar, com alta eficiência, estruturas que tornam a bactéria Staphylococcus aureus mais resistente a tratamentos. O estudo, publicado no “World Journal of Microbiology and Biotechnology”, abre caminho para novas estratégias contra infecções persistentes — especialmente aquelas associadas a cateteres, curativos e outros dispositivos médicos.

A Staphylococcus aureus é uma das bactérias mais comuns em infecções de pele, feridas e pulmões. Sua grande arma é a capacidade de formar biofilmes — uma espécie de “camada” pegajosa que protege as células bacterianas e dificulta a ação de antibióticos. Uma vez instalada, essa barreira pode multiplicar a resistência da bactéria a medicamentos.

No novo trabalho, os pesquisadores analisaram uma enzima chamada KaPgaB, originalmente presente em outra bactéria (Klebsiella aerogenes). Em laboratório, a equipe produziu a enzima e testou sua ação sobre biofilmes de várias cepas de S. aureus, incluindo versões resistentes a antibióticos usados na prática clínica.

Os resultados foram animadores: em alguns casos, a enzima removeu mais de 80% da estrutura do biofilme após apenas quatro horas de ação. Em um dos testes, quando os cientistas aplicaram primeiro outra enzima (como DNase I ou papaina) e em seguida a KaPgaB, a remoção chegou a 97%, quase eliminando toda a camada aderida.

Além de desmontar biofilmes já formados, a KaPgaB mostrou capacidade de impedir que eles se formem. Em uma das cepas avaliadas, a enzima reduziu em até 96% a formação da estrutura protetora.

Outro ponto importante foi a associação com antibióticos. Sozinhos, os medicamentos pouco afetaram as bactérias protegidas pelo biofilme. Mas quando aplicados após a ação da enzima, sua eficácia aumentou de maneira significativa. Em algumas combinações, a quantidade de células vivas caiu pela metade.

Segundo os autores, o desempenho da KaPgaB indica que a enzima pode, no futuro, integrar estratégias terapêuticas para infecções persistentes — seja aplicada em curativos, em dispositivos médicos ou em conjunto com antibióticos. Antes disso, no entanto, ainda são necessários estudos que avaliem a segurança e o comportamento da enzima em ambientes biológicos mais complexos.

Mesmo assim, o avanço reforça uma linha promissora de pesquisa: o uso de enzimas capazes de desarmar as defesas estruturais de bactérias, tornando-as novamente vulneráveis a tratamentos tradicionais. Uma alternativa valiosa em um cenário de resistência crescente e infecções cada vez mais difíceis de tratar.

Quem são os pesquisadores por trás da descoberta

O estudo que identificou a ação potente da enzima KaPgaB contra biofilmes de Staphylococcus aureus reúne um grupo de 12 pesquisadores de diferentes instituições brasileiras, formando uma colaboração científica que envolve três estados.

Além do Prof. Igor Polikarpov, são autores deste estudo os pesquisadores Jéssica Pinheiro Silva, Andrei Nicoli Gebieluca Dabul, Darlan Nakayama, Alejandra Estela Miranda e Pedro Ricardo Vieira Hamann. O grupo é responsável pela parte central do trabalho, incluindo o desenho experimental, a produção da enzima e a redação do artigo.

Da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, participam Vera Lúcia Mores Rall e Mario de Oliveira Neto, que contribuíram com análises complementares e novos métodos aplicados ao estudo.

O trabalho também envolve o Laboratório de Microbiologia Ambiental da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, onde atuam Caroline Rosa Silva, Luís Antônio Esmerino e Marcos Pileggi — responsáveis por modelos microbiológicos e parte das análises laboratoriais.

A equipe se completa com a participação do infectologista Felipe Francisco Tuon, do Departamento de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), que contribuiu com interpretações clínicas e com a discussão do potencial terapêutico da enzima.

O resultado é um esforço multidisciplinar que conecta física, biologia molecular, microbiologia, medicina e saúde pública. Essa diversidade de formações e instituições permitiu que o estudo avançasse em diferentes frentes, desde a engenharia genética da enzima até sua avaliação como ferramenta para combater infecções persistentes.

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, divulgou os nomes dos homenageados com o Prêmio Ciência e Tecnologia de São Carlos – edição 2025. A premiação, instituída pela Lei Municipal nº 12.618/2000, reconhece anualmente a contribuição de pesquisadores, professores, estudantes e instituições para o avanço científico e tecnológico no município.

A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada no dia 26 de novembro de 2025, às 19h30, na Câmara Municipal de São Carlos, localizada na Rua Sete de Setembro, nº 2078 – Centro.

A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Paula Knoff, destacou a relevância da premiação para o fortalecimento da cultura científica na cidade. “O Prêmio Ciência e Tecnologia de São Carlos é um reconhecimento ao talento, à dedicação e ao impacto social de quem transforma conhecimento em desenvolvimento. Celebrar esses nomes é também valorizar o papel estratégico da ciência para o futuro da nossa cidade”.

O assessor do prefeito Netto Donato, José Galizia Tundisi, também comentou a importância da iniciativa. “São Carlos tem uma vocação científica que precisa ser constantemente estimulada e reconhecida. Este prêmio é uma ponte entre a excelência acadêmica e o compromisso social, e fortalece o papel da ciência como motor de transformação”.

Os homenageados
Prêmio Sérgio Mascarenhas de Oliveira (Pesquisador Sênior): Dr. Cauê Ribeiro de Oliveira
Prêmio Yvonne Primerano Mascarenhas (Pesquisadora Sênior): Profª Drª Elisabete Frollini
Prêmio Antônio Pereira de Novaes (Pesquisador Júnior): Prof. Dr. Guilherme Yuuki Koga
Prêmio Wanda Aparecida Machado Hoffmann (Pesquisadora Júnior): Profª Drª Gláucia Maria Dalfré
Prêmio Dietrich Schiel (Cientista Emérito): Prof. Dr. Tito José Bonagamba
Prêmio José Galizia Tundisi (Professor de Ciências): Daniel Matheus da Silva
Prêmio Odete Rocha (Professora de Ciências): Ariane Di Tullio
Prêmio Silvio Crestana (Jovem Cientista): Amanda Maria Martins
Prêmio Gilberto Orivaldo Chierice (Clube de Ciências): Escola Estadual Jesuíno de Arruda, com o projeto “Uso consciente da água e tecnologias sustentáveis: projeto colaborativo de captação e reaproveitamento da água da chuva na escola”

SÃO CARLOS/SP - Imagine um telescópio tão poderoso que pode captar os eventos mais rápidos e explosivos do universo, como o nascimento de estrelas de nêutrons ou rajadas de energia vindas de buracos negros.

Esse telescópio está prestes a se tornar realidade. Trata-se do CTAO – Observatório do Conjunto de Telescópios Cherenkov –, que promete abrir uma nova janela para o céu.

Com duas bases de observação - uma na Espanha e outra no Chile - o CTAO vai observar o céu noturno como nunca antes. O foco principal são os fenômenos que aparecem e desaparecem rapidamente, chamados de "eventos transitórios galácticos". Isso inclui explosões de estrelas, erupções magnéticas e emissões inesperadas de energia em sistemas binários – onde duas estrelas interagem intensamente.

O espaço é um lugar cheio de surpresas. Alguns fenômenos duram apenas segundos, outros se estendem por vários dias e muitos deles acontecem em regiões da nossa galáxia onde há estrelas muito antigas, buracos negros ou estrelas de nêutrons – corpos superdensos que surgem quando estrelas maiores morrem.

O CTAO será capaz de capturar essas “explosões cósmicas” que hoje passam despercebidas pelos telescópios tradicionais. Ele poderá, por exemplo, observar com detalhes estrelas que explodem de repente, aumentando de brilho de forma impressionante; sistemas com buracos negros que “sugam” matéria de estrelas próximas e liberam energia em forma de jatos poderosos; estrelas com campos magnéticos tão intensos que causam explosões enormes, chamadas de “flares”, e regiões cheias de partículas velozes, que se espalham como uma tempestade no espaço.

Tudo isso em uma parte do céu que, muitas vezes, está coberta por poeira e gás, o que dificulta a observação com luz comum.

O que o CTAO tem de diferente?

A grande novidade é a velocidade de resposta e a sensibilidade do equipamento. Os telescópios do CTAO podem se mover rapidamente e mirar em uma nova direção em apenas 20 segundos – algo essencial para não perder eventos que duram pouco.

Além disso, ele será milhares de vezes mais sensível do que os instrumentos atuais para captar os chamados "raios gama", que são formas de energia extremamente potentes, invisíveis aos nossos olhos, mas extremamente reveladoras sobre os processos mais violentos do universo.

Com o CTAO, os cientistas poderão investigar como se formam e se comportam os jatos de energia lançados por buracos negros, como e por que algumas estrelas explodem repentinamente, se há tipos de estrelas ainda desconhecidos que emitem energia de forma imprevisível e como acontecem as transformações mais extremas em sistemas binários, onde uma estrela “alimenta” outra com sua própria matéria.

Este projeto envolve centenas de cientistas de diversos países, inclusive do Brasil, e também vai trabalhar em parceria com outros observatórios e satélites. Essa colaboração será fundamental para estudar esses fenômenos em diferentes tipos de luz (visível, infravermelha, ondas de rádio, etc.), formando uma “fotografia completa” dos eventos espaciais.

Estamos às vésperas de uma revolução na forma como observamos o universo. O CTAO vai ajudar a responder perguntas que a humanidade carrega há séculos: de onde viemos, para onde vamos e o que existe nos confins do cosmos?

Enquanto olhamos para o céu em noites estreladas, o CTAO estará lá, captando o invisível e registrando explosões, luzes e partículas vindas de regiões que jamais conseguimos enxergar. A ciência está prestes a descobrir novos capítulos da história do universo.

Confira o artigo científico publicado recentemente pela “Royal Astronomical Society”, onde um dos autores é o docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Luiz Vitor de Souza Filho - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2025/08/staf655.pdf

SÃO CARLOS/SP - Com o intuito de ampliar seus estudos clínicos, o Grupo de Óptica do IFSC/USP (GO-IFSC/USP) estabeleceu recentemente uma parceria com o Centro Universitário Central Paulista (UNICEP), em São Carlos.

Segundo o pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, graças a essa parceria já se encontra em execução o projeto relacionado com a realização do tratamento experimental de fibrose pulmonar, usando tecnologias desenvolvidas no nosso Instituto, que foi devidamente aprovado pelo comitê de ética.

“Este projeto já foi iniciado junto à UNICEP através da participação da aluna de mestrado do IFSC/USP, Vanessa Garcia, bem como pela aluna de doutorado de nosso Instituto e docente da UNICEP, Profª Luciana Jamami Kawakami”, sublinha o pesquisador, que enfatiza o fato da coordenadora do curso de fisioterapia da UNICEP se ter mostrado bastante entusiasmada não só com esse projeto, como também com outros que foram já apresentados pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP, dentre eles o projeto de tratamento para DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que se encontra prestes a iniciar.

Em reunião com a direção da UNICEP para apresentar os projetos, Antonio Aquino destacou o fato de que muitos dos artigos científicos publicados nos últimos anos pelo IFSC/USP tiveram a participação, como primeiros autores, de ex-alunos de graduação da UNICEP, o que poderá ser um incentivo para que outros cursos daquela Universidade fiquem abrangidos por esta parceria.

Toda a equipe é coordenada pelo docente e pesquisador do IFSC/USP, Prof. Vanderlei Bagnato, o qual acompanha constantemente os avanços tecnológicos e metodológicos em relação aos trabalhos clínicos.

SÃO CARLOS/SP - O professor Thomas Peron, do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, foi um dos destaques da 7ª edição do Prêmio Municipal de Ciência e Tecnologia de São Carlos. Realizada no dia 29 de novembro, a cerimônia, fruto de uma parceria entre a Prefeitura e a Câmara Municipal, reconheceu profissionais que trouxeram contribuições relevantes à ciência, tecnologia e inovação em diversas categorias. Thomas recebeu o Prêmio Antônio Pereira de Novaes na modalidade Pesquisador Júnior do Ano. “Fiquei muito honrado e feliz com a premiação, especialmente por ser em São Carlos, uma cidade que abriga tantos pesquisadores competentes e que foi palco de grande parte da minha trajetória acadêmica”, afirmou o pesquisador.

Professor do ICMC desde 2022, Thomas tem se dedicado a pesquisas sobre sistemas complexos, que são modelados por sistemas dinâmicos, ou seja, estruturas que evoluem ao longo do tempo. Para prever padrões e compreender as transições nesses sistemas, ele desenvolve ferramentas analíticas e computacionais. Essas abordagens têm aplicações práticas em áreas diversas, como a análise de fenômenos climáticos, a identificação de padrões em sinais de exames de neurociência e até em problemas relacionados à transmissão de energia elétrica e ao estudo de transtornos neurológicos, como epilepsia e doença de Parkinson. Para o pesquisador, o prêmio reflete o esforço contínuo em sua área de atuação: “Acredito que este reconhecimento seja fruto de uma persistência quase anormal, algo essencial na vida de um pesquisador”.

O professor Francisco Rodrigues, chefe do Departamento de Matemática Aplicada e Estatística (SME) do ICMC, e orientador de Thomas durante seu doutorado, destacou a importância de sua atuação: “Desde sua chegada, o professor Thomas contribuiu significativamente para o aumento do número de alunos e pesquisas em redes complexas no Instituto. Ele é um jovem pesquisador que tem se destacado por sua excelência acadêmica e pelas publicações de impacto em revistas importantes, como Physics Reports, em que um de seus artigos recebeu quase mil citações.” Thomas foi o primeiro jovem pesquisador do departamento a receber a honraria. “Isso nos enche de orgulho e reforça a excelência do trabalho que desenvolvemos”, adiciona o professor.

Sobre o prêmio – Instituído em 2000, o Prêmio Municipal de Ciência e Tecnologia de São Carlos reconhece pesquisadores e professores que contribuem para o avanço da ciência e da sociedade. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Carlos, José Galizia Tundisi, ressaltou esse diferencial: “São Carlos é única no Brasil ao promover um prêmio como este. O objetivo é valorizar aqueles que dedicam suas carreiras à pesquisa e inovação, destacando sua importância para o município, para o país e o cenário internacional”.

A escolha dos premiados foi feita por uma comissão composta por representantes da USP, UFSCar, Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Embrapa e Secretaria Municipal de Educação. Além de Thomas, foram homenageadas outros 20 profissionais em categorias como:  pesquisador sênior, cientista emérito, professor de ciência, jovem cientista, entre outros.

A cerimônia deste ano contou com a presença de autoridades locais, pesquisadores e representantes das universidades. Thomas recebeu uma placa comemorativa assinada pelo prefeito e pelo presidente da Câmara Municipal.

Trajetória acadêmica –Natural de Toledo (PR) e criado em Cuiabá (MT), Thomas chegou a São Carlos em 2007 para cursar Física Computacional no Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP. Após concluir mestrado e doutorado na instituição, e depois de um período no exterior para um estágio na Alemanha, além de um  pós-doutorado na Espanha, tornou-se professor do ICMC em 2022.

“Física Quântica em Ação”

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP0 vai abrir as portas dos Laboratórios de Física Moderna no próximo dia 04 de dezembro, a partir das 14h00, para todos os jovens estudantes do Ensino Médio e quaisquer outros interessados que desejem conhecer ou aprofundar seus conhecimentos nessa área do conhecimento.

No final do Século XIX ficou demonstrado que a Física conseguia explicar quase tudo, com exceção do mundo microscópico, ou seja, os átomos, que já se sabia serem muito pequenos (cerca de um milhão de vezes menores que o diâmetro de um fio de cabelo).

No Laboratório de Física Moderna do IFSC/USP os jovens estudantes irão conhecer - e “meter a mão na massa” - os principais experimentos que desvendaram o mundo atômico e levaram à criação da Física Quântica, experimentos esses que mostram o comportamento dos átomos, elétrons, das partículas de luz – chamadas fótons -, os raios e o laser, entre muitos outros.

Será também um “aperitivo” para se discutir como a Física Quântica revolucionou a tecnologia moderna, a eletrônica, computação, fibras óticas, a ressonância magnética na saúde e ... muito mais.

Inscreva-se, enviando um email para o Prof. Tomaz Catunda – Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Acredite... Vão ser momentos inesquecíveis!

SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, com o apoio da Câmara Municipal de São Carlos - Comissão de Cultura, Ciência, Tecnologia e Turismo (CCCTT), promoveu na quarta-feira (16/10), no auditório do Paço Municipal, um evento em comemoração ao Dia da Ciência e Tecnologia e ao Dia da Música.

A iniciativa visa reconhecer, valorizar e integrar a arte e cultura e as descobertas e invenções científicas, incentivar o desenvolvimento de novas pesquisas e promover a conscientização sobre a importância da Ciência, Tecnologia e Inovação para a evolução da humanidade e melhoria da qualidade de vida, benefícios conquistados com os avanços em áreas como saúde, alimentação, energia, meio ambiente, segurança e comunicação.

O evento teve apresentação de Música Popular Brasileira (MPB) pelos músicos e professores da Escola de Música “Maestro João Seppe”, Daniel Antonio (percussão), Cláudio Júnior (acordeom) e Carlos Eduardo (saxofone e flauta), além das palestras do secretário municipal de Ciência e Tecnologia, José Galizia Tundisi, sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ONU 2030 – Perspectivas, e a palestra sobre a “Comissão de Ciência e Tecnologia”, ministrada pelo Prof. Dr. Marcelo Ferreira Lourenço, presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia.

O secretário José Galizia Tundisi, ressaltou que a ciência, tecnologia, inovação e cultura sempre foram unidas desde o tempo da antiga Grécia. “É fundamental ter uma cidade como São Carlos, Capital Nacional da Tecnologia, disposta a apoiar o desenvolvimento cultural associado à Ciência e há muito que aprender e se desenvolver com essa relação. Muitos cientistas de São Carlos são exímios músicos, portanto a cerimônia de hoje é uma iniciativa para integrar ciência e cultura no mesmo projeto”, disse.
Mirlene Simões, secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), destacou a importância da celebração da música e ciência. “Promover o debate dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU, um dos pilares de debate da Semana Nacional de Tecnologia e a celebração do Dia do Músico de da MPB, demonstra que a ciência, arte e cultura estão caminhando juntos porque fazem parte da formação das pessoas e celebram, neste momento que estamos vivendo, de grandes transformações climáticas e sociais, o advento da reflexão e da sensibilização para que possamos ser uma sociedade futura mais justa e equitativa para todos com a diversidade que nós temos”.

Representando a presidência da Câmara Municipal, o vereador Robertinho Mori, presidente da Comissão de Cultura, Ciência, Tecnologia e Turismo, destacou a integração de música e ciência. “É importante essa união dos nossos Centros Acadêmicos juntamente com o poder público, é o que São Carlos sempre sonhou. Temos o compromisso de fazer no dia 22 de novembro, Dia do Músico, com o Prof. Dr. Paulo Estevão Cruvinel, cientista e músico (violão e sete cordas), outro evento unindo ciência e música”.

O Prof. Dr. Marcelo Ferreira Lourenço, presidente do Conselho Municipal de Ciência e Tecnologia e diretor da UNICEP ao falar de ciência e avanço na área de saúde, promoveu a defesa e destacou os benefícios de um novo curso de medicina para a cidade. “Um novo curso de medicina, em parceria com a Santa Casa, vai atender às necessidades do SUS, não apenas de São Carlos, mas de toda a região”, salientou.
Também participaram do evento o vereador André Rebello e o secretário municipal de Administração Regional, Walcinyr Bragatto.

EUA - Uma nova análise da superfície da Lua revelou que há mais água presente no satélite natural da Terra do que se acreditava anteriormente. Além de estar espalhada por uma variedade maior de terrenos e latitudes, foram encontrados indícios de água até mesmo em áreas mais expostas à luz solar.

“Futuros astronautas poderão encontrar água em regiões próximas ao equador, explorando áreas ricas nesse recurso. Anteriormente, acreditava-se que apenas os polos, especialmente as crateras permanentemente sombreadas, concentravam grandes quantidades de água”, explicou Roger Clark, cientista planetário do Planetary Science Institute. “Identificar onde a água está localizada não apenas ajuda a entender a história geológica da Lua, mas também orienta onde os astronautas poderão obtê-la no futuro”, acrescentou.

Segundo o site Science Alert, a análise foi realizada com base em dados coletados pelo instrumento Moon Mineralogy Mapper (M3), a bordo da sonda Chandrayaan-1, que orbitou a Lua entre 2008 e 2009.

Clark destacou que essas novas descobertas indicam que a superfície lunar possui uma “geologia complexa”, o que contribuirá para entender melhor os processos geológicos envolvidos na formação da Lua.

 

 

POR NOTÍCIAS AO MINUTO BRASIL

SÃO CARLOS/SP - A iniciativa levada a cabo pela Creche e Pré-Escola São Carlos, localizada no Campus USP de São Carlos em maio do corrente ano - https://saocarlos.usp.br/investigando-o-ciclo-do-mosquito-da-dengue/ - levou este estabelecimento de ensino a promover uma interessante ação pedagógica junto das crianças, tendo como objetivo sensibilizá-las para o combate dos criadouros do mosquito da dengue, conforme reportagem publicada no portal da USP de São Carlos (VER AQUI). Contudo, a importância dessa ação vai além do tema proposto e do seu enquadramento geral, sendo por isso considerada uma das formas eficazes para despertar o interesse das crianças em idade pré-escolar pela investigação científica.

Criando alfabetização e letramento científico

Com efeito, a ação acima citada reflete um trabalho que está sendo realizado desde o ano de 2018, através de uma parceria estabelecida entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), a Prefeitura do Campus USP de São Carlos e a Creche e Pré-Escola do Campus, exatamente com o foco de desenvolver atividades relativas às ciências da natureza com as crianças em ambiente pré-escolar.

Desde então, estão sendo envolvidos neste projeto estudantes de graduação do campus, especialmente os vinculados às licenciaturas, incluindo os alunos do Curso Interunidades de Ciências Exatas do IFSC/IQSC/ICMC da USP. Neste projeto amplo, o Educador Prof. Dr. Herbert Alexandre João (IFSC/USP) explica que os trabalhos se iniciam primeiramente investigando o ambiente da pré-escola, para depois se realizar o planejamento, a produção e a testagem de materiais que são empregados nessa ação, como, por exemplo, os brinquedos científicos ou ações educativas que envolvem ciência, bem como o conteúdo das histórias infantis que envolvem a linguagem científica, tudo isso para promover o interesse das crianças pela investigação científica de uma forma simples – a brincar.

“Essa parceria com a Creche da USP São Carlos, é extraordinariamente produtiva porque a metodologia utilizada baseia-se no desenvolvimento de atividades pedagógicas que são sempre pautadas no interesse das crianças. E, partindo desse pressuposto e observando os interesses dessas crianças, nós começamos a contribuir com a creche, produzindo os materiais e atividades pedagógicas que pudessem contribuir para que elas ficassem imersas nesse mundo da ciência, utilizando, desde a primeira infância, uma linguagem científica que evite analogias muito pobres ou incorretas, buscando criar e fazer essa alfabetização e letramento científico, o brincar e o explicar”, pontua Herbert João.

Entre as inúmeras atividades desenvolvidas, contam-se demonstrações experimentais na área de eletrostática, partindo do interesse das crianças - por exemplo, de onde vem os raios e os trovões a chuva -, ou atividades na área de óptica, com a construção de câmaras escuras. “Outras atividades incluem a observação e investigação de diferentes folhas de árvores e plantas com a finalidade de compreender a diferença entre as espécies, ou, ainda, observar o céu para compreender o movimento do sol, levando em consideração os tópicos de astronomia, mas sempre tendo em consideração que o objetivo principal é que as crianças tenham contato com a ciência a partir do brincar. Essa é a proposta da creche e que respeitamos, a intencionalidade pedagógica respeita o direito de brincar, não existe uma proposta de ensino no modelo verticalizado tradicional, como temos no ensino fundamental e médio” explica Herbert.

 

Investigação científica nos primeiros anos de alfabetização

Seguindo essa proposta da creche, o projeto trouxe isso para as Ciências da Natureza, essa forma de cooperação, de ensino e de aproximação com as crianças da Creche e Pré-Escola, que faz com que o professor proponha e realize essas ações dentro de um modelo 

horizontalizado, onde as crianças criam interesse, bastando ao professor observar esse interesse, planejar e aplicar as propostas e, a partir do sucesso - ou dos possíveis ajustes -, desenvolver os materiais que, hoje, constituem um banco que reúne um conjunto de ferramentas extremamente úteis para a formação continuada de professores, especialmente os da educação infantil, creche e pré-escola.

Atualmente, o projeto proposto e liderado pelo Prof. Dr. Herbert João, que igualmente é orientador dos bolsistas, conta com o apoio da Prefeitura do Campus, do IFSC/USP e da Creche, através das participações do atual prefeito do campus, Prof. Dr. Luís Fernando Costa Alberto e pelo Prof. Dr. Marcelo Alves Barros (IFSC/USP) - responsáveis pelos projetos PUB; a bolsista do projeto, Paloma Emanuele dos Santos Sobrinho (Estudante de Graduação em Química no Instituto de Química de São Carlos (IQSC/USP); Liliane Terra Pereira Araújo (Supervisora Técnica do Serviço de Creche e Pré-Escola), além de outros membros da equipe pedagógica e técnicos da creche.

 

Atividades realizadas em 2024

Com muito sucesso ao longo dos anos, este projeto continua o seu caminho e os resultados obtidos neste ano de 2024 refletem o êxito. Nesse sentido, a equipe produziu histórias em quadrinhos e atividades pedagógicas, tendo dado suporte também em atividades que foram solicitadas pelas professoras da Creche. Os destaques no decurso deste ano foram muitos, como, por exemplo, como é formado o corpo humano, como se faz o tratamento das águas e os cuidados que se deve ter com a água no planeta Terra. Mas, talvez, o principal destaque dentre todos tenha sido a visita monitorada que foi feita ao laboratório de ensino de biologia do Instituto de Física de São Carlos, (LEF-IFSC/USP), cujo foco foi explicar às crianças como são desenvolvidas as pesquisas relacionadas à dengue, tendo em consideração que a doença se manifesta, atualmente, de forma muito intensa no Estado de São Paulo, principalmente em São Carlos e em cidades da 

região. Esta atividade, iniciativa da Profª Margarete Marchetti (Creche e Pré-Escola São Carlos e idealizadora da atividade “Investigando o ciclo do mosquito da dengue”), teve o intuito de engajar as crianças para que elas contribuíssem no combate à disseminação da doença da dengue a partir da eliminação das larvas do mosquito transmissor, e o resultado foi muito expressivo, conforme sublinha o Prof. Herbert João. “As crianças produziram diversos materiais, inclusive - e especialmente - um cartaz que foi colado em diversas unidades do Campus, uma ação que, para mim, é muito relevante, pois essas crianças protagonizaram a ação, propiciando que internalizassem os conceitos e, claro, acabam reproduzindo isso em casa com os familiares, contribuindo para que se reforce o combate a essa doença”, pontua Herbert João.

 

A importância da investigação científica nos primeiros anos de alfabetização e o papel do professor

Iniciar a investigação científica nos primeiros anos de alfabetização é crucial e os professores têm um papel fundamental nessa ação, já que introduzir esse tema desde cedo ajuda as crianças a desenvolverem habilidades de pensamento crítico. Elas aprendem a questionar, observar, experimentar e refletir sobre o mundo ao seu redor, o que fortalece a capacidade de análise e resolução de problemas. Sendo 

naturalmente curiosas, a investigação científica alimenta essa curiosidade nas crianças, encorajando-as a explorar e buscar respostas por conta própria. Com o trabalho dos professores, isso pode promover um interesse duradouro por aprender e descobrir.

Por outro lado, a prática de investigar cientificamente permite que as crianças construam uma base sólida para o entendimento de conceitos mais complexos no futuro. Ao entenderem os processos básicos de causa e efeito, observação e experimentação, elas estão mais bem preparadas para os desafios acadêmicos que surgirão ao longo de sua vida. A integração multidisciplinar e a promoção de autoconfiança são também dois fatores que deverão ser levados em linha de conta. Nesse sentido, a investigação científica levada até às crianças nas primeiras fases da educação não se limita apenas às ciências naturais, já que ela integra também a matemática, a linguagem e até mesmo as artes, promovendo uma aprendizagem mais holística e conectada. Os professores têm, em todo este processo, uma importância vital, já que quando as crianças participam de atividades de investigação científica, elas têm a oportunidade de fazer descobertas por si mesmas, o que pode aumentar sua autoconfiança e o senso de realização. Por último – e não menos importante -, quando os professores levam até às crianças os primeiros conceitos de investigação científica, eles acabam por ensinar também um conjunto de valores essenciais, como a importância da evidência, o respeito pelas diferentes opiniões baseadas em dados e o papel da ciência na sociedade, tudo isso contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes e informados. Incorporar essas práticas no início da alfabetização, tendo como exemplo o projeto desenvolvido na Creche e Pré-Escola de São Carlos – Campus USP, pode influenciar positivamente o desenvolvimento intelectual e social das crianças, preparando-as para serem pensadores críticos e solucionadores de problemas no futuro.

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Dezembro 2025 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31        
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.