EUA - O astronauta da NASA (Agência Espacial Americana) Mark Vande Hei compartilhou recentemente uma impressionante foto da Terra registrada desde o espaço.
O registro foi compartilhado pelo explorador no Twitter. Na imagem, era possível ver um céu vibrante, com muitas nuvens.
O registro foi captado na região da Patagônia, entre o Chile e a Argentina.
Na postagem, ele informou que é possível ver claramente o processo de derretimento das geleiras.
EUA - Nas últimas duas décadas, os cientistas encontraram gelo em muitos locais de Marte. A maior parte do gelo marciano foi observada a partir de satélites orbitais como o Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa. Mas determinar o tamanho do grão e o conteúdo de poeira do gelo acima da superfície é um desafio. E esses aspectos do gelo são cruciais para ajudar os cientistas a determinar a idade do gelo e como ele foi depositado.
Assim, os cientistas planetários Aditya Khuller e Philip Christensen, da Universidade Estadual do Arizona (EUA), e Stephen Warren, um especialista em gelo e neve da Terra da Universidade de Washington (EUA), desenvolveram uma nova abordagem para determinar o quão empoeirado o gelo de Marte realmente é.
Combinando dados das sondas Phoenix Mars Lander e Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa, com simulações de computador usadas para prever o brilho da neve e do gelo glacial na Terra, eles conseguiram igualar o brilho do gelo marciano e determinar seu conteúdo de poeira. Seus resultados foram publicados na revista Journal of Geophysical Research: Planets, da União de Geofísica dos Estados Unidos (AGU, na sigla em inglês).
Como Marte é um planeta empoeirado, grande parte de seu gelo também é empoeirado e muito mais escuro do que a neve fresca que podemos ver na Terra. Quanto mais empoeirado o gelo, mais escuro e, portanto, mais quente ele fica, o que pode afetar sua estabilidade e evolução ao longo do tempo. Sob certas condições, isso também pode significar que o gelo pode derreter em Marte.
“Há uma chance de que esse gelo empoeirado e escuro derreta alguns centímetros”, disse Khuller. “E qualquer água líquida de subsuperfície produzida pelo derretimento será protegida da evaporação na fina atmosfera de Marte pelo manto de gelo sobrejacente.”
Com base em suas simulações, eles preveem que o gelo escavado pela Phoenix Mars Lander formado por uma precipitação de neve empoeirada, em algum momento dos últimos milhões de anos, é semelhante a outros depósitos de gelo encontrados anteriormente nas latitudes médias de Marte.
“Acredita-se amplamente que Marte passou por várias eras glaciais ao longo de sua história, e parece que o gelo exposto nas latitudes médias de Marte é um resquício dessa antiga neve empoeirada”, disse Khuller.
Para as próximas etapas, a equipe espera analisar melhor as exposições ao gelo em Marte, avaliar se o gelo pode realmente derreter e aprender mais sobre a história do clima do planeta.
“Estamos trabalhando no desenvolvimento de simulações de computador aprimoradas do gelo marciano para estudar como ele evolui ao longo do tempo e se pode derreter para formar água líquida”, disse Khuller. “Os resultados deste estudo serão essenciais para o nosso trabalho porque saber o quão escuro é o gelo influencia diretamente o quão quente ele fica.”
*Por: REVISTA PLANETA
SÃO CARLOS/SP - A 13ª edição da Jornada Científica dos dois centros de pesquisa da Embrapa em São Carlos (SP), Pecuária Sudeste e Instrumentação, ocorre nesta quarta-feira, 25 de agosto. Serão apresentados 41 trabalhos no formato virtual, promovendo o intercâmbio de conhecimentos entre estudantes e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento.
São 26 apresentações orais e 15 vídeo-pôsteres. Entre os temas estão estudos sobre a aceitação do feijão guandu pelo consumidor e introdução de nanofibrilas para reforçar filmes de alginato, um polissacarídeo biodegradável, contendo o antibiótico sulfadiazina de prata.
A programação é composta de trabalhos de bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Todo o conteúdo está disponível no Mural Virtual da Jornada, que pode ser conferido em https://padlet.com/pecuariasudeste/xmtbdw3sk58wa90f, ambiente onde todas as informações e interações vão ocorrer. Para isso, a página da Jornada Científica foi reformulada, está mais amigável, com ferramentas que tornam a navegação mais ágil e atraente.
O vídeo-pôster é outra novidade deste ano. Os vídeos ficam organizados em um painel no Padlet, que permitirá a cada participante assistir ao material na hora e na ordem em que desejar, além de poder comentar e interagir.
O evento tem início às 8 horas com pronunciamento dos chefes-gerais da Embrapa Pecuária Sudeste, Rui Machado, e da Embrapa Instrumentação, João de Mendonça Naime. Em seguida, às 9 horas, a cofundadora do Movimento Põe no Rótulo, a advogada Maria Cecília Cury Chaddad vai falar sobre segurança alimentar e o direito dos consumidores à informação.
Para ela, participar da Jornada Científica é uma oportunidade de apresentar um olhar jurídico ao papel dos alimentos e, em especial, sobre a rotulagem como veículo para garantir o acesso a informações que permitam escolhas conscientes. "Acredito muito na importância do diálogo e da construção coletiva, de caminhos para a garantia da proteção e promoção dos direitos à alimentação e à saúde e, por isso, creio que será um dia de muita troca e aprendizado", destaca Maria Cecília.
De acordo com o presidente da Comissão Organizadora da Jornada, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste, o evento é importante tanto para a educação de jovens como o despertar da ciência para futuros cientistas.
"Um país sem educação, sem ciência e tecnologia é um país atrasado. Mesmo que ele não dê continuidade à carreira científica, a iniciação científica proporciona experiência de ciência, isso enriquece sua formação e o estudante vai se tornar um profissional mais completo. Se você perguntar para professores, pesquisadores, a grande maioria vai lembrar da iniciação científica como o momento em que teve contato com a ciência e que despertou aquela faísca da curiosidade, do interesse científico e da vontade de seguir nessa carreira", conta Berndt.
Teste aponta aceitação do guandu
Nesta edição, um alimento bastante popular na mesa do consumidor brasileiro é destaque entre os trabalhos que serão apresentados. A estudante de graduação do Centro Universitário Central Paulista (Unicep) de São Carlos, Flávia Petroni, vai mostrar os "Hábitos de consumo e aceitação da aparência de feijão guandu".
Bolsista da pesquisadora Renata Nassu, da Embrapa Pecuária Sudeste, a estudante fala do caminho percorrido para o lançamento de um produto no mercado, que começa bem antes de estar nas prateleiras dos supermercados.
O primeiro passo é uma análise da aceitação do produto pelo público para saber quais são seus hábitos de consumo. Para isso, a estudante conta que foi elaborado um questionário com perguntas relacionadas a dados sociodemográficos, hábitos de consumo gerais e em relação ao feijão. O questionário ainda apresentou duas imagens, uma de feijão guandu cru e outra de feijão guandu cozido, que foram avaliadas pelos participantes conforme sua aparência por meio de uma escala de pontos.
"Os resultados demonstram que há um potencial mercado para consumo deste produto, tendo em vista a preliminar aceitação da aparência sob as imagens de feijão guandu, sendo necessários estudos adicionais para avaliar outros atributos como aroma, sabor e textura", conclui a bolsista.
Reforço com nanofibras
Na área de engenharia, um dos trabalhos que serão apresentados é o do estudante Enzo Maringolo Buzatto. Aluno de graduação do curso de Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Enzo vai mostrar o potencial das nanofibrilas de celulose (NFC) para reforçar filmes de alginato antimicrobianos (ALG) contendo o antibiótico sulfadiazina de prata (SDZ).
O ALG é um polissacarídeo atóxico, abundante, biodegradável, biocompatível, capaz de induzir regeneração em diferentes tecidos lesionados, uma propriedade exibida apenas por um número restrito de carboidratos. Para aplicações como curativos, inclusive de uso veterinário, o ALG pode ser incorporado com agentes antimicrobianos, como a sulfadiazina de prata (SDZ). O SDZ é um antibiótico de amplo espectro de ação, tradicionalmente empregado no tratamento de lesões cutâneas.
Mas é necessário manter ou até mesmo estender as propriedades físicas de filmes de ALG incorporados com antibióticos. Para isso, o estudante explica que podem ser utilizados reforços nanoestruturados, como as nanofibrilas de celulose, que vêm sendo utilizadas como agente de reforço para vários polímeros. O estudo buscou investigar as propriedades mecânicas, ópticas e de barreira de filmes ALG/SDZ incorporados com NFC.
Enzo Buzatto é orientado pelos pesquisadores da Embrapa Instrumentação, Luiz Henrique Capparelli Mattoso e José Manoel Marconcini, além do professor da UFSCar, Francys Kley Vieira Moreira e do pesquisador da Universidade de Copenhague (Dinamarca), Anand Rameshi Sanadi,
Buzatto explicou que os filmes nanocompósitos ALG/SDZ/NFC, produzidos pela técnica de casting contínuo apresentaram um aumento gradativo na viscosidade e uma redução no índice de pseudoplasticidade das soluções alginato/sulfadiazina de prata com o aumento do teor de nanofibrilas de celulose até 10%.
"Estes resultados denotam boas interações ALG-NFC e, possivelmente, NFC-NFC nas soluções mesmo na presença de sulfadiazina de prata. A caracterização dos filmes ALG/SDZ/NFC revelou uma redução na transparência luminosa e um aumento de 50% na barreira ao vapor de água para teores de nanofibrilas de celulose acima de 5,0%", avaliou o estudante.
Quanto às propriedades mecânicas, o estudante observou um aumento significativo no módulo de elasticidade e na resistência à tração dos filmes com o aumento da concentração de NFC.
"A Jornada Científica é uma oportunidade de integração e de apresentação de atividades científicas em ambiente virtual, mostrando os trabalhos dos bolsistas PIBIC da Embrapa Instrumentação e Embrapa Pecuária Sudeste. É uma etapa muito importante da formação dos estudantes da Iniciação Científica", afirma o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, José Manoel Marconcini.
EUA - Um trio dramático de galáxias ocupa o centro desta imagem feita pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa/ESA. Trata-se de um cabo de guerra gravitacional de três vias entre galáxias em interação. Esse sistema, conhecido como Arp 195, está a cerca de 763 milhões de anos-luz da Terra. Ele é apresentado no Atlas of Peculiar Galaxies, uma obra que mostra algumas das galáxias mais estranhas e maravilhosas do universo.
O tempo do Hubble é extremamente valioso, e por isso os astrônomos não querem perder um segundo. A programação para observações do Hubble é calculada usando-se um algoritmo de computador que permite que a espaçonave ocasionalmente reúna bônus instantâneos de dados entre observações mais longas. Foi o caso desta imagem do trio de galáxias em conflito no Arp 195.
Observações extras como esta fazem mais do que fornecer imagens espetaculares – elas também ajudam a identificar alvos promissores para acompanhamento com telescópios como o próximo Telescópio Espacial James Webb, uma parceria da Nasa e da ESA com a agência espacial canadense (CSA).
*Por: PLANETA
Nova edição de Ciência UFSCar acontece nesta segunda (5/7), às 17 horas
SÃO CARLOS/SP - O Brasil vive em 2021 uma crise hídrica em que os reservatórios de água para produção de energia elétrica encontram-se, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nos menores níveis dos últimos 91 anos. Com estados que abrigam os principais desses reservatórios em alerta de emergência hídrica e a chegada da estação mais seca na maior parte do País, a partir deste mês a tarifa de energia sofre reajuste de 52% e não está afastado o risco de racionamento ou, até mesmo, interrupção no fornecimento de energia.
Como chegamos a essa situação? Qual é o impacto das mudanças climáticas? Esta era uma situação previsível que poderia ter sido evitada? Como o desmatamento na Amazônia se relaciona com as chuvas no Sul e Sudeste e, consequentemente, com o aumento no custo da energia elétrica? Como diversificar a matriz energética brasileira pode evitar a situação no futuro, e que alternativas existem? Estas são algumas das questões que serão abordadas na quarta edição de Ciência UFSCar, série de eventos promovida pela Assessoria de Comunicação Científica da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Participam do debate Frederico Yuri Hanai, docente do Departamento de Ciências Ambientais (DCAm) e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm) da UFSCar, com atuação em pesquisas e projetos de extensão em gestão da água e de bacias hidrográficas; e Frederico Fábio Mauad, docente do Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP), vinculado ao Centro de Recursos Hídricos e Ecologia Aplicada (CRHEA). Também integrará a conversa Homel Pedroso Marques, mestrando no PPGCAm, que atua no momento como especialista em políticas públicas de meio ambiente no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A mediação é da jornalista Mariana Pezzo.
Intitulado "Crise hídrica e matriz energética - Brasil em 2001, 2014, 2021, 2022...", o evento acontece na segunda-feira (5/7), a partir das 17 horas, com transmissão nos canais UFSCar Oficial no Facebook (www.facebook.com/
EUA - Desde abril que o Ingenuity tem demonstrado as suas capacidades de voo em Marte. Depois de ter cumprido o seu sétimo voo com sucesso no início de junho, o helicóptero marciano da NASA se prepara para continuar a sua missão de exploração com um novo voo.
Através do Twitter, a NASA explica que o Ingenuity vai percorrer uma distância de 160 metros a sul do local onde atualmente se encontra. O objetivo é levar o helicóptero a pousar numa nova localização, continuando a pôr à prova as suas capacidades.
De acordo com as informações disponibilizadas pela equipa da NASA responsável pela missão em Marte, o Ingenuity percorreu uma distância de 106 metros, orientado para o sul, no seu voo anterior, realizando a missão em 62,8 segundos.
No final de maio, uma anomalia inesperada pregou um “susto” à equipe do Ingenuity durante o sexto teste de voo. O helicóptero conseguiu completar a primeira parte do teste de voo sem problemas, porém, começou depois a ajustar a sua velocidade e a oscilar de forma inesperada.
A súbita oscilação terá sido causada por uma falha no sistema de captação de imagens, que fez com que todas as fotos tiradas pelo Ingenuity fossem guardadas com uma data errada. O algoritmo de navegação passou a ser “alimentado” com informação incorreta, levando a oscilações e a uma série de inconsistências, como picos no nível de energia consumida, à medida que o sistema tentava corrigir os erros.
Apesar da anomalia, o Ingenuity persistiu e foi possível mantê-lo no ar ao longo de todo o teste. O helicóptero aterrissou em segurança a cerca de 5 metros do local previsto no teste. Um dos aspetos que acabou por “salvar” a missão foi o próprio design do sistema de controle do helicóptero, que foi concebido para ter aquilo a que a NASA chama uma “margem de estabilidade”, permitindo lidar com determinados erros como aquele que se verificou.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
EUA - A atmosfera do novo exoplaneta encontrado a 90 anos-luz de distância pode conter algo bastante comum à Terra: nuvens cheias de água. Intitulado TOI-1231 b, o planeta localizado fora do Sistema Solar é um pouco maior do que a Terra, e orbita uma estrela avermelhada e pequena, menor e mais fraca do que o nosso sol, uma estrela anã-vermelha conhecida como NLTT 24399, completando uma volta ao redor dessa estrela a cada 24 dias terrestres – a descoberta será publicada em uma próxima edição da revista científica The Astronomical Journal.
Ao determinar o raio e a massa do exoplaneta, os pesquisadores puderam então calcular sua densidade e composição – e assim concluir que se trata de um planeta de baixa densidade, de composição gasosa e não rochosa como a Terra. Apesar de ser oito vezes mais próximo de sua estrela do que nós somos do sol, tudo indica que a temperatura do TOI-1231 b é similar à Terra, por conta do tamanho e da força menores da NLTT 24399 se comparada ao sol. “TOI-1231 b é bastante similar em tamanho e densidade a Netuno, então achamos que tem uma atmosfera grande e gasosa similar”, comentou a líder do estudo Jennifer Burt, ligada à NASA.
A baixa temperatura do planeta – com uma média de cerca de 60º C – sugere a forte hipótese do TOI-1231 b apresentar nuvens de água. “TOI-1231 b é um dos únicos planetas que conhecemos de tamanho e temperatura similares [à Terra], então futuras observações desse novo planeta irão nos permitir determinar quão comum ou raras são formações de nuvens de água ao redor desses mundos temperados”, afirmou Burt em comunicado. O planeta é, assim, similar ao exoplaneta K2-18 b, descoberto em 2015, que em observação detalhada recente apresentou fortes indícios de possuir água em sua atmosfera.
Tais conclusões foram alcançadas a partir de observações realizados pelo satélite TESS, da NASA, desenvolvido para justamente buscar e examinar exoplanetas – a fim de, entre muitos propósitos, quem sabe encontrar um planeta similar ao nosso: e se o TOI-1231 b é ainda bastante diferente, as semelhanças apontadas são um importante aspecto de tal busca. “Um dos mais intrigantes resultados da ciência de estudo de exoplanetas das últimas duas décadas é de que até aqui nenhum dos novos sistemas planetários que descobrimos se parece com o nosso Sistema Solar”, afirmou Burt. “O novo planeta descoberto ainda é estranho – mas é um passo mais próximo à semelhança com planetas vizinhos”.
*Por: Vitor Paiva / HYPENESS
NOVA ZELÂNDIA - Na madrugada de quarta-feira (26) dois fenômenos simultâneos irão fazer valer a pena olhar para cima: um eclipse lunar total e a maior superlua de 2021 acontecerão ao mesmo tempo! Infelizmente, apenas algumas localidades do Brasil poderão observá-lo, e de forma parcial. Ainda assim, vamos aproveitar para conhecer algumas curiosidades a respeito desse evento.
Sol e Lua estarão em lados exatamente opostos da Terra, possibilitando um eclipse lunar pois o planeta impede que parte da luz do Astro-Rei chegue até o satélite natural. O globo também irá filtrar a luz, o que dá à Lua um toque avermelhado, ou seja, surge a “Lua de Sangue”.
O primeiro evento da quarta-feira será o eclipse da superlua, que acontecerá na madrugada de 25 para 26 de maio. Quem está no Brasil tem a mesma estimativa de tempo, mas é preciso acordar bem cedo: a imagem parcial do eclipse poderá ser vista a partir das 6h45 (horário de Brasília).
Será o Eclipse Lunar Total menos visto dos últimos tempos. Isso porque a área de visibilidade dele será, justamente, a metade menos habitada do planeta. Apenas aqueles que estiverem no Oceano Pacífico, Antártida, Nova Guiné, parte da Austrália e especialmente, na Nova Zelândia, Havaí e nas ilhas da Polinésia e Micronésia, poderão ver todas as fases do eclipse. Já a superlua vermelha poderá ser vista por meio de transmissões online, feitas por observadores com equipamentos apropriados.
Um Eclipse Lunar ocorre quando Lua, Terra e Sol encontram-se em alinhamento no espaço. Nesse momento, a Lua passa pelo cone de sombra projetado pela Terra e por isso, ela é escurecida por algum tempo. Todos aqueles que estão na metade do globo que tem visibilidade para a Lua podem observar o eclipse.
Este será um momento raro, de acordo com a NASA. A agência especial explicou, por meio das redes sociais, que as superluas e os eclipses são fenômenos diferentes e que nem sempre ocorrem ao mesmo tempo. Ou seja: não perca!
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
EUA - A NASA já começou a retirar informações preciosas para conhecer Marte como nunca o havia conhecido. A sonda Perseverance pousou perto de um antigo delta de rio, mas que atualmente está seco. No entanto, são evidentes os sinais que existiu no planeta vermelho muita água, que formaram rios e oceanos. A dúvida que desafia os cientistas é saber para onde foi a água, o que lhe aconteceu. Das muitas teorias lançadas sobre o tema, até hoje nenhuma parece ter conseguido o consenso. No entanto, o Perseverance traz novas pistas.
Pesquisadores da Universidade de Chicago desenvolveram um modelo de Marte que revela o mistério por detrás do clima antigo do planeta vermelho.
O mais recente dos rovers da NASA a aterrar com sucesso em Marte encontrou uma localização vantajosa mesmo ao lado de um antigo delta de um rio. Este equipamento está agora no centro de um novo estudo para se perceber como desapareceu a água abundante de Marte.
Se existe muito gelo no “interior” do planeta, como foi que o solo esteve inundado de água em estado líquido e como desapareceu de novo. Assim, o estudo, publicado segunda-feira na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, liderado pelo cientista planetário Edwin Kite, discute a explicação para o clima misterioso de Marte.
Após uma longa viagem desde a Terra, o rover Perseverance da NASA tornou-se no último robô a aterrar com sucesso em Marte. Este conjunto avançado de tecnologia juntou-se a outras sondas e robôs, como a Sojourner, Opportunity, Spirit e Curiosity. O novo equipamento já deu aos cientistas uma visão de perto do que costumava ser um rio fluente no planeta vermelho.
No estudo os pesquisadores explicaram que se o solo fosse coberto por gelo, teria uma humidade superficial que traria nuvens de baixa altitude. No entanto, estas nuvens não iriam aquecer o planeta o suficiente para sustentar a água ou mesmo arrefecer a temperatura. Contudo, se o único gelo existisse em pequenas áreas, tais como nos polos do planeta ou em altitudes elevadas, o ar poderia ter sido suficientemente seco para acolher nuvens de grande altitude que teriam aquecido a superfície.
No modelo, estas nuvens comportam-se de uma forma muito pouco terrestre. Construir modelos sobre a intuição baseada na Terra não vai funcionar, porque isto não é nada semelhante ao ciclo da água da Terra, que move a água rapidamente entre a atmosfera e a superfície.
*Por: ISTOÉ DINHEIRO
FLÓRIDA — O helicóptero experimental Ingenuity, da Nasa (Agência Aeroespacial dos Estados Unidos), subiu da superfície de Marte para o ar rarefeito do planeta nesta segunda-feira, 19, realizando o primeiro voo motorizado em outro planeta.
O triunfo foi saudado como um momento dos Irmãos Wright. O mini helicóptero de 1,8 quilo, na verdade, carregava um pouco do tecido da asa do Wright Flyer 1903, que fez história semelhante em Kitty Hawk, Carolina do Norte.
"Dados do altímetro confirmam que o Ingenuity realizou seu primeiro voo, o primeiro voo de uma aeronave motorizada em outro planeta", disse o piloto-chefe do helicóptero na Terra, Havard Grip, com a voz embargada enquanto seus companheiros explodiam em gritos de alegria.
Os controladores de voo da Califórnia confirmaram o breve salto do Ingenuity depois de receber dados através do rover (um veículo espacial) Perseverance, que ficou vigiando a mais de 65 metros de distância. O Ingenuity chegou em Marte acoplado no Perseverance.
A demonstração do helicóptero de US$ 85 milhões (R$ 475 milhões) foi considerada de alto risco, mas trouxe uma alta recompensa.
A gerente de projeto MiMi Aung e sua equipe tiveram que esperar mais de três horas excruciantes antes de saber se o voo pré-programado teve sucesso a 287 milhões de quilômetros de distância. Para aumentar a ansiedade, um erro de software impediu o helicóptero de decolar uma semana antes e fez com que os engenheiros lutassem para encontrar uma solução.
Aplausos, gritos e risos explodiram no centro de operações quando o sucesso foi finalmente declarado e quando a primeira foto em preto e branco do Ingenuity apareceu nas telas, mostrando sua sombra enquanto pairava sobre a superfície de Marte. Em seguida, vieram as impressionantes imagens coloridas do helicóptero descendo de volta à superfície, tiradas pelo Perseverance, "o melhor hospedeiro que o pequeno Ingenuity poderia esperar", disse Aung, agradecendo a todos.
A NASA estava planejando um voo de 40 segundos e, embora os detalhes fossem inicialmente escassos, a nave atingiu todos os seus alvos: girar, decolar, pairar, descer e pousar.
Para realizar tudo isso, as pás gêmeas do rotor em contra-rotação do helicóptero precisavam girar a 2.500 rotações por minuto - cinco vezes mais rápido do que na Terra. Com uma atmosfera de apenas 1% da espessura da Terra, os engenheiros tiveram que construir um helicóptero leve o suficiente - com as lâminas girando rápido o suficiente - para gerar essa elevação de outro mundo. Ao mesmo tempo, tinha que ser forte o suficiente para resistir ao vento marciano e ao frio extremo.
Depois de mais de seis anos de construção, o Ingenuity é um barebones de 0,5 metros de altura, um helicóptero esguio de quatro patas. Sua fuselagem, contendo todas as baterias, aquecedores e sensores, é do tamanho de uma caixa de lenços de papel. Os rotores de fibra de carbono e preenchidos com espuma são as peças maiores: cada par se estende por 1,2 metro ponta a ponta.
O helicóptero é coberto por um painel solar para recarregar as baterias, crucial para sua sobrevivência durante as noites marcianas de 90ºC negativos.
A NASA escolheu uma área plana e relativamente livre de rochas para o campo de aviação do Ingenuity, medindo 10 metros por 10 metros. Descobriu-se que ficava a menos de 30 metros do local de pouso original na cratera de Jezero. O helicóptero foi liberado do rover para o campo de aviação no dia 3 de abril.
Comandos de voo foram enviados no domingo, depois que os controladores enviaram uma correção de software para a rotação da pá do rotor.
O pequeno helicóptero com um trabalho gigante atraiu a atenção de todo o mundo, desde o momento em que foi lançado com o Perseverance em julho passado até agora.
Até mesmo Arnold Schwarzenegger se juntou à diversão, torcendo pela Ingenuity no fim de semana via Twitter. "Vá para o helicóptero!", gritou, reencenando uma linha de seu filme de ficção científica de 1987 "Predator".
Estão planejados até cinco voos de helicóptero, cada um mais ambicioso que o outro. Se for bem-sucedida, a demonstração poderá abrir caminho para uma frota de drones marcianos nas próximas décadas, fornecendo vistas aéreas, transportando pacotes e servindo como batedores para astronautas. Helicópteros de alta altitude aqui na Terra também podem se beneficiar — imagine os helicópteros navegando facilmente no Himalaia.
A equipe do Ingenuity tem até o início de maio para concluir os voos de teste. Isso porque o rover precisa continuar com sua missão principal: coletar amostras de rochas que possam conter evidências de vida marciana passada, para retornar à Terra daqui a uma década.
Até então, o Perseverance zelará pelo Ingenuity. Os engenheiros de voo os chamam carinhosamente de Percy e Ginny. "A irmã mais velha está assistindo", disse Elsa Jensen da Malin Space Science Systems, a principal operadora de câmera dos robôs./AP
*Por: ESTADÃO
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