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SÃO CARLOS/SP - A oficina de fotografia que estava prevista para acontecer nesta quarta-feira, 15 de junho, no Museu da Ciência “Professor Mário Tolentino”, foi transferida para dia 23 de junho. O responsável pela realização dos workshops, o fotógrafo Adriano Gambarini, foi diagnosticado com COVID-19 e não poderá atender o público.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) readequou o calendário para levar os workshops do Projeto “Água” aos estudantes para as duas Unidades Escolares: Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) “Carmine Botta” e EMEB “Dalila Galli” nos espaços das bibliotecas.

EUA - Após quatro anos de pesquisas em Marte, a sonda InSight da Nasa provavelmente encerrará suas atividades no próximo verão no hemisfério norte, pois a poeira acumulada em seus painéis solares diminui sua potência.

O robô deixará um legado de dados que será aproveitado por cientistas de todo o mundo por anos, o que ajudará a melhorar a compreensão humana sobre a formação do planeta, informou a Nasa ao fazer o anúncio na terça-feira (18).

Equipada com um sismômetro ultrassensível, a sonda registrou mais de 1.300 "sismos marcianos", incluindo um de magnitude 5 em 4 de maio, o mais forte já registrado.

Mas por volta do mês de julho, o sismômetro se apagará.

Depois, será atestado o nível de energia do robô aproximadamente uma vez por dia e será possível continuar tirando fotos. No fim de 2022, a missão será interrompida por completo.

A causa é o acúmulo de poeira marciana em seus dois painéis solares, com cerca de 2,2 metros cada.

Após chegar a Marte em novembro de 2018, o InSight em breve ficará sem bateria, pois já funciona com apenas um décimo de sua carga original.

A sonda ganhou uma extensão de sua vida útil há aproximadamente um ano, quando seu braço mecânico foi usado de forma imprevista para eliminar parte da poeira dos painéis solares, prolongando a missão.

Nesta manobra, bem sucedida seis vezes, o braço usou a própria poeira para limpar os painéis: coletou terra marciana e a deixou cair sobre o robô para que a sujeita saísse dos painéis solares, limpando parcialmente sua superfície.

Bruce Banerdt, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, explicou nesta terça em coletiva de imprensa que devido aos custos decidiu-se não adicionar nada específico ao robô para limpar os painéis porque instalar um mecanismo assim deixaria "menos para pôr nos instrumentos científicos".

 

- "Tesouro científico" -

A InSight é uma das quatro missões atualmente em curso no planeta vermelho, juntamente com os rovers americanos Perseverance e Curiosity, e o chinês Zhurong.

Desde que chegou a Marte, seu sismômetro, fabricado na França, abriu o caminho para grandes avanços.

"O interior (do planeta vermelho) era uma espécie de sinal de interrogação gigante", disse Banerdt, que trabalhou na missão InSight por mais de uma década.

Mas graças a esta sonda, "pudemos mapear o interior de Marte pela primeira vez na história".

As ondas sísmicas, que variam de acordo com os materiais que atravessam, oferecem uma imagem do interior do planeta.

Os cientistas conseguiram confirmar, por exemplo, que o núcleo de Marte é líquido e determinar a espessura da crosta marciana, menos densa do que se pensava e provavelmente formada por três camadas.

O terremoto de magnitude 5 registrado no começo de maio foi muito mais forte do que todos os já registrados e se aproximou do que os cientistas pensavam que seria um máximo em Marte, embora não fosse considerado um sismo forte na Terra.

"Este terremoto será realmente uma arca do tesouro de informação científica quando a tivermos em mãos", disse Banerdt.

Os sismos são causados, em particular, pela movimentação das placas tectônicas, explicou, mas também podem ser provocados quando a crosta terrestre se move devido às anomalias de temperatura provocadas por seu manto.

É este último tipo de tremor que os cientistas acreditam ocorrer em Marte.

No entanto, o InSight não se saiu bem em todas as operações científicas, como quando seu sensor térmico teve problemas para se inserir sob a superfície para medir a temperatura do planeta devido à composição do solo onde o robô pousou.

Mas, à luz do êxito do sismômetro, a Nasa considera no futuro usar a técnica em outros locais, disse Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciências Planetárias da agência.

"Realmente gostaríamos de estabelecer uma rede completa na Lua para entender de verdade o que acontece ali", destacou.

 

 

AFP

SÃO PAULO/SP - Uma pesquisa do Datafolha encomendada pelo Instituto Oncoguia revela que cerca de oito em cada dez brasileiros (83%) de 16 anos ou mais já tiveram algum conhecido com câncer, seja familiar, amigo, vizinho ou colega. Se considerados aqueles que receberam o diagnóstico da doença ou viram alguém do lar desenvolvê-la, quatro em cada dez pessoas no país já conviveram com o câncer de perto.

Ao todo, 63% dos brasileiros afirmam que o câncer deve ser a doença tratada como maior prioridade pelo governo. Na sequência aparecem doenças cardiovasculares e o consumo abusivo de álcool, distantes em 55 pontos percentuais, com 8% das citações. Diabetes, por sua vez, recebeu 6% das menções.

O Datafolha realizou 2.099 entrevistas entre os dias 4 e 12 deste mês. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Pessoas com nível de escolaridade superior e pertencentes às classes A e B são os grupos que menos fizeram alguma menção ao câncer.

As mulheres foram as que mais citaram "doenças cardiovasculares", "obesidade" e "doenças respiratórias", enquanto os homens destacaram "tabagismo" e "falta de atividade física" quando questionados sobre doenças que mais causam preocupação.

Falar em câncer desperta sentimentos negativos em 42% dos brasileiros, destacando-se a associação à palavra "morte". "Doença", "dor", "medo", "tristeza" e "sofrimento" são outras que aparecem com maior frequência. Menções a "tratamento" e "cura" foram feitas por apenas 14% e 9% dos entrevistados, respectivamente.

Segundo o Datafolha, os resultados da pesquisa indicam a importância de ampliar os esforços para diagnósticos precoces e o acesso a tratamentos, hoje pouco percebidos pela população.

Para a fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, o levantamento mostra que o câncer chega cada vez mais perto das pessoas, além de um pedido da população para que o câncer receba mais atenção de governos.

"Essa é uma informação que todos os políticos precisam conhecer, principalmente em ano eleitoral", afirma. "Diante de tantos problemas, há que se priorizar e agir. O câncer não espera", segue.

A pesquisa feita pelo Datafolha será apresentada pela ONG de apoio e defesa de direitos de pacientes com câncer nesta terça-feira (26), durante o Fórum Nacional Oncoguia. No evento, que se estenderá até a próxima sexta (29), será discutido o cenário da oncologia no país.

 

 

MÔNICA BERGAMO / FOLHA

SÃO CARLOS/SP - As perdas e desperdícios agroalimentares gerados em volumes maciços a partir de operações e consumo agroindustriais poderiam ser transformados em diversos produtos de alto valor agregado, como bioplásticos e materiais avançados, para movimentar a chamada bioeconomia circular. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores da Embrapa, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e de instituições da Finlândia, Áustria e Canadá.

Parte da biomassa dos resíduos agroalimentares (FLW, sigla em inglês para food loss and waste) é atualmente reaproveitada, mas geralmente para aplicações de baixo valor agregado, como alimentação para o gado. Isso pode ser considerado uma subutilização, já que a versatilidade dos FLW permite a sua reutilização para produção de materiais avançados, com potencial de aplicação em dispositivos biomédicos, sensores, atuadores e dispositivos de conversão e armazenamento de energia.

O estudo ressalta a importância dos resíduos agroalimentares para o mercado de embalagens, principalmente, de alimentos, para o qual é bastante promissor, devido ao crescimento contínuo do setor, acompanhando a demanda cada vez maior por alimentos de conveniência e o aumento da população urbana.

De linear para circular

De acordo com os pesquisadores, a bioeconomia é baseada na transformação de recursos renováveis em produtos finais, incluindo materiais. No entanto, a economia circular propõe a transformação da atual cadeia de abastecimento linear (“pegue, faça, use, descarte”) em um modelo circular (“pegue, faça, use, recicle”), focado na otimização da eficiência de recursos e processos por meio da reutilização e dos diferentes tipos de reciclagem de produtos.

Eles acreditam que isso possibilitaria um ciclo cada vez mais perto de ser fechado, conduzindo a um sistema idealmente livre de resíduos e, assim, contrabalançar as deficiências socioeconômicas e ambientais existentes no modelo linear atual.

Para o engenheiro de materiais da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Daniel Souza Corrêa, um dos autores do estudo, os FLW representam desperdício de recursos, incluindo água, trabalho e energia usados para produzir alimentos.

Os três eixos, que compreendem o nexus água-energia-alimento, exigem uso mais eficiente, equitativo e adequado frente ao possível esgotamento de recursos do ecossistema de produção. Até pouco tempo água-energia e alimentos eram gerenciados de forma independente, mas em emergente abordagem, passaram a ser tratados de forma conectada.

O conceito nexus - palavra de origem latina – vem demandando integração entre os três elementos, uso racional e governança de diferentes setores, considerando que o uso em excesso de uma das variáveis causa perda de outra e, consequentemente, nas cadeias de produção.

“Além disso, os resíduos agroalimentares contribuem para agravar o cenário das mudanças climáticas, com o aumento dos gases de efeito estufa (GEE). O gás metano, por exemplo, principal contribuinte para a formação do ozônio, é liberado durante a decomposição de matéria orgânica (como restos de alimentos encontrados em lixões e aterros”, diz o pesquisador.

Geração de bioplástico

O estudo “O nexus alimentos-materiais: bioplásticos de próxima geração e materiais avançados de resíduos agroalimentares”, foi publicado em 2021, na edição 43 na contracapa da Advanced Materials. A revista é uma das de maior impacto na área. No artigo, os cientistas avaliaram os avanços recentes na valorização dos FLW.

Além disso, exploraram aspectos de sustentabilidade associados às demandas de fabricação de materiais e dispositivos avançados e funcionais, bem como os desafios e estratégias para obter bioplásticos a partir desses resíduos agroalimentares.

Entre as aplicações apontadas está a transformação de perdas e resíduos agroalimentares em materiais “verdes”, uma opção emergente que utiliza biomassa residual e fluxos secundários da cadeia de abastecimento alimentar.

O professor do Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, Caio Otoni, primeiro autor do estudo, explica que a maioria dos bioplásticos atuais é de primeira geração, ou seja, produzidos a partir de plantas ricas em carboidratos ou proteínas que, pelo menos em alguns casos, poderiam ser usados como alimento ou ração animal. Entre elas, destacam-se milho, cana-de-açúcar, soja, trigo e batata, o que leva a divergências em torno de aplicações alimentares e não alimentares.

Por outro lado, o pesquisador diz que os bioplásticos de segunda geração são derivados de matérias-primas que não se destinam ao uso alimentar, incluindo celulose de madeira e FLW. Uma terceira geração de bioplásticos, ainda em desenvolvimento, envolve a produção direta de plásticos, ou seus blocos de construção, a partir de organismos vivos.

“Portanto, a utilização de resíduos agroalimentares (FLW) para obter materiais é compatível com os bioplásticos de segunda e terceira gerações, representando uma alternativa sustentável para as estratégias atuais de produção massiva de plásticos, sobremaneira os ditos de uso único”, avalia Otoni.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil produz quase 37 milhões de toneladas de lixo orgânico anualmente, mas apenas 1% do que é descartado é reaproveitado. O lixo orgânico não tratado gera gás metano, nocivo à atmosfera, quando entra em decomposição nos aterros sanitários.

Desafio Global

A perda e o desperdício de alimentos são considerados um problema generalizado em todo o globo, um desafio à segurança alimentar, à economia e à sustentabilidade ambiental.

Reduzir o desperdício alimentar global per capita é uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), que tem como meta diminuir em 50% os FLW até 2030 (a meta foi definida em 2015).

De acordo com o estudo global Food Waste Index, divulgado em março do ano passado, a estimativa é de que 931 milhões de toneladas de alimentos, ou 17% do total de alimentos disponíveis para os consumidores em 2019, foram despejados por residências, varejos, restaurantes e outros serviços de alimentação.

Iniciativas promissoras

Na Embrapa Instrumentação, pesquisas para aproveitamento de subprodutos agroalimentares já vêm sendo realizadas há mais de duas décadas, frequentemente em parceria com grupos da UFSCar, de outras unidades da Embrapa, entre elas, a Embrapa Agroindústria Tropical, e de outras instituições do Brasil e do exterior, como o Departamento de Agricultura dos EUA, o USDA.

Segundo a engenheira de alimentos da Embrapa, Henriette M. C. Azeredo, coautora do estudo, além do reaproveitamento de subprodutos ou resíduos, existem casos em que se utilizam as partes comestíveis dos alimentos para a produção de materiais, neste caso, materiais comestíveis. Um exemplo são os filmes comestíveis à base de frutas, hortaliças e legumes.

Estas películas finas têm potencial para servir como embalagem primária e embalar de pizzas a sushi e, a depender da formulação, podem apresentar características físicas semelhante aos plásticos convencionais, como resistência mecânica e capacidade de barreira, além de igual capacidade de proteção dos alimentos. Esta linha de pesquisa, iniciada na Embrapa pelo pesquisador Luiz Henrique Capparelli Mattoso, pode ajudar a reduzir o desperdício de alimentos.

O uso de embalagens comestíveis é fundamental para a proteção dos alimentos, para evitar agentes de deterioração, danos mecânicos, desidratação, entre outros. Assim, o principal objetivo deve ser a minimização de FLW com o uso de materiais de longa duração, considerando a circularidade e a persistência dos recursos naturais dentro do ciclo econômico.

Barreiras ao uso

No entanto, os custos econômicos e diferenças de desempenho permanecem como barreiras importantes para o uso dos resíduos agroalimentares. Azeredo diz que, embora mais vantajoso do ponto de vista ambiental, a maioria dos bioplásticos tem desempenho inferior nas suas propriedades, comparados aos plásticos convencionais.

“Além de apresentarem desafios na processabilidade, requerendo adaptações de engenharia ou novos métodos, esses materiais geralmente têm propriedades mecânicas e de barreira inferiores aos dos plásticos convencionais. Estes são desafios a serem enfrentados com pesquisa e criatividade. Por outro lado, os materiais derivados de alimentos podem ter propriedades funcionais (como antimicrobianas e antioxidantes, por exemplo) que não são apresentadas pelos plásticos convencionais”, afirma a engenheira de alimentos.

Azeredo explica que a composição química complexa e heterogênea da biomassa derivada dos resíduos agroalimentares é um desafio, mas também pode oferecer grandes oportunidades, por exemplo, se táticas de fracionamento apropriadas forem aplicadas.

Bruno Dufau Mattos, pesquisador da Universidade de Aalto, na Finlândia, e coautor do trabalho, complementa que as estratégias de última geração usadas para reciclar FLW em materiais multifuncionais e avançados dependem da desconstrução e remontagem, síntese e engenharia de blocos de construção monoméricos, poliméricos e coloidais derivados de resíduos agroalimentares.

Azeredo enfatiza, no entanto, que os bioplásticos representam apenas uma pequena fração, cerca de 1% da produção total de plásticos. A principal aplicação são as embalagens, mais de 53%, o que representou 1,14 milhão de toneladas em 2019.

Para a pesquisadora, os bioplásticos poderiam substituir contrapartes tradicionais não renováveis ou criar soluções para os desafios tecnológicos atuais, melhorando assim os aspectos de sustentabilidade e circularidade da fabricação de materiais. 

EUA - Por que é tão mais fácil escolher comer um donut em vez de uma porção de brócolis cozido no vapor?

Não há dúvida de que algumas comidas despertam mais a nossa vontade do que outras — sobretudo aquelas ricas em açúcar e gordura.

Mas por que são tão irresistíveis?

Experimentos científicos nos oferecem algumas pistas sobre o que acontece em nossos cérebros quando optamos por certos alimentos.

Segundo o neurocientista Fabian Grabenhorst, se você entrasse em uma máquina de ressonância magnética e te oferecessem um milk-shake de chocolate, poderíamos ver o sistema de recompensas do seu cérebro se iluminar como um parque de diversões.

Logo acima dos olhos, está localizado o córtex orbitofrontal, uma parte do cérebro que é especialmente desenvolvida em humanos e primatas.

Nela, grupos de neurônios respondem a diferentes sensações e nutrientes — sabor, cheiro, quão cremoso e encorpado o milkshake é — e quanto mais seus neurônios se iluminam, mais apetitosa a comida em questão parece.

Duas coisas que alegram particularmente estes neurônios de recompensa são a gordura e o açúcar.

E combinações de gordura e açúcar podem ser ainda mais atraentes, como no caso do milkshake, de um donut ou de uma fatia de torta.

Mas nossos neurônios não respondem apenas a essas sensações, eles também são ativados quando você está planejando o que comer — em uma espécie de competição entre si para serem "escolhidos".

E uma vez que você decide, os mesmos neurônios acompanham seu progresso — à medida que você come, eles vão ficando cada vez menos ativos, conforme você se aproxima da saciedade.

Mas não estamos totalmente à mercê das demandas de nosso córtex orbitofrontal. Ter informações sobre os alimentos pode fazer uma grande diferença.

Vamos voltar àquela máquina de ressonância magnética, e tomar agora um pouco de sopa. Tem dois tipos — uma sopa é identificada como de 'sabor rico e delicioso', e a outra como 'água de legume cozido'.

Seus neurônios se iluminam mais ao tomar a sopa de 'sabor rico e delicioso', e menos com a 'água de legume cozido'.

Mas tem uma pegadinha: é a mesma sopa. A única diferença é o nome, e isso é suficiente para mudar completamente sua experiência, conforme mostram estudos.

Este experimento também foi feito com vinho — dizer às pessoas que determinado vinho era mais caro aumentava a atividade dos neurônios e deixava o vinho com um sabor melhor.

Outra parte do cérebro envolvida na escolha dos alimentos é a amígdala — estrutura localizada no lobo temporal (lateral), que processa nossas emoções.

Ela também tem um papel quando você decide onde ir comer com outra pessoa.

Se você já viu no passado o que esta pessoa prefere, sua amígdala terá desenvolvido os chamados neurônios de simulação — que permitem a você prever as intenções do outro e incluir assim em suas próprias sugestões do que comer juntos.

As diferenças em nossos genes também são um fator que explica quão suscetíveis somos ao canto da sereia dos nossos neurônios de recompensa — algumas pessoas são naturalmente mais responsivas à recompensa que sentimos ao comer açúcar e gordura do que outras.

 

Aspecto social

Experimentos científicos nos oferecem pistas sobre como nossos cérebros computam nossas escolhas sobre o que comer, mas a maneira como lidamos com essas escolhas em nossas vidas e na sociedade também é complexa.

De acordo com Emily Contois, professora assistente de Estudos de Mídia da Universidade de Tulsa, nos EUA, vários fatores influenciam nossa escolha do que comer.

"O que está disponível no supermercado? O que é conveniente? O que é acessível financeiramente? O que traz boas lembranças? O que é gostoso para nós? O que achamos saudável? Qual é o nosso estado de saúde atual? O que define nossas ideias sobre quem somos?", enumera ela para a BBC Ideas.

E as redes sociais, segundo ela, ganharam um papel importante neste processo.

"O Instagram, e o desejo de que as pessoas sejam capazes de tirar belas fotos de comida, transformaram a ideia de que 'você é o que você come', em 'você é o que você posta'", avalia.

Contois afirma que buscamos uma série de coisas diferentes a partir dos alimentos que consumimos — como conforto, conexão com nossa família ou nossa herança ancestral e até mesmo um senso de controle.

"Quando vivemos em momentos repletos de conflitos econômicos, políticos e sociais, às vezes buscamos na comida aquela sensação de segurança e proteção. Então, nesses momentos, às vezes vemos as pessoas se interessarem muito por ideias relacionadas à simplicidade, saúde e pureza, como uma maneira de nos protegermos de contextos fora do nosso controle", explica.

Desta forma, a comida fala um pouco também sobre quem somos.

"(Sobre) Toda a complexidade da nossa identidade. O que comemos conta histórias sobre nosso gênero e nossa sexualidade, nossa raça e nossa etnia, nossa classe social ou nossas aspirações em relação à nossa classe social, a região onde vivemos, seja uma área urbana ou rural. O que comemos conta essas histórias contraditórias e complexas sobre quem somos", diz ela.

No futuro, podemos usar nosso conhecimento sobre o que acontece em nossos cérebros para criar alimentos atraentes com poucas calorias e saudáveis.

E podemos nos ajudar entendendo como nossos neurônios de recompensa tramam para conseguir o que querem.

Podemos ficar atentos a momentos em que tendemos a fazer escolhas erradas, como quando optamos por determinado alimento por causa de um rótulo que consideramos atraente, e não pelo teor em si.

No fim das contas, pelo menos não estamos totalmente à mercê de nossos neurônios de recompensa. Podemos usar nossa compreensão para ajudar a pensar em alimentos saudáveis ​​e fazer escolhas saudáveis.

 

 

BBC NEWS

CHICAGO - Uma paciente norte-americana com leucemia se tornou a primeira mulher e a terceira pessoa a ser curada do HIV depois de receber um transplante de células-tronco de um doador que era naturalmente resistente ao vírus que causa a Aids, afirmaram pesquisadores nesta terça-feira, 15.

O caso de uma mulher de meia-idade, apresentado na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas em Denver, também é o primeiro envolvendo sangue de cordão umbilical, uma nova abordagem que pode tornar o tratamento disponível para mais pessoas.

Desde que recebeu o sangue do cordão umbilical para tratar sua leucemia mieloide aguda --um câncer que começa nas células formadoras de sangue na medula óssea-- a mulher está em remissão e livre do vírus há 14 meses, sem a necessidade de tratamentos potentes para o HIV, conhecidos como terapia antirretroviral.

Os dois casos anteriores ocorreram em homens --um branco e um latino-- que receberam células-tronco adultas, que são mais frequentemente usadas em transplantes de medula óssea.

"Este é agora o terceiro relato de cura neste cenário, e o primeiro de uma mulher vivendo com HIV", disse Sharon Lewin, presidente eleita da Sociedade Internacional de Aids, em um comunicado

O caso faz parte de um estudo maior, apoiado pelos Estados Unidos, liderado pela Dra. Yvonne Bryson, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), e pela Dra. Deborah Persaud, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. O objetivo é acompanhar 25 pessoas com HIV que se submetem a um transplante com células-tronco retiradas do sangue do cordão umbilical para o tratamento de câncer e outras doenças graves.

Os pacientes do estudo primeiro passam por quimioterapia para matar as células imunológicas cancerígenas. Os médicos então transplantam células-tronco de indivíduos com uma mutação genética específica na qual não possuem receptores usados ​​pelo vírus para infectar células.

Os cientistas acreditam que esses indivíduos desenvolvem um sistema imunológico resistente ao HIV.

SÃO PAULO/SP - O banco digital Nubank anunciou oficialmente nesta terça-feira (1º), o lançamento gradual do Nubank Celular Seguro. Conforme adiantado pelo TecMundo em janeiro, o novo serviço é oferecido em parceria com a Chubb e o preço da assinatura varia de acordo com o modelo do dispositivo. O seguro ainda pode ser personalizado para se adequar às necessidades do cliente.

De acordo com o Nubank, o novo serviço oferece cobertura nacional e internacional. Toda a contratação é feita pelo celular, com opções de seguro que cobrem roubos, furtos e danos acidentais. No ato da contratação, o cliente fica sabendo o valor mensal da cobertura e do adicional de franquia, de pagamento único, a partir das opções selecionadas. Além disso, uma equipe do banco deverá oferecer atendimento 24 horas aos assinantes.

 

Quem já pode assinar?

Neste momento de lançamento, apenas uma parcela de clientes do Nubank terá acesso ao novo serviço. O banco também criou uma lista de interesse para que os clientes possam se cadastrar e receber o acesso no futuro.

A assinatura do contrato do Nubank Celular Seguro possui um período de carência de 30 dias — que são contados a partir da data da contratação.

“O Brasil está entre os maiores mercados de smartphones do mundo, com mais de 240 milhões de celulares, mas também tem uma taxa de furtos e roubos muito alta”, disse em nota Livia Chanes, vice-presidente de Produtos do Nubank. Segundo uma pesquisa de 2020, mais de 60% da população já teve o celular roubado alguma vez.

O seguro do Nubank para celular também deixa claro que não cobre danos intencionais, falhas anteriores à vigência do seguro, defeitos causados por manutenção ou instalação de acessórios, além de problemas ocasionados por software e outros.

 

 

Wellington Arruda / TECMUNDO

FRANÇA - Um livro que tenta provar a existência de Deus a partir do estado atual da ciência e, em particular, da observação do Universo, tornou-se best-seller na França.

Os cientistas, no entanto, estão céticos em relação a este grosso volume de 600 páginas, "Dieu, la science, les preuves" ("Deus, a ciência, as provas", em tradução livre), coescrito por um engenheiro, Michel-Yves Bolloré, irmão de um magnata industrial, e um consultor e empresário com licença em Teologia, Olivier Bonnassies.

Três meses após seu lançamento, o livro já vendeu mais de 100.000 cópias. Michel-Yves Bolloré é católico praticante e irmão de Vincent Bolloré, um dos mais poderosos industriais franceses.

O coautor garantiu à AFP que trabalhou durante três anos em "um livro que não existia até agora".

O trabalho visa explicar "de forma acessível" como as descobertas astronômicas do século 20 voltaram a evidenciar a existência de uma inteligência suprema, que tudo orquestrava.

Por quase quatro séculos, com o surgimento de Galileu, depois Newton e Darwin, "a ciência demonstrou que não era necessário um Criador para explicar o Universo. A ponto de o materialismo triunfar no início do século XX".

Mas agora a sociedade vive um grande movimento "pendular", com a descoberta do Big Bang, a expansão do Universo, sua morte térmica... Teorias que, segundo Michel-Yves Bolloré, questionam a tese de um Universo imutável, uma vez que "tem um começo e um fim".

Os autores concluem, portanto, a existência de um "Criador Supremo" que deu o primeiro impulso.

"É a noção de prova que causa controvérsia", admite Thierry Magnin, físico e padre.

"Temos o direito de pensar que existe um 'grande relojoeiro', mas não temos o direito de dizer que isso é em si uma 'prova'", disse à AFP. "Articular ciência e religião não é o mesmo que confundi-las."

"Afirmar que a existência de Deus pode ser comprovada cientificamente é ser um tanto ingênuo", acrescenta o filósofo da ciência Etienne Klein, no semanário L'Express.

Pesquisa está inserida em um projeto da EMBRAPII- Unidade do Instituto de Física de São Carlos

 

SÃO CARLOS/SP - Jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um projeto pertencente à EMBRAPII-Unidade do IFSC/USP, com a participação das empresas “Dermociencia”, empresa de cosmética sediada em nossa cidade, e a “AGTTEC”, empresa dedicada ao beneficiamento do café, localizada na cidade de Dois Córregos (SP), com a finalidade de tratar mulheres portadoras da designada Alopecia Androgenética - comumente conhecida como calvice.

A equipe técnico-científica é constituída pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, Drª Fernanda Carbinatto, farmacêutica e pós-doutoranda do IFSC/USP, e Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia.

Este projeto, que é bastante interessante, juntou as experiências das duas empresas acima citadas, com o intuito de verificar a eficácia de um composto constituído por pó do café verde e um shampoo neutro.

“Já existem no mercado diversos produtos que contêm o café verde destinados, principalmente, para a área da saúde estética e tratamento capilar. Contudo, a nossa atenção ficou voltada, não para o óleo do café verde, propriamente dito, que é extraído diretamente do grão, mas para um produto derivado dele, chamado “torta”, que é muito rico em cafeína e em ácido clorogênico (antioxidante), explica Fernanda Carbinatto.

Foi a partir de estudos realizados com esse produto que as pesquisadoras chegaram à conclusão que poderiam iniciar uma abordagem com o tratamento experimental para combater a calvície feminina (alopecia androgenética), um projeto que será desenvolvido no espaço “K Quadrado”, em São Carlos.

A chamada de voluntárias mulheres para este tratamento não invasivo e aprovado pelo Comité de Ética, consta apenas na aplicação do produto diretamente no couro cabeludo das pacientes por meio da lavagem no local a ser desenvolvido os testes. Serão dez sessões, duas vezes por semana, com a duração de 40 minutos cada sessão, antecedendo-se sempre a análises microscópicas e macroscópicas da região a ser tratada, tendo como objetivo a recuperação dos fios de cabelos que foram acometidos pela disfunção.

EUA - A dengue é uma doença que afeta quase 100 milhões de pessoas no mundo todos os anos, provocando sintomas como febre alta e dores intensas. Agora, uma nova pesquisa talvez tenha a resposta para um possível tratamento para o vírus.

Testes em culturas de células e ratos revelaram que um composto identificado recentemente é capaz de desarmar o vírus, impedindo o mesmo de se replicar e prevenir a doença, de acordo com um estudo publicado na quarta-feira (6) na revista científica Nature.

A pesquisa também indica que o composto pode ser efetivo se administrado de forma preventiva, antes da infecção, ou como um tratamento após a instalação do vírus.

Para Scott Biering e Eva Harris, especialistas da Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos EUA, a descoberta é um desenvolvimento "empolgante" na batalha contra a dengue.

"[O estudo] representa um grande avanço no campo da terapêutica da dengue" afirmou a dupla, que não participou diretamente da pesquisa, em resenha publicada na Nature.

Não há dúvida de que o vírus transmitido pelo mosquito aedes aegypti representa uma ameaça para a saúde pública global, já que as estimativas indicam que ele infecta pelo menos 98 milhões de pessoas por ano e está presente em 128 países.

Além disso, como existem quatro cepas diferentes do vírus, ser infectado por uma delas não garante proteção contra as outras, e as reinfecções costumam evoluir para complicações mais graves, a chamada dengue hemorrágica.

Até o momento, não existe tratamento para o vírus, e as estratégias de mitigação se concentram no foco da transmissão, que são os mosquitos. Apenas uma vacina, a Dengvaxia, foi aprovada em alguns países, mas sua efetividade é limitada a uma única cepa.

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