Autoridades da Flórida, nos EUA, anunciaram nesta quarta-feira, 30 duas mortes decorrentes do furacão Idalia, que atingiu o estado norte-americano. Após os óbitos e outros acidentes na região, o Centro Nacional de Furacões dos EUA afirmou que o furacão reduziu a intensidade de ventos – antes a 200 km/h – e está no estágio 1. O nível máximo de força é categoria 5.
Entre as vítimas, estava um homem de 40 anos, cujo veículo perdeu controle nas chuvas e atingiu uma árvore. Em Alachua, a um homem de 59 anos também sofreu acidente em meio ao furacão e perdeu a vida. A Divisão de Gestão de Emergências da Flórida criou uma linha especial para atender vítimas do furacão.
Mais de 1 milhão de pessoas receberam ordem de retirada imediata da Flórida. Um pronunciamento oficial do governador do estado, Ron DeSantis, foi publicado nas rede sociais. “À medida que o furacão Idalia atinge a costa, não saia de casa se estiver no caminho da tempestade. (…) As condições podem piorar rapidamente”, reforçou.
DeSantis afirmou que Idalia será provavelmente o furacão mais forte a atingir a região em mais de um século.
Antes de tocar o solo na Flórida, Idalia era classificado como furacão de categoria 4 ao avançar pelo Golfo do México, antes de ser rebaixado para magnitude 3 na escala Saffir-Simpson (que vai até 5), como geralmente acontece quando os fenômenos ciclônicos avançam por terra firme.
Com informações da AFP
por Edda / ISTOÉ
EUA - O setor privado dos Estados Unidos criou 177 mil empregos em agosto, segundo pesquisa com ajustes sazonais divulgada nesta quarta-feira, 30, pela ADP.
O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, de geração de 200 mil postos de trabalho. A pesquisa da ADP, que adotou nova metodologia no ano passado, também mostrou que os salários no setor privado tiveram expansão média anual de 5,9% em julho.
Segundo a nota da ADP, a desaceleração foi causada principalmente pelos componentes de lazer e hospitalidade.
EUA - Em uma entrevista ao Real América, o economista Peter Schiff repetiu mais uma vez suas advertências sobre uma possível catástrofe econômica desencadeada pelas políticas econômicas do presidente dos EUA, Biden.
Ele disse que as políticas da Bidenomics são um desastre e que a inflação continuará a subir enquanto o governo continuar a tomar empréstimos e gastar.
Questionado sobre a desaceleração do IPC nos últimos meses, o economista apontou que o indicador foi deliberadamente modificado na década de 1990 para subestimar a inflação de preços.
"Acho que é mais preciso dobrar qualquer que seja a taxa oficial, que provavelmente é uma estimativa próxima da taxa real. Portanto, se estivermos em 3,1, provavelmente será 6,2", disse ele.
Ele continuou dizendo que a única razão pela qual o IPC oficial caiu de pouco mais de 9% para 3% é o colapso no preço do petróleo, que é o resultado da decisão sem precedentes de Biden de acessar a Reserva Estratégica de Petróleo dos EUA, enquanto o dólar subiu acentuadamente no câmbio como resultado do aumento da taxa do Fed.
No entanto, ele ressaltou que o aumento do dólar parece ter acabado e que não há muito petróleo restante na reserva, destacando que essa talvez seja "a razão pela qual os preços do petróleo subiram cerca de 30% em relação às mínimas de alguns meses atrás, e cerca de 15% no último mês", prevendo que devemos esperar "ver os números do IPC retrocederem para o outro lado".
Ele citou o exemplo do setor imobiliário, com os aluguéis subindo rapidamente, enquanto a aquisição de uma casa própria se torna muito mais difícil devido ao aumento do custo das hipotecas.
"Se você não tem dinheiro para comprar, terá que alugar, e os proprietários sabem disso. Portanto, eles podem aumentar os aluguéis porque seus inquilinos não têm mais a alternativa de uma hipoteca a 3,5%", explicou o economista, ressaltando que os proprietários estão enfrentando um aumento em seus pagamentos mensais de hipoteca, o que se reflete nos aluguéis que cobram.
Ele lamentou o fato de o presidente Biden e os porta-vozes do governo estarem exaltando o sucesso da "Bidenomics", dizendo que o presidente não fez nada "exceto aumentar os gastos públicos e adicionar mais regulamentações à economia", descrevendo a situação como "um verdadeiro desastre" e prevendo que a situação só pioraria com o tempo, à medida que a inflação se acelerasse e a economia entrasse em colapso.
EUA - Os Estados Unidos adotaram o modelo de pagamento instantâneo brasileiro, chamado Pix, e o nomearam FedNow.
O CEO da C&M Software, Orli Machado, especialista em liquidação interbancária, que atua no setor financeiro do Brasil, acompanha a implementação do FedNow.
“Assim como no Pix, o FedNow será muito mais barato do que outros meios de pagamento. Quando se fala em pagamento instantâneo, está envolvendo o tomador de dinheiro, o financiador e a liquidez da operação, que são três interessados”, comentou Machado.
Machado lembrou da tradição do Brasil em tecnologia financeira após um longo período de instabilidade econômica e o desenvolvimento de sistemas de conta-corrente, compensação de cheque e DOC, automação de agências e o sistema de pagamento brasileiro com integração e controle do Banco Central (BC) nas operações realizadas no país.
Tanto no Brasil como nos Estados Unidos, mesmo com diferenças nos sistemas e produtos, a economia nas operações é fundamental.
“A redução de custo também é uma obrigação por conta do consumismo extensivo”, acrescentou Machado.
Após os Estados Unidos, o Canadá e outros países da América Latina demonstram interesse na modalidade de pagamento via Pix.
EUA - Estamos a menos de dez dias para setembro, o mês em que a linha iPhone 15 será lançada! A Apple está preparando uma nova leva de smartphones que virão com algumas novidades a seus usuários mais assíduos. E, é claro, uma das maiores preocupações é o valor de cada aparelho, que vez ou outra pode assustar os consumidores, principalmente os que não pagam em dólar. Confira logo a seguir o valor vazado de cada modelo da nova linha!
Valor do iPhone 15!
De acordo com os rumores, a Apple vai lançar o iPhone 15 (versão normal), um iPhone 15 Max (que é o normal, só que com a tela maior), um iPhone 15 Pro (mesmo tamanho do normal, mas com algumas especificações melhores que o modelo de entrada, como processador e câmeras) e por fim o iPhone 15 Pro Max (que seria a versão Pro, mas fisicamente do mesmo tamanho que a versão Max). Lembrando ainda que há outras especulações que o modelo “Pro Max” possa ter o seu nome alterado e começar a se chamar “Ultra“, mas aí só aguardando a nossa cobertura no mês que vem para confirmar.
Após o anúncio de uma nova linha de iPhones, sabemos quando eles serão lançados no exterior, e apenas algum tempo depois chegam oficialmente ao Brasil — e é bem possível que o feito se repita este ano. No ano passado a linha de iPhone 14 chegou ao Brasil no próprio site da Apple com os seguintes valores:
iPhone 14
iPhone 14 Plus
iPhone 14 Pro
iPhone 14 Pro Max
E para este ano, espera-se que os valores vistos no ano passado se mantenham ou sejam um pouco maiores. O preço da linha de iPhone 15 será a seguinte:
Infelizmente essa é só uma ideia de quanto ficarão os valores, uma vez que o preço altera de acordo com a quantidade de memória RAM e também conforme impostos e taxas necessários para a comercialização do produto em cada país.
O que esperar do iPhone 15?
Ao que tudo indica, a grande novidade nos modelos premium do iPhone 14 (Pro e Pro Max), a Ilha Dinâmica, se manterá nos novos aparelhos, com a diferença que não será um recurso exclusivo para os dois mais robustos, mas para toda a linha do iPhone 15. Em contrapartida, os modelos Pro e Pro Max ainda assim serão agraciados com um recurso exclusivo: o processador A17. Enquanto isso os dois modelos de entrada ficarão com a geração atual do processador, o A16.
Outra grande novidade fica por conta da remoção da entrada Lightning e aderência à entrada USB tipo C, tão aguardada por vários fãs da marca. Um dos principais motivos para a mudança foi a legislação europeia, que não permite mais aparelhos que são contenham essa entrada.
E além de tudo isso, ainda separamos algumas características que já são bastante esperadas para os modelos premium do iPhone 15. Dá só uma olhada:
E você, acha que o valor esperado do iPhone 15 vale a pena? Está ansioso pelo seu? Conta pra gente nos comentários!
por Lucas Gomes / SHOWMETECH
EUA - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump tem uma liderança folgada sobre seus rivais republicanos no Estado de Iowa, onde a disputa presidencial do partido começa em janeiro, de acordo com uma pesquisa de opinião divulgada nesta segunda-feira.
A pesquisa Des Moines Register/NBC News/Mediacom de prováveis participantes do caucus republicano (assembleias de eleitores que discutem as candidaturas) de Iowa mostra que Trump tem o apoio de 42%, enquanto o governador da Flórida, Ron DeSantis, atingiu 19% e o senador Tim Scott ficou em terceiro lugar com 9%.
Outros candidatos republicanos que desejam enfrentar o presidente Joe Biden nas eleições de novembro de 2024 pontuaram em apenas um dígito.
Mesmo assim, J. Ann Selzer, a veterana pesquisadora de Iowa cuja empresa conduziu a pesquisa, disse que a disputa não está decidida e pode estar "mais acirrada do que parece à primeira vista".
A maioria -- ou 52% -- disse que tinha uma primeira escolha para presidente, mas ainda poderia ser persuadida a apoiar um candidato diferente, enquanto 40% disseram que já estavam decididos.
Entre os apoiadores de Trump, no entanto, 66% disseram que seu voto estava definido, enquanto 34% disseram que poderiam ser persuadidos a mudar de ideia.
As quatro acusações judiciais contra Trump mostraram poucos sinais de dissuadir seus apoiadores. A pesquisa mostrou que 65% dos prováveis participantes do caucus republicano não achavam que Trump havia cometido crimes graves, em comparação com os 26% que acreditavam que sim.
A pesquisa foi realizada de 13 a 17 de agosto, coincidindo com a notícia de 14 de agosto de que um grande júri da Geórgia havia emitido um indiciamento acusando o ex-presidente de realizar esforços para reverter sua derrota nas eleições de 2020 para Biden no Estado.
A sondagem ocorreu antes do primeiro debate das primárias republicanas na quarta-feira, que Trump disse que não vai comparecer, citando sua grande vantagem nas pesquisas.
Uma pesquisa nacional da CBS mostrou no domingo que Trump era o candidato preferido de 62% dos eleitores republicanos, com DeSantis atrás, com 16%.
Por David Ljunggren / REUTERS
EUA - Dono de quatro títulos da NBA, duas vezes MVP, nove vezes no All-Star Game e maior pontuador em cestas de três da história do basquete americano, Stephen Curry se considera o melhor de todos os tempos na sua posição. Em entrevista ao podcast do ex-jogador Gilbert Arenas, o astro do Golden State Warriors ainda brincou com Magic Johnson, considerado por muitos o maior armador da história.
.@StephenCurry30 SAID HE’S THE BEST POINT GUARD EVER. ??
— Gilbert Arenas (@GilsArenaShow) August 21, 2023
HIS WORDS. NOT MINE. ??♂️ pic.twitter.com/SYgQHlQwr2
- Sim, eu me considero o melhor - disse Curry, quando questionado sobre o tema no programa. - Eu e Magic (Johnson), é essa a conversa? Obviamente, tenho que responder dessa maneira... O currículo de Magic é ridículo. Então, o fato de estarmos tendo essa conversa é o lugar que eu nunca pensei que estaria - completou em tom irônico o atleta de 35 anos.
Arenas, por sua vez, colocou Magic Johnson acima de Curry. Apesar da opinião, o ex-jogador afirma que o impacto do astro do Golden State Warriors na dinâmica de jogo é mais significativo.
Com cinco títulos da NBA, três vezes MVP e 12 participações no All-Star, Magic Johnson tem 64 anos e jogou na NBA de 1979 a 1996, tendo vestido apenas a camisa do Los Angeles Lakers na principal liga do planeta.
Por Redação do ge
ALEMANHA - EUA concordaram com a venda do sistema de defesa antimísseis israelense Arrow 3 para a Alemanha, um contrato de defesa no valor de US$ 3,5 bilhões (aproximadamente 17,5 bilhões de reais, na cotação atual), apresentado como "o maior já assinado" por Israel. O anúncio deste acordo foi feito pelo Ministério da Defesa de Israel.
O sistema Arrow (que signifca flecha, em inglês) é desenvolvido e fabricado pela Israel Aerospace Industries (IAI) em colaboração com a fabricante americana de aeronaves Boeing. Já o Arrow 3, o nível superior deste sistema antimísseis, destina-se a interceptar dispositivos acima da atmosfera com um alcance que pode chegar a 2.400 km.
"O Ministério da Defesa de Israel, o Ministério Federal da Defesa da Alemanha e o IAI devem assinar o histórico acordo de defesa de US$ 3,5 bilhões, marcando o maior acordo de defesa já assinado por Israel", disse o funcionário.
"Este projeto de abastecimento é essencial para poder proteger a Alemanha de ataques com mísseis balísticos no futuro", disse o ministro da Defesa, Boris Pistorius, em Berlim.
Além disso, o sistema "deve proteger os céus europeus, e estamos visando sua integração no escudo de defesa da OTAN", disse ele em sua conta no X (ex-Twitter).
"Virada histórica"
A Alemanha decidiu reinvestir maciçamente em seu exército de soldados voluntários das Forças Armadas Alemãs, o Bundeswehr, após a invasão russa da Ucrânia há um ano e meio. Foi criado um fundo especial de 100 bilhões de euros para a sua modernização, dois terços dos quais serão comprometidos até ao final de 2023, segundo dados oficiais.
Berlim lançou o projeto European Sky Shield em outubro, que conta com os sistemas antiaéreos alemães Iris-T para defesa antiaérea de curto alcance, o American Patriot para médio alcance e o americano-israelense Arrow 3 para longo alcance. Até agora, o projeto reuniu pelo menos 17 países.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, chamou o acordo de "o mais importante na história de Israel" que "ajudará a fortalecer Israel e sua economia". Segundo ele, o contrato final deve ser assinado até o final de 2023 após sua aprovação pelos parlamentos alemão e israelense, com entrega prevista para o final de 2025.
Em um aceno para a história, Netanyahu lembrou em seu comunicado à imprensa que "75 atrás, o povo judeu foi reduzido a cinzas na Alemanha nazista, 75 depois, o Estado judeu dá à Alemanha, outra Alemanha, ferramentas para se defender (...) Que virada histórica!" ele disse, referindo-se ao Holocausto, a tentativa da Alemanha de Hitler de exterminar os judeus europeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Puramente defensivo
A IAI vai instalar uma nova infraestrutura para o programa alemão e contratará novos engenheiros e funcionários em Israel e nos Estados Unidos, disse o diretor da Organização de Defesa contra Mísseis de Israel, Moshe Patel.
"O governo alemão quer que seja exatamente o mesmo sistema que usamos", disse ele a repórteres.
A Alemanha está comprando "a estrutura completa" do sistema que pode proteger todos os cidadãos alemães, disse ele, acrescentando que outros países, principalmente na Europa, estariam interessados no sistema.
Para o presidente do IAI, Boaz Levy, o Arrow 3 é um "sistema variável". "Ele pode ser modificado de acordo com as ameaças, e é por isso que a Alemanha está comprando o sistema que pode ser usado de acordo com suas próprias necessidades", detalhou Levy em comunicado.
Este acordo torna Israel um jogador "importante", não apenas regionalmente, mas também globalmente, disse à AFP Miri Eisin, ex-oficial da inteligência militar israelense, lembrando que é puramente "defensivo".
O Arrow 3, que foi projetado para lidar com as crescentes capacidades dos adversários regionais de Israel, como Irã e Síria, foi testado com sucesso no passado, segundo as autoridades israelenses.
(Com AFP)
por RFI
EUA - Uma corte federal de apelações dos Estados Unidos impôs na quarta-feira (16) limites ao uso de uma pílula abortiva amplamente comercializada no país, mas sua decisão ficou em suspenso enquanto a Suprema Corte decide se analisa o caso.
Tomada por um painel de três juízes da Corte de Apelações do Quinto Circuito, com sede em Nova Orleans, estado da Louisiana (sul), a decisão limita o uso da mifepristona às primeiras sete semanas de gravidez, em vez de dez, e proíbe a sua distribuição pelo correio.
Também pede que a pílula, utilizada em mais da metade dos abortos nos Estados Unidos, seja receitada por um médico. Apesar da decisão do painel de juízes conservadores, dois dos quais foram indicados pelo ex-presidente Donald Trump, o medicamento será mantido no mercado por enquanto.
Apesar de seu prolongado uso e validação médica no país, grupos antiaborto tentam proibir a mifepristona, alegando que a mesma não é segura.
Trata-se da mais recente disputa na batalha pelos direitos reprodutivos nos Estados Unidos. Em uma audiência em maio, os três juízes rejeitaram os argumentos do governo para que a decisão sobre a permissão do uso do medicamento ficasse com a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), que aprovou o seu uso há mais de duas décadas.
A FDA evitou emitir comentários sobre essa decisão, alegando que se trata de um processo que está em andamento.
Para a organização feminista Women’s March, essa decisão “está claramente baseada nos pontos de vista antiaborto de ativistas judiciais de extrema direita”. O grupo pediu à Suprema Corte que “proteja a mifepristona”.
O caso resulta da decisão de um juiz conservador de um tribunal distrital do Texas, que, inicialmente, proibiu o uso da mifepristona. Em seguida, um Tribunal do Quinto Circuito vetou essa proibição, ainda que tenha imposto restrições de acesso ao medicamento. Depois, o tema seguiu para a Suprema Corte, onde os conservadores têm maioria de 6-3.
A Suprema Corte manteve temporariamente o acesso à mifepristona, congelou as decisões dos tribunais inferiores e devolveu o caso ao Quinto Circuito, cuja última decisão também permanecerá em suspenso até que a mais alta corte do país decida se analisará o caso.
Esse seria o processo sobre aborto mais significativo a chegar à Suprema Corte desde que o tribunal anulou o direito constitucional ao procedimento em junho do ano passado.
– Consenso sobre segurança –
Para a ONG Centro de Direitos Reprodutivos (CRR, sigla em inglês), há um consenso científico sobre a segurança e eficácia da mifepristona. “O aborto com medicamentos é usado em mais da metade de todos os casos nos Estados Unidos, e a imposição de restrições obsoletas e não científicas irá prejudicar milhões de gestantes mais vulneráveis”, ressaltou.
A CRR apoia 13 mulheres que processaram o estado do Texas porque não tiveram autorização para abortar, apesar de a gestação ter colocado em risco a sua vida ou de que o feto não sobreviveria.
O aborto era considerado um direito nos Estados Unidos, mas a Suprema Corte o reverteu no ano passado, levando mais de uma dezena de estados a proibir, penalizar ou restringir esse procedimento.
Katie Daniel, diretora do grupo antiaborto Susan B. Anthony Pro-Life America, saudou a decisão do tribunal: “A FDA ignorou a ciência e suas próprias regras quando aprovou esse plano imprudente dos democratas de ‘aborto pelo correio’. Não descansaremos até que a FDA e a indústria do aborto, movida pelo lucro, prestem contas pelo sofrimento que causaram a mulheres e meninas, bem como pela morte de incontáveis crianças que iriam nascer.”
“A mifepristona ainda está disponível segundo a regulação existente, mas essa decisão está completamente arraigada na ideologia política e na ciência lixo”, manifestou o grupo de pesquisas para a Promoção de Novos Padrões em Saúde Reprodutiva.
A mifepristona é um dos componentes de um tratamento composto por dois medicamentos, que pode ser usado nas primeiras dez semanas de gravidez. O remédio tem um longo histórico de segurança e a FDA estima que 5,6 milhões de americanas tenham usado a pílula para interromper gestações desde que foi aprovada no ano 2000.
MÉXICO - Em meados de julho, uma delegação empresarial liderada pelo embaixador alemão no México, Wolfgang Dold, viajou para o estado de Sonora, no norte do país. Várias empresas alemãs estavam representadas, incluindo a Siemens Energy, a gigante do setor de gases industriais Linde, a companhia de energia RWE e a Daimler Trucks, que fabrica caminhões.
"A Secretaria da Economia de Sonora nos convidou para apresentar o Plano Sonora", diz Edwin Schuh, diretor para o México e o Caribe da Germany Trade & Invest (GTAI), a agência alemã de comércio exterior. Trata-se de um ambicioso projeto de infraestrutura do governo central que visa promover a construção de parques solares e a mineração de lítio.
Sonora abriga os maiores depósitos de lítio do país, que foram nacionalizados no ano passado. "No médio prazo, o governo planeja produzir baterias para carros elétricos em Sonora", diz Schuh. Isso poderia ser interessante para as empresas automobilísticas alemãs.
A montadora norte-americana Ford já opera uma enorme fábrica em Hermosillo, e algumas empresas alemães de autopeças também estão no local. A depender da vontade do governo, novas companhias chegarão. Foi criada uma autoridade especial para atender empresas que desejam se instalar na região, a Ventanilla de Nearshoring.
Nearshoring é a nova palavra mágica no México. Em vez de trazer mercadorias do outro lado do mundo em contêineres, muitas empresas agora tentam transferir a produção para perto dos mercados mais importantes.
Vários fatores confluem para isso. A pandemia revelou a vulnerabilidade das cadeias de suprimentos, e os lockdowns e interrupções de produção e entrega, bem como o aumento drástico dos custos de transporte, criaram problemas para muitas empresas. Além disso, a disputa comercial entre os EUA e a China se intensificou nos últimos anos. E ainda há o aumento dos custos salariais na China.
Isso beneficia muito o México, devido à sua proximidade com os EUA. A revista britânica MoneyWeek escreveu neste mês sobre o "momento do México". O título da matéria de capa diz que os investidores "deveriam participar da fiesta" mexicana. E os números mostram que eles estão fazendo isso.
Cerca de 18,6 bilhões de dólares em investimentos estrangeiros diretos fluíram para o México no primeiro trimestre de 2023 – quase 50% a mais do que no mesmo período do ano passado. O jornal Washington Post também informou que os EUA estão importando cada vez menos produtos da China, e que o México é agora o parceiro comercial mais importante dos EUA.
Essa tendência é favorecida pelo Acordo de Livre Comércio Estados Unidos-México-Canadá, ou USMCA, renegociado por iniciativa do então presidente dos EUA, Donald Trump, e que entrou em vigor no verão de 2020.
Companhias realocando produção
"O importante é que as empresas estão produzindo aqui no México", diz Schuh. Muitas estão se instalando na região central do país ou em regiões próximas à fronteira norte, como no estado de Nuevo León, considerado uma boa opção devido à proximidade com o Texas e à infraestrutura disponível.
Em março, a fabricante de carros elétricos Tesla anunciou a construção de uma nova fábrica em Nuevo León, onde planeja investir cerca de 5 bilhões de dólares nos próximos anos. A Microsoft, por sua vez, está investindo centenas de milhões de dólares em um centro de dados em Querétaro, na região central do México.
"Mas também há muitas empresas chinesas chegando, que produzem aqui no México para o mercado americano", diz Schuh. Ele cita como exemplo a empresa de eletrônicos Hisense, que está construindo uma segunda fábrica no país latino-americano. Companhias do Japão, Coreia do Sul e Taiwan também estão investindo no México, "por um lado, para se aproximar do mercado dos EUA", diz Schuh. "Mas também por causa do conflito entre a China e Taiwan. As empresas querem minimizar o risco se o conflito piorar."
Nesse processo, algumas empresas estão tendo dificuldades para obter terrenos industriais disponíveis conectados à rede elétrica e de água, diz. "No norte do México, mais de 95% dos terrenos dos parques industriais estão ocupados. O governo está planejando construir um novo parque industrial em Sonora."
Montadoras alemãs investindo no México
Da Alemanha, são principalmente os fabricantes de automóveis e autopeças que estão investindo. O acordo de livre comércio Nafta fez do país um dos locais mais importantes do mundo para o setor automotivo. Uma parte significativa da produção de automóveis dos EUA foi terceirizada para o México, e o país também se tornou um importante local de produção para as montadoras alemãs, como Volkswagen, Audi, BMW e Daimler.
Desde o USMCA, que sucedeu o Nafta, há requisitos mais altos para que as montadoras agreguem valor na própria América do Norte, ou seja, a parcela obrigatória de peças produzidas na região, o que contribui para a expansão da produção. "A maioria das empresas já está aqui, mas está expandindo sua produção no México", diz Schuh. Além disso, há uma "tendência de mudança para a mobilidade elétrica".
No início de fevereiro, a BMW anunciou um investimento de mais de 800 milhões de dólares no México para integrar sua fábrica em San Luis Potosí à sua rede de eletromobilidade. A Audi também anunciou um projeto para produzir veículos elétricos no México. E a Volkswagen está investindo mais de 700 milhões de dólares, inclusive na construção de um novo setor de pintura em sua unidade de Puebla. A maior empresa alemã no México, com 25 mil funcionários, é a fornecedora de autopeças ZF Friedrichshafen, e também está investindo pesado.
O problema da segurança
Mas também há pontos negativos. O México tem há anos uma brutal guerra contra o narcotráfico, e áreas do país são controladas por gangues. "A situação da segurança é um problema", diz Schuh. Há estados no norte, como Tamaulipas, "que já são áreas relativamente proibidas" por causa do narcotráfico.
Um fornecedor alemão de autopeças está atualmente transferindo sua fábrica de Tamaulipas para o estado vizinho de Nuevo León, porque em Tamaulipas os gerentes só podem circular acompanhados por seguranças armados. Em Tijuana, há empresas alemãs cujos gerentes moram na cidade americana de San Diego e atravessam a fronteira todos os dias para trabalhar, "devido a tentativas de extorsão ou sequestro", diz Schuh.
Outro problema é a mão de obra, diz o diretor da GTAI. É difícil encontrar pessoal qualificado, e as empresas geralmente têm programas de treinamento próprios ou trabalham com a Camexa, a Câmara de Indústria e Comércio Alemanha-México. "Mas há escassez de funcionários. Não é incomum que as empresas 'roubem' empregados umas das outras quando eles concluem o treinamento", diz.
Falta de água e de energia verde
Especialmente no norte, o México também tem um grande problema de escassez de água, que levou inclusive a racionamento e a restrições de uso. A nova fábrica da Tesla quase foi cancelada por esse motivo. O governo de López Obrador também cancelou a licença concedida por gestões anteriores para uma nova cervejaria em Mexicali devido à escassez de água.
Além disso, há problemas com o fornecimento de eletricidade, em particular a oriunda de fontes renováveis, diz Schuh. Isso é uma questão, "porque as empresas alemãs estão comprometidas com as metas de energia da matriz na Alemanha, ou seja, elas querem consumir mundialmente uma determinada porcentagem de energia renovável até 2030. Se elas não conseguirem cumprir isso no México, há um problema para a empresa em todo o mundo."
No México, as empresas precisam comprar eletricidade da CFE, a estatal que fornece energia. E a CFE tem principalmente usinas a gás e carvão. O presidente López Obrador prefere depender de combustíveis fósseis em vez de fazer a transição energética.
Durante a visita a Sonora, esse problema não foi discutido, diz Schuh, mas em geral ele é. "Pois faz pouco sentido produzir carros elétricos com eletricidade de usinas a carvão. Em alguns casos, diz, as empresas têm problemas para obter licenças para instalar mais painéis solares nos terrenos das fábricas. "Mas as empresas vêm mesmo assim", diz Schuh. "Porque o México, apesar de tudo, oferece muitas vantagens."
Autor: Andreas Knobloch / DW BRASIL
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