fbpx

Acesse sua conta de usuário

Nome de usuário *
Senha *
Lembrar de mim
 

CHINA - A China prometeu, no domingo (13), "medidas firmes e contundentes" ante a viagem do vice-presidente de Taiwan, William Lai, aos Estados Unidos neste fim de semana, em uma escala para assistir à posse do presidente do Paraguai.

Lai - candidato favorito para a eleição presidencial de Taiwan no ano que vem - fará oficialmente apenas uma escala nos Estados Unidos em sua viagem para assistir à posse do presidente eleito do Paraguai, Santiago Peña.

Mas o líder, que tem uma posição claramente pró-independência, poderá se reunir com políticos americanos durante sua estada em Nova York, onde se encontra no momento.

O governo chinês considera Taiwan, uma ilha que tem governo próprio, parte de seu território e diz que um dia voltará a ficar sob seu controle - à força, se necessário.

"A China está monitorando de perto o desenvolvimento da situação e tomará medidas firmes e contundentes para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, que não foi identificado, em um comunicado divulgado na Internet.

"A China se opõe firmemente a qualquer forma de intercâmbio oficial entre Estados Unidos e Taiwan e se opõe resolutamente a que os separatistas que buscam a 'independência de Taiwan' entrem nos Estados Unidos sob qualquer nome, ou por qualquer motivo, e se opõe, firmemente, a qualquer tipo de contato oficial entre o governo dos Estados Unidos e a parte taiwanesa", disse o porta-voz.

Em abril, a China fez três dias de exercícios militares simulando uma operação de bloqueio em Taiwan, depois que a presidente taiwanesa Tsai Ing-wen se reuniu com o presidente da Câmara de Representantes dos EUA, o republicano Kevin McCarthy, na Califórnia, em seu retorno de uma viagem à Guatemala e a Belize.

 

- Hotel -

Ao desembarcar em Nova York neste domingo, Lai disse na rede social X (antigo Twitter), que foi recebido por membros do American Institute in Taiwan, que atua como representante da ilha nos Estados Unidos.

"Feliz de chegar à 'Big Apple', um símbolo de liberdade, democracia e oportunidades", disse ele.

"Estou ansioso para ver amigos e participar do programa de trânsito em Nova York", completou.

A presidência de Taiwan divulgou um vídeo de Lai, hoje, chegando a um hotel de Nova York, onde foi recebido por simpatizantes que agitavam bandeiras normalmente usadas por apoiadores da independência de Taiwan, junto com bandeiras americanas e taiwanesas.

Depois de Nova York, Lai deve seguir para o Paraguai, um dos poucos países que ainda reconhecem Taipei oficialmente. Na volta, fará uma parada em San Francisco.

Lai publicou hoje no X (ex-Twitter) que deve se reunir com a presidente do American Institute in Taiwan, Laura Rosenberger, durante sua escala na Califórnia.

William Lai é um candidato para suceder o atual presidente Tsai Ing-wen. Ambos são do Partido Democrático Progressista (PDP, pró-independência).

A China vê com desconfiança as reuniões dos últimos anos entre líderes taiwaneses e representantes de alguns países ocidentais, principalmente dos Estados Unidos, porque conferem uma forma de legitimidade às autoridades da ilha.

 

- 'Desordeiro' -

"Os Estados Unidos e Taiwan, em conluio, permitiram que William Lai realizasse atividades políticas nos Estados Unidos sob o pretexto de um 'trânsito'", disse o Ministério chinês das Relações Exteriores neste domingo.

O Ministério manifestou "forte insatisfação" com a visita do "desordeiro" William Lai.

Os Estados Unidos, que concederam reconhecimento diplomático à República Popular da China em 1979, continuam sendo o aliado mais poderoso de Taiwan e seu principal fornecedor de armas.

As relações entre Pequim e Taipei azedaram em 2016 com a chegada de Tsai Ing-wen à presidência. Ao contrário de seu antecessor, ela se nega a considerar que a ilha e a China continental fazem parte da mesma entidade "China". Desde então, o governo chinês aumentou sua pressão diplomática e econômica.

Lai tem se manifestado muito mais abertamente a favor da independência do que a atual presidente.

O candidato se descreveu como um "pragmático a favor da independência de Taiwan" e, nesta semana, em um programa de televisão local, reiterou que a ilha "não faz parte da República Popular da China".

 

 

AFP

WASHINGTON - Os preços ao produtor dos Estados Unidos subiram em julho em meio a uma recuperação no custo dos serviços, mas a tendência permaneceu consistente com uma moderação nas pressões inflacionárias.

O índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,3% no mês passado, informou o Departamento do Trabalho na sexta-feira. Os dados de junho foram revisados ​​para baixo para mostrar que o índice ficou inalterada, em vez de alta de 0,1% relatada anteriormente.

Nos 12 meses até julho, os preços ao produtor aumentaram 0,8%, após alta de 0,2% em junho. A aceleração da taxa anual aconteceu porque os preços foram mais baixos no ano passado.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,2% no mês e avançaria 0,7% na comparação anual.

O governo informou na quinta-feira que os preços ao consumidor subiram moderadamente em julho, fortalecendo as expectativas de que o Federal Reserve provavelmente deixará a taxa de juros inalterada no próximo mês.

Desde março de 2022, o banco central dos EUA elevou sua taxa de juros referência em 525 pontos-base, para a faixa atual de 5,25% a 5,50%.

 

 

Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

EUA - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que os crescentes problemas econômicos da China transformaram o país asiático em uma "bomba-relógio".

"Em muitos aspectos, a China é uma bomba-relógio", disse o democrata, que buscará a reeleição em 2024, durante um evento privado de angariação de fundos no estado de Utah, no oeste do país.

Biden destacou o alto desemprego e o envelhecimento da mão de obra no gigante asiático e afirmou que "a China enfrenta problemas". "Quando pessoas ruins enfrentam problemas, elas fazem coisas ruins", declarou.

O presidente norte-americano recebeu críticas intensas de Pequim em junho passado ao comparar seu homólogo, Xi Jinping, a "ditadores", um comentário considerado "ridículo" e uma "provocação" pelo governo chinês.

Biden reiterou nesta quinta-feira que estava buscando "uma relação racional com a China".

"Não quero prejudicar a China, mas estou observando", disse.

Washington recentemente retomou o diálogo com a potência asiática, com uma série de visitas de altos funcionários americanos a Pequim, incluindo o chefe da diplomacia, Antony Blinken.

A meta da viagem de Blinken era deixar para trás as recentes tensões em torno de um balão chinês, descrito como uma operação de "espionagem", que foi derrubado pelos Estados Unidos em fevereiro.

 

 

AFP

EUA - A greve em Hollywood é a faceta mais evidente (e glamourosa) de um movimento sindical que vem ganhando força e produziu em 2023 o verão com maior número de trabalhadores dispostos a cruzar os braços nos últimos 50 anos nos Estados Unidos.

Entre roteiristas, atores e trabalhadores sindicalizados de Hollywood, cerca de 175 mil pessoas aderiram à greve desde meados de julho e deixaram de promover dois blockbusters, Barbie e Oppenheimer.

Por sua vez, os 340 mil funcionários do serviço postal americano, o UPS, aprovaram uma paralisação total com início marcado para 1º de agosto.

Sozinho, o movimento representaria a maior greve no país em 63 anos. Dez dias de interrupção nos serviços de entrega de correspondências custariam cerca de US$ 7 bilhões (R$ 34 milhões) à empresa.

Mas uma semana antes de os trabalhadores abandonarem seus postos, os patrões voltaram à mesa de negociações e ofereceram um aumento que suspendeu, ao menos temporariamente, o início da paralisação.

Em julho, o sindicato dos metalúrgicos, o United Auto Workers, anunciou que está pronto para iniciar uma greve dos seus 150 mil associados caso as chamadas Big Three de Detroit (as montadoras Ford, Stellantis e General Motors) não concordem com os termos pleiteados para as renovações de contratos em setembro. As negociações estão em curso.

Em todo o país, de acordo com o mapeamento da Escola de Relações Laborais e Industriais da Universidade Cornell, estavam em curso, no início de agosto, quase 900 greves — mais de 300 delas na Califórnia, o Estado responsável por quase 15% do Produto Interno Bruto (PIB) americano.

Segundo especialistas em mercado de trabalho dos Estados Unidos ouvidos pela BBC News Brasil, 2023 representa um ápice no histórico recente de reavivamento do sindicalismo no país.

A tendência já havia sido notada em 2022. Um relatório de fevereiro do centro de estudos Economic Policy Institute notou aumento de quase 50% no número de trabalhadores envolvidos em grandes greves entre 2021 e o ano passado.

O ano de 2023 deve ser marcado por um novo salto. Enquanto o país contabilizou 23 grandes mobilizações (com adesão ao menos alguns milhares de empregados) em 2021, houve até agora, em 2023, 44 paralisações com esse mesmo perfil.

O vigor dos movimentos — e o temor de seus efeitos — levaram o presidente americano, Joe Biden, que se autodeclara “orgulhosamente pró-trabalhadores”, a apelar ao Congresso em dezembro passado para desarmar um movimento que ameaçava paralisar 115 mil ferroviários do país.

Nos Estados Unidos, o Parlamento tem o poder de impor acordos laborais e impedir greves de alguns serviços essenciais. Biden argumentou que a greve de trabalhadores das estradas de ferro poderia devastar a economia do país.

 

Auge nos anos 1970 e queda a partir dos 1980

“O nível de atividades grevistas que estamos vendo agora se equiparam ao que tínhamos nos anos 1970”, diz à BBC News Brasil Nelson Lichtenstein, diretor do Centro de Estudos do Trabalho, Emprego e Democracia da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.

“Nos anos 1980 e 1990, os sindicatos viam as greves como atividades muito perigosas, que poderiam resultar em sua dissolução e que seria melhor fazer concessões, uma posição mais passiva. Agora, sindicatos entraram no modo ofensivo, o que não víamos há muito, muito tempo.”

Segundo Lichtenstein, fenômenos como a globalização, que transferiu empregos fabris dos Estados Unidos para países como México ou China, o aumento de empregos em serviços, historicamente menos organizados em termos sindicais, e condições econômicas desfavoráveis explicam o enfraquecimento dos sindicatos naquele período.

Um episódio em 1981, durante o governo de Ronald Reagan, exemplifica — e, para alguns, determina — a fragilidade do movimento sindical, que se manteria nas décadas seguintes.

Na ocasião, Reagan demitiu 11 mil controladores de tráfego aéreo que entraram em greve por melhores condições de trabalho.

“Eles perderam o emprego, o sindicato foi destruído. Foi um desastre, e muitos outros empregadores, vendo o modelo Reagan, se deram conta de que podiam fazer o mesmo, o que levou a uma espiral de perda de direitos”, diz Lichtenstein.

Curiosamente, o mesmo Reagan que produziu o que os especialistas consideram o maior golpe contra o movimento sindical da história recente do país foi o líder dos sindicatos dos atores de Hollywood que, na década de 1960, fizeram a última grande paralisação da indústria antes da greve atual.

O modelo Reagan não só desarmou as táticas dos sindicatos, mas os tornou instituições impopulares nos Estados Unidos.

A taxa de aprovação popular à atividade foi diminuindo até que, em 2009, menos da metade dos americanos a apoiavam.

Uma tendência que foi revertida na mesma velocidade em que as greves ressurgiram na economia americana nos últimos anos.

Uma pesquisa de opinião feita pelo Instituto Gallup, em agosto de 2022, apontou que os sindicatos eram aprovados por 71% da população, o maior patamar desde 1965.

 

O que explica o retorno do sindicalismo à cena?

Os próprios sindicalistas creditam à pandemia — e seus efeitos sobre os trabalhadores — o ressurgimento das greves.

“Durante a covid, os trabalhadores na linha de frente fizeram um trabalho incrível. Mas, quando eles foram pedir aumento, folga e licença maternidade remuneradas, a resposta dos presidentes de empresas é de que não há recursos para isso", diz Catherine Feingold, diretora internacional do AFL-CIO, maior federação sindical dos Estados Unidos, que representa 10 milhões de trabalhadores.

"Mas todos sabemos que há dinheiro, porque os presidentes de empresas nos Estados Unidos ganham 360% do salário médio de um trabalhador do país. Os trabalhadores estão cheios, as coisas precisam mudar, e fazer greve é ​​uma ferramenta poderosa que garante que eles tenham um lugar à mesa.”

Para os economistas, porém, a explicação está menos nos sentimentos dos trabalhadores e mais nas condições do mercado de trabalho.

“O aperto no mercado de trabalho explica o tipo de poder de barganha que os trabalhadores estão experimentando agora. Uma das maneiras de medir isso é verificar quantas vagas anunciadas há e quantas pessoas estão desempregadas no momento", afirma Jagadeesh Sivadasan, professor da Escola de Negócios da Universidade de Michigan.

"Durante a Grande Recessão de 2008, eram seis trabalhadores e meio para cada vaga disponível. De lá pra cá, isso vem caindo e agora há 1,5 vagas disponíveis para cada desempregado.”

A consequência lógica disso é que, se há mais demanda por trabalho do que oferta de trabalhadores, empregados estão em situação melhor para negociar salários e condições de trabalho.

Não à toa, os salários no país têm crescido em níveis eventualmente superiores ao da inflação.

Segundo Sivadasan, o pleno emprego também o que explica um fenômeno batizado pelos economistas como “A Grande Demissão”.

Entre 2021 e 2022, mais de 90 milhões de pessoas se demitiram nos Estados Unidos.

Para o economista da Universidade de Michigan, isso se explica pelo fato de que os trabalhadores trocaram de emprego por outro que consideravam melhor, quando a demanda por profissionais estava em alta, e não por um abandono em massa do mercado de trabalho.

“Durante a pandemia, muitos trabalhadores descobriram novas habilidades, mudaram de setores, se adaptaram”, diz Sivadasan.

Por fim, fatores demográficos também parecem ter seu peso. Desde a pandemia, restrições do governo americano reduziram drasticamente a migração ao país, o que reduziu também o número de trabalhadores disponíveis.

“Além disso, os babyboomers [pessoas nascidas entre 1946 e 1964] estão deixando [o mercado de trabalho], se aposentando, e vemos que o perfil dos trabalhadores mudou, com menos americanos jovens dispostos a desempenhar funções como a de motorista de caminhão, por exemplo”, diz Sivadasan.

Do mesmo modo, a força de trabalho de remuneração mais baixa tem se tornando crescentemente latina.

Economistas e sindicalistas sugerem que esses trabalhadores trazem referências culturais de seus países, que, frequentemente, têm um forte histórico sindical.

Isso pode estar contribuindo, em alguma medida, para o ressurgimento do sindicalismo nos Estados Unidos, segundo os especialistas.

Há ainda a articulação direta entre federações americanas e movimentos latinos, como o brasileiro.

Durante o período em que o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) ficou preso em Curitiba, no Paraná, lideranças da AFL-CIO o visitaram.

Lula teve um novo encontro com os sindicalistas em Washington D.C. em fevereiro durante uma visita oficial ao país.

“Temos uma forte relação histórica e atual com o movimento sindical brasileiro", afirma Catherine Feingold, da AFL-CIO, que esteve com Lula em fevereiro.

"Precisamos ter relações fortes com os movimentos trabalhistas no Brasil e em toda a América Latina. Fazemos parte da Confederação Sindical das Américas, que é como coordenamos as políticas do Canadá até o Chile. Isso é muito importante para nós.”

Ela menciona ainda uma agenda trabalhista comum entre Lula e Biden, cuja candidatura à reeleição tem o apoio da AFL-CIO.

Em setembro, às margens da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, os dois presidentes devem conversar sobre regulações trabalhistas para serviços por aplicativos.

A ascensão dos sindicatos deve inclusive acirrar a disputa pelo voto dos trabalhadores nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos.

Biden tem uma relação histórica com movimentos trabalhistas e defende a reindustrialização do país, com a repatriação de cadeias produtivas.

Seu principal rival, o republicano e ex-presidente Donald Trump, tem se esforçado em demonstrar que defende os trabalhadores americanos e suas demandas, privilegiando a produção nacional e impondo barreiras protecionistas na política econômica exercida em seu mandato, entre 2017 e 2021, e que ele tenta reeditar.

"Acredito muito nos trabalhadores. E parte do nosso trabalho tem sido atrair democratas e sindicalistas para a nossa causa. Então, tem coisas que Lula defende nas quais nós acreditamos", disse à BBC News Brasil Steve Bannon, principal ideólogo do trumpismo.

Lichtenstein nota que existe uma disputa entre direita e esquerda pela arena sindical.

“Há uma revolta moral da classe trabalhadoras contra promessas que se mostraram vãs, como as grandes melhorias de vida que deveriam vir a partir das inovações do Vale do Silício, e que não aconteceram, e um senso comum de que as elites são corruptas ou falidas”, afirma o professor.

"Por vezes, esse sentimento é encampado por movimentos de direita, movimentos de cunho fascista, que se apoiam precisamente no apelo às classes trabalhadoras."

 

Os limites do movimento sindical

Apesar desse evidente ressurgimento do sindicalismo, especialistas alertam para o fato de que alguns indicadores seguem baixos e apontam limites para a onda de greves.

“Só 6% dos trabalhadores do setor privado são sindicalizados e só tem havido greves entre trabalhadores sindicalizados”, diz Lichtenstein.

Sivadasan vai na mesma direção ao apontar que o aumento da aprovação aos sindicatos e do número de greves não foi acompanhado de um salto no número de uniões trabalhistas ou de trabalhadores sindicalizados.

“Em 1979, havia 21 milhões de trabalhadores em sindicatos e, hoje, há 14,3 milhões. Verificamos um leve aumento no número entre 2021 e 2022, e temos ouvido sobre o primeiro galpão de estocagem da Amazon com trabalhadores sindicalizados, ou a primeira loja da Starbucks com sindicato, mas ainda é pouco em relação à força de trabalho", diz o economista.

"Se os sindicatos tiverem sucesso nessas grandes empresas, acho que aí sim poderá ter uma chance de vermos um efeito dominó, com sindicalização em massa.”

Ao contrário do que acontece no Brasil, onde sindicatos são estabelecidos por categorias profissionais nos Estados, nos Estados Unidos, cada fábrica ou loja precisa aprovar uma instituição própria.

Segundo Feingold, isso facilita constrangimentos dos empregadores para impedir a organização dos trabalhadores e limita as possibilidades de acordos coletivos, enfraquecendo o poder de barganha de funcionários frente a patrões.

Um projeto de lei para permitir sindicatos setoriais tramita no Congresso americano, mas não há qualquer perspectiva de que seja aprovado até o momento.

Por fim, o aprofundamento ou estancamento da tendência sindical nos Estados Unidos deve depender de outros dois fatores, segundo especialistas.

O fluxo de imigrantes é um deles. Se aumentar, a pressão sobre o mercado de trabalho tende a diminuir, porque haveria mais gente para assumir postos de trabalho, fragilizando a condição de barganha dos trabalhadores.

Enquanto isso, a continuidade da escalada de juros do banco central americano, o FED, que vem tentando assim conter a inflação do país ao esfriar a atividade econômica, pode ter influência direta na força dos trabalhadores para negociar melhores salários e condições de trabalho.

 

 

por Mariana Sanches - Da BBC News Brasil

EUA - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump acusou nesta terça-feira (08) seu rival democrata, Joe Biden, de criar obstáculos à sua campanha presidencial, ao pressionar pelo seu indiciamento.

"Como pode meu adversário político corrupto, o desonesto Joe Biden, me levar a julgamento durante uma campanha eleitoral em que estou ganhando por muito e me obrigar a gastar tempo e dinheiro longe da campanha para lutar contra acusações inventadas?", questionou o magnata durante um comício em New Hampshire.

Trump, 77 anos, é alvo de três acusações criminais: por ter tentado alterar os resultados das eleições presidenciais de 2020, por pagamentos secretos a uma atriz pornô para comprar o silêncio da mesma, e pelo manuseio negligente de documentos confidenciais quando deixou a Casa Branca.

Trump está à frente de Biden em duas das 14 pesquisas compiladas pelo RealClearPolitics desde junho. Biden venceu em oito e houve empate em quatro.

O ex-presidente americano, favorito nas primárias republicanas para as eleições presidenciais de 2024, reclama que as acusações o impedirão de estar na arena política.

"Lamento, não poderei ir a Iowa hoje, não poderei ir a New Hampshire hoje, porque estou sentado em um tribunal com bobagens", disse Trump. "Bobagens, bobagens!", gritaram apoiadores do republicano.

O ex-presidente sugere que as acusações aumentam suas chances de vitória nas urnas. "Cada vez que me acusam, gosto de olhar as pesquisas, porque mais uma acusação e acho que estas eleições terão terminado. Mais uma", prometeu.

Durante seu discurso, Trump também criticou Ron DeSantis, segundo mais bem posicionado nas pesquisas para as primárias republicanas, que teve seu apoio na primeira vez que disputou o governo da Flórida.

"Ele deveria ter esperado até 2028" para se candidatar, criticou Trump, acrescentando que falta carisma a DeSantis: "Se você vai ser um político, precisa de um pouco de personalidade."

O ex-presidente criticou a política de Biden em todas as frentes e afirmou que, se voltar à Casa Branca, acabará com a guerra na Ucrânia, "talvez em 24 horas", taxará os produtos estrangeiros que entrarem no país, deportará os imigrantes que estiverem em condição irregular e irá arremeter contra os tratamentos para os transexuais, entre outras medidas.

 

 

AFP

WASHINGTON - As novas encomendas de produtos fabricados nos Estados Unidos aumentaram em junho, impulsionadas pela forte demanda por equipamentos de transporte e outros bens, mostrando alguns bolsões de força na indústria apesar da taxa de juros mais alta.

Os pedidos às fábricas aumentaram 2,3%, após alta de 0,4% em maio, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 2,2%. Na comparação anua, os pedidos avançaram 0,9% em junho.

Esses dados sugerem que o setor manufatureiro continua firme, apesar de 525 pontos-base de aumentos de juros pelo Federal Reserve desde março de 2022.

Mas pesquisas sugerem que a manufatura, que responde por 11,1% da economia, está em recessão.

O Instituto de Gestão de Fornecimento disse na terça-feira que seu PMI de manufatura contraiu pelo nono mês consecutivo em julho, o período mais longo desde a Grande Recessão de 2007-2009. Os gastos com produtos manufaturados duráveis diminuíram após o boom durante a pandemia do Covid-19, com preferência agora por serviços como viagens aéreas e visitas a parques de diversões.

Mas algumas áreas de força permanecem. Os pedidos de equipamentos de transporte aumentaram 12,0% em junho, após alta de 4,2% no mês anterior. As encomendas de aeronaves civis subiram 69,4%, enquanto as de veículos automotores subiram 0,9%.

 

 

Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS

EUA - Um tribunal decidiu na quinta-feira (3) manter em vigor proibição de de solicitação de asilo na fronteira sul dos Estados Unidos, implementada em maio em um esforço para tentar conter o fluxo de migrantes.

Uma mudança das normas no início do ano tornou quase impossível para os migrantes apresentar um pedido de asilo depois que cruzam a fronteira por terra a partir do México.

O governo do presidente Joe Biden afirmou que as solicitações ainda podem ser aceitas, mas apenas quando são feitas no país de origem ou a partir de um país de trânsito para os Estados Unidos.

A mudança aconteceu quando Washington tentou solucionar anos de uso do Título 42, uma medida de saúde pública - implementada durante a pandemia de covid - que na prática impedia a entrada de qualquer imigrante sem documentos no país.

Críticos da medida, incluindo a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), denunciaram o dispositivo como ilegal e tentam anular a regra na justiça.

Em julho, o juiz Jon Tigar, do tribunal distrital de San Francisco, afirmou que a política era "ilegal", mas suspendeu sua decisão por 14 dias para dar tempo ao governo de apresentar um recurso.

Na quinta-feira, um painel de juízes do tribunal de apelação do Nono Circuito, com jurisdição em vários estados do oeste do país, suspendeu a decisão de 25 de julho, à espera do resultado da apelação do governo Biden.

O painel afirmou que pretende acelerar o processo e ordenou que as alegações sejam apresentadas até 24 de agosto.

"A decisão de suspensão não diz nada sobre a legalidade da proibição e estamos confiantes de que vamos prevalecer quando o tribunal tiver plena oportunidade de considerar as alegações", disse Katrina Eiland, vice-diretora do Projeto de Direitos dos Imigrantes da ACLU.

O governo americano calcula que até 200.000 pessoas por mês tentariam atravessar a fronteira após a suspensão das normas aplicadas durante a pandemia de covid.

Com as novas regras, os migrantes na fronteira precisam utilizar um aplicativo para marcar uma entrevista com uma agência do governo, o que pode demorar semanas ou meses.

As pessoas que cruzam a fronteira sem passar por este processo perdem automaticamente a oportunidade de demandar asilo.

A medida aumentou os requisitos para o pedido e deixou os requerentes de asilo em uma longa fila de espera por uma resposta.

A regra, no entanto, estabeleceu exceções para menores de idade sozinhos e para cidadãos de alguns países, como Haiti e Ucrânia.

 

 

AFP

EUA - Jason Alexander, o ex-marido da cantora Britney Spears, foi preso na quarta-feira (2/8) por suposto crime de stalking (perseguição a uma pessoa) no estado do Tennessee, nos Estados Unidos.

As informações foram reveladas pelo TMZ, porém ainda não está claro se ele será liberado após pagar fianca ou se vai continuar preso. A suposta vítima de perseguição também não teve nome confirmado.

Jason Alexander e Britney Spears eram amigos de infância e se casaram em janeiro de 2004 após uma cerimônia em Las Vegas. No entanto, a relação não vingou e teve curta duração, de apenas 55 horas.

 

Vida amorosa de Britney Spears

A fila andou logo depois para a artista do divórcio, já que se casou com Kevin Federline em setembro de 2004. Em seguida, Britney Spears deu à luz seu primeiro filho, Sean Preston. Em novembro de 2006, a cantora surpreendeu o marido com o pedido de divórcio apenas dois meses depois do nascimento de Jayden James, o segundo filho do casal.

No ano passado, Jason Alexander se revoltou com o casamento da cantora com Sam Asghari e invadiu sua propriedade dizendo que precisava falar com Britney. Ele não era um dos convidados da cerimônia e acabou preso pela tentativa.

Um juiz ainda estabeleceu uma fiança de US$ 100 mil (cerca de R$ 510 mil) e emitiu uma ordem de restrição que exige pelo menos 100 metros de distância de Britney, num período de três anos.

Alguns meses depois do drama, Alexander também foi preso por um suposto roubo de joias em um mandado emitido em 2016.

 

 

por Giovanna Camiotto / PIPOCA MODERNA

Exposição gratuita #EuEscolhoATerra pode ser visitada de 31 de julho a 26 de agosto, no CICBEU São Carlos e é aberta para escolas e público em geral. Resultado de concurso realizado pela Embaixada para promover temas ambientais, a mostra começou em Brasília e deve passar por outras capitais e cidades do Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - A Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, em parceria com Centro Binacional CICBEU Idiomas, apresentam a exposição itinerante #EuEscolhoATerra, com 30 fotografias relacionadas ao meio ambiente. A mostra gratuita estará aberta ao público de 31 de julho a 26 de agosto de 2023, no CICBEU Idiomas, em São Carlos.

A iniciativa é resultado de um concurso fotográfico realizado no Instagram da Embaixada dos EUA, durante o período da COP 26 em 2021, para promover temas ambientais. Além de São Carlos, a mostra, que começou em Brasília, ainda deve passar por Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia, Amazonas, Goiás e Pará.

As fotos ressaltam a importância da preservação e sustentabilidade, retratam a relação dos seres humanos com a natureza, e mostram a urgência da ação ambiental, a beleza incomparável dos espaços naturais no Brasil, e o crescimento, renascimento e sustentabilidade.

O CICBEU é um Centro Binacional certificado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e desenvolve diversas ações voltadas à população de São Carlos, sempre em consonância com os objetivos da Missão Diplomática dos EUA, por meio do programa American Spaces. Yúri Marmorato, diretor do CICBEU, explicou que nos últimos anos o Governo dos Estados Unidos tem tido uma preocupação muito grande com as questões ambientais e tem apoiado projetos em todo o Brasil nessa área, tanto diretamente em ONGs e outros movimentos, quanto projetos educativos e culturais envolvendo o tema, como o concurso de fotografia que resultou na exposição #EuEscolhoATerra. “É um prazer para São Carlos receber essa exposição, que é gratuita e aberta para turmas escolares e para toda população e traz um tema tão relevante e urgente que é o meio ambiente”.

Escolas que queriam levar suas turmas e utilizar a exposição para desenvolver discussões, estudos e trabalhos sobre o meio ambiente, devem agendar a visitação pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Informações: 16 3371-8259. Para os demais interessados, não é preciso agendar.

 

Serviço:

Exposição de Fotografias #EuEscolhoATerra

Local: CICBEU Idiomas, Rua Padre Teixeira, 1582, Centro, São Carlos

Data: de 31 de julho a 26 de agosto

Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h30

Agendamento para turmas escolares pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Informações: 16 3371-8259

EUA - O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) voltou a aumentar nesta quarta-feira, 26, a taxa de referência para os juros no país (a Fed Fund Rate), que está agora em seu maior patamar em 22 anos. A taxa foi reajustada em 0,25 ponto porcentual, e passou a variar entre 5,25% e 5,5% ao ano.

O aumento já era esperado pelo mercado, e muito analistas previam, até antes da reunião, que este pudesse ser a última alta do atual ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos – que começou em março de 2022, quando os juros estavam em 0,25%. Desde então, foram 11 altas da taxa referencial.

No comunicado divulgado pelo colegiado, porém, o Fed afirma que a atividade econômica vem crescendo em um ritmo “moderado”. O termo chamou a atenção de analistas, já que na reunião de junho (que terminou sem aumento de juros) a palavra empregada foi “ritmo modesto”. O Fed ressaltou ainda que a alta de preços e a expansão de vagas de trabalho seguem em patamar elevado. Em junho do ano passado, a inflação ao consumidor no país chegou a 9,1% no acumulado de 12 meses. Hoje, está em 2,6%, ante uma meta contínua de 2%.

 

Powell

Em entrevista coletiva, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a instituição está preparada para apertar mais a política monetária caso seja necessário. Ele se recusou, porém, a falar de forma mais explícita sobre os próximos passos dos juros no país, sob a justificativa de que existe um nível elevado de incertezas.

Segundo ele, ainda há “um caminho pela frente” no processo de desinflação, apesar de progressos recentes. Powell acrescentou que a decisão de adotar um ritmo “mais gradual” de aperto não significa que os juros serão elevados a cada duas reuniões. “Nós podemos ser mais pacientes.”

Refletindo as dúvidas que ainda existem sobre a variação dos juros, os índices de referência da Bolsa de Nova York não sustentaram a onda de recuperação ensaiada ainda no meio da tarde. Enquanto o Dow Jones fechou o dia com avanço de 0,23%, o S&P e o Nasdaq recuaram 0,02% e 0,12%, respectivamente. “Ficou bem claro o sinal de que o Fed continuará a acompanhar os dados e os efeitos do aperto monetário para entregar a meta de inflação de 2%”, disse João Piccioni, analista da Empiricus Research.

Os investidores no Brasil também mantiveram uma postura de cautela, mesmo depois de a agência de risco Fitch elevar o rating do País. A B3 fechou em alta de 0,45%, aos 122,5 mil pontos – maior patamar desde 9 de agosto de 2021. Já o dólar registrou nova queda em relação ao real. A moeda americana recuou 0,46%, vendida a R$ 4,72. É o menor patamar desde 20 de abril de 2022. Segundo operadores, parte do movimento refletiu a melhora do rating do País, que pode abrir caminho para o ingresso de novos investimentos estrangeiros.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

ISTOÉ

Nosso Facebook

Calendário de Notícias

« Novembro 2024 »
Seg. Ter Qua Qui Sex Sáb. Dom
        1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30  
Aviso de Privacidade

Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.