SÃO PAULO/SP - O índice de preços de medicamentos no ecommerce medido pela Precifica apontou queda em janeiro na comparação mensal, com recuo nos antigripais (-7,8%), relaxantes musculares (-7,7%), antiparasitas (-6,8%), anticoncepcionais (-4,8%) e analgésicos (-0,6%).
A maior queda foi registrada no grupo de remédios antidiabéticos, com variação negativa de quase 16%, segundo a pesquisa da empresa de estratégias de preços.
As altas se concentraram nos anti-hipertensivos, que ficaram 3,4% mais caros, antissépticos (1,8%) e anti-histamínicos (0,08%).
por JOANA CUNHA / FOLHA de S.PAULO
TURQUIA - A Turquia, que contou com a generosidade de alguns sócios ricos para se recuperar, terá que arcar com as consequências do terremoto de 6 de fevereiro, que devastou dezenas de cidades e deixou milhões de pessoas sem casa e sem trabalho.
O país terá que destinar bilhões de dólares para a reconstrução de 11 províncias do sudeste destruídas pela pior catástrofe de sua história contemporânea.
O presidente, Recep Tayyip Erdogan, também prometeu milhões de liras turcas às populações afetadas, em clima pré-eleitoral para as eleições presidenciais e legislativas marcadas para 14 de maio.
Esse dinheiro poderia estimular o consumo e a produção industrial, dois indicadores-chave do crescimento econômico. Mas a Turquia está ficando sem fundos.
As reservas do banco central, praticamente reduzidas a nada, puderam ser repostas graças à ajuda da Rússia e dos países petrolíferos do Golfo.
Mas vários economistas dizem que o dinheiro mal será suficiente para manter as finanças da Turquia à tona e evitar que a moeda nacional entre em colapso até as eleições de maio, se confirmadas.
Erdogan deve reparar danos de 78,9 bilhões de euros (cerca de 84,5 bilhões de dólares), segundo cálculos de um grupo de empresários.
- Impulso à reconstrução -
O presidente prometeu fornecer casas para milhões de pessoas dentro de um ano.
Se conseguir dinheiro de novos fundos de doadores estrangeiros, o chefe de Estado terá que investir muito na reconstrução de partes inteiras do país que foram destruídas.
Mas, precisamente, o setor da construção está agora no centro das atenções, acusado de ser o responsável pelos desmoronamentos em massa de edifícios residenciais que não cumpriam as normas antiterremotos.
"O trabalho de reconstrução pode compensar em grande parte o impacto negativo (do terremoto) na atividade econômica", disse o Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
Antes do terremoto, a região afetada contribuía com 9% do PIB da Turquia, principalmente devido à atividade das zonas industriais de Gaziantep e do porto de Iskenderun.
A produção agrícola também será afetada. De acordo com Unay Tamgac, professor associado de economia da Universidade TOBB-ETU de Ancara, a região fornece 14,3% da produção agrícola da Turquia, incluindo pesca e silvicultura.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alertou que a produção de alimentos básicos na Turquia e na Síria pode ser interrompida.
- Melhor que em 1999 -
O terremoto também afetou a infraestrutura de energia, transporte e canais de irrigação, acrescentou Tamgac.
Mahmoud Mohieldin, diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), calculou que esse terremoto, de magnitude 7,8, será menos prejudicial à economia do que o terremoto de 1999 (7,6), que causou 17 mil mortes. O FMI esclareceu que o responsável falava a título pessoal.
A economia turca perdeu entre 0,5% e 1% do PIB em 1999, mas esse terremoto atingiu o coração industrial do país, incluindo sua capital econômica, Istambul.
O país se recuperou rapidamente e alcançou um crescimento de 1,5% no ano seguinte, graças ao esforço de reconstrução, disse o BERD.
O turismo, "transformado numa das principais fontes de divisas da Turquia", deverá sair relativamente ileso, uma vez que a região afetada pelo terremoto não é o principal destino dos turistas estrangeiros, segundo nota de Wolfango Piccoli, analista da consultora Teneo.
- Ventos contrários -
"Está claro que haverá necessidade de moedas estrangeiras", Baki Demirel, professor associado de economia da Universidade Yalova, insistiu sobre o assunto, observando que a Turquia terá que importar mais.
Felizmente, a dívida soberana do país é relativamente baixa, o que deixa alguma margem de manobra ao governo.
Por outro lado, os investidores estrangeiros estão se afastando do país por causa das políticas de Erdogan, que provocaram o aumento da inflação ao baixar constantemente as taxas de juros.
Quando ocorreu a catástrofe, a Turquia acabava de anunciar uma taxa oficial de inflação de 58%. Em 2022, havia ultrapassado 85%.
Ainda assim, vários ventos contrários enfrentados pela Turquia podem bloquear seu crescimento este ano, concordam os especialistas.
Reinauguração das duas lojas traz novo layout da marca em espaços mais amplos dentro do Limeira Shopping e Pátio Limeira Shopping neste mês de fevereiro
LIMEIRA/SP - De cara nova, a rede de lojas 1A99 reinaugura na cidade de Limeira, duas das suas três lojas do município, as primeiras em shoppings, das mais de 60 unidades do Brasil, que serão reformuladas. Todas terão a nova identidade e o novo layout, como as duas unidades inauguradas no segundo semestre de 2022 em Ribeirão Preto e Socorro, interior de São Paulo.
“Chegamos em Limeira no ano de 2017. Nesta época buscávamos identificar cidades com alto grau de desenvolvimento e que fossem aderentes ao nosso negócio. Ao estudarmos mais sobre o município, ficamos surpresos com o grande potencial, tanto que Limeira é a cidade que atualmente tem o maior número de lojas da 1A99”, diz Fábio Rosa, diretor Comercial e Marketing da rede.
A primeira reinaugurada será a unidade do Limeira Shopping (Avenida Carlos Kuntz Busch, nº800, loja 006), no próximo dia 23 e, na sequência, no dia 28 de fevereiro, será a vez do Pátio Limeira Shopping (Rua Carlos Gomes, nº 1321, piso térreo). As duas passaram por todo o processo de reformulação da marca, que começou no ano passado e irão ocupar espaços maiores dentro dos respectivos shoppings.
A loja do Limeira Shopping, a primeira reinaugurada, irá para um novo espaço ainda maior dentro do centro de compras, ocupando 618,13 m². A unidade do Pátio Shopping Limeira, também está indo para um local mais amplo - sairá de uma metragem de 1.526 m² para aproximadamente 1.563,75 m², sendo que 635 m² são destinados a área de vendas e o restante divido entre mezanino e retaguarda.
“Estamos procurando melhorar a experiência de compra da nossa cliente em todas as localizações, oferecendo uma loja mais confortável na hora das compras, com o novo layout, gerando uma experiência mais prazerosa e intuitiva”, explica o diretor Comercial e Marketing da 1A99.
Com o intuito de se tornar a maior rede da América Latina no segmento de variedades, a reinauguração das lojas na cidade de Limeira vem fortalecer o compromisso econômico com o município e mercado local.
“Estou bastante ansioso e otimista em relação a estas duas reinaugurações. Será um teste muito importante para a nossa nova marca, pois envolve nossos primeiros modelos em shopping centers”, diz Fábio Rosa, que reforça que todas as lojas da rede passarão pela reformulação da marca. A terceira loja de Limeira, localizada na Rua Santa Cruz, 691, no centro da cidade, está em avaliação de data e prioridade junto com as demais lojas da rede para a repaginação.
A rede, que completa 25 anos neste mês de fevereiro, teve excelente performance em suas lojas de shoppings, por isso apostam neste momento para testar o novo modelo de negócio. Isso traz ainda mais responsabilidade, pois a base já é bastante alta. É realmente um ótimo teste para comprovar a efetividade do novo modelo da 1A99”, reforça o diretor comercial.
MODELO DE EXPANSÃO
Toda essa expansão tem como inspiração as redes de lojas norte-americanas, conhecidas como “Dollar Store” que foi iniciado em 2022, na cidade de Ribeirão Preto e Socorro (município onde foi fundada a marca), com a inauguração de duas novas lojas. Em Limeira, as lojas que serão reinauguradas fazem parte do processo de relocation, onde é feito a melhoria do ponto e oportunidade para reinaugurar com a nova marca e conceito.
“Limeira é uma cidade com a cara da nossa marca, onde atualmente já temos 3 lojas e queremos melhorar ainda mais a experiência de compra de nossa consumidora”, reforça Fábio Rosa.
Entre as principais mudanças estão: nova logomarca e um novo layout, com espaços mais modernos e com novas categorias de produtos. Segundo Fábio Rosa, “as novas lojas refletem exatamente o que Limeira vem se tornando ao longo dos anos. Uma cidade que oferece excelente qualidade de vida e que está cada vez mais moderna. Precisamos acompanhar esse desenvolvimento também.”
SOBRE A REDE 1A99
A rede 1A99 é natural de Socorro, interior de São Paulo e possui mais de 60 lojas espalhadas por todo o Brasil. Fundada por João Barboza e Eduardo Mazolini, em 1998, a loja completa 25 anos de referência no varejo em março, sempre buscando dar o poder de compra para todas as famílias, além de ofertar produtos de qualidade com um preço acessível.
Impulsionado pelo transporte aéreo, faturamento foi de R$ 208 bilhões em 12 meses, aponta FecomercioSP
SÃO PAULO/SP - O ano de 2022 foi de recuperação para o turismo brasileiro, que cresceu 28% entre janeiro e dezembro. O faturamento do segmento chegou aos R$ 208 bilhões no período – R$ 45,4 bilhões a mais quando comparado a 2021. Só no mês de dezembro, início das férias escolares e período de alta temporada, o crescimento foi de 14,4%. Os dados são do levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Todos os setores analisados pelo estudo registraram alta tanto na variação anual quanto no acumulado do ano. Destaque para transporte aéreo, que cresceu 65,2%, em 2022, e 21%, em dezembro. O faturamento de R$ 66,5 bilhões, em 12 meses, é R$ 26,3 bilhões superior ao registrado no ano anterior. O fim das restrições causadas pela covid-19, o aumento da demanda e a maior quantidade de assentos ofertados propiciaram este crescimento. Por outro lado, vale lembrar que parte disso se deve à inflação das passagens aéreas, que, no ano passado, tiveram reajuste médio de 23,5%, segundo o IBGE. Isso, porque a guerra na Ucrânia fez disparar o custo do querosene de aviação, variável fundamental na formação de preços ao consumidor.
Outro destaque ficou por conta do grupo de alojamento e alimentação, com incremento de 23,3% entre janeiro e dezembro do ano passado, faturando R$ 59,2 bilhões – um crescimento de R$ 11,2 bilhões em relação ao ano anterior.
Novo perfil
De acordo com a FecomercioSP, ao longo do ano passado, percebeu-se a substituição do modal aéreo para o terrestre rodoviário. O setor encerrou o ano com alta de 13,9% e faturamento de R$ 34 bilhões – em dezembro, o crescimento foi de 12,9%. Além disso, houve uma mudança gradual do perfil do público consumidor, com famílias buscando destinos de curta e média distâncias, via ônibus ou veículo próprio, de forma a reduzir o custo médio da viagem.
As demais elevações foram observadas no grupo de atividades culturais, recreativas e esportivas (16,7% no ano) e no grupo de locação de veículos, agências e operadoras de turismo (5,3%).
A expansão mais forte foi registrada ao longo do segundo semestre, consolidando-se ao entrar em 2023 no mesmo ritmo. Apesar das adversidades, o turismo será o grande destaque do ano, pois as famílias voltaram a fazer um planejamento de roteiro mais seguro, bem como as empresas estão ampliando os gastos com viagens e eventos, aponta a FecomercioSP.
De acordo com o assessor técnico do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Guilherme Dietze, o ano de 2022 trouxe boas notícias para o setor, expressas na análise do faturamento e, especialmente, na identificação da importância das viagens tanto para a realização de objetivos empresariais (negócios e eventos) quanto para o bem-estar dos indivíduos (lazer).
“Integrar viagens aos orçamentos passa a ser uma característica das famílias brasileiras de classe C, ao passo que a busca por diversificação de mais destinos e segmentos se torna um atributo das classes A e B. O desafio para 2023 é ampliar a oferta de produtos e serviços com preços diferentes para atender a uma base maior de clientes e, possivelmente, atender ao mercado internacional, que pode voltar a considerar o Brasil uma opção”, afirma.
Nota metodológica
O estudo é baseado nas informações da Pesquisa Anual de Serviços e dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números são atualizados mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o turismo.
Para as atividades que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do turismo no total.
ARGENTINA - Na tentativa de controlar inflação desenfreada, governo argentino impôs limita os preços de alguns produtos nos supermercados. Economistas, porém, veem a estratégia com extremo ceticismo.
Nas prateleiras dos supermercados da Avenida Córdoba, em Buenos Aires, pequenas placas em azul e branco anunciam: preços justos. O aviso integra uma estratégia de impor tetos de preços, por meio da qual o governo do presidente Alberto Fernández tenta conter a inflação e, consequentemente, os constantes aumentos dos preços.
De 1º de fevereiro até 30 de junho, os preços de alguns produtos pré-selecionados de uso diário só podem aumentar 3,2% por mês.
Para se ter uma ideia, em dezembro de 2022 a taxa de inflação na Argentina foi de quase 95% em comparação com o mesmo período no ano anterior. Isso gera consequências dramáticas para a população, pois o custo de vida cresce muito mais rapidamente do que os salários e remunerações.
Publicidade e distorção
Nos táxis, na televisão ou no rádio, o governo argentino tem promovido a estratégia como a solução para a crise econômica. Para supervisionar a ação, ele confia em voluntários de seu partido, que fiscalizam os preços nos supermercados.
"Este é um programa que visa reduzir a inflação e alcançar a estabilidade dos preços, a fim de restaurar o poder de compra da população", declarou Fernández ao divulgar o programa, em 2022. Com eleições marcadas par outubro, o governo se encontra sob pressão, pois os índices de pobreza crescem, enquanto seu nível de popularidade cai.
Lars-Andre Richter, da Fundação Friedrich Naumann, de Buenos Aires, ligada ao partido liberal alemão FDP, considera a estratégia problemática: "Os controles de preços são geralmente um problema por causa do efeito de distorção do mercado. Na Argentina, o governo quer combater a inflação. Isso é como tentar represar um rio com algumas pedras."
"Oficialmente, a culpa pela alta taxa de inflação está sendo atribuída aos produtores e suas supostas tendências especulativas. Isso é uma clara distorção dos fatos", acrescenta Richter.
A seu ver, a culpa da inflação seria antes do excesso de dinheiro em circulação, já que as máquinas do Banco Central estão imprimindo pesos "praticamente 24 horas por dia". E a própria denominação da propaganda governamental de "preços justos" não passaria da " exaltação moralista de uma política econômica equivocada".
Estratégia prestes a falhar
Nos bairros pobres de Buenos Aires, cujos habitantes vivem em barracos onde falta até mesmo água corrente, o brutal encarecimento dos alimentos e outros artigos básicos causa ainda mais estragos.
Por isso, para o padre "Paco" Oliveira, que se ocupa dos pobres, apesar de boa, a estratégia do governo não basta: "Um preço justo é um acordo com as empresas para que elas não aumentem os preços de certos produtos além do nível acordado. Mas isso está longe de ser suficiente. Os cidadãos precisam receber, pelo seu trabalho, salários acima da inflação."
Agustin Etchebarne, do centro de pesquisas focado em políticas públicas e sem fins lucrativos Libertad y Progreso, também é crítico em relação à medida.
"Controles de preços não têm como funcionar, pois, se um preço é fixado abaixo do do mercado livre, se distorcem os sinais, convidando os produtores a produzirem menos, e os consumidores, a consumirem mais." Portando, a ação pode levar a "gargalos de abastecimento e prateleiras de supermercado vazias".
Uma vez novamente liberados, os preços que mais tendem a subir, segundo o pesquisador, serão os que foram controlados. Assim, ele prevê que a estratégia de preço justo falhará, como tantas outras iniciativas desse tipo aplicadas "em todo o mundo, nos últimos 4 mil anos".
"Na Argentina, temos uma longa tradição de controles fracassados de preços que sempre terminam em distúrbios sociais, chegando até a hiperinflação." Como exemplo, Etchebarne cita o fim do governo de Raúl Alfonsín (1983-1989), primeiro presidente eleito após a ditadura militar argentina.
Autor: Tobias Käufer / DW
SÃO PAULO/SP - O ano de 2023 marca o retorno “oficial” das festividades de carnaval em muitos estados brasileiros, após anos de restrições e cuidados necessários para conter a pandemia da COVID-19. Apenas na cidade de São Paulo, a expectativa é de que 14 milhões de foliões tomem as ruas, segundo a prefeitura do município. Diante deste cenário, algumas dúvidas surgem sobre a liberação de trabalhadores durante o período.
Segundo Elizabeth Lula, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, por não se tratar de um feriado nacional, as empresas não são obrigadas a dispensar os colaboradores durante os dias de carnaval: “Se a empresa optar pelo funcionamento normal durante estes dias, o pagamento pelo trabalho deve ser efetuado sem qualquer adicional, ou seja, deve corresponder ao de qualquer outro dia regular de trabalho”, explica.
Caso a empresa decida liberar os funcionários do trabalho nos dias do carnaval, ela pode exigir que haja uma compensação pela ausência de trabalho, mas não existe obrigatoriedade nesta questão, ficando a critério único e exclusivo do empregador.
A compensação pelos dias pode ser feita por meio de banco de horas, desde que tenha sido implantado na empresa ou compensação futura, dependendo de cada caso específico. Porém, para que isso se firme, segundo a legislação vigente, deve existir ao menos um acordo escrito entre empregado e empregador.
“Como regra geral, a liberação dos funcionários depende exclusivamente das empresas. A lei possibilita que os acordos coletivos firmados entre os empregadores e empregados estabeleçam o carnaval como feriado, prevalecendo o convencionado sobre o legislado, entretanto, esse acordo coletivo somente terá validade para a categoria profissional a qual ele se aplique", destaca a advogada.
O município também pode promover um decreto para oficializar os dias de carnaval como um feriado e, neste cenário, a empresa deve permitir que seus empregados aproveitem a folga durante esses dias. Contudo, sendo imprescindível a atuação profissional durante tais dias, devido às atividades serem de cunho essencial, a não liberação dos empregados está sujeita ao pagamento de horas extras.
Sobre a Dra. Elizabeth Lula
Bacharela em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em 1991 e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 120.773
BRASÍLIA/DF - Cerca de 179 mil contribuintes que haviam caído na malha fina e acertaram as contas com o Fisco receberão R$ 250 milhões. A Receita Federal abre hoje (17) consulta ao lote residual do Imposto de Renda Pessoa Física.
A consulta pode ser feita a partir das 10h, na página da Receita na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.
O pagamento será feito em 28 de fevereiro, na conta informada na declaração do Imposto de Renda. Ao todo, 179.065 contribuintes que declararam em anos anteriores foram contemplados. Desse total, 4.256 têm mais de 80 anos, 30.651 têm entre 60 e 79 anos, 2.977 têm alguma deficiência física ou mental ou doença grave e 10.146 têm o magistério como principal fonte de renda.
Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato. Se verificar pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.
Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB, ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Caso o contribuinte não resgate sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
CARACAS - Os presidentes de Venezuela, Nicolás Maduro, e Colômbia, Gustavo Petro, reativaram, na quinta-feira (16), um acordo comercial assinado pelos dois países em 2011, mas que estava congelado há quatro anos devido à ruptura das relações bilaterais por tensões políticas.
Maduro disse apostar em uma "zona econômica" comum com condições especiais para o comércio, após firmar junto com Petro o protocolo que relança o convênio.
"Este acordo cria as bases para darmos passos nessa direção", afirmou o governante venezuelano durante um ato realizado na ponte fronteiriça Atanasio Girardot, que liga as cidades de Ureña (estado de Táchira, Venezuela) e Cúcuta (departamento de Norte de Santander, Colômbia). "Novos ventos sopram aqui", continuou.
"É preciso encher essas pontes de comércio, remover as barreiras que possam existir", disse, por sua vez, Petro.
"Ainda há muito a fazer, porque não se trata de encher essas pontes apenas com comércio, mas com gente [...], não me refiro ao grande capital que quer investir de um lado para o outro, me refiro ao pequeno capital" dos habitantes da fronteira, acrescentou o governante colombiano.
Maduro e Petro tiverem seu quarto encontro tête-à-tête em um evento com música e danças típicas, sentados nas laterais de uma faixa branca que marcava a fronteira.
Caracas e Bogotá retomaram relações após a chegada de Petro ao poder em agosto, o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia, com a promessa de "normalizar" a linha divisória comum de 2.200 km, marcada pela presença de grupos armados e pelo tráfico de drogas e contrabando.
As relações haviam sido rompidas em 2019, quando o governo de Iván Duque reconheceu o político opositor Juan Guaidó como "presidente encarregado" do país vizinho por questionamentos à reeleição de Maduro.
O acordo firmado em 2011, após a decisão do falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) de retirar a Venezuela da Comunidade Andina (CAN), estabelecia preferências tarifárias e critérios para o controle dos produtos a serem comercializados. Entrou em vigor em 2012.
O protocolo firmado nesta quinta "atualiza" tarifas e condições, assinalou Maduro, mas nenhum dos dois governantes deu mais detalhes.
As pontes fronteiriças foram reabertas no fim de setembro. Estavam com passagem restrita desde 2015 e bloqueadas desde 2019, quando Guaidó liderou uma tentativa fracassada de levar alimentos e remédios enviados pelos Estados Unidos, ficando habilitadas apenas para pedestres.
Venezuela e Colômbia querem resgatar um comércio que chegou a 7,2 bilhões de dólares anuais em 2008, mas que despencou para 400 milhões com a ruptura.
O restabelecimento do trânsito levou este número para 1,2 bilhões de dólares em 2022, segundo estimativas da Câmara Colombo-Venezuelana de Integração (CAVECOL).
WASHINGTON - Os déficits orçamentários anuais dos Estados Unidos devem ficar em uma média de 2 trilhões de dólares no período de 2024 a 2033, se aproximando dos níveis da era da pandemia até o final da década, disse o Escritório de Orçamento do Congresso dos EUA (CBO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira em um relatório que deve intensificar as demandas de republicanos por cortes de gastos.
A análise sóbria da agência apartidária de arbitragem do Orçamento reflete o impacto total da recente legislação de gastos, que inclui investimentos em energia limpa e semicondutores e gastos militares mais altos. O órgão pressupõe que as leis tributárias e de gastos sejam congeladas nos níveis atuais durante a próxima década.
O estudo também reflete a previsão do CBO de uma desaceleração da economia e do aumento dos custos federais com saúde, previdência social e juros.
O CBO disse que estimou um déficit orçamentário fiscal de 1,410 trilhão de dólares para 2023, um pouco acima do déficit de 1,375 trilhão de dólares no ano fiscal de 2022 encerrado em outubro, uma lacuna aumentada pelos planos de perdão de dívidas de empréstimos estudantis do presidente Joe Biden.
A agência projetou que o déficit dos EUA aumentará ainda mais, para 1,576 trilhão de dólares, ou 5,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, no ano fiscal de 2024, e chegará a 2,851 trilhões de dólares, ou 7,3% do PIB, até 2033.
Por David Lawder / REUTERS
Para este ano, tendência é que setor se mantenha aquecido nos dois primeiros meses e retome com mais força a partir de março
SÃO PAULO/SP - Na capital paulista, o turismo encerrou 2022 em alta, com crescimento de 48,4%, na comparação com o ano anterior. O faturamento do setor aumentou 92,1% no período: de R$ 28.558.507, em dezembro de 2021, para R$ 54.867.559, no último mês do ano passado.
Os dados são do Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT), indicador do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com o Observatório de Turismo e Eventos, da SPTuris.
Para 2023, a tendência é que o turismo se mantenha aquecido nos dois primeiros meses do ano, retomando de maneira mais forte a partir de março, com a volta integral dos eventos de negócios. Este cenário que deve movimentar a cadeia do setor da cidade e estimular a geração de mais empregos.
Em dezembro, o crescimento do setor foi de 22,2%, na comparação anual. O período foi marcado pela alta temporada do turismo de lazer e, também, de um momento residual no qual as empresas ainda realizam eventos e reuniões na cidade. Esta combinação de fatores proporcionou aumento de 26,7% no faturamento no mês, em relação a novembro.
Na ocasião, também foi registrado crescimento de 21,1% na movimentação nos principais terminais rodoviários paulistanos – 40.917 passageiros por dia, ante 33.793 no 11º mês do ano. Em dezembro de 2021, a média diária registrada foi de 35.865 pessoas.
Além da demanda natural, a conjuntura pode ser justificada pelo fato de que famílias do interior estão buscando destinos de curta distância, como a capital, para viajar. Desta forma, evitam preços elevados das passagens aéreas – tendência que se consolidou no ano passado e deve continuar em 2023.
Apesar da variação modesta (0,8%) em dezembro, o estoque de emprego em cargos relacionados ao turismo segue em expansão, com 417.384 trabalhadores formais na área. O índice mostra a solidez da retomada do setor na capital, com demanda nos mais diversos campos de atuação.
Em relação aos terminais aéreos, houve queda na circulação média diária (-0,4%) em comparação a novembro. No entanto, o patamar de dezembro, de 161,6 mil passageiros por dia, está 10% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
Por fim, a taxa de ocupação hoteleira ficou em 54,7%, índice abaixo do nível de novembro de 2022 e de dezembro de 2021, quando foram registradas taxas de 71,9% e 58,9%, respectivamente. De forma sazonal, o período entre janeiro e fevereiro são mais fracos quanto aos demais meses do ano.
De acordo com a FecomercioSP, a cidade de São Paulo tem tradição em se manter como uma potência no turismo de negócios. No entanto, a cada ano, o lazer encontra espaço para crescer em períodos habitualmente menos demandados.
De acordo com Guilherme Dietze, assessor técnico do Conselho de Turismo da Entidade, dezembro trouxe resultados que coroam o trabalho realizado por todo o setor, após dois anos muito difíceis. “Além de recuperar a demanda dos eventos de negócios, que sempre caracterizaram a capital, os produtos e serviços ligados a lazer, entretenimento, compras e gastronomia se consolidaram e podem ser definidores da posição de São Paulo como um dos principais destinos de turismo no Brasil”, afirma.
Nota metodológica
O indicador é composto por cinco variáveis que têm os mesmos pesos para a criação do índice. São analisadas as movimentações de passageiros dos aeroportos de Congonhas (Infraero) e Guarulhos (GRU Airport), assim como dos passageiros das rodoviárias (Socicam), a taxa média de ocupação hoteleira na cidade (FOHB), o faturamento do setor do turismo na capital (FecomercioSP/SMF-SP) e o estoque de emprego nas atividades exclusivas do turismo (Caged). O índice tem sua base no número 100, usada como referência de comparação em janeiro de 2020. Ele pode sofrer mudanças mensais em decorrência dos dados que compõem o cálculo, com a saída de projeções e a entrada de números consolidados na série.
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