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CIDADE DO MÉXICO – O México poderá atingir sua meta de substituir metade de suas necessidades de importação por milho não transgênico, mas terá dificuldades para cumprir o prazo de uma polêmica proibição e poderá sofrer com a inflação em sua principal safra, disseram especialistas à Reuters.

O país, que importa cerca de 17 milhões de toneladas de milho geneticamente modificado (GM) dos Estados Unidos, tem um decreto presidencial que pretende eliminar gradualmente o milho transgênico e o herbicida glifosato até 31 de janeiro de 2024.

O vice-ministro da Agricultura, Victor Suarez, disse à Reuters em outubro que o México, um dos principais compradores de milho dos Estados Unidos, está a caminho de reduzir pela metade suas importações do grão em 2024, o que compensaria a diferença aumentando a produção doméstica e buscando acordos com produtores americanos, argentinos ou brasileiros para milho não transgênico, disse ele.

A Reuters entrevistou especialistas do setor, comerciantes e agricultores sobre os desafios de garantir um suprimento de milho não transgênico grande o suficiente para as necessidades de importação do México – e a tempo de seu decreto de 2024. Mais de 90% do milho cultivado nos Estados Unidos é geneticamente modificado, de acordo com a National Corn Growers Association (NCGA, na sigla em inglês).

Ken Dallmier, executivo-chefe da Clarkson Grain, fornecedora norte-americana de grãos orgânicos e não transgênicos, disse que, embora não haja oferta suficiente de safras não transgênicas dos Estados Unidos para o México atualmente, pode haver se o México agir rapidamente.

“Ainda há tempo para as forças do mercado afetarem o fornecimento e a logística para satisfazer as necessidades e desejos do México, mas essa janela está se fechando rapidamente”, disse Dallmier à Reuters, observando que um acordo dessa escala exigiria “esforços hercúleos”.

Mas para os agricultores que buscam um novo mercado potencialmente lucrativo, o preço pode ser um motivador poderoso. Dallmier estimou que o México precisaria pagar um prêmio de até 20% para que valesse a pena para os agricultores dos Estados Unidos cultivar milho não transgênico, um aumento que poderia alimentar a inflação mexicana.

Ainda assim, o incentivo financeiro pode não ser suficiente para convencer os agricultores dos Estados Unidos a mudar seus métodos de produção, disse Andy Jobman, presidente da Nebraska Corn Growers Association.

Mudar para cultivos não transgênicos implica em usar mais pesticidas e mais lavouras para controlar ervas daninhas, o que eventualmente leva à erosão do solo, disse Jobman.

“É como sair do uso de eletricidade para voltar a usar velas em termos de tecnologia”, disse ele.

O Ministério da Agricultura do México não respondeu a um pedido de comentário.

Se o México esperasse até outubro de 2024, poderia ser mais realista garantir seu abastecimento na safra dos norte-americana daquele ano, de acordo com Ben Scholl, presidente da compradora de grãos Osterbur and Associates.

O México terá dificuldades, no entanto, para fazer acordos diretamente com os agricultores e, em vez disso, precisaria de parceiros confiáveis por meio de grandes traders de commodities como Cargill e Archer-Daniels-Midland para fazer a mudança, disse ele.

“Leva muito tempo para conquistar esse relacionamento e essa confiança”, disse Scholl.

De acordo com um trader de uma empresa líder de mercado que falou sob condição de anonimato, é “totalmente irreal” esperar que agricultores nos Estados Unidos, ou grandes fornecedores alternativos como Argentina e Brasil, façam a mudança necessária.

Os agricultores norte-americanos plantaram e colheram cerca de 5,7 milhões de acres de milho não transgênico em 2022 – cerca de 7% do total de hectares de milho do país, de acordo com os dados mais recentes do USDA.

O México importou um total de 17,3 milhões de toneladas de julho de 2021 a junho de 2022, com 16,9 milhões de toneladas provenientes dos Estados Unidos.

O volume restante destinado ao México veio do Brasil, Argentina e União Europeia, disse a economista Miriam Morath, do Conselho Internacional de Grãos.

 

 

 

Por Cassandra Garrison e PJ Huffstutter; reportagem adicional de David Alire Garcia / REUTERS

Valor do 13º salário a ser destinado às compras de fim de ano deve ser 37,5% maior que em 2021

 
SÃO PAULO/SP - As vendas do comércio varejista no Estado de São Paulo devem crescer 8% em dezembro de 2022, impulsionadas pelo pagamento do décimo terceiro salário e pelo consumo do Natal. O porcentual representa R$ 8,8 bilhões a mais do que o faturado no mesmo período do ano passado. A projeção é da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A expectativa é de que o varejo paulista fature R$ 112,4 bilhões no último mês do ano.
 
Diante do crescimento no número de trabalhadores formais, após dois anos de pandemia, o montante injetado pelo benefício do décimo terceiro na economia do Estado deve ser 10% maior – passando de R$ 72,6 bilhões, em 2021, para R$ 79,9 bilhões, neste ano –, resultado fundamental para o cenário positivo no período.
 
Apesar de o valor do recurso não ser totalmente direcionado às compras de Natal – uma vez que a maior parte deve ser destinada à quitação de dívidas e às despesas de início de ano, como custos escolares, IPVA e IPTU –, a projeção da FecomercioSP é que o montante seja 37,5% maior. Isso representa cerca de R$ 14 bilhões em consumo financiado pelo benefício, ante R$ 10,2 bilhões registrados no ano passado.
 

 
Destaque para o setor de vestuário
Pelo segundo ano consecutivo, o segmento de vestuário, tecidos e calçados deve obter o melhor desempenho entre as atividades do varejo, com crescimento estimado de 16%, ante dezembro de 2021. Concessionária de veículos e o setor de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento têm aumento estimado de 12% e 11%, respectivamente.
 
Diferentemente de 2021, quando apresentaram dados negativos, supermercados, farmácias e perfumarias devem registrar desempenho positivo em dezembro, de 6% e 8%, na devida ordem.
 
Por outro lado, mais uma vez, o 12º mês do ano não deve ser bom para o segmento de móveis e decoração, com previsão de saldo negativo em 12% no período.

 

EUA - O ano passado não foi um bom ano para a economia: falta de mão de obra, cadeias de suprimentos interrompidas e mercadorias que chegavam atrasadas ou sequer chegavam. Como no ano anterior, o principal motivo para isso foi a pandemia de covid-19.

Mas apesar das dificuldades, os 100 maiores produtores de armas do mundo conseguiram faturar juntos 592 bilhões de dólares (R$ 3,1 trilhões) em 2021, o que corresponde a um aumento de quase 2% em relação ao ano anterior.

Os EUA ainda respondem pela maior parcela disso. Fabricantes de armas americanos respondem por cerca de metade das vendas globais. No entanto, as vendas no mercado americano caíram ligeiramente em 2021.

"Os problemas causados pelas interrupções das cadeias de suprimentos atingiram as empresas americanas com mais força", explica Xiao Liang, um dos autores do mais recente relatório anual do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês), sediado na Suécia.

Ele vê o motivo da retração em uma espécie de "covid longa" da economia, que ainda não se recuperou. "Além disso, há também a alta inflação nos EUA em 2021. Esses são os dois principais motivos."

 

Europa continua se armando

Por outro lado, as vendas na Europa cresceram 4,2% no ano passado. E isso ainda foi antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022. De acordo com o Relatório Sipri 2022, a guerra de agressão russa fez disparar a demanda por armas na Europa e nos Estados Unidos.

"Com todas as armas que são enviadas para a Ucrânia, os EUA e a Europa foram esgotando seus estoques, que agora têm que ser reabastecidos", analisa Liang. "Temos certeza de que haverá mais encomendas, mas é muito cedo para dizer com certeza se isso se traduzirá em receitas maiores já em 2022."

Atualmente, no entanto, só o fabricante alemão Rheinmetall espera para sua divisão de defesa um salto de 30% a 40% na entrada de pedidos em 2023. Esse prognóstico é baseado na necessidade de reabastecer os estoques de veículos blindados que foram enviados à Ucrânia.

 

Falta tempo

Não faltam encomendas futuras, o que falta agora é outro recurso: tempo. Um exemplo disso é a encomenda dos EUA de mísseis antitanque Javelin. Até o final de outubro de 2022, os EUA entregaram 8.500 desses mísseis à Ucrânia, o equivalente a entre três e quatro anos de produção. "Portanto, é um desafio para as empresas: elas recebem mais pedidos, mas será que conseguem atender e entregar todas as encomendas?", pondera Liang.

Quanto mais tempo durar a guerra, mais urgente se tornará a questão sobre quantas armas os países ocidentais enviarão para a Ucrânia. "Vemos que alguns países já estão tentando encontrar esse equilíbrio", diz Liang. "Se trata de equilibrar as próprias necessidades com o apoio à Ucrânia. Mas ao mesmo tempo sabemos que os estoques estão baixando e que é preciso repô-los."

Alguns países da União Europeia (UE) estão se armando massivamente em resposta à guerra de agressão de Putin. A Polônia quer dobrar seu número de soldados em cinco anos, a Finlândia está fortalecendo suas defesas aéreas. Grécia, França e Itália estão comprando novas armas por bilhões de euros.

Logo após o início da guerra, o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, anunciou um fundo especial de 100 bilhões de euros para a Bundeswehr, as Forças Armadas da Alemanha.

 

Empresas russas estão estagnadas

E a própria Rússia? "A indústria de defesa da Rússia cresceu apenas minimamente em 2021, mas isso não é novidade", diz Lang. De acordo com o relatório do Sipri, uma razão para isso é a ordem dada pelo governo russo ao complexo militar-industrial em 2016 para aumentar a produção civil.

A invasão da Ucrânia pela Rússia provavelmente reverterá essa tendência, segundo Lang, pois a indústria de defesa precisará apoiar o esforço de guerra. Atualmente, entretanto, faltam componentes para a produção de armas.

As sanções econômicas impostas pelos países ocidentais impedem à Rússia a importação irrestrita de chips e semicondutores, peças urgentemente necessárias para a produção, incluindo a fabricação de foguetes e tanques.

 

China e Oriente Médio

Em relação a Ásia e Oriente Médio, chama a atenção que o Oriente Médio esteja experimentando o crescimento mais rápido. As cinco empresas com sede na região registraram a maior taxa de crescimento de todas as regiões representadas no top 100 em 2021.

Uma tendência contínua na Ásia é que a China, em particular, está acelerando o ritmo de produção. Nos últimos anos, o país tornou-se o segundo maior produtor de armas do mundo, sendo que apenas os EUA produzem atualmente mais. O aumento nas vendas de armas reflete a extensão da modernização do equipamento militar chinês e a meta do país de se tornar autossuficiente na produção de todas as principais categorias de armas.

Entre 2017 e 2021, a China, assim como Índia, Egito e Argélia, adquiriram a maior parte de suas armas da Rússia. Entretanto, o especialista do Sipri diz ainda ser cedo para se saber exatamente como a invasão da Ucrânia pela Rússia está mudando o mercado a esse respeito. "A guerra continuará influenciando a dinâmica nos próximos anos", afirma Liang.

 

 

 

Autor: Anne Höhn / DW

TEERÃ - Os ativistas iranianos apelaram a uma greve e a uma nova vaga de manifestações a partir desta segunda-feira como parte das mobilizações que têm vindo a decorrer há quase três meses para denunciar a morte sob custódia de Mahsa Amini, que foi preso pela "polícia de moralidade" por alegadamente usar o véu de forma incorreta

Vários ativistas publicaram na rede social Twitter o apelo a protestos, o que inclui evitar compras durante três dias e terá o seu epicentro numa manifestação na quarta-feira na Praça Azadi de Teerão.

O apelo aos protestos surge após o Procurador-Geral do Irão, Mohamad Yavad Montazeri, ter insinuado a possível dissolução da "polícia de moralidade", embora os meios de comunicação estatais tenham posteriormente qualificado o anúncio e afirmado não haver confirmação oficial.

Montazeri disse no sábado que "a 'polícia moral' foi desmantelada pelas mesmas pessoas que a criaram" e acrescentou que o aparelho judicial não tinha qualquer controlo sobre ela, numa mensagem aparentemente destinada a acalmar os ânimos dos manifestantes após as manifestações, que deixaram mais de 400 pessoas mortas, segundo as ONG.

No entanto, horas depois, a televisão estatal Al Alam criticou os meios de comunicação ocidentais por interpretarem as declarações de Montazeri como "uma retirada da República Islâmica da sua posição sobre o hijab e a moralidade religiosa na sequência dos distúrbios. "Nenhum funcionário da República Islâmica do Irão afirmou que a Patrulha de Irshad - a 'polícia de moralidade' - foi anulada", disse o radiodifusor.

A dissolução da "polícia de moralidade" e um processo de reforma e democratização das autoridades iranianas têm estado entre as principais reivindicações dos manifestantes, que denunciam a repressão sofrida pela população, que também se encontra mergulhada numa grave crise económica.

 

 

por Pedro Santos / NEWS 360

SÃO PAULO/SP - A Caixa Econômica Federal sorteou na noite deste sábado (3), os números do concurso 2.545 da Mega-Sena. Ninguém acertou os seis números e o montante acumulado para o próximo sorteio, na quarta-feira (7), é de R$ 115 milhões.

Os números sorteados no Espaço da Sorte, em São Paulo, foram:

20 - 23 - 32 - 36 - 39 - 57.

Apesar de ninguém ter acertado todos os números, 84 apostas acetaram cinco números e receberão prêmios que vão de R$ 66 mil a até R$ 200 mil. Além disso, 6.629 apostas acertaram quatro números e receberão de cerca de R$ 1.000 até R$ 6.000.

As apostas puderam ser realizadas até as 19h deste sábado e o sorteio aconteceu às 20h, com transmissão ao vivo pela RedeTV! e pelos canais do YouTube e do Facebook da Caixa Econômica Federal.

A aposta simples custa R$ 4,50 e pode ser feita em uma casa lotérica ou pela internet, por meio do aplicativo Loterias Caixa ou pelo site de loterias da Caixa.

A probabilidade de acerto para quem faz uma aposta de seis números (no valor de R$ 4,50) da Mega-Sena é de uma em mais de 50 milhões. Na aposta com sete números (que custa R$ 31,50), a chance sobe para uma em 7,1 milhões.

O maior prêmio já pago neste ano foi em 1º de outubro, no concurso 2.525, quando duas apostas ganhadoras dividiram R$ 317.853.788,53. Naquela ocasião, a Mega estava acumulada havia 14 concursos consecutivos.

 

 

FOLHA de S.PAULO

LISBOA - Coloridas, brilhantes e com menções a vultosos prêmios em dinheiro, as cartelas de raspadinha fazem parte da paisagem há quase três décadas de boa parte de cafés, bancas de jornal e casas lotéricas em Portugal, um dos países europeus recordistas no gasto per capita com esse tipo de aposta.

Em 2021, os portugueses desembolsaram cerca de EUR 1,5 bilhão (R$ 8,25 bilhões, na cotação da última sexta, 2) com o jogo. No mesmo ano, a Espanha, apesar de ter uma população quatro vezes maior, com 47,33 milhões de habitantes, gastou a metade do montante luso: EUR 750 milhões (R$ 4,1 bilhões).

Com a popularidade vêm os problemas. Entidades que tratam dependentes de jogos alertam para a cifra em alta de viciados em raspadinha, com um agravante: mulheres de baixa renda são a fatia mais afetada.

Em Portugal, cassinos, bingos e outros tipos de apostas são legalizados. Entre todas as modalidades, a raspadinha é a segunda mais popular, segundo as informações mais recentes do Sicad (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências), órgão vinculado ao Ministério da Saúde.

Os dados, divulgados em 2021, mas referentes a 2017, já mostravam esse avanço --30% dos portugueses diziam jogar as raspadinhas. Desses, quase um terço ganhava menos de 500 euros mensais.

"Entre 2012 e 2017, na população em geral, a prevalência de jogo abusivo [considerado uma forma mais suave de vício] quadruplicou, de 0,3% para 1,2%, e a de jogo patológico [que caracteriza a fase da dependência], duplicou, de 0,3% para 0,6%", diz o documento. "A raspadinha passou de terceiro para segundo jogo a dinheiro mais usado no país, atrás apenas [da loteria] do Euromilhões."

Para saber a real dimensão do problema, o Conselho Econômico e Social -órgão consultivo que serve de ponte entre o governo e a sociedade civil- encomendou neste ano um amplo estudo sobre as raspadinhas em Portugal. O trabalho será conduzido em parceria com a Universidade do Minho.

"O consumo per capita de raspadinhas em Portugal é muito elevado e, quando comparamos com países como a Espanha, as diferenças são muito significativas", diz o psiquiatra Pedro Morgado, professor da instituição e um dos responsáveis pelo trabalho. "Na prática clínica encontramos muitos casos [de pessoas viciadas] e é sabido que níveis de consumo elevados significam risco de vício mais elevado."

Em 2020, o médico publicou na revista The Lancet, um dos principais periódicos internacionais da área de saúde, um alerta sobre a "ameaça negligenciada" do crescimento das raspadinhas no país ibérico.

A ideia é que o estudo ajude a caracterizar o vício no jogo em Portugal. Para especialistas, a raspadinha reúne características que a tornam particularmente viciantes, como a facilidade de acesso, além dos baixos valores iniciais de aposta, a partir de EUR 1 (R$ 5,40), e da possibilidade de recompensa instantânea.

Funcionária de um restaurante na avenida Almirante Reis, uma das principais vias no centro de Lisboa, Celeste Fonseca diz estar acostumada a ver clientes perderem o controle com o jogo, chamado oficialmente de loteria instantânea. "Pedem um café e uma raspadinha. Depois mais uma cartela, e a seguir outra. Já cheguei a vender 50 raspadinhas para a mesma pessoa dessa forma", afirma ela.

Na avaliação da balconista, que trabalha há 15 anos no estabelecimento, embora haja aqueles que claramente perdem o controle com o jogo, a maioria dos clientes faz apostas ocasionais. "Com os ordenados em Portugal, quem não quer tentar a sorte? Qualquer dinheirinho é bem-vindo", pondera Celeste, lembrando que o salário mínimo atual no país é de 705 euros (cerca de R$ 3.870) por mês.

Segundo o Sicad, mais da metade dos apostadores em raspadinhas no país é formada por mulheres entre 35 e 54 anos, com nível escolar baixo e rendimentos mensais de EUR 500 (R$ 2.750) a EUR 1.000 (R$ 5.500).

No artigo na Lancet, os pesquisadores portugueses chamam a atenção para o fato de que as questões econômicas relacionadas à indústria de apostas, incluindo "os impostos arrecadados pelos governos", podem resultar em "falta de políticas eficazes para regular tipos específicos de jogos".

Em Portugal, os chamados jogos sociais, que incluem as loterias e as raspadinhas, são também uma importante fonte de receita para o governo. Eles são geridos pela Santa Casa de Misericórdia de Lisboa.

Em 2021, dos quase EUR 2,9 bilhões (R$ 15,9 bilhões) de receita bruta com os jogos sociais, EUR 816 milhões (R$ 4,4 bilhões) foram para o Estado português, que destinou o valor a várias instituições, incluindo os ministérios de Saúde e Educação, governos regionais e a própria Santa Casa, indicou o jornal Expresso.

Nos últimos anos, especialistas têm cobrado uma postura mais ativa do governo sobre as raspadinhas. Projetos que limitavam a publicidade e a venda das cartelas, no entanto, não avançaram no Parlamento.

Em 2021, o Ministério da Cultura anunciou uma raspadinha especial, para o financiamento do patrimônio cultural luso. Embora tenha recebido diversas críticas, o projeto foi levado adiante. Pouco mais de um ano depois, porém, o atual chefe da pasta, Pedro Adão e Silva, anunciou que a iniciativa será descontinuada.

 

 

 

por GIULIANA MIRANDA / FOLHA de S.PAULO

BRASÍLIA/DF - A partir de 2 de janeiro, o Pix não terá mais limite por transação, anunciou no dia 1º de dezembro o Banco Central (BC). Os limites de valor serão mantidos apenas por período: diurno (6h às 20h) ou noturno (20h às 6h).

Com a mudança, o cliente poderá transferir todo o limite de um período (diurno ou noturno) em apenas uma transação Pix ou fazê-lo em diversas vezes, ficando a critério do correntista.

O BC também elevou o limite para as retiradas de dinheiro por meio das modalidades Pix Saque e Pix Troco. O valor máximo passou de R$ 500 para R$ 3 mil durante o dia e de R$ 100 para R$ 1 mil no período noturno.

As regras para o cliente personalizar os limites do Pix não mudaram. As instituições financeiras terão de 24 a 48 horas para acatar a ampliação dos limites e deverão aceitar imediatamente os pedidos de redução.

Em nota, o BC informou que a atualização das regras simplificará o Pix, além de aprimorar a experiência dos usuários, “ao efetuar a gestão de limites por meio de aplicativos, mantendo o atual nível de segurança”. Quanto ao Pix Saque e ao Pix Troco, o órgão informou que as mudanças pretendem igualar o Pix ao saque tradicional nos caixas eletrônicos.

A sugestão para abolir o limite por operação foi feita no Fórum Pix de setembro, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que reúne as instituições participantes do Pix. Segundo o grupo, o valor máximo por transação era pouco efetivo porque o usuário pode fazer diversas operações pelo valor do limite desde que respeite a quantia fixada para o período diurno ou noturno.

Aposentadorias e pensões

O BC também alterou a regulamentação para o pagamento de salários e benefícios previdenciários pelo governo. O Tesouro Nacional poderá pagar salários ao funcionalismo, aposentadorias e pensões por meio do Pix. O BC também facilitará o recebimento de recursos por correspondentes bancários pela modalidade.

Outras regulamentações foram atualizadas. Ficará a critério de cada instituição financeira definir os limites para transações em que os usuários finais sejam empresas. A personalização do horário noturno diferenciado passará a ser facultativa. Além disso, as instituições financeiras passarão a considerar os limites da transferência eletrônica disponível (TED) para definir os limites das operações Pix com finalidade de compra. Até agora, os valores máximos eram definidos com base no cartão de débito.

A maioria das regras valerá a partir de 2 de janeiro. No entanto, os ajustes relacionados à gestão dos limites para os clientes por meio do aplicativo ou do canal digital da instituição valem a partir de 3 de julho de 2023.

Desde o lançamento, em novembro de 2020, o Pix tornou-se o meio de pagamento mais usado no Brasil. Com o pagamento da primeira parcela do 13º salário ontem (30), o sistema bateu um novo recorde diário de transações. Segundo o BC, foram realizadas 99,4 milhões operações Pix em apenas um dia.

 

 

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil

PARIS – A França pode enfrentar “alguns dias” de fornecimento insuficiente de eletricidade neste inverno, o que pode significar cortes de energia, disse o chefe do regulador de energia francês RTE nesta quinta-feira, enquanto o governo informa as autoridades locais sobre como gerenciar possíveis interrupções.

“A situação envolve riscos, mas não se deve pensar que os cortes de energia são inevitáveis”, disse Xavier Piechaczyk à rádio France Info.

Piechaczyk manteve a última previsão de oferta do órgão regulador, que destacou os riscos de escassez em janeiro.

“Hoje temos 35 gigawatts de energia nuclear disponível em 1º de dezembro, a meta é chegar entre 40 e 41 em 1º de janeiro e fechar o mês em torno de 43, ante uma capacidade total de 61”.

Piechaczyk disse que a previsão foi modelada no cronograma da EDF de manutenção nuclear, com alguns atrasos adicionais já previstos.

A EDF enfrentou um número sem precedentes de interrupções em sua frota de reatores nucleares, reduzindo a produção nuclear ao nível mais baixo em 30 anos, enquanto a Europa sofre para substituir o fornecimento de gás russo, que Moscou cortou em retaliação às sanções da União Europeia impostas pela invasão da Ucrânia.

No cenário da RTE, existe o risco de “alguns dias neste inverno” em que o aplicativo de monitoramento de eletricidade do país, Ecowatt, exibirá um sinal vermelho, disse Piechaczyk. Isso desencadeará a necessidade de fornecer energia parcialmente aos usuários da rede elétrica.

Ecowatt é um aplicativo projetado para permitir que consumidores e empresas monitorem a situação de energia em tempo real para que possam reduzir o consumo e evitar cortes de energia se o regulador der um sinal de alerta.

Analistas disseram à Reuters que o tempo frio pode levar a cortes iniciais de energia já na segunda-feira.

Separadamente, o porta-voz do governo francês Olivier Veran disse à televisão BFM que, se janeiro for um mês particularmente frio, os cortes de energia não podem ser descartados. “(Mas) não estamos anunciando ao povo francês que haverá cortes de energia”, acrescentou.

 

 

 

Reportagem de Dominique Vidalon, Elizabeth Pineau, Forrest Crellin e Benjamin Mallet / REUTERS

BRASÍLIA/DF - O trabalhador nascido em dezembro pode aderir ao saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) desde ontem (1º). O saque fica disponível por três meses, a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário do trabalhador, ou seja, até o fim de janeiro.

Atualmente, o saque aniversário do FGTS está liberado também para os nascidos em outubro e novembro. A migração para o saque-aniversário é opcional e deve ser informada à Caixa. Ao escolher a modalidade, o trabalhador pode retirar uma parte do saldo das suas contas do FGTS.

Desde que foi lançado, em abril de 2020, o saque-aniversário do FGTS foi utilizado por mais de 21 milhões de trabalhadores, ultrapassando a quantia de R$ 31 bilhões injetados na economia.

Pelas regras do sistema, os saques podem ser efetuados a partir do primeiro dia útil do mês de aniversário e até dois meses após o mês de nascimento do trabalhador. Nascidos em outubro, portanto, podem receber até dezembro (veja cronograma abaixo). Quem aderir ao saque-aniversário após o período permitido só pode retirar o valor no ano seguinte.

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O saque anual depende do saldo somado nas contas do FGTS (para quem tiver mais de uma) e varia dentro de sete faixas de pagamento. Nessa modalidade, é permitido o resgate de 50% do fundo (para quem tem até R$ 500 na conta) até 5% (para quem tem acima de R$ 20 mil) mais um adicional fixo (para quem tem a partir de R$ 500). Ou seja, o percentual vai caindo conforme a quantidade de dinheiro depositado na conta aumenta.

 

Veja o cronograma para saques em 2022:

Nascidos em janeiro- saques de janeiro a março

Nascidos em fevereiro – saques de fevereiro a abril

Nascidos em março – saques de março a maio

Nascidos em abril – saques de abril a junho

Nascidos em maio – saques de maio a julho

Nascidos em junho – saques de junho a agosto

Nascidos em julho – saques de julho a setembro

Nascidos em agosto – saques de agosto a outubro

Nascidos em setembro – saques de setembro a novembro

Nascidos em outubro – saques de outubro a dezembro

Nascidos em novembro – saques de novembro de 2022 a janeiro de 2023

Nascidos em dezembro – saques dezembro de 2022 a fevereiro de 2023

 

Regras da modalidade

A opção por essa sistemática não é obrigatória. A modalidade, criada pela Lei 13.932/2019, com início em abril de 2020, é uma alternativa ao saque-rescisão. Quem adere ao saque-aniversário perde o direito de sacar o saldo total de sua conta do FGTS ao ser demitido, ainda que sem justa causa. Sendo assim, caso seja dispensado, só recebe a multa rescisória de 40% em cima do valor depositado pelo empregador.

Em caso de desistência da adesão ao saque-aniversário, a migração para a modalidade antiga só é feita dois anos após a data de adesão. Por exemplo: uma pessoa que opte pelo saque-aniversário em janeiro de 2022 e depois se arrependa só poderá retornar ao saque-rescisão em fevereiro de 2024.

 

Como consultar o saldo

Para saber quanto dinheiro há disponível para o saque, é só acessar o aplicativo FGTS. Você precisa baixar o app, selecionar a opção “Cadastre-se” e preencher todos os dados solicitados: CPF, nome completo, data de nascimento e e-mail. Depois, deve cadastrar uma senha de acesso, numérica, com seis dígitos. Para quem já usava o aplicativo, pode repetir o mesmo número de senha que usava antes. Depois de incluir seus dados, é só clicar no botão “Não sou um robô”.

O usuário vai receber um e-mail de confirmação no endereço de e-mail informado. Acesse e clique no link que foi enviado. Após o cadastramento, abra o app e informe o CPF e a senha cadastrada. Após o login, aparecerão algumas perguntas adicionais sobre a sua vida funcional. Após responder A essas perguntas, é preciso ler e aceitar as condições de uso do aplicativo, clicando em “Concordar”.

 

Como aderir ao saque-aniversário?

Quem quiser optar pelo saque-aniversário deve fazer a adesão pelo aplicativo do FGTS, utilizando o número de CPF e a senha cadastrada. O interessado deve clicar “Saque-aniversário do FGTS”. É preciso ler e concordar com os termos e condições e clicar em “Optar pelo saque-aniversário”.

Com base no saldo atual de FGTS do trabalhador, o aplicativo também permite que se faça uma simulação de quanto vai receber. Ao clicar em “Mais”, no rodapé da tela, surge a opção “Simulador de empréstimo saque-aniversário”.

 

Qual é o valor do saque-aniversário?

A quantia liberada todos os anos para quem migra para o saque-aniversário depende do saldo somado de suas contas no Fundo de Garantia (para quem tiver mais de uma). Há sete faixas de pagamento.

O saque-aniversário permite o resgate de 50% do fundo (para quem tem até R$ 500 na conta) até 5% mais um adicional fixo (para quem tem acima de R$ 20 mil). Ou seja, o percentual vai caindo conforme a quantidade de dinheiro depositado na conta aumenta.

 

 

por Diego Ferron / ISTOÉ DINHEIRO

WASHINGTON – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que as novas leis norte-americanas que dão incentivos para a produção doméstica de chips de computador e peças de energia renovável nunca tiveram a intenção de excluir aliados europeus e podem ser ajustadas.

Falando com o presidente francês Emmanuel Macron em uma coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca, Biden disse: “Há ajustes que podemos fazer que podem tornar fundamentalmente mais fácil para os países europeus participar e/ou ficar por conta própria.”

Biden não detalhou quais ajustes poderiam ser feitos e as opções legislativas podem ser escassas. Há pouco apetite no Capitólio para reabrir projetos de lei polêmicos e os republicanos, que provavelmente não tomarão medidas para agradar o presidente democrata, ganharam o controle da Câmara.

No entanto, a França está pressionando a Casa Branca a usar poderes executivos para afrouxar alguns dos incentivos da Lei de Redução da Inflação, disse uma fonte do governo francês à Reuters sob condição de anonimato. A lei climática que favorece a produção doméstica dos EUA pode restringir o comércio, dizem países europeus.

Biden disse que não pede desculpas por promover a fabricação norte-americana de bens essenciais, mas disse que uma grande legislação geralmente requer ajustes para lidar com consequências não intencionais.

“Vamos continuar a criar empregos industriais na América, mas não às custas da Europa”, disse Biden.

 

 

Por Jeff Mason, Rick Cowan, Patricia Zengerle, Michel Rose e Jarrett Renshaw / REUTERS

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