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INGLATERRA - A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que o corte nas taxas de juros realizado na semana passada não significa que a inflação foi vencida. "Ainda não terminamos o ciclo restritivo da política monetária. Se olharmos para as taxas de juros reais, ainda estamos em território restritivo, e temos de continuar o quanto for necessário para levar a inflação para 2%", disse Lagarde, em entrevista concedida ao jornal alemão Handelsblatt na sexta-feira, 7, e divulgada na terça-feira (11) pelo BCE.

Lagarde afirmou que as taxas de juros poderão permanecer inalteradas por mais de uma reunião do BCE e que ainda são necessários mais dados, principalmente sobre salários, para orientar as próximas decisões de política monetária. "Pode haver períodos em que manteremos as taxas inalteradas", disse a presidente do BCE.

A economia da zona do euro tem apresentado melhora, com a queda do desemprego e o aumento dos salários, em consonância com a desaceleração da inflação, segundo Lagarde. "A taxa de poupança ainda é muito elevada, mas as pessoas estão gastando mais. No investimento, também estamos vendo alguma recuperação. Não é muito forte, mas está chegando."

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

ARGENTINA - Quando Javier Milei estava em campanha no ano passado para se tornar presidente da Argentina, ele carregava consigo uma motosserra para simbolizar a sua determinação em cortar substancialmente os gastos públicos.

Agora, seis meses após assumir a Presidência, como tem funcionado sua "terapia de choque" tanto para o governo como para a economia do país?

"As mudanças de que o nosso país necessita são drásticas", disse Milei pouco depois de ser eleito. "Não há espaço para gradualismo."

E ele agiu com rapidez. No seu pacote inicial de medidas, desvalorizou a moeda argentina, o peso, em 50%, reduziu os subsídios estatais aos combustíveis e cortou pela metade o número de ministérios.

A rápida redução dos gastos públicos ajudou a Argentina a passar de um déficit fiscal — diferença entre a despesa e a receita do governo — de 2 trilhões de pesos (cerca de US$ 120 bilhões) em dezembro do ano passado para um superávit de 264,9 bilhões de pesos em abril.

A Argentina registrou superávits em janeiro, fevereiro e março, sendo esta a primeira vez desde 2012 que o país atingiu esta meta mensal.

No entanto, Milei, que se descreve como um libertário, fez do corte da inflação a sua principal prioridade, dizendo à BBC no ano passado que a alta de preços era "o imposto mais regressivo que mais aflige as pessoas".

A inflação recuou, registrando em abril a taxa mensal de 8,8% — primeira vez desde outubro do ano passado que o índice fica abaixo de dois dígitos.

No entanto, a taxa de inflação acumulada nos últimos doze meses ainda permanece elevada, com o índice registrando 289,4% em abril.

Para efeito de comparação, no Brasil a taxa anual acumulada em abril foi de apenas 3,69%, segundo o IBGE.

E embora os números oficiais de crescimento econômico da Argentina ainda não estejam disponíveis para o período desde que Milei assumiu o cargo, em 10 de dezembro, há evidências de que a economia do país contraiu acentuadamente, com os gastos dos consumidores registrando queda nos primeiros três meses deste ano.

Sem maioria no Congresso

Entretanto, outras promessas feitas por Milei durante a campanha, como a substituição do peso pelo dólar americano e o fechamento do Banco Central, ficaram em segundo plano.

O problema para Milei é que a sua coligação La Libertad Avanza (A Liberdade Avança) não detém a maioria no Congresso argentino. E tem sido especialmente difícil para o governo fechar acordos com outros partidos.

Milei quer que o Congresso lhe conceda o poder de privatizar inúmeras empresas, incluindo a companhia aérea estatal, estradas de ferro, os correios e a companhia nacional de água.

O seu amplo projeto de lei chamado de "omnibus", com planos de privatização e centenas de outras medidas econômicas, não foi aprovado numa segunda votação realizada em fevereiro.

Uma versão simplificada, reapresentada ao Congresso em abril, foi aprovada pela Câmara, mas ainda não foi aprovada pelo Senado.

O presidente também enfrenta forte oposição dos sindicatos, que saíram às ruas em protesto, alegando que os direitos dos trabalhadores serão prejudicados com a desregulamentação generalizada da economia.

Juan Cruz Díaz, diretor da consultoria de risco geopolítico Cefeidas Group, com sede na Argentina, diz que as políticas econômicas de Milei são tão radicais quanto as prometidas durante a campanha, a diferença é que ele não conseguiu implementá-las na velocidade que gostaria.

"O seu governo foi forçado a diminuir o ritmo das reformas, dados os obstáculos políticos e sociais que enfrentou", afirma Díaz.

Díaz acrescenta que dois fatores específicos levam o presidente a agir com cautela: a deterioração do poder de compra dos consumidores e o medo de uma maior agitação social.

Isto ocorre porque não houve diminuição do número de pessoas que vivem na pobreza, que aumentou em cerca de um quarto da população em 2017 para mais da metade agora.

No entanto, o FMI (Fundo Monetário Internacional), que por décadas emprestou mais dinheiro à Argentina do que a qualquer outro país, deu notas altas ao governo dizendo que o desempenho foi "melhor do que o esperado" e que o programa econômico estava "seguramente de volta ao caminho certo".

Quanto à questão de saber se Milei conseguirá aprovação do Congresso para novas medidas, Díaz afirma que embora alguns setores da oposição estejam abertos ao diálogo com o governo, os partidos de esquerda se opõem completamente à agenda governamental.

Dentre estes estão os peronistas liderados pela ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner.

"Neste contexto, a capacidade do governo de negociar e construir consenso é testada diariamente, um teste que o próprio Milei muitas vezes torna ainda mais difícil com certas explosões e declarações de confronto desnecessárias", diz Díaz.

Na verdade, muitos argentinos consideram o jeito inflamado de Milei mais um obstáculo do que uma vantagem.

Em sua última pesquisa de opinião, a empresa de consultoria política Zuban Córdoba disse que 54% dos entrevistados achavam que o presidente estava prestando mais atenção à sua imagem política internacional do que à solução dos problemas da Argentina.

Essa percepção foi sem dúvida reforçada pela atual disputa diplomática da Argentina com a Espanha, que levou Madri a convocar de volta o seu embaixador em Buenos Aires.

'Otimismo vai desaparecer'

Kimberley Sperrfechter, economista de mercados emergentes do grupo de pesquisa e análise Capital Economics, acredita que o maior problema de Milei é que ele tem de superar "anos e anos de má gestão econômica" na Argentina.

"Um fator chave é que os governos no país gastaram, durante décadas, muito além das suas possibilidades", diz ela. "E esse déficit foi financiado pela emissão de dinheiro novo pelo banco central para bancar gastos do governo."

Estas emissões ajudaram a causar o aumento da inflação no país.

A Argentina, o oitavo maior país do mundo em território, está de fato em declínio há mais de um século. A queda serve de alerta de como a riqueza de uma nação pode corroída por desperdício.

Antes da Primeira Guerra Mundial, a Argentina estava entre os 10 países mais ricos do mundo.

Mas a lenta contração econômica que se seguiu foi substancialmente acelerada pelas políticas populistas — e pelos gastos excessivos — do presidente Juan Perón, que esteve no poder de 1946 a 1955.

Houve algumas reformas de livre mercado de curta duração na década de 1990, sob o governo de Carlos Menem, que privatizou muitas das empresas que Perón nacionalizou e fez tentativas sérias para restaurar a fé na moeda argentina.

Mas as coisas pioraram acentuadamente no final de 2001, quando o país sofreu um colapso econômico catastrófico e deu um enorme calote da dívida de US$ 102 bilhões (R$ 520 bi).

Ao fixar o peso em paridade com o dólar, a economia argentina ficou praticamente presa a um regime monetário que sem margem de manobra.

E isto, juntamente com os habituais gastos excessivos do governo, expôs a Argentina aos altos e baixos da economia dos EUA e deixou o país impotente para reagir à corrida aos bancos ocorrida em 2001.

Nas duas décadas que se seguiram a essa crise, o país foi governado majoritariamente por partidos de esquerda que adotaram políticas protecionistas e que fizeram o país sobreviver sem, no entanto, resolver os problemas profundamente enraizados da Argentina.

Agora, com uma gestão libertária de direita no poder, o país tenta traçar um novo rumo — e isso significa colocar as finanças do governo numa base sólida.

Segundo a consultoria Consensus Economics, para alcançar esse objetivo o governo de Milei tenta concentrar os esforços nas vastas exportações agrícolas de cereais, soja, carne e vinho do país.

"O governo deposita as suas esperanças nas exportações agrícolas que trazem divisas extremamente necessárias, na esperança de aumentar as reservas [de divisas] atualmente esgotadas do banco central e, por sua vez, aumentar a credibilidade financeira do Estado", afirma a Consensus.

No entanto, Sperrfechter considera que a economia argentina se encontra neste momento num "ponto de virada" e que Milei não pode contar com o apoio público, apesar da sua vitória eleitoral.

"Não é que as pessoas tenham ficado convencidas pelas suas políticas, foi mais um voto de protesto", diz ela. "As coisas não poderiam continuar como estavam."

Sperrfechter considera que, apesar da desvalorização do peso, a moeda continua sobrevalorizada, possivelmente em até 30%.

A taxa de câmbio ainda sendo administrada, em vez de ser mantida totalmente livre para subir ou descer, diz ela, e isto está atrasando o crescimento e prejudicando a competitividade do país.

"Com a Argentina nunca se sabe, mas acho que o brilho está diminuindo", diz Sperrfechter. "O otimismo vai desaparecer e a economia vai enfrentar dificuldades."

 

 

Rob Plummer - Da BBC News

SÃO PAULO/SP - O Banco Central registrou pela primeira vez a realização de mais de 400 milhões de transações pelo Pix num intervalo de 48 horas. Os dados são do movimento da última quinta-feira, 6, e da sexta-feira, 7 de junho.

Só no dia 7, o volume diário de transações feitas pelo Pix, sistema de pagamentos contínuo e em tempo real do BC, atingiu novo recorde de 206,8 milhões de operações em um único dia.

O nível máximo anterior, registrado em 5 de abril deste ano, era de 201,6 milhões de transações.

NOTA BANCO CENTRAL

"Os números são mais uma demonstração da importância do Pix como infraestrutura digital pública, para a promoção da inclusão financeira, da inovação e da concorrência na prestação de serviços de pagamentos no Brasil".

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

TÓQUIO - O governo do Japão enfatizará a necessidade de trabalhar em estreita colaboração com o banco central e orientar a política monetária de forma "flexível" na esteira do consumo fraco e da incerteza quanto às perspectivas de inflação, segundo a mio esboço de seu plano econômico anual visto pela Reuters.

"A política monetária entrou em um novo estágio", o que exige que o governo e o Banco do Japão "continuem a trabalhar em estreita colaboração e a orientar a política monetária de forma flexível de acordo com a evolução econômica e dos preços", mostrou o esboço.

Ao manter a inflação estável em torno da meta de 2% do banco central, as autoridades buscarão criar um ambiente em que os salários aumentem mais rapidamente do que a inflação de forma sustentada, segundo o esboço.

O esboço do documento do governo será apresentado aos parlamentares do partido governista para deliberações, antes de ser finalizado em uma reunião do gabinete em 21 de junho.

No esboço, o governo disse que o consumo "carece de impulso" e que as perspectivas de preços não são claras devido, em parte, ao efeito das recentes quedas do iene.

O governo também destacou os riscos persistentes no exterior, como as consequências do aperto monetário dos bancos centrais em todo o mundo e as preocupações com a fraqueza do crescimento chinês.

 

 

Por Takaya Yamaguchi / REUTERS

Estimativa aponta que faturamento pode alcançar R$ 63,1 bilhões, um aumento de R$ 1,68 bilhão em relação ao mesmo período do ano passado

 

SÃO PAULO/SP - Projeções da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) indicam um cenário favorável para as vendas do varejo no Dia dos Namorados, segunda data comemorativa mais importante do primeiro semestre. No mês de junho, o faturamento dos cinco segmentos varejistas mais impactados pela data deve crescer 2,7% no Estado de São Paulo em comparação ao mesmo período de 2023.
 
Caso as expectativas se confirmem, as vendas do mês do Dia dos Namorados (comemorado no dia 12) podem movimentar R$ 63,1 bilhões, o que representa R$ 1,68 bilhão a mais em relação ao ano passado. Na avaliação da Federação, esse crescimento sugere uma tendência positiva geral no consumo para a data — tanto que, dos cinco grupos pesquisados, apenas um deve apresentar resultado negativo [tabela 1].
 
De acordo com as estimativas, o melhor desempenho será observado nos grupos que comercializam bens essenciais, com destaque para as farmácias e perfumarias: a previsão é de um faturamento 6,3% maior do que o mesmo período do ano passado. Essa atividade inclui alguns dos itens mais procurados para a data, como perfumes, cosméticos e produtos de beleza em geral. Outro destaque são os supermercados, que devem registrar um avanço de 3,5% nas vendas. Na avaliação da Federação, esse segmento vem apresentando uma trajetória positiva nos últimos meses e pode ser impulsionado por compras de alimentos e bebidas, refletindo uma tendência de os consumidores optarem por comemorar em casa o Dia dos Namorados, de forma mais íntima e pessoal.

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[TABELA 1]
PROJEÇÕES DO FATURAMENTO DO COMÉRCIO VAREJISTA PARA JUNHO DE 2024
ESTADO DE SÃO PAULO



 

Por outro lado, as vendas das lojas de vestuário, tecidos e calçados, que também comercializam alguns dos itens mais procurados para a ocasião, devem sofrer queda de 4,3%. Além de uma provável desaceleração da economia, o resultado negativo é atribuído à forte base de comparação, já que a atividade registrou crescimentos de 18,4% e 12,8% nos meses de junho de 2022 e 2023, respectivamente.
 
No caso da atividade de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos, a previsão é que ocorra um aumento moderado de 2,7% em relação ao ano passado, uma recuperação em relação a junho de 2023, quando as vendas caíram cerca de 8% em comparação ao ano anterior. Sobre os itens comercializados neste grupo, os celulares devem se destacar na hora de presentear. Por fim, as lojas de móveis e decoração devem ficar próximas da estabilidade (0,3%).
 
Segundo análise da FecomercioSP, o panorama para o Dia dos Namorados mostra uma dinâmica interessante de consumo, com crescimento em setores ligados a presentes tradicionais e essenciais, enquanto a queda no setor de vestuário parece estar mais relacionada a uma forte base de comparação, e, nesse contexto, uma eventual variação negativa das vendas não pode ser interpretado como um resultado muito negativo para os lojistas do segmento.

CHINA - As ações da China fecharam em queda nesta sexta-feira após notícia de que os parlamentares dos Estados Unidos estão pressionando para proibir as empresas chinesas de baterias com vínculos com a Ford e a Volkswagen de exportar para os EUA.

A queda ocorreu mesmo com dados mostrando crescimento nas exportações da China pelo segundo mês em maio e a um ritmo mais acelerado.

As exportações da segunda maior economia do mundo cresceram 7,6% em maio em relação ao ano anterior, segundo dados alfandegários divulgados nesta sexta-feira, proporcionando algum alívio para a economia.

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Para abalar o sentimento, o Wall Street Journal informou na quinta-feira que as empresas chinesas de baterias ligadas à Ford e à Volkswagen deveriam ser proibidas de enviar mercadorias para os EUA, segundo um grupo de parlamentares republicanos, alegando que suas cadeias de oferta utilizam trabalho forçado.

No fechamento, o índice de Xangai avançou 0,08%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,5%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve queda de 0,59%.

Na semana, o CSI300 caiu 0,2% e o Hang Seng registrou avanço de 1,6%.

  • . Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,05%, a 38.683 pontos.
  • . Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,59%, a 18.366 pontos.
  • . Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,08%, a 3.051 pontos.
  • . O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,50%, a 3.574 pontos.
  • . Em SEUL, o índice KOSPI teve valorização de 1,23%, a 2.722 pontos.
  • . Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,20%, a 21.858 pontos.
  • . Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES ficou estável, a 3.330 pontos.
  • . Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,49%, a 7.860 pontos.

 

 

REUTERS

SÃO PAULO/SP - No mês de maio, o custo médio da cesta básica aumentou em 11 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada na quinta-feira (6) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A maior alta na comparação com o mês de abril ocorreu em Porto Alegre, atingida pelas chuvas em maio, com  aumento de 3,33% no custo médio da cesta básica. Em seguida aparecem Florianópolis (2,50%), Campo Grande (2,15%) e Curitiba (2,04%). Já as principais quedas foram registradas em Belo Horizonte (-2,71%) e Salvador (-2,67%).

Um dos vilões para o aumento no custo da cesta foi o arroz. Entre abril e maio, o preço médio do arroz aumentou em 15 capitais, com variações de 1,05% em Recife até 16,73% em Vitória. Como o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior produção de arroz, as enchentes reduziram a oferta. Mesmo com a importação do grão, informou o Dieese, houve aumentos na maior parte das cidades consultadas pela pesquisa, com exceção de Natal e Goiânia.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou hoje um leilão para a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, com objetivo de reduzir o preço do produto no mercado interno. 

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Cesta mais cara é de SP

A capital paulista continua apresentando a cesta mais cara do país. Em maio, o conjunto dos alimentos básicos em São Paulo custava, em média, R$ 826,85. Em Porto Alegre, o preço médio girava em torno de R$ 801,45, pouco acima da cesta de Florianópolis (R$ 801,03).

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 579,55), Recife (R$ 618,47) e João Pessoa (R$ 620,67).

Na comparação anual, entre maio de 2023 e 2024, todas as capitais brasileiras analisadas pelo Dieese tiveram alta no preço da cesta, exceto Goiânia, onde a variação foi de -0,05%.

Com base na cesta mais cara, que, em maio, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário-mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estimou que o salário-mínimo em maio deveria ser de R$ 6.946,37 ou 4,92 vezes o mínimo de R$ 1.412,00.

 

Porto Alegre

Para fazer a pesquisa de preços da cesta básica em Porto Alegre, cidade que foi muito afetada pelas chuvas de maio, a equipe técnica do Dieese acabou se dividindo e conseguiu visitar presencialmente quase todos os supermercados que são analisados mensalmente no estudo, exceto um, que foi afetado pela enchente. Mas a pesquisa acabou sendo prejudicada porque houve dificuldade dos técnicos em visitar padarias e açougues. Com isso, apenas 73% desses estabelecimentos foram visitados na pesquisa elaborada em maio.

“A percepção, ao longo da coleta de preços, é de que não houve desabastecimento na cidade, entretanto, algumas marcas ficaram ausentes/faltantes por conta de problemas de logística/distribuição, pois houve interrupção no tráfego de algumas rodovias e alagamentos nos estoques de distribuidoras e/ou caminhões. Em alguns estabelecimentos, havia aviso de limite de unidades por cliente como, por exemplo, leite e arroz. Apesar de tudo, há indicações de que serão/são problemas limitados e pontuais, que não devem continuar ocorrendo, mas desaparecer gradativamente, com o restabelecimento do fluxo de logística, transporte e distribuição”, informou o Dieese.

 

 

Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil

PORTO ALEGRE/RS - A Justiça Federal no Rio Grande do Sul suspendeu o leilão de arroz importado agendado pelo governo federal para a manhã desta quinta-feira (6).

A decisão, em caráter liminar, foi tomada pelo juiz federal substituto Bruno Risch Fagundes de Oliveira na noite desta quarta (5). Segundo ele, é prematuro agendar o leilão para esta semana tendo em vista a ausência de comprovação de que o mercado nacional sofrerá o impacto negativo esperado.

O juiz afirma em sua decisão que o Rio Grande do Sul ainda sofre com os impactos da enchente, o que justificaria, inclusive, dificuldade por parte dos produtores e entes locais de manifestar adequadamente os seus pontos de vista acerca da importação. Para ele, isso justifica a suspensão, a fim de preservar a isonomia e a livre concorrência.

"Entendo pertinente que entidades representativas dos produtores de arroz possam dialogar, de forma democrática, a fim de elucidar a real capacidade produtiva e de escoamento da produção. A crise gerada pela catástrofe sem precedentes dificultou, certamente, um aprofundamento recente no tema", afirma.

O juiz escreve, ainda, que a decisão não significa que a importação está vedada ou que a medida do governo seja inconstitucional. De acordo com Oliveira, o leilão pode ser, inclusive, reagendado.

O objetivo anunciado pelo governo é mitigar os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, grande produtor do cereal, e evitar a escassez e a inflação do produto. De acordo com as regras divulgadas, a entrega dos bens comprados deve ser feita até 8 de setembro.

Ainda segundo o governo, a medida foi necessária em função da importância do estado na produção de arroz e porque a calamidade observada a partir do mês passado pode desencadear repercussões negativas no abastecimento e nos preços internos, "colocando em risco a segurança alimentar e nutricional da população".

A decisão do governo de autorizar a compra causou incômodo entre produtores nacionais, levando a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) a questionar o tema no STF (Supremo Tribunal Federal). A entidade demandou explicações sobre a medida, vista como um equívoco de diagnóstico, ao protocolar na segunda-feira (3) ação pedindo também a suspensão do leilão desta quinta.

Segundo a CNA, a importação tem potencial de desestruturar a cadeia produtiva ao criar instabilidade de preços, prejudicar produtores locais, desconsiderar grãos já colhidos e armazenados e, ainda, comprometer as economias de produtores rurais que hoje já sofrem com a tragédia e com os impactos das enchentes.

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A entidade questiona a constitucionalidade das normas referentes ao tema. São duas medidas provisórias, duas portarias interministeriais e uma resolução do comitê gestor da Câmara de Comércio Exterior.

Na ação, a CNA indica que os produtores rurais, especialmente os produtores de arroz do RS, não foram ouvidos no processo de formulação dessa política de importação. A entidade afirma, ainda, que a importação do arroz viola a Constituição e seria uma medida abusiva de intervenção do poder público na atividade econômica, restringindo a livre concorrência.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já havia divulgado, entre os detalhes do edital, o rótulo que deverá estar nas embalagens de arroz importado adquirido com recursos da União neste ano. Segundo as regras, o texto afirmará que o produto foi comprado pelo governo federal, carregará a marca da atual gestão e estabelecerá, para o pacote de 5 quilos, o preço máximo de R$ 20.

O leilã havia sido marcado para esta quinta e seria de responsabilidade da Conab, empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. A previsão de compra era de até 300 mil toneladas do produto.

Segundo o governo, os gastos ficarão limitados a R$ 1,7 bilhão, enquanto as despesas de equalização de preços para a venda do produto estão estimadas em R$ 630 milhões.

O edital define que o produto deverá ter aspecto, cor, odor e sabor característico de arroz beneficiado polido longo fino tipo 1. O produto deverá estar em embalagem com capacidade de 5 quilos transparente que permita a visualização do produto.

De acordo com a Conab, a intenção é que o arroz adquirido seja destinado às regiões metropolitanas a serem definidas com base em indicadores de insegurança alimentar. Os compradores deverão vender o arroz exclusivamente para o consumidor final.

 

 

POR FOLHAPRESS

CHINA - A Fitch rebaixou projeções relacionadas a vendas de novas moradias na China neste ano, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira, 5. A agência de classificação de risco prevê declínio no valor das vendas entre 15% a 20%, para entre 8,3 trilhões de yuans a 8,8 trilhões de yuans em 2024.

O relatório analisa tendências dos quatro primeiros meses de 2024, que ficaram aquém das previsões anteriores da Fitch de declínio de 5% a 10% no valor de vendas e “refletem pressão de baixa mais proeminente nos preços de novas moradias”.

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Segundo a Fitch, o relaxamento de restrições de compra pelo governo da China em algumas cidades deve ajudar a estabilizar as vendas até certo ponto. Contudo, os efeitos sobre outras cidades devem ser limitados, como visto no primeiro trimestre diante do tombo nas vendas em determinadas regiões.

O mesmo vale para o mercado de imóveis secundário, cujos sinais de estabilização têm diminuído e refletido uma tendência de enfraquecimento no sentimento dos compradores, com estoques significativos de moradias não vendidas em muitas cidades. A Fitch avalia que os estímulos do governo para reduzir esses estoques tem escala “capaz de absorver somente uma fração do choque total”.

Neste cenário, “a tendência de consolidação do setor pode não diminuir por algum tempo”, afirma a agência, em nota.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

EUA - As encomendas à indústria dos Estados Unidos cresceram 0,7% em abril na comparação com março, a US$ 588,2 bilhões. O resultado divulgado pelo Departamento do Comércio veio em linha com o previsto por analistas ouvidos pela FactSet.

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Além disso, houve revisão na alta vista em março na comparação com fevereiro, de 1,6% antes informada para também 0,7%.

 

 

POR ESTADAO CONTEUDO

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