SÃO CARLOS/SP - No último dia 6 de julho, o medicamento Lecanemab, desenvolvido para tratamento modificador da doença de Alzheimer, obteve aprovação tradicional da Food and Drug Administration (FDA), agência americana reguladora de alimentos e medicamentos.
A eficácia do Lecanemab - que recebeu o nome comercial de Leqembi - foi avaliada em estudo com pacientes com comprometimento cognitivo leve ou estágio de demência leve. Será que finalmente estamos perto da cura dessa doença? Quais são os possíveis efeitos colaterais do medicamento? E quais são as controvérsias relacionadas aos novos tratamentos para o Alzheimer?
Estas reflexões estão no artigo mensal de Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar, para a coluna "EnvelheCiência", uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. A iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.
Na publicação do mês - "Novos tratamentos para o Alzheimer: estamos perto da cura?" -, a pesquisadora cita as principais abordagens farmacológicas atuais da doença, como elas atuam no organismo e quais os desafios acerca da temática.
O artigo está disponível para leitura no site do ICC.
Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.
BRASÍLIA/DF - A criação do Programa Escola em Tempo Integral representa uma retomada da política nacional para ampliação de matrículas no ensino em tempo integral, segundo avaliam os especialistas ouvidos pela Agência Brasil. A lei que cria o programa será sancionada nesta quarta-feira (26) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A nova legislação regulamenta o repasse de recursos e de assistência técnica da União para estados, Distrito Federal e municípios, visando ampliar o número de vagas nessa modalidade de ensino, que prevê uma jornada igual ou superior a 7 horas diárias, ou 35 horas semanais. Segundo o Ministério da Educação (MEC), serão investidos R$ 4 bilhões no programa, que tem a meta de criar, até o ano de 2026, 3,6 milhões de novas vagas, sendo 1 milhão de novas matrículas logo na primeira etapa.
Para a diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Natacha Costa, a lei representa a retomada de uma agenda nacional para escolas em tempo integral, uma vez que o programa sofreu uma redução a partir do governo de Michel Temer.
“Temer transformou o Programa Mais Educação no Programa Novo Mais Educação, este com foco apenas em reforço escolar. Então, houve um reducionismo da concepção do programa. Além disso, o investimento caiu drasticamente. O Programa Mais Educação foi reduzido e depois descontinuado. Bolsonaro extinguiu o programa”, destacou a especialista da organização que, há mais de 25 anos, atua na área da educação no Brasil.
Natacha acrescentou que o governo federal, nesse período, decidiu investir apenas na ampliação da jornada do ensino médio através do Novo Ensino Médio. Já entre os estados, ela registra que houve iniciativas de ampliação da jornada também no ensino médio com o apoio de institutos e fundações privadas
Segundo Natacha, a política de escolas em tempo integral ganhou dimensão nacional pela primeira vez em 2007, com a criação do Programa Mais Educação. Em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) estabeleceu como meta que 50% das escolas do país devem oferecer ensino em tempo integral, com 25% dos alunos matriculados nessa modalidade até o final de 2024.
Porém, entre 2015 e 2021, o percentual de alunos de escolas públicas em tempo integral caiu de 18,7% para 15,1% do total de matrículas, segundo levantamento da Campanha Nacional pelo Direito à Educação feito com dados do Censo Escolar do MEC. Com isso, o Brasil está a 10 pontos percentuais de atingir a meta do PNE.
Para a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), a política nacional de escola em tempo integral sofreu nos últimos anos devido à falta de investimentos.
“Nesse período, a falta de investimentos e de um olhar para essa questão fez com que ou se paralisasse ou se caminhasse a passos muito curtos. Você também não teve um olhar para o financiamento de outras políticas, como da alimentação escolar e da reorganização do transporte. Isso gerou uma falta de estímulo e até um efeito paralisia porque os municípios e estados não tiveram recursos para arcar com todo esse custo”, destacou o presidente da Undime, Luiz Miguel Garcia, que também é dirigente municipal de educação do município de Sud Mennucci (SP).
Garcia acrescentou que a criação do Programa Escola em Tempo Integral é importante, sendo fundamental que haja um ajuste no financiamento.
“Esse é o elemento central. Nós temos aí todo um processo de capacitação, de estruturação de equipe, de pessoal e de proposta pedagógica. Mas tudo isso passa pela garantia do financiamento. Sem essa garantia, a gente não consegue avançar em nenhum desses outros pontos.”
Os recursos já anunciados para a política de escola em tempo integral não devem ser suficientes, segundo avaliação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo.
“Se o Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou e encontrou que mais da metade das escolas são inapropriadas, R$ 4 bilhões nos quatro anos do programa são suficientes para recuperar essas escolas?”, questionou o presidente do CNTE, para quem é preciso recuperar as escolas que existem e criar novas para o tempo integral.
Heleno se referiu a fiscalização do TCU que concluiu que 57% das escolas públicas são inapropriadas.
Araújo ponderou ainda que a nova legislação é importante e necessária, mas que falta uma base normativa mais sólida para sustentar programas como esse que, segundo ele, ficam à mercê do governo “de plantão”. Ele citou a ausência de uma lei para o sistema nacional de educação “que nós entendemos que deve articular as questões financeiras e técnicas entre os entes federados” e a ausência de leis locais para gestão democrática da educação brasileira. “São leis fundamentais para você articular os sistemas de ensino federal, estaduais, distrital e municipais”, opinou.
Por Lucas Pordeus León – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos publicou edital de licitação, na modalidade concorrência pública, do tipo menor preço, para construção de um Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) na região do Residencial Ipê Mirim.
De acordo com o edital os envelopes referentes a essa licitação serão recebidos e protocolados até às 9h do dia 7 de agosto no Setor de Licitações da Prefeitura de São Carlos.
O valor máximo fixado para a contratação é de R$ 3.208.146,97 e os recursos financeiros são provenientes do orçamento vigente da Prefeitura, via Secretaria Municipal de Educação, tendo como elementos: obras e instalações, aprimorar a qualidade da Educação Infantil, quotas-partes do salário educação (QSE), transferências e convênios federais vinculados  
A empresa vencedora da licitação terá um prazo de 240 dias para a execução do serviço, contados da data definida na ordem de início dos serviços, expedida pela Secretaria Municipal de Obras Públicas, com prazo de vigência do contrato de 300 dias, podendo ser prorrogado nas hipóteses legais.
“Nós temos poucos equipamentos nessa região da cidade e o bairro Ipê Mirim está em uma fase crescente. É mais um investimento da Prefeitura na região sul da cidade para atender as crianças de 0 a 6 anos de idade, garantindo assim oferta de novas vagas escolares”, ressaltou o secretário municipal de Educação, Roselei Françoso.
ARARAS/SP - O Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) é um grupo de pesquisa e extensão do Campus Araras da UFSCar que tem como objetivo a obtenção de variedades de cana-de-açúcar melhoradas e adaptadas às diversas condições climáticas, ou seja, iguais ou superiores às variedades plantadas hoje comercialmente, atendendo às necessidades do setor sucroalcooleiro. Através do PMGCA, a UFSCar integra, junto com outras nove universidades federais, a Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa), originada do extinto Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-Açúcar, o Planalsucar, programa criado em 1971 para renovar o elenco de variedades de cana-de-açúcar disponíveis no País.
O centro do Campus Araras é destaque dentro da Rede. O PMGCA é responsável pela criação e manejo das variedades RB, sigla das cultivares da Rede, e possui centros experimentais localizados nos municípios de Araras e Valparaíso no estado de São Paulo com extensões em áreas fornecidas pelas empresas participantes do Programa. De acordo com o Censo Varietal 2022, a maioria da cana-de-açúcar plantada nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul tem origem no PMGCA: 57% da área plantada em São Paulo e 64% em Mato Grosso do Sul utilizam variedades RB, de responsabilidade do Programa.
Além das variedades, outras pesquisas relevantes para o setor são apoiadas pelo Programa. Recentemente, por exemplo, uma pesquisa de Iniciação Científica (IC), desenvolvida no âmbito do Grupo de Estudos em Biotecnologia de Plantas (GEBPlant) com apoio do PMGCA, identificou um marcador molecular - espécie de assinatura genética - de cultivares de cana-de-açúcar resistentes à ferrugem alaranjada, doença importante nessa cultura, causada por fungo que se espalha pelo ar. Com isso, o estudo indicou que essa pode ser uma ferramenta molecular importante na busca por novas cultivares resistentes à doença. Parte do estudo gerou a publicação "Field resistance and molecular detection of the orange rust resistance gene linked to G1 marker in Brazilian cultivars of sugarcane", que conquistou o Prêmio Summa Phytopathologica, como melhor artigo publicado no ano de 2020 no periódico de mesmo nome. Saiba mais em matéria publicada aqui no Portal da UFSCar.
Acompanhe o trabalho desenvolvido pelo Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar no site www.ridesaufscar.com.br.
SÃO PAULO/SP - Representando o prefeito Airton Garcia, o secretário municipal de Governo, Netto Donato, acompanhado do vereador Elton Carvalho, participou de uma reunião na quinta-feira (20/07), na sede do Centro Paula Souza, em São Paulo, para discutir a construção do novo prédio da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC) em São Carlos.
A delegação foi recebida pela diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, que, atendendo ao pedido são-carlense, confirmou que o Governo do Estado irá custear a construção das novas instalações da faculdade na cidade, em um investimento orçado em cerca de R$ 35 milhões e que consta no orçamento estadual para execução em 2024.
As melhorias serão alcançadas em uma parceria com a Prefeitura que, nesta agenda, encaminhou a documentação completa para doação do terreno em que será construída a FATEC. Em setembro, o núcleo gestor do Centro Paula Souza pretende vir a São Carlos para realizar um evento a fim de receber oficialmente a área em que a unidade acadêmica será instalada.
A diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá, menciona que as melhorias são fundamentais para que este serviço siga progredindo na cidade. “A FATEC foi implantada em São Carlos em uma área cedida pela Secretaria Municipal de Educação, que nos acolheu muito bem, mas as atividades cresceram e, no momento, demandam instalações mais adequadas e ajustadas, o que já estamos providenciando. Importante destacar que já houve as providências da Prefeitura e teremos na cidade uma das FATECs mais bonitas, além de mais ampla e iluminada, com refeitório e quadra poliesportiva”, disse Laura.
A conquista foi comemorada pelo secretário municipal de Governo, Netto Donato, que lembrou da importância da união entre os poderes para que os avanços na qualidade dos serviços possam continuar ocorrendo na cidade. “Esta foi uma reunião muito produtiva porque tivemos a confirmação de que está no orçamento do Governo do Estado essa verba para construção da FATEC e estão sendo elaboradas as minutas e o processo para que possamos assinar essa doação da área. Isso é resultado de um trabalho muito árduo entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, neste ato representado pelo vereador Elton Carvalho, bem como de agentes como o ex-deputado Lobbe Neto e de todas as pessoas que participaram deste processo sob comando do prefeito Airton Garcia”, celebra Netto.
IBATÉ/SP - A bibliotecária responsável pela Biblioteca Municipal de Ibaté, Letícia Silveira Toniolo, está entre os gestores selecionados para compor o grupo de trabalho para a constituição de uma governança para o SisEB (Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo), que tem por objetivo formular políticas de governança que fortaleçam a rede de bibliotecas paulistas.
O grupo de trabalho é composto por gestores das 15 regiões administrativas do Estado, sendo a cidade de Ibaté uma das selecionadas para representar a região administrativa central.
O foco dos encontros do grupo é desenvolver o potencial da rede de bibliotecas, pensar a colaboração entre as unidades por meio de inovação e redes cooperativas, além de desenvolver práticas que têm por objetivo aperfeiçoar e atender às suas demandas em longo prazo.
A última reunião do grupo de trabalho aconteceu no dia 10 de julho, nas dependências da Biblioteca de São Paulo (BSP), onde foram realizadas dinâmicas a fim de discutir e levantar propostas para a incidência de municípios e regiões administrativas na construção do Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PELLLB) do Estado de São Paulo, com o fim de assegurar a todos o acesso ao livro, à leitura e à literatura. Também foram trabalhados temas referentes à curadoria de livros para a rede de bibliotecas do Estado e formulação de estratégias que garantam o acesso e a participação ativa destas bibliotecas aos processos curatoriais e formação de acervos inclusivos.
Para Letícia, é muito gratificante integrar este grupo. “Sou grata por conseguir contribuir para o fortalecimento das bibliotecas públicas de São Paulo, onde muitas acabam enfrentando sérias dificuldades por falta de investimentos”, apontou. Além desta contribuição, a gestora destaca a importância da formação de conexões entre os pares - que proporciona maior visibilidade da Biblioteca de Ibaté entre as bibliotecas do Estado -, e a constante capacitação na área, garantindo o desenvolvimento de melhores práticas de gerenciamento da biblioteca e ações voltadas à população.
SisEB
O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) integra as 606 bibliotecas públicas em 435 municípios paulistas, incluindo a Biblioteca de São Paulo e a Biblioteca Parque Villa-Lobos, laboratórios de experiências do conceito Biblioteca Viva. É coordenado pela Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura, da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, e tem a SP Leituras como parceira em sua operação.
Biblioteca Municipal de Ibaté
Endereço: Av. São João, 742, Centro.
Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 17h30. 
Telefone: (16) 3343-3067
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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