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Administrado pela Ebserh, HU está entre os 310 órgãos públicos federais avaliados pelo órgão

 

SÃO CARLOS/SP - O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (HU-UFSCar/Ebserh/MEC) conquistou o primeiro lugar no ranking de transparência ativa da Controladoria-Geral da União (CGU). Os itens de transparência ativa são informações disponibilizadas no Portal da Transparência dos órgãos públicos, independentemente de solicitação. A unidade hospitalar é uma das 310 instituições públicas federais avaliadas pelo órgão de controle e atingiu 100% dos critérios analisados, em um total de 49 itens. 
A ouvidora do Hospital, Laís Madalena, destaca que "estar em primeiro lugar no ranking da Transparência Ativa dos órgãos públicos federais significa que o HU-UFSCar se preocupa em ser uma instituição ética e responsável, fornecendo proativamente à sociedade informações sobre sua gestão, de maneira que os usuários possam avaliar, questionar e sugerir ações de melhoria à gestão". Os dados do Painel Lei de Acesso à Informação (LAI - Lei n.º 12.527/2011) são obtidos por meio da Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação (Fala.Br).
De acordo com o superintendente do HU-UFSCar, Fábio Neves, o acesso facilitado à informação é um importante mecanismo de controle social sobre a atuação dos órgãos públicos, possibilitando a prestação de contas e prevenindo condutas inadequadas por parte dos gestores. "Qualquer cidadão pode acessar o sítio eletrônico do Hospital e consultar importantes informações gerenciais envolvendo, por exemplo, contratos, licitações, auditorias, convênios e salários dos colaboradores. Essa transparência dá segurança para a sociedade de que os recursos públicos são utilizados de forma responsável", esclarece o gestor. Os dados da LAI disponibilizados pelo Hospital podem ser acessados neste link (https://bit.ly/409uUrJ). 
Entre as instituições no topo do ranking (compartilhando o primeiro lugar), estão a Sede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e mais 17 hospitais universitários federais administrados pela estatal, incluindo o HU-UFSCar. Para conferir o resultado, é preciso acessar o Painel Lei de Acesso à Informação (LAI), disponível no link https://bit.ly/3UB9J0y.

Sobre a Transparência Ativa
Os itens de transparência ativa facilitam o acesso dos cidadãos às informações, bem como reduzem o custo e o trabalho com a prestação de informações. Além disso, a disponibilização dos dados evita o acúmulo de pedidos de acesso sobre temas semelhantes. A ferramenta permite, ainda, pesquisar e examinar indicadores de forma fácil e interativa.
O Decreto 7.724/12, que regulamentou a LAI no Poder Executivo Federal, definiu como um dever dos entes governamentais a publicação na internet de um conjunto mínimo de informações públicas de interesse coletivo ou geral. São exemplos de dados: repasses ou transferência de recursos financeiros, execução orçamentária e financeira detalhada; licitações, contratos e notas de empenho emitidas; bem como remuneração de servidores e empregados públicos.

BRASÍLIA/DF - Pesquisadoras e pesquisadores negros de todo o Brasil já podem se inscrever no Edital Bolsas de Pós-Doutorado para Pesquisadoras e Pesquisadores Negros. São 50 bolsas no valor de R$ 8.479,20 mensais. O aporte tem duração de 12 meses, com possibilidade de prorrogação pelo mesmo período.

As bolsas são oferecidas pela Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI). Para se inscrever, o candidato deve ser brasileiro, ter concluído o doutorado e possuir traços fenotípicos que o caracterizem como de cor preta ou parda.

O objetivo do programa é contribuir para a diversificação racial do contingente de pós-doutores negros, e assim aumentar as chances de diversificação racial e de gênero dos docentes da Universidade de São Paulo (USP) e em todas as universidades brasileiras.

Seleção

A USP informou que serão selecionados projetos que visem à ampliação e à ressignificação de temas, problemas e abordagens relacionados a todas as áreas do conhecimento. A seleção de bolsistas será feita mediante avaliação do Plano de Trabalho, por mérito acadêmico, pela contribuição para o desenvolvimento da pesquisa e avanço do conhecimento em sua área de incidência, e por avaliação curricular/experiência na área escolhida para desenvolvimento do projeto.

O bolsista também receberá um valor adicional de 10% do valor da bolsa referente à reserva técnica, que poderá ser utilizado em pagamento de diárias e passagens aéreas, participação em eventos, publicação de artigos e compra de material de consumo para pesquisa.

A inscrição pode ser feita até o dia 10 de maio, com o preenchimento do formulário online e envio do currículo Lattes atualizado, fotografia recente, autodeclaração racial, projeto de pesquisa e plano de trabalho. O edital completo está disponível na página da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento.

A primeira iniciativa desse tipo na USP começou em setembro do ano passado, quando foi lançado um edital direcionado exclusivamente a pós-doutorandas negras, que despertou o interesse de pesquisadoras de todo o País. Ao todo, 268 projetos foram inscritos e três foram selecionados.

 

 

AGÊNCIA BRASIL

Trabalho desenvolvido na pós-graduação em Física foi escolhido como Artigo de Destaque

 

SÃO CARLOS/SP - O artigo "Tuning the conductance topology in solids", que conta com a participação de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do Programa de Pós-Graduação em Física (PPGF), foi escolhido como Artigo de Destaque (FA) no Journal of Applied Physics. São autores do artigo: o aluno de mestrado do PPGF, Rafael Schio Wengenroth Silva; Victor Lopez Richard, professor do Departamento de Física (DF) da UFSCar; Ovidiu Lipan professor do Departamento de Física da Universidade de Richmond, EUA; e Fabian Hartmann, professor da Cátedra de Física Técnica da Universidade de Würzburg, Alemanha.
O artigo analisa sistematicamente as causas e efeitos do surgimento natural ou intencional de fenômenos de memória no transporte de cargas elétricas em sólidos e nanoestruturas, reduzindo-os a ingredientes básicos. A memória a que se refere o trabalho está relacionada à dependência do estado condutivo da história anterior do sistema (histórico do estímulo elétrico prévio).
A pesquisa surgiu de peculiaridades interessantes associadas a efeitos de memória, como respostas histeréticas de corrente com múltiplos cruzamentos e efeitos indutivos aparentes (ou capacitâncias negativas), que aparecem de maneira natural em muitos sistemas físicos e dependem de fatores externos tais como, por exemplo, formas de pulsos de voltagem, amplitudes, frequências e temperatura. O objetivo do trabalho foi conseguir explicar teoricamente a natureza desses desafiantes efeitos e a maneira de prevê-los e controlá-los.
"Neste artigo, somos capazes de demonstrar inequivocamente que esses são fenômenos bastante universais, relacionados à inércia de aprisionamento e liberação de portadores de carga fora do equilíbrio, ao mesmo tempo em que fornecemos uma descrição física unificada, resultando em um modelo analítico compacto. Foi incluída uma representação geométrica que traz uma perspectiva diagramática intuitiva em termos topológicos para descrever os efeitos discutidos: múltiplos cruzamentos, assim como as respostas aparentemente capacitivas ou indutivas", explicou Richard.
O pesquisador ainda explica sobre o destaque concedido à pesquisa: "Os editores da Revista acharam que o artigo era um dos melhores da revista e decidiram promovê-lo como Artigo em Destaque (Featured Article). Uma vez publicado, o artigo é exibido com destaque na página inicial da revista e é identificado com um ícone ao lado do título do artigo. Além disso, foi escolhido como capa dessa edição da revista".
O trabalho teve o apoio financeiro do CNPq. Confira a seguir a íntegra do artigo (https://aip.scitation.org/doi/full/10.1063/5.0142721)

Pesquisa da UFSCar destaca a importância da prevenção e do cuidado com a saúde da população idosa

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo realizado por pesquisadores dos departamentos de Gerontologia (DGero) e Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou que a obesidade abdominal aumenta o risco de desenvolver insuficiência e deficiência de vitamina D em pessoas com 50 anos ou mais. A pesquisa analisou dados de mais de 2,4 mil pessoas e acompanhou os casos por quatro anos. 
O trabalho integra o projeto de Iniciação Científica de Thaís Barros Pereira da Silva, graduada em Gerontologia pela UFSCar, sob orientação de Tiago da Silva Alexandre, docente do DGero, coordenador do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Envelhecimento (GEPEN) e do International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging (InterCoLAging), um consórcio de estudos longitudinais que conta com o Estudo ELSA (English Longitudinal Study of Ageing). Foi a partir de dados do ELSA, que possui uma amostra representativa de adultos residentes da comunidade inglesa com 50 anos ou mais, que a pesquisa foi desenvolvida. O estudo contou, também, com a coorientação de Mariane Marques Luiz, doutoranda em Fisioterapia pela UFSCar, e com a participação de pesquisadores da University College London (UCL), de Londres, na Inglaterra. 
A vitamina D tem como principal função a regulação do metabolismo do cálcio no organismo e, por ser considerada um pré-hormônio, também possui uma importante atuação em várias funções vitais do organismo. Sua principal forma de obtenção é através da luz solar. Nas camadas mais profundas da pele há o armazenamento de uma substância precursora da vitamina D que tem sua estrutura modificada quando a pele é exposta ao sol. Em seguida, através de vários processos metabólicos, a vitamina D é convertida na sua forma ativa e passa a circular pelo organismo.
De acordo com Thaís Barros, pessoas idosas representam um grupo de risco para a diminuição das concentrações séricas de vitamina D. Com o avanço da idade, é comum que haja uma diminuição da espessura da pele, o que acarreta uma menor disponibilidade da substância precursora da vitamina D na epiderme, bem como uma menor capacidade de síntese da forma ativa dessa vitamina. Também há uma diminuição do número de receptores de vitamina D nos tecidos corporais, o que dificulta a captação dessa vitamina circulante no organismo. Sendo assim, muitos sistemas são afetados, como, por exemplo, o imunológico, o cardiovascular e o musculoesquelético, pois são dependentes do metabolismo da vitamina D e contam com a presença de receptores de vitamina D, sinalizando a atuação dessa vitamina em suas funções.
Além do avanço da idade, estudos têm demonstrado que a obesidade, uma condição altamente prevalente em pessoas idosas, parece estar associada com a diminuição das concentrações sanguíneas de vitamina D. No entanto, esses estudos avaliaram a obesidade pelo índice de massa corporal (IMC), uma ferramenta não tão adequada para a população idosa.
A autora do estudo explica que "o envelhecimento é seguido de uma série de mudanças na composição corporal, como a diminuição da gordura subcutânea e aumento do depósito de gordura na região abdominal. Contudo, quase sempre essas duas mudanças ocorrem mantendo um peso corporal estável. O problema é que o depósito de gordura abdominal é muito inflamatório para o organismo e está associado com maior risco de doenças cardiovasculares e mortalidade. Portanto, como o IMC não é capaz de indicar o local do depósito de gordura e não faz a distinção entre gordura e músculo, é um recurso pouco sensível às alterações da composição corporal em pessoas idosas".
De acordo com Barros, além da falta de estudos com foco na obesidade abdominal, os poucos trabalhos envolvendo essa temática apontam a obesidade como uma consequência da deficiência de vitamina D e não como a possível condição causadora da redução de suas concentrações no sangue. Por esse motivo, a pesquisadora explica que "o estudo teve como objetivo investigar se a obesidade abdominal seria um fator de risco para o desenvolvimento da insuficiência e deficiência de vitamina D em pessoas com mais de 50 anos".

Pesquisa e resultados
Para conduzir o trabalho, foram incluídas 2.459 pessoas residentes na Inglaterra com 50 anos ou mais e com concentrações sanguíneas de vitamina D maiores do que 50 nmol/L (nível considerado normal ou suficiente). Esses indivíduos foram então classificados quanto à ausência ou presença de obesidade abdominal, definida pela medida da circunferência de cintura > 102 cm em homens e > 88 cm em mulheres. 
Após quatro anos de acompanhamento, os indivíduos tiveram suas concentrações séricas de vitamina D medidas novamente para verificar se elas permaneciam suficientes ou se as pessoas avaliadas tinham desenvolvido quadros de insuficiência (> 30 e ≤ 50 nmol/L) ou de deficiência (≤ 30 nmol/L). Dessa forma, foi possível verificar que os indivíduos que apresentavam obesidade abdominal tiveram um risco 36% maior de desenvolverem insuficiência e 64% maior de desenvolverem deficiência de vitamina D quando comparados aos indivíduos que não tinham obesidade abdominal.
Tiago Alexandre explica que a presença do receptor de vitamina D, denominado VDR, no tecido adiposo justifica os resultados encontrados pelo estudo. De acordo com ele, "as enzimas que estão envolvidas no processo de metabolização da vitamina D encontram-se em menor número no tecido adiposo e, como forma de compensar esse desequilíbrio, o VDR captura a vitamina D circulante no organismo e a retém nesse tecido. Esse mecanismo implica a diminuição da biodisponibilidade da vitamina no organismo e repercute no quadro de insuficiência e deficiência de vitamina D".
O docente acrescenta que "os resultados deste estudo reforçam a necessidade do planejamento de estratégias de prevenção e enfrentamento da obesidade e da deficiência de vitamina D a fim de reduzir suas complicações, bem como apontam o uso da circunferência de cintura como uma forma de triagem efetiva de indivíduos obesos e com potencial risco de desenvolver insuficiência e deficiência de vitamina D".
O estudo teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Recentemente, a pesquisa foi publicada na Nutrients, uma das revistas mais conceituadas na área de Nutrição, e pode ser acessada no link https://bit.ly/43oWUKT.
Estudo convida profissionais de Enfermagem de todo o País e pretende elaborar um diagnóstico sobre o tema

 

SÃO CARLOS/SP - Identificar os desafios para a administração da Penicilina G Benzatina, mais conhecida como benzetacil, na Atenção Primária em Saúde (APS) em todo o Brasil: esse é o objetivo principal de um projeto de Iniciação Científica, desenvolvido no Departamento de Enfermagem (DEnf) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Para levantar um diagnóstico sobre o tema, profissionais de Enfermagem de todo o País são convidados a responderem um questionário eletrônico.
A pesquisa é realizada pela graduanda Giovanna Martins Biondi, sob orientação de Rosely Moralez de Figueiredo, docente do DEnf. De acordo com a professora, a benzetacil é bastante utilizada para o tratamento de sífilis, amigdalites, abscessos, febre reumática, dentre outras doenças, O medicamento é aplicado com frequência na APS por ser administrado em dose única, por começar a atuar rapidamente e por ter efeito duradouro. No entanto, "tradicionalmente, a benzetacil é associada a um procedimento muito doloroso e com risco de eventos adversos graves, desde urticárias até anafilaxia - forma bastante grave de um quadro alérgico", pontua Figueiredo.
Por conta desse risco, a docente esclarece que a equipe de Enfermagem, responsável pela aplicação desse medicamento, pode manifestar insegurança na sua administração, alegando não ter estrutura adequada para atendimento dos usuários em caso de reações graves. Diante disso, em 2017, o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) editou uma Nota Técnica esclarecendo algumas questões sobre o tema e reforçando a importância da realização dessa medicação na APS, com respaldo para atuação dos enfermeiros.
"A pesquisa pretende conhecer os desafios na aplicação da benzetacil e isso permitirá intervir em sua origem de forma a desmistificar o assunto e apontar as necessidades de intervenção", reflete a docente sobre a realização do estudo. A expectativa é produzir um diagnóstico sobre como a equipe de Enfermagem está apropriada e segura para administrar esse medicamento.
Para realizar o estudo, enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem, que atuam ou já atuaram na APS de todo o Brasil, são convidados a responderem o questionário online, disponível em https://bit.ly/3zTT2UC, até 31 de julho. "Os dados que serão produzidos contribuirão para ampliar o conhecimento científico sobre o tema, além de indicar temas passíveis de intervenções nos serviços de saúde e direcionar na formação do estudante no assunto", conclui Rosely Figueiredo.
Mais informações podem ser solicitadas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar. (CAAE: 63527922.5.0000.5504)
Estudo convida voluntários para participação presencial

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que ensina o uso de aplicativos de celular para idosos, está convidando participantes. O objetivo é promover o letramento de idosos, por meio das potencialidades da tecnologia de Programação de Contingências para o Desenvolvimento de Comportamentos (PCDC) e do paradigma de Equivalência de Estímulos.
"A PCDC é uma tecnologia de ensino que tem como ênfase o estabelecimento de objetivos (comportamentos-objetivo) a partir de questões socialmente relevantes, isto é, problemas vivenciados pelos aprendizes e/ou sua comunidade que poderiam ser solucionados a partir do repertório ensinado", explica Vitor Duncan Marinho, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPsi) da UFSCar, responsável pelo estudo. Já a equivalência de estímulos "é um paradigma comportamental que prevê que as pessoas aprendem mais do que aquilo que lhes é diretamente ensinado, isto é, o ensino de algumas relações faz emergir outras sem que seja necessário o ensino direto", completa.
Para avaliar essas ferramentas no letramento digital de idosos, a pesquisa convida voluntários para participar como aprendizes. Os critérios de participação são: ter 60 anos de idade ou mais, saber ler e escrever, possuir acuidade visual normal ou corrigida (uso de óculos) e ter acesso a um celular Android. Além disso, deve faltar ao participante o domínio em, ao menos, uma das funções a serem ensinadas: (1) manter o dispositivo conectado; (2) usar botões de navegação; (3) fazer e receber chamadas; (4) usar a câmera; (5) acessar aplicativos; (6) usar o navegador; (7) usar o cliente de e-mail; (8) usar o WhatsApp; ou (9) usar o YouTube.
"Os voluntários serão ensinados sobre o uso dos aplicativos que indicarem interesse em aprender. Assim, a vantagem proporcionada a eles é aprender a usar tais aplicativos e, com isso, ter acesso a suas utilidades", explica o pesquisador. 
A participação será realizada em formato presencial, em sessões individuais, na sala do Laboratório de Estudos Aplicados a Aprendizagem e Cognição (LEAAC), que fica no Departamento de Psicologia (DPsi), na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar. Para manifestar interesse, basta entrar em contato com o pesquisador responsável pelo WhatsApp (11) 99887-2360 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
A pesquisa, intitulada "Aplicação da PCDC ao ensino do uso de dispositivos Android para idosos a partir da formação de classes de equivalência", é orientada pelos professores João dos Santos Carmo, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e Nádia Kienen, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e tem o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 52804421.8.0000.5504).

IBATÉ/SP - Como forma de valorizar a diversidade das etnias indígenas, a Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria de Educação e Cultura, promoveu nesta quarta-feira, 19 de abril, inúmeras ações nas unidades escolares junto aos alunos para comemorar o Dia dos Povos Indígenas.

Uma série de atividades foi realizada nas escolas para mostrar aos alunos como é a cultura indígena. Contos e lendas, brincadeiras e jogos indígenas, muitas canções referentes ao tema, degustação de alimentos de origem indígenas, diferentes pinturas faciais representando as muitas tribos existentes, vídeos e imagens mostrando o processo histórico dos índios no Brasil e muita conversa sobre nossos descendentes foram destaque.

No Brasil, pela primeira vez é celebrado o "Dia dos Povos Indígenas" e não mais o "Dia do Índio", como a data era comemorada até o ano passado. A mudança foi oficializada com a aprovação da Lei nº 14.402, de 8 de Julho de 2022, que instituiu o Dia dos Povos Indígenas, revogando então o Decreto-Lei nº 5.540, de 2 de junho de 1943, que considerava a data de 19 de abril como Dia do Índio.

A secretária de educação e cultura, Danielle Garcia Chaves, pontua a importância de mostrar às crianças que os indígenas não são apenas parte da história, como também existem e fazem parte de um presente onde sua identidade, cultura e diferenças precisam ser valorizados e preservados. “A diversidade do nosso povo brasileiro é muito grande e bonita; e a escola precisa ser o local onde todos se encontram e se respeitam; e assim é na nossa Educação em Ibaté. A data comemorativa, muito além de ser apenas um momento de celebração à diversidade cultural dos povos indígenas do Brasil, é um momento para reflexão e ação”, destacou.

Em HTPC, professores da EM ““Profª Edith Aparecida Benini”, receberam a visita do indígena Nhandel Gwaçu, que proporcionou a todos os da Unidade Escolar, a oportunidade em prestigiar vivências de cantos com instrumentos típicos, além de assuntos pertinentes como respeito aos costumes e ao meio ambiente. Na ocasião, os profissionais esclareceram dúvidas para planejar as aulas com maior riqueza em detalhes.
De acordo com a diretora da escola, Osmara Barbano Claudino, respeitar a cultura indígena é respeitar nossas raízes. “A realização desta atividade é o cumprimento da Lei 11.645/08, que trata da inclusão da cultura indígena nas escolas. Os alunos aprendem na prática sobre a cultura desta tribo e conhecem os rituais deles de maneira lúdica, e tendo a oportunidade de vivenciar uma experiência rica como essa, não é como olhar fotos em livros, ou ver vídeos, e sim trazer a realidade da cultura, e o conhecimento para os professores e alunos”, relatou.
Nhandel Gwaço, agradeceu o convite da Prefeitura de Ibaté. “Agradeço o prefeito José Luiz Parella e a todos os envolvidos nesse projeto. Foi uma grande oportunidade trazer a cultura indígena aos professores. Através dessas ações pedagógicas que surgem possibilidades de passar novas perspectivas do modo de vida de outros povos e também incentivar o combate ao preconceito e a discriminação”, concluiu.

Evento acontece entre 9 e 11 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - A quarta edição do Workshop Brasileiro de Nanocelulose está recebendo trabalhos até 30 de abril. O evento será realizado entre 9 e 11 de agosto, na Embrapa Instrumentação de São Carlos, com o objetivo de promover a integração entre a comunidade acadêmica e industrial atuante em pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de celulose coloidal.
Os interessados podem se inscrever para apresentações de pitch de três minutos após envio e aprovação de resumo para publicação nos anais do evento. Os dois formatos devem ser em inglês, idioma oficial do evento. Os resumos e apresentações de pitch poderão ser submetidos por acadêmicos, especialmente alunos de graduação e de pós-graduação, e por profissionais da indústria. 
As inscrições para o evento podem ser feitas até 6 de junho. O workshop tem a coordenação conjunta de pesquisadores da Embrapa Instrumentação, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP). Mais informações no site do evento (www.nanocellulose.ufscar.br).

BRASÍLIA/DF - O Ministério da Educação (MEC) está elaborando uma programação de consultas públicas, pesquisas e eventos para discutir a implementação do Novo Ensino Médio no país. O cronograma deve ser anunciado no próximo dia 24 de abril, informou a secretária executiva do MEC, Izolda Cela, na terça-feira (18), durante evento da organização Todos pela Educação, em Brasília. O primeiro evento deve ser um webinário com especialistas, no próprio dia 24.

Já em maio, o MEC deve lançar uma consulta via WhatsApp que deve alcançar cerca de 100 mil estudantes e professores. Os detalhes sobre como isso deve funcionar ainda serão anunciados.

"Dia 24 vai sair o calendário com a programação. A programação está com as datas previstas", disse a secretária executiva.

Além de webinários com especialistas, haverá eventos organizados pelos Conselhos Estaduais de Educação e organizações do movimento estudantil, de forma regionalizada. Segundo Izolda Cela, a ideia é que essas atividades sejam semiestruturadas para evitar a polarização do tema, já que não estará em discussão a revogação do Novo Ensino Médio.

"A gente deve tentar evitar a polarização, essa discussão plebiscitária tipo é isso ou aquilo. Isso não vai nos ajudar. Queremos extrair qualidade, proposição, situações reais que nos direcionem para medidas de implantação, ritmo de implantação, alguma alteração no desenho currículo", afirmou.

Também estão previstas pesquisas com mais de 2 mil questionários e pesquisas qualitativas com grupos focais.

No início do mês, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia declarado que o governo federal não vai revogar o Novo Ensino Médio. Em café da manhã com jornalistas, ele afirmou que a decisão de suspender o cronograma nacional de implementação foi para 'aperfeiçoar' o modelo educacional.

revogação do Novo Ensino Médio tem sido uma reivindicação de entidades estudantis e de muitos especialistas. No início do mês, o governo federal oficializou a suspensão do cronograma de implementação da nova etapa de ensino. Antes disso, em março, o MEC já havia anunciado a consulta pública para avaliação e reestruturação da política nacional de ensino médio, que ainda deve durar cerca de dois meses, com possibilidade de prorrogação.

Organizações da sociedade civil esperam que o governo assegure uma participação ampla da comunidade escolar nas diversas etapas de consulta pública.

"É importante que o processo de consulta pública ocorra com celeridade e transparência, contemplando a participação de toda a comunidade escolar. Alunos e alunas, professores e professoras, especialistas e entidades da área. É um momento importante para focar nas soluções dos problemas que estão sendo observados e fazer mudanças significativas, para termos um verdadeiro novo ensino médio", opina Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos pela Educação.

 

 

Por Pedro Rafael Vilela - Repórter da Agência Brasil

Autora da tese, Sara Munhoz, recebeu prêmio do Instituto Norberto Bobbio em São Paulo

 

SÃO CARLOS/SP - A tese de doutorado "A paixão do acesso: uma etnografia das ferramentas digitais e da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça", de Sara Munhoz, defendida no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), ganhou o primeiro lugar na categoria "pós-graduação stricto sensu" do Prêmio Raymundo Magliano Filho, fomentado pelo Instituto Norberto Bobbio (INB). 
Para desenvolver a pesquisa, Sara Munhoz, que cursou o doutorado do PPGAS de 2017 a 2022, utilizou documentos do STJ e da Secretaria de Jurisprudência do Tribunal para analisar as técnicas de divulgação e recomendações digitais após os julgamentos. A pesquisadora investigou as possibilidades de enunciação da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça a fim de contribuir para uma análise do que se considera uma justiça democrática e cidadã.
A tese teve a orientação do professor Jorge Luiz Mattar Villela, do Departamento de Ciências Sociais (DCSo) da UFSCar, e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e está disponível gratuitamente no Repositório da UFSCar (https://bit.ly/3UnFYAg). 
No estudo, são descritas "as relações complexas e cada vez mais entrelaçadas entre o direito e a informática, e entre os conceitos de acesso e de democratização da justiça, a partir de um vasto arquivo do Superior Tribunal de Justiça (que incluiu tanto acórdãos e súmulas como documentos institucionais como relatórios, manuais, boletins e notícias do tribunal)". Um dos diferenciais do trabalho, segundo a autora, foi lidar com materiais inéditos para descrever procedimentos técnico-administrativos até então negligenciados pela bibliografia especializada, que usualmente se dedica às etapas que tornam possível a transformação de inquéritos em processos e de processos em sentenças, "mas ainda não havia examinado os movimentos e transformações que continuam a ser produzidos depois de já tomadas as decisões judiciais". E destaca: "Ao privilegiar os circuitos burocráticos e as sínteses digitais ulteriores aos julgamentos, a tese expande o alcance da bibliografia, incluindo agora a sua vinculação profunda com a informática, sem a qual já não se pode mais julgar". 
Além disso, continua a autora, "a tese inverte o importante tema do acesso, examinando-o não a partir das portas de entrada dos tribunais, como de costume, mas pelo que o STJ se empenha em expelir: informações digitalmente divulgadas, organizadas a partir de decisões técnico-políticas que se submetem, necessariamente, às urgências aceleratórias contemporâneas". O trabalho também adensa os debates crescentes em torno do poder persuasivo das ferramentas de busca digitais, "demonstrando como um dos mais importantes serviços de funcionamento do Estado e da democracia são dependentes de sua lógica e de seu funcionamento", argumenta Munhoz. 

O prêmio
O Instituto Norberto Bobbio (INB) é uma instituição sem fins lucrativos que visa fortalecer a sociedade civil e aprofundar a experiência democrática no Brasil. O Prêmio Raymundo Magliano Filho foi criado em homenagem ao ex-presidente da Bolsa de Valores de São Paulo e fundador do INB. A premiação, que deverá acontecer anualmente, tem como objetivo reconhecer trabalhos acadêmicos que contribuem para a ampliação da participação cidadã. O foco deste ano foram trabalhos e iniciativas voltados para questões relacionadas à democracia, igualdade e inovação cidadã. A cerimônia da primeira edição aconteceu no último dia 7 de março e contou com representantes do Consulado Italiano, do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP). 
"É uma honra e uma alegria ter sido escolhida como uma finalista", disse a autora da tese durante a premiação em São Paulo. "É uma alegria porque, embora a confecção de uma tese envolva sempre muita gente, ela também é uma tarefa criativa bastante solitária. Depois de anos de trabalho, saber que meu texto, meu argumento e minhas reflexões reverberaram, fizeram sentido, tiveram importância inclusive para colegas de outras áreas, de outras disciplinas, é maravilhoso. Estou certa de que a Antropologia tem muito a contribuir nos debates a respeito do Estado e do Direito, principalmente por deslocar conceitos e perspectivas excessivamente cristalizadas como a de democracia e a de acesso".
A live de premiação está disponível no YouTube, em https://bit.ly/432MK2x. A pesquisa também será publicada em livro pela Editora Hucitec, na Coleção Antropologia Hoje. Mais informações sobre o estudo podem ser solicitadas diretamente com Sara Munhoz pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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