UCRÂNIA - Os Estados Unidos alertaram na quarta-feira (9) que a Rússia pode estar planejando o uso de armas químicas ou biológicas na Ucrânia, sob o pretexto de responder a uma suposta ameaça no país que, segundo asseguraram, é "falsa".
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, fez essa advertência em resposta às acusações russas de que os Estados Unidos estão financiando um suposto programa biológico-militar na Ucrânia.
"Agora que a Rússia fez essas acusações falsas e a China parece ter endossado tal propaganda, todos devemos estar atentos à possibilidade de a Rússia usar armas químicas ou biológicas na Ucrânia", escreveu Psaki em sua conta oficial no Twitter.
Moscou também poderia usar essas armas como parte de uma "operação de bandeira falsa", acrescentou Psaki, referindo-se a uma tática de guerra na qual uma parte de um conflito comete um ato e faz parecer que a outra parte é a responsável.
A porta-voz da Casa Branca reagiu assim às afirmações do governo russo de que teria descoberto na Ucrânia evidências de uma "eliminação de emergência" de vestígios de um suposto programa biológico-militar.
O porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, assegurou que os funcionários desses laboratórios biológicos teriam relatado a destruição no último dia 24 de fevereiro de patógenos particularmente perigosos, como peste, antraz, tularemia, cólera e outras doenças mortais.
A ONU disse nesta quarta-feira que não tem registro da existência de programas ilegais de armas químicas e biológicas na Ucrânia, enquanto Psaki chamou essas acusações de "falsas" e "ridículas". "Este é o tipo de operação de desinformação que vimos repetidamente que a Rússia vem usando há anos na Ucrânia e em outros países, que foram desacreditadas, e um exemplo do tipo de falsos pretextos que alertamos que os russos usariam", escreveu Psaki Twitter.
A porta-voz do presidente Joe Biden afirmou também que os EUA "não desenvolvem ou possuem" armas químicas ou biológicas "em lugar nenhum" e que "é a Rússia que tem um longo histórico de uso" desse tipo de arma proibida por convenções internacionais. "Tudo isso é uma tentativa óbvia da Rússia de tentar justificar seu ataque premeditado, não provocado e injustificado à Ucrânia", enfatizou.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, também chamou as acusações russas de "mentiras" em um comunicado, no qual garantiu que não é a primeira vez que Moscou "acusa o Ocidente dos mesmos crimes que a própria Rússia está cometendo". "Nossa expectativa é que a Rússia continue a insistir nesses tipos de alegações com acusações mais infundadas", disse Price, frisando que os Estados Unidos "não possuem ou operam nenhum laboratório químico ou biológico na Ucrânia".
por Agência EFE
UCRÂNIA - O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, agradeceu ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pelas sanções adicionais tomadas contra a Rússia na terça-feira (8). Segundo Zelenski, as medidas "enfraquecerão significativamente os russos".
As novas medidas incluem a proibição de importações de petróleo, derivados de petróleo, gás e carvão da Rússia. Os cidadãos também estão agora proibidos de investir no setor de combustível e energia da Rússia.
"A proibição das importações de petróleo para os Estados Unidos enfraquecerá o estado terrorista economicamente, politicamente e ideologicamente, porque se trata de liberdade, sobre o futuro, sobre para onde o mundo se moverá", disse Zelenski.
As forças russas continuam a se posicionar em torno de grandes cidades e bombardeá-las em alguns casos, de acordo com líderes ucranianos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou uma invasão da Ucrânia alegando querer proteger a população de língua russa das regiões separatistas do leste, em guerra contra Kiev desde 2014.
O presidente russo exige a desmilitarização da Ucrânia, um status neutro para o país (agora voltado para o Ocidente) e garante que nunca fará parte da OTAN.
O último balanço das Nações Unidas coloca o número de civis mortos pela invasão em 406, embora esse número seja certamente muito menor do que o real.
O Pentágono estimou que "2.000 a 4.000 soldados russos" foram mortos desde o início da ofensiva, uma estimativa aproximada que deve ser tomada com cautela, pois foi extraída de várias fontes, segundo autoridades de inteligência dos EUA.
Na tentativa de pressionar Moscou a terminar a guerra na Ucrânia, os EUA anunciaram a proibição de importação de petróleo russo. O presidente Joe Biden, que enfrenta críticas desde o início dos confrontos, pode ver a popularidade cair ainda mais, já que a medida vai aumentar o valor da gasolina no país.
O Reino Unido também anunciou que reduzirá gradualmente as importações de petróleo procedente da Rússia e deixará de importá-lo desse país até o final deste ano, anunciou na terça-feira (8) o ministro de Empresas, Energia e Estratégia Industrial britânico, Kwasi Kwarteng.
O período de transição dará ao mercado britânico nove meses para se ajustar às mudanças e garantir novas rotas de abastecimento até que o petróleo bruto e os produtos petrolíferos da Rússia, que representam 8% da demanda britânica, sejam vetados.
Evacuação de civis
Milhares de civis fugiram na terça-feira de áreas sitiadas pelas forças russas. Dois comboios de dezenas de ônibus deixaram Sumy, cerca de 350 quilômetros a nordeste de Kiev, na terça-feira, em uma nova tentativa de criar corredores humanitários após os bombardeios do dia anterior, que deixaram pelo menos 21 mortos naquela cidade de 250 mil habitantes, informou o procurador regional escritório.
Cessar fogo temporário
O Exército russo anunciou que nesta quarta-feira (9) haverá um novo cessar-fogo temporário na Ucrânia. A medida visa garantir a saída de civis ucranianos e será imposta a partir das 9h (horário local, 4h no horário de Brasília). Nesta terça, já há uma pausa nos confrontos para que as pessoas possam deixar o país com segurança.
"A Rússia anuncia um cessar-fogo a partir de 9 de março, às 9h, para que se criem corredores humanitários", diz o comunicado divulgado pelo governo russo.
As tréguas humanitárias vêm sendo motivo de polêmica na guerra entre Rússia e Ucrânia. No último sábado (5), os russos acusaram tropas nacionalistas ucranianas de impedir a evacuação da população civil de Mariupol e Volnovakha, no sudeste da Ucrânia, e garantiram que, das 215 mil pessoas das duas cidades cuja saída teria sido permitida, nenhuma chegou aos corredores humanitários abertos.
Segundo a Tass, agência de notícias oficial russa, o chefe do Centro Nacional para o Controle de Defesa da Rússia, Mikhail Mizintsev, declarou que Moscou respeitou "todas as condições da parte ucraniana, tanto em termos de horas como em termos de rotas e segurança".
Do R7
PEQUIM - Os contratos futuros de aço inoxidável negociados na China subiram ao seu limite diário de 12% para um recorde nesta terça-feira, com os preços do níquel mais que dobrando devido à intensificação das preocupações com a oferta da Rússia após a invasão da Ucrânia.
O contrato de aço inoxidável mais negociado na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em abril, encerrou as negociações diurnas em 22.125 iuanes (3.503,56 dólares) a tonelada, marcando um movimento de limite de alta.
O aumento no aço inoxidável ocorre enquanto os preços de sua matéria-prima, o níquel, subiram quase 111% para um recorde de 101.365 dólares a tonelada na boslsa de Londres. O metal subiu ao limite diário de 15% para um recorde de 228.810 iuanes por tonelada na bolsa de Xangai.
A Rússia fornece ao mundo cerca de 10% de suas necessidades de níquel, principalmente para uso em aço inoxidável e baterias de veículos elétricos.
"A perspectiva de uma proibição das exportações de commodities russas foi amplamente sentida", disseram estrategistas de commodities do ANZ em nota. "Os temores sobre os suprimentos russos deixaram os compradores expostos a um aperto de curto prazo."
Com o sentimento do mercado em relação ao consumo downstream na China relativamente otimista, os preços do aço inoxidável podem subir ainda mais, escreveram analistas da Huatai Futures em nota.
Outros produtos de aço na bolsa de Xangai, no entanto, recuaram, com o vergalhão de construção para entrega em maio caindo 1,2%, para 4.956 iuanes por tonelada, e as bobinas laminadas a quente caindo 2%, para 5.220 iuanes por tonelada.
O minério de ferro para entrega em maio na bolsa de commodities de Dalian da China subiu 0,4%, para 844,50 iuanes por tonelada, após uma sessão volátil.
O minério de ferro no mercado spot caiu 2,5 dólares, a 160,50 dólares, na terça-feira, após atingir o maior valor desde meados de agosto, mostraram dados da consultoria SteelHome.
Por Min Zhang em Pequim e Enrico Dela Cruz / REUTERS
UCRÂNIA - A Rússia anunciou a abertura de corredores humanitários nesta terça-feira (8) para evacuar civis de algumas cidades sitiadas na Ucrânia, mas a oferta foi considerada enganosa pelos ucranianos, que acusam Moscou de impossibilitar a saída da população.
O Ministério da Defesa russo disse que, se a Ucrânia aprovar, abrirá "corredores humanitários" na manhã desta terça para evacuar civis da capital Kiev e outras cidades como Mariupol, Kharkiv e Sumy, que estão sob fogo pesado.
Primeiro corredor, em Sumy
Sumy é, até o momento, a única região onde os estão conseguindo sair.
O governador de Sumy, Dmitro Zhivitskiy, disse em um declaração por vídeo que os primeiros ônibus já tinham partido da região até a cidade de Poltava, mais a oeste do país.
A prioridade nos veículos é para pessoas com problemas físicos, mulheres grávidas e crianças dos orfanatos da cidade.
Desconfiança de Zelenski
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, havia acusado as tropas de Moscou de atrapalhar tentativas anteriores de evacuação, com corredores indo para território russo ou de Belarus, atirando em estradas e destruindo ônibus que deveriam transportar a população para áreas seguras.
"Houve um acordo sobre corredores humanitários. Funcionou? Em seu lugar estavam tanques russos, Grads [lançadores de foguetes], minas russas", disse Zelenski em um vídeo postado na rede social Telegram.
A delegação ucraniana destacou "resultados positivos" na terceira rodada de negociações de segunda-feira (7), mas Moscou disse que as "expectativas" não foram atendidas e que Kiev rejeitou um plano anterior de enviar civis para a Rússia ou a Belarus.
O presidente francês Emmanuel Macron, que mantém algum diálogo com seu colega russo Vladimir Putin, condenou a oferta de evacuação. "Tudo isso não é sério. É de um cinismo moral e político que me parece insuportável", assegurou à rede francesa LCI.
O subsecretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, disse ao Conselho de Segurança que os civis devem poder fugir em qualquer direção que desejarem e que o acesso seguro a suprimentos médicos e humanitários deve ser garantido.
Centenas de vítimas
No território ucraniano, a situação continua a piorar após doze dias de guerra, com centenas de vítimas e o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, além de uma série de duras sanções contra a Rússia por parte dos países ocidentais.
Depois de meses acumulando tropas ao redor da ex-república soviética, Putin ordenou a invasão, dizendo que queria proteger a população de língua russa dos territórios rebeldes no leste da Ucrânia, que lutam contra Kiev desde 2014.
O líder do Kremlin pede a desmilitarização da Ucrânia, um status neutro para o país agora inclinado para o Ocidente e garante que nunca se juntará à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
O último balanço das Nações Unidas coloca o número de civis mortos pela invasão em 406, embora destaque que o número real de vítimas é "consideravelmente maior".
Pelo menos 13 pessoas morreram em um bombardeio em uma padaria industrial em Makariv, a cerca de 50 quilômetros a oeste de Kiev, na segunda-feira.
Os militares ucranianos alertaram na terça-feira que a Rússia está aumentando o envio de tropas em torno das principais zonas de conflito, incluindo Kiev, Mariupol e Kharkiv.
Suas forças repeliram um ataque russo à cidade de Izium, na região de Kharkov, disse ele. Além disso, embora inferiores, suas tropas tentaram impedir o avanço russo para leste e sul para cercar Kiev.
Sem eletricidade ou água
Jornalistas da AFP viram milhares de civis fugindo dos combates por uma rota não oficial de evacuação de Irpin, um subúrbio a oeste de Kiev, em direção à capital.
Crianças e idosos foram carregados em tapetes usados como macas por uma estrada guardada por soldados e voluntários. Desesperados, alguns carrinhos e malas abandonados para entrar em ônibus lotados.
"Não tínhamos luz em casa, nem água, estávamos sentados no porão", disse Inna Scherbanyova, uma economista de 54 anos. "As explosões aconteciam constantemente (...) Perto da nossa casa havia carros, com mortos em um deles, era muito assustador", acrescentou.
Civis que tentaram deixar a cidade por rotas acordadas foram bloqueados porque a estrada estava minada, disse o Comitê Internacional da Cruz Vermelha nesta segunda-feira.
Um paraquedista ucraniano disse que houve combates "corpo a corpo" em Irpin. "Estamos tentando contê-los, mas não sei se conseguiremos."
Enquanto uma legião de voluntários internacionais acorre para o apoio da Ucrânia, o Pentágono disse na segunda-feira que Moscou está recrutando seus próprios combatentes estrangeiros entre aqueles que lutaram pelo regime sírio de Bashar al-Assad.
Vladimir Putin garantiu que não enviará recrutas ou reservistas para lutar na Ucrânia e que a guerra está sendo travada por "profissionais" que cumprem "objetivos estabelecidos".
De sua parte, Zelensky convocou todos os ucranianos no exterior a se juntarem à luta e insistiu que não fugiria. "Fico aqui, fico em Kiev... não tenho medo", disse ele na noite de segunda-feira.
Do R7, com AFP e Reuters
UCRÂNIA - O presidente da Ucrânia, Wolodymyr Zelensky, fez novo pronunciamento no domingo (3), em que se dirigiu ao povo russo e pediu que eles se posicionem contra a guerra.
“Ciadãos russos, essa não é só a luta pela paz na Ucrânia, mas pela riqueza que vocês tinham no seu país. Se ficarem calados, a miséria que vai falar por vocês no futuro. Não fiquem calados”, declarou o presidente.
Ele voltou a afirmar que não se trata de uma operação militar nem é ocasional, mas uma invasão planejada. Segundo ele, os soldados russos capturados pelas forças ucranianas forneceram informações que reforçam essa tese.
“Essas pessoas [do Exército russo] queriam acabar com nossas cidades. Tivemos acesso a documentos. Por isso que está ocorrendo essa atrocidade. Estão lançando bombas, artilharia, mísseis. Isso não é uma improvisação”, disse.
Zelensky afirmou que os ataques da Rússia sobre o país estão violando regras internacionais. “Isso será um crime militar histórico”, destacou.
No pronunciamento, o presidente ucraniano comentou que sua gestão está planejando medidas de estímulo econômico e de apoio à população com vistas à reconstrução do país.
“Já sabemos como vamos reconstruir e reformar a nossa Ucrânia. Criamos fundos para este fim, um para infraestrutura, um para crédito e um de auxílio para negócios pequenos, além de vários programas que estamos criando”, informou.
Na Rússia, diversos atos vêm sendo promovidos contra a guerra. Mas o presidente Vladimir Putin tem endurecido. Os protestos têm sido duramente reprimidos. Nesta semana, aprovou uma nova lei censurando conteúdos críticos à guerra, com pena de prisão de até 15 anos.
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil
UCRÂNIA - O número de pessoas que fugiram do conflito na Ucrânia ultrapassou a marca de 1,5 milhão, marcando a crise de refugiados que mais cresce desde a Segunda Guerra Mundial, alertou a ONU neste domingo (6).
"Mais de 1,5 milhão de refugiados da Ucrânia cruzaram a fronteira para países vizinhos em dez dias. Esta é a crise de refugiados que mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", tuitou o Alto Comissário para Refugiados, Filippo Grandi.
O conflito na Ucrânia começou no dia 24 de fevereiro, quando tropas russas invadiram cidades do país. Desde o início da guerra, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e sua equipe acusam a Rússia de atacar alvos civis.
Na semana passada, após negociação entre os dois países envolvidos no conflito, definiu-se que seriam abertos corredores humanitários para libertar a população que se via ameaçada em suas casas.
A primeira tentativa de retirar moradores das cidades da Ucrânia fracassou no sábado (5), após ucranianos afirmarem que o outro lado estava desrespeitando o acordo de cessar-fogo temporário.
Neste domingo, deve-se tentar novamente a retirada de civis em regiões perigosas. Está marcada para amanhã, segunda-feira (7), a terceira conversa entre Rússia e Ucrânia.
Do R7, com agências internacionais
UCRÂNIA - O Ministério da Defesa russo anunciou um cessar-fogo neste sábado (5) para permitir a evacuação de moradores de duas cidades sitiadas na Ucrânia: Mariupol e Volnovakha. O Kremlin deixou claro que a redução na ofensiva não vale para todo o território ucraniano e os cidadãos terão cinco horas para saírem das cidades.
"O lado russo declara um regime de silêncio (de armas) e a abertura de corredores humanitários para a evacuação de civis de Mariupol e Volnovakha", disse o ministério, citado por agências de notícias russas.
A prefeitura Mariupol confirmou a trégua e anunciou o início da retirada de seus moradores. "A evacuação da população civil começará às 11h do horário local (6h no Brasil)", disse o prefeito , Vadim Boychenko.
“No total, serão necessárias várias etapas de evacuação, divididas em vários dias para que cada pessoa que queira sair possa fazê-lo”, acrescentou a mesma fonte em sua conta do Telegram.
O corredor de evacuação de civis leva à cidade ucraniana de Zaporizhia, 220 quilômetros a noroeste.
O controle de Mariupol é de natureza estratégica para a Rússia, porque permitiria garantir a continuidade territorial entre suas forças que chegam da península da Crimeia e as dos territórios separatistas pró-russos do Donbas ucraniano.
Do R7, com informações da AFP
UCRÂNIA - As forças russas ocupam o território nuclear ucraniano de Zaporizhzhia, alvo de ataques russos durante a madrugada desta sexta-feira (4), disse a agência de inspeção de usinas atômicas da Ucrânia, que garantiu que nenhum vazamento radioativo foi detectado.
Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa, está localizada a cerca de 150 quilômetros ao norte da península da Crimeia. De acordo com Kiev, projéteis russos que atingiram a usina atômica nas primeiras horas do dia causaram um incêndio em um prédio e um laboratório. Os socorristas conseguiram controlar o fogo.
"O território da central nuclear de Zaporizhzhia está ocupado pelas forças armadas da Federação Russa", disse o órgão estatal ucraniano. "Não houve mudanças na situação da radiação", acrescentou.
Segundo a mesma fonte, “o pessoal operacional controla os blocos de energia e garante o seu funcionamento de acordo com os requisitos das normas técnicas e de segurança”. Estão sendo feitas inspeções para saber com precisão os danos, acrescentou.
Dos seis blocos, o primeiro foi posto fora de serviço, os números 2, 3, 5 e 6 estão em processo de resfriamento e o número 4 está em operação. A agência não disse qual era a situação dos blocos antes do ataque.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, acusou Moscou nesta sexta-feira (4) de recorrer ao "terror nuclear" e de querer "repetir" a catástrofe de Chernobyl, depois de denunciar o bombardeio russo à usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, a maior da Europa.
"A Ucrânia tem 15 reatores nucleares. Se houver uma explosão, é o fim de tudo. O fim da Europa. É a evacuação da Europa", acrescentou.
"Só uma ação europeia imediata pode deter as tropas russas. Devemos evitar que a Europa morra de um desastre nuclear", insistiu o presidente ucraniano.
A Rússia já capturou a extinta usina de Chernobyl, a cerca de 100 quilômetros ao norte da capital da Ucrânia, Kiev.
Do R7, com informações da AFP
UCRÂNIA - Um ataque russo a áreas residenciais, incluindo escolas, na cidade de Chernigov, no norte da Ucrânia, deixou nove mortos e quatro feridos, informou o governador da região Vyacheslav Chaus, nesta quinta-feira (3).
As tropas russas, que conquistaram Kherson, sua primeira grande cidade ucraniana desde o início da invasão, intensificaram o bombardeio de outros centros urbanos, forçando mais de um milhão de civis a fugir de suas casas.
Em meio ao conflito, representantes da Rússia e da Ucrânia estão reunidos para uma nova rodada de negociações, em Belarus. O novo encontro visa um eventual cessar-fogo na guerra, já que na primeira reunião os países não chegaram a um acordo.
por AFP
ALEMANHA - O promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) confirmou na quarta-feira (2), por meio de um comunicado, que abrirá imediatamente uma investigação sobre possíveis crimes de guerra cometidos na Ucrânia, após um pedido de 39 dos Estados membros do tribunal.
"Esses encaminhamentos permitem que meu escritório prossiga com a abertura de uma investigação sobre a situação na Ucrânia a partir de 21 de novembro de 2013, abrangendo quaisquer alegações passadas e presentes de crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio cometidos em qualquer parte do território da Ucrânia por qualquer pessoa ", disse o promotor Karim Khan.
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