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Novo método é extremamente eficaz, rápido e de baixo custo

 

SÃO CARLOS/SP - Um trabalho desenvolvido por pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com colegas da UNICAMP e da EMBRAPA-Instrumentação, resultou na criação de um imunossensor que detecta a proteína Spike do SARS-CoV-2 em amostras de saliva, inclusive em amostras de vírus inativados que conservam a proteína. A nova metodologia é rápida e extremamente eficaz, empregando equipamento de baixo custo.

Como é do conhecimento público, em diversos países os testes para diagnóstico da COVID-19 não têm sido realizados com a frequência e abrangência necessárias em virtude da indisponibilidade e dos custos elevados das metodologias para detectar material genético do SARS-CoV-2. Os testes rápidos infelizmente não servem para diagnóstico, porque identificam apenas se uma pessoa tem anticorpos para a SARS-CoV-2. Esses anticorpos só são detectados vários dias após a infecção.

As melhores opções para diagnóstico do SARS-CoV-2 são através do conhecido RT-PCR, que detecta o material genético do vírus, mas cujos resultados demoram a ser processados. Além disso, o custo também é alto. Uma alternativa é empregar genossensores que podem detectar material genético de forma mais rápida, mas esses sensores ainda não estão disponíveis comercialmente.

As dificuldades acima motivaram a pesquisa do IFSC/USP e de seus parceiros, com a criação do novo imunossensor cuja detecção da proteína é feita através de espectroscopia de impedância elétrica. O sensor consiste de eletrodos de ouro revestidos com uma película de carboximetilquitosana (um derivado solúvel da quitosana) sobre a qual se deposita uma camada de anticorpos específicos para a proteína Spike. Em contato com uma amostra de saliva que contém o vírus, a proteína Spike é reconhecida, o que gera um sinal elétrico. Como é possível medir esse sinal com um instrumento portátil de baixo custo, podem-se desenvolver testes em larga escala, e empregados em qualquer local.

Segundo a Dra. Juliana Coatrini Soares, uma das autoras do trabalho, o sensor tem baixo custo porque é fruto da nanotecnologia: “Empregamos filmes ultrafinos de material biocompatível, com espessura de poucos nanômetros, que requerem pouco material. Nossa estimativa é que cada sensor custe menos de R$2,00 por unidade. O resultado do teste fica pronto em apenas 10 min. Além disto, o material biocompatível permite emprego em biossensores vestíveis, que poderão ser aplicados para diagnóstico em tempo real.

SÃO CARLOS/SP - Em eleições realizadas em primeiro turno no dia 1º de dezembro, foi eleita a nova diretoria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), correspondendo à gestão 2022/2026.

Concorreram a este pleito duas chapas, a saber:

Chapa-1 – Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Junior (Diretor) e Profª Ana Paula Ullian de Araújo (Vice-Diretora);

Chapa-2 – Prof. José Carlos Egues de Menezes (Diretor) e Prof. Hellmut Eckert (Vice-Diretor).

Os resultados do pleito deram a vitória à Chapa-1, através dos seguintes números:

Participantes habilitados – 57

Participantes votantes – 55

Chapa-1 – 39 votos

Chapa-2 – 14 votos

Votos nulos – 2

Votos brancos – 0

A Comissão Eleitoral foi constituída pelos Profs. Adriano Defini Andricopulo (Presidente), Euclydes Marega Junior e Paulo Barbeitas Miranda.

A nomeação para o exercício da nova diretoria, constituída pelos Profs. Osvaldo Novais de Oliveira Junior e Ana Paula Ullian de Araújo,  acontecerá a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2022, substituindo os atuais Diretor e Vice-Diretor do IFSC/USP, na circunstância, os Profs. Vanderlei Salvador Bagnato e Igor Polikarpov.

O Prof. Osvaldo Novais de Oliveira Jr. é físico de formação, tendo concluído o doutorado na University of Wales, Bangor, Reino Unido. É professor titular do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), Universidade de São Paulo, foi coordenador da FAPESP na área de física, é membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e foi presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SPBMat).

Publicou cerca de 500 artigos em periódicos especializados, 16 capítulos de livros, 2 livros de divulgação científica, 1 livro sobre escrita científica, e autor de 7 patentes. Esses trabalhos receberam cerca de 9.700 citações (na Web of Science em junho de 2017).

Orientou 21 mestres e 21 doutores. É membro fundador do Núcleo Interinstitucional de Linguística Computacional (NILC), que desenvolveu o revisor gramatical ReGra, agraciado com 2 prêmios de inovação tecnológica e disponível mundialmente com o processador de texto Word for Windows.

Recebeu, em 2006, o Prêmio Scopus, outorgado pela Elsevier do Brasil e a Capes, como um dos 16 pesquisadores brasileiros com maior produção científica, com base no número de publicações, citações e orientações.

A Profª Ana Paula Ullian de Araújo é Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (1990), mestre em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (1993), doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Carlos (1997) e livre-docente pelo Instituto de Física de São Carlos-USP (2008).

Realizou pós-doutoramento no Plant Science Department, na Universidade de Cambridge, UK (2010).

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está com diversas vagas abertas para bolsistas nas áreas de Fisioterapia e Odontologia, para desenvolverem atividades em Saúde e Inovação.

Os interessados deverão ser recém-formados nas áreas de interesse, ou cursando o último ano de graduação.

45% da população brasileira apresenta algum sintoma de DTM

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.

A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crâneo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.

Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.

Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante - o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.

O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.

Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto

Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag,

https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-17-issue-2-year-2018.html

Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with Ultrasound and Photobiomodulation Therapy

 in Patients with Temporomandibular

Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery

https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/photob.2019.4697

Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters

https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1612-202X/ac20de/meta

Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag,

https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-20-issue-9-year-2021.html

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Instituto de Física de São Carlos (USP) desenvolve dispositivo portátil que pode ser acionado pelo paciente em casa

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) desenvolveu um dispositivo portátil que pode abrir caminho para o tratamento do câncer de pele, procedimento esse que pode ser realizado pelos próprios pacientes em suas residências.

Através de um estudo ousado e inovador, o novo dispositivo portátil, do tamanho de uma moeda, destina-se ao tratamento do carcinoma basocelular (câncer de pele), com base em Terapia Fotodinâmica (TFD), e que pode ser utilizado pelos pacientes em suas residências, evitando exaustivas viagens e longas permanências nos hospitais.

O estudo e as pesquisas foram feitas por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e do Hospital Amaral Carvalho (Jaú-SP), e contaram com a participação de quinze pacientes voluntários, cujos resultados foram apresentados no início de outubro, de forma virtual, durante o 30º Congresso da Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia.

O estudo relata a abordagem experimental de TFD realizada no Hospital Amaral Carvalho, com o equipamento desenvolvido pelo IFSC/USP, cujo protocolo foi batizado de “PDT Home”. O procedimento incluiu a curetagem (pequena raspagem) na lesão, tendo sido aplicado nela um creme de aminolevulinato de metila (20%), seguindo-se a iluminação através de um equipamento padrão (LINCE) de LED de luz vermelha, por vinte minutos. Após esse procedimento foi aplicada uma nova camada de creme e foi fixado, com fita adesiva médica, o novo irradiador portátil de LED, tendo o paciente sido orientado a regressar a sua residência e esperar uma hora e meia para, após esse tempo, ligar o pequeno equipamento (alimentado por bateria) durante duas horas seguidas. Ou seja, o paciente fez uma única sessão, só precisando regressar ao hospital um mês depois para fazer exames de avaliação.

Comparação com anteriores protocolos

Comparativamente ao que era feito em um anterior protocolo com TFD para tratamento do carcinoma basocelular (“Single Visit”), os resultados deste estudo revelaram não só um decréscimo significativo de dor nos pacientes, já que a irradiação emitida pelo novo dispositivo portátil é mais fraca do que a do equipamento tradicional, mas aplicada por um período de tempo maior, como também, um alto índice de conforto, tendo em consideração que o tratamento feito através do protocolo anterior era mais demorado e necessitava ser feito em ambiente hospitalar, ao contrário deste que pode ser feito em casa do paciente. Os benefícios deste novo protocolo são enormes em todos os sentidos: para o paciente, que sente muito menos dores durante o tratamento, podendo fazer o mesmo em casa, sem viajar horas seguidas e permanecer longos períodos de tempo no hospital, como para os próprios estabelecimentos de saúde, que ficam com o pessoal médico mais disponível para atender casos de urgência, além de evitarem aglomerações de espera.

No protocolo anterior, os pacientes dirigiam-se ao hospital, o médico fazia a curetagem e aplicação do creme, ao que deveriam aguardar três horas para, após isso, serem sujeitos a uma irradiação de luz Led durante vinte minutos e a aplicação de nova camada de creme, devendo aguardar mais uma hora e meia. Após esse intervalo, os pacientes recebiam uma nova irradiação de luz Led durante vinte minutos, e só após tudo isso é que ficavam liberados para regressar a suas residências. Com o novo protocolo

Tendo já sido destaque em vários órgãos de comunicação do Reino Unido, este novo dispositivo de TFD portátil é considerado importantíssimo para os pacientes com carcinoma basocelular, principalmente aqueles que vivem em países onde a incidência da luz solar é mais intensa, como no Brasil, onde grande parte dos pacientes precisa viajar algumas centenas de quilómetros para receber tratamento dermatológico especializado.

Ana Gabriela Salvio, pesquisadora do Hospital Amaral Carvalho e principal autora deste estudo, relatou à revista Medical Life Sciences (UK), na edição de 01 de outubro, que  “É realmente muito encorajador constatar que os pacientes relataram níveis muito mais baixos de dor com o tratamento em casa”, obviamente já para não falar do conforto. Após o sucesso deste estudo piloto, um ensaio clínico com mais de 200 participantes foi já aprovado, atendendo a que este novo protocolo poderá ter um impacto extremamente positivo no tratamento do carcinoma basocelular no mundo.

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum, representando cerca de 95% de todos os casos de câncer de pele, geralmente surgindo apresentando pequenas manchas que vão crescendo lentamente ao longo do tempo, mas que não afetam outros órgãos além da pele. Este tipo de câncer é mais comum após os 40 anos, especialmente em pessoas de pele clara, cabelos loiros e olhos claros, que se expõem excessivamente ao sol: no entanto, o carcinoma basocelular pode aparecer em qualquer idade.

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Chamada para pacientes voluntárias - mulheres com idades entre 40 e 80 anos

 

SÃO CARLOS/SP - O Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está convocando pacientes mulheres, com idades entre os 40 e 80 anos, portadoras de artrite reumatóide e cuja incidência da doença atinja as articulações dos dedos das mãos, para um tratamento no âmbito de uma pesquisa inserida em um trabalho de mestrado que será desenvolvido na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC).

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a artrite reumatóide (AR) é uma doença inflamatória crônica e auto-imune que pode afetar várias articulações do corpo humano, sendo que a causa é desconhecida, acometendo principalmente mulheres. A doença inicia-se entre os 30 e 40 anos e sua incidência aumenta com a idade.

Os sintomas mais comuns são similares aos da artrite: dor, edema, calor e vermelhidão em qualquer articulação do corpo, sobretudo mãos e punhos. O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical é frequentemente envolvida.

As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e com a progressão da doença há destruição da cartilagem articular, sendo que os pacientes podem desenvolver deformidades e incapacidade para realização de suas atividades, tanto na vida diária como na profissional. As deformidades mais comuns ocorrem em articulações periféricas, como os dedos em pescoço de cisne e dedos em botoeira, entre outras.

Calcula-se que, no mundo, existam cerca de 79 milhões de pessoas com a doença, enquanto que no Brasil o número ronda os 2 milhões de pacientes.

A fisioterapeuta Kely Zampieri (43) é a profissional de saúde que ficará responsável pelos tratamentos, utilizando um novo equipamento desenvolvido pelo Grupo de Óptica do IFSC/USP que conjuga a emissão de luz laser e ultrassom. Formada na UNIARA, com especialização em Geriatria pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Kely Zampieri realiza atualmente seu mestrado em Biotecnologia (UFSCar), desenvolvendo esta pesquisa no Grupo de Óptica do IFSC/USP. Já com experiência na aplicação de terapias conjugadas em pesquisas com pacientes detentores da Doença de Parkinson, igualmente realizadas no IFSC/USP, a fisioterapeuta está esperançosa em obter resultados positivos com este novo tratamento.

 “Este tratamento está dedicado apenas aos dedos das mãos das pacientes e vem no sentido de aliviar as dores e diminuir as inflamações causadas pela artrite reumatóide, na perspectiva de devolver uma melhor qualidade de vida na execução das atividades da vida diária. Note-se que este tratamento não substitui, em nenhum caso, a medicação que está sendo - ou foi - prescrita pelos médicos, pelo que as pacientes deverão continuar a mesma”, sublinha a fisioterapeuta. As pacientes voluntárias serão submetidas a 08 sessões deste novo tratamento, realizadas duas vezes por semana, para, no fim, serem feitas as necessárias avaliações.

Para o coordenador da UTF, Dr. Antonio de Aquino Jr. “Espera-se que este tratamento tenha um resultado muito positivo e que este trabalho de mestrado faça toda a diferença em prol do restabelecimento de níveis de qualidade de vida destas pacientes”.

As pacientes interessadas em responder a esta chamada, deverão fazer sua inscrição pelo telefone da UTF -  (16) 3509-1351.

 

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Paciente são-carlense recupera totalmente os movimentos em seis semanas

 

SÃO CARLOS/SP - Com a inauguração da nova Unidade de Terapia Fotodinâmica (UFT), sediada na Santa Casa da Misericórdia de São Carlos (SCMSC) mediante uma parceria entre essa instituição e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), uma série de novas pesquisas realizadas no Grupo de Óptica do IFSC/USP proporcionam oferecer à sociedade tratamentos para diversos tipos de doenças, a maioria delas como consequência, ou efeito colateral, de quem teve Sars-CoV-2 (Covid-19), ou de quem ficou isolado em sua residência, ou hospitalizado por longo tempo.

Desta forma, a UTF iniciou no dia 13 deste mês a convocação de pacientes voluntários para tratamentos de dores e inflamação provocadas por  artrite, prevenção e tratamento para a má circulação sanguínea nos membros inferiores, tratamento de úlceras venosas e tratamento da capsulite adesiva (ombro congelado), tudo através de novos protocolos com a utilização de equipamentos desenvolvidos pelo IFSC/USP. Hoje vamos falar da capsulite adesiva e de um artigo científico publicado recentemente no “Journal of Novel Physiotherapies” sobre um caso concreto relativo a este novo tratamento que agora está disponível na UTF.

As causas da capsulite adesiva não estão bem determinadas, mas dentre as possibilidades encontram-se alguns fatores, como traumatismo (com ou sem fratura associada), cirurgias, ou causas sistémicas, como a diabetes ou doenças da tiróide. Rigidez muscular e dor são os principais sintomas, que limitam os movimentos ativos e passivos do ombro. A prevalência é estimada entre 2% a 5% da população geral, sendo as mulheres de 40 a 60 anos a população mais acometida pela doença.  Dentre os diversos tipos de tratamento atualmente aplicados contam-se a termoterapia, crioterapia eletroterapia, cinesioterapia e massagem direta, com um período de recuperação que varia entre 2 e 3 anos.

Prof. Vanderlei Bagnato torna-se o cientista brasileiro mais premiado no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - O docente, pesquisador e atual Diretor do IFSC/USP acaba de conquistar o “Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia”, na categoria “Ciência”, tornando-se, assim, o cientista brasileiro mais premiado.

Com o valor de R$500,000.00, este prêmio, instituído em 2019 pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) nas categorias “Ciência” e “Tecnologia”, está já consolidado como a maior premiação científica do Brasil, destacando cientistas que dedicam suas vidas à ciência e tecnologia, beneficiando a sociedade e ajudando a evoluir o mundo, sendo especialmente dedicado  a pesquisadores que colocaram nosso país em destaque no cenário científico mundial.

Na chamada de destaque deste prêmio na categoria “Ciência” pode-se ler o seguinte: “Vanderlei Salvador Bagnato: o físico que usou a luz para controlar os átomos e salvar vidas. Se um feixe de luz pudesse transformar o futuro da humanidade? Essa pergunta tem movido os trabalhos de Vanderlei Bagnato, que há mais de três décadas realiza pesquisas nas áreas de Óptica e Fotônica e contribui significativamente para as aplicações da fotodinâmica e da fototerapia nas áreas da Saúde”.

A partir de seus estudos, o físico demonstrou a eficácia da ação fotodinâmica para o controle de infecções, descontaminação de órgãos para transplante e tratamento de doenças como pneumonia, Parkinson e vários tipos de câncer. Essas técnicas foram adotadas por importantes associações brasileiras ligadas à saúde e têm se difundido por mais de 9 países da América Latina.

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Antes de suas contribuições para a medicina, Bagnato já havia conquistado notoriedade internacional por suas pesquisas em Física Atômica, sendo um dos pioneiros nos estudos dos átomos frios e da turbulência quântica e o criador do primeiro relógio atômico do Brasil”.

Na categoria “Tecnologia”, o vencedor foi o Dr. Júlio César Fernandes, doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp e CEO da “Idea! Electronic Systems”.

Confira o anúncio do prêmio em - https://premiocbmm.com.br/

 

 

 

*Por: Rui Sintra - IFSC/USP

Projeto insere-se no desenvolvimento tecnológico no âmbito da Unidade EMBRAPII-IFSC/USP
 

SÃO CARLOS/SP - Na sequência dos diversos desenvolvimentos tecnológicos criados desde há cerca de um ano pela Unidade EMPRAPII “Biofotônica e Instrumentação” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e tendo como foco a prevenção e o combate à COVID-19, pesquisadores do Grupo de Óptica deste Instituto finalizaram o projeto de desenvolvimento e aprimoramento de um descontaminador de ar portátil para autos.

Este novo equipamento, com base na tecnologia UVC, reforça o lote de outros já lançados anteriormente - muitos deles já disponíveis no mercado -, como são os casos dos rodos para pisos hospitalares e para pequenas superfícies e objetos, tubo endotraqueal, descontaminador de alimentos in natura, descontaminador de água e descontaminador rotativo de compras, entre outros.

O transporte de pessoas em carros, vans e ônibus muito contribui para a propagação do SARS-COV2, sendo que o ideal é deixar o veículo sempre com os vidros abertos permitindo uma grande troca de ar. Contudo, em algumas situações, isso não é possível, não só porque pode haver muita poluição no exterior, como também devido a algumas tipologias dos veículos, desejando-se, assim, manter o conforto térmico e o ar descontaminado no interior dos mesmos.

Este novo sistema, colocado no interior de automóveis, ônibus  e/ou vans, com os vidros fechados, permite que seja eliminada uma grande quantidade de microrganismos presentes no aerossol, que existe nesses ambientes internos, sanitizando automaticamente o ar e, por consequência, destruindo todo o tipo de microrganismos, como bactérias e vírus.

Para o pesquisador e docente do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, este novo equipamento funciona em qualquer modelo de auto, atendendo a que é alimentado por uma corrente de 12 Volts, tendo em sua gênese um aperfeiçoamento em relação a anteriores sistemas com base na radiação de LED UVC (diodo emissor de luz na região do ultravioleta C), o que o torna inovador. “Uma das características deste equipamento, já testado com sucesso em nosso Instituto, é que poderá funcionar simultaneamente com o ar-condicionado do carro ligado e que, em vez das tradicionais lâmpadas de mercúrio, ele está equipado com LED’s UVC que apresentam uma maior durabilidade. Por outro lado, este descontaminador portátil apresenta um sistema eletrônico simples e de fácil manutenção ou substituição de componentes”, salienta.

O sistema também não exige nenhuma adaptação no veículo e funciona em qualquer marca e modelo, bastando existir uma tomada de 12V - o antigo acendedor de cigarro. A concepção e construção do protótipo foi de responsabilidade do engenheiro eletrônico Daniel José Chianfrone, do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP, sendo que os testes de eficácia e caracterização foram realizados pela bióloga Thaila Quatrine Correa e pelo físico Dr. José Dirceu Vollet-Filho, respectivamente.

“Um fluxo de ar muito grande e em poucos minutos todo o ar do veículo passou pelo sistemas de LED’s UVC, sendo que, além disso, o sistema também permite o acoplamento de um filtro de carvão ativado e odorizador aromatizante” salienta, por sua vez, o pesquisador Vollet-Filho.

Para que este equipamento pudesse ser rapidamente colocado ao serviço da sociedade, foi estabelecida uma parceria com a empresa Triunfo Soluções em Engenharia Indústria e Comércio, algo que acelerou todo o processo.

O lançamento oficial deste equipamento está marcado para o dia 6 de julho às 10h00, através do canal do CePOF no Youtube.
 

Assista:



Rui Sintra - IFSC/USP

O foco é utilizar a energia solar térmica para processos industriais

 

SÃO CARLOS/SP - Uma das tecnologias mais conhecidas para aproveitar a energia do sol é a denominada fotovoltaica, que são painéis que convertem a energia do sol em energia elétrica e que facilmente identificamos em campos abertos ou nos telhados de residências. Contudo, existe ainda uma outra forma de utilizar a energia solar, principalmente para aplicação nas indústrias, conhecida como energia heliotérmica, algo que mereceu a especial atenção de dois jovens pesquisadores de São Carlos.

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Guilherme Scagnolatto (31), pós-graduado do Curso de Engenharia Mecânica, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Jaqueline Vidotti (31), Engenheira Química pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em gestão de projetos pela USP, decidiram avançar nas pesquisas relacionadas à energia heliotérmica. O ponto de partida foi a criação de uma startup de eficiência energética, denominada Mondi Energy, que se encontra atualmente incubada no Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto - Supera. A startup surgiu em 2019 como uma spin-off acadêmica do trabalho de mestrado do Guilherme.

Com o apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a EMBRAPII, os dois pesquisadores e empreendedores estão desenvolvendo um concentrador de luz solar para ser utilizado na indústria. “Este nosso projeto prevê captar a energia solar para esquentar água e gerar vapor de forma que possa suprir parte da demanda de calor na produção de vapor para processos industriais, para geração de eletricidade ou até para sistemas de refrigeração, diminuindo o uso de combustíveis e reduzindo as emissões de carbono”, relata Guilherme.

O projeto consiste na fabricação de um coletor parabólico, que capta a radiação solar e a concentra sobre um tubo, por onde escoa água. A intenção dos empreendedores é poder fazer um combinado que permita não só reduzir o consumo de combustíveis nas indústrias, que por si só beneficiará o meio-ambiente, como também reduzir as despesas com o consumo de energia e rentabilizar a produção, por exemplo, nas indústrias alimentícias, químicas, farmacêuticas e usinas de cana. “Este nosso trabalho está tendo total apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) não só em termos de suas infraestruturas laboratoriais e da Oficina Mecânica, como, também, da equipe do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), com a participação e aconselhamento do Prof. Vanderlei Bagnato”, conclui Guilherme.

Essa é, portanto, mais uma tecnologia que estará à disposição para acelerar a transição energética, valendo-se de fontes renováveis para o fornecimento de energia sustentável. Uma energia limpa!!!

 

 

(Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP)

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