BUENOS AIRES - O banco central da Argentina deve aumentar a taxa básica de juros do país ainda nesta semana, disse uma fonte, depois de o Ministério da Economia estabelecer uma taxa de câmbio preferencial para produtores de soja apelidada de "dólar da soja", em uma tentativa de promover as exportações.
O governo anunciou no domingo o incentivo cambial para acelerar as estagnadas vendas do grão, permitindo que os produtores de soja convertam seus lucros para a moeda local a 200 pesos por dólar, muito acima da taxa oficial, de 140 pesos.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja processado e farelo de soja e o terceiro exportador da commodity em estado bruto.
Uma fonte com conhecimento direto da decisão afirmou que a instituição elevaria a taxa básica nesta semana, já em alta acentuada nos últimos meses, para apertar a liquidez dada a entrada esperada de recursos da nova medida cambial.
"O 'dólar de soja' é uma medida excepcional acertada com exportadores, o banco central e o Ministério da Economia, mas a necessidade de ter pesos para comprar esses dólares faz com que seja necessário absorver mais liquidez urgentemente", disse à Reuters um assessor do banco central, que pediu para não ser identificado.
O banco central se recusou a comentar. A diretoria do banco normalmente se reúne às quintas-feiras para tomar decisões de política monetária, embora a expectativa fosse de que a instituição esperasse até o fim deste mês, quando os dados de inflação de agosto devem ser divulgados, antes de subir a taxa básica.
Por Jorge Otaola / REUTERS
CHINA - O Banco Central da China reduziu nesta segunda-feira (22) uma taxa de juros sobre empréstimos para estimular a economia, afetada pela rígida política anticovid e uma queda no mercado imobiliário.
A segunda maior economia do planeta registrou um avanço nos números depois que flexibilizou as restrições pela pandemia em junho, mas a opinião dos consumidores e das empresas permanece abaixo do habitual.
A taxa básica de juros para empréstimos a um ano, referência para empréstimos a empresas, foi reduzida de 3,7% para 3,65%, informou o Banco Popular da China (PBOC) em um comunicado.
Ao mesmo tempo, a taxa básica para empréstimos a cinco anos, usada para definir hipotecas, foi reduzida de 4,45% para 4,3%.
Os analistas anteciparam os cortes na taxa básica de juros, mas alertaram que a medida pode ser insuficiente para a recuperação do setor imobiliário, que segundo vários cálculos representa 25% do PIB chinês.
"O corte da taxa a cinco anos sugere que o PBOC está preocupado com os problemas do mercado imobiliário", destacou a Capital Economics em um comunicado.
"Os compradores de imóveis com hipotecas, no entanto, terão que esperar até o início do próximo ano para que a mudança os beneficie", acrescenta a nota.
O mercado imobiliário da China foi abalado por compradores frustrados em dezenas de cidades que boicotaram os pagamentos de hipotecas, enquanto as empresas do setor, sem recursos, tentavam completar as unidades já vendidas.
"A maioria das hipotecas está vinculada a esta taxa básica (a cinco anos). Este corte obviamente reduzirá a carga dos mutuários", disse Iris Pang, economista-chefe para a China do ING.
O crescimento econômico chinês foi de 0,4% em ritmo anual no segundo trimestre, o menor desde o início da pandemia em 2020.
ARGENTINA - O Banco Central da República Argentina (BCRA) elevou a taxa básica de juros de 60% para 69,5% ao ano diante do avanço da inflação no país.
A autoridade monetária anunciou que aumentou em 9,5 pontos porcentuais a taxa de juro nominal anual das Letras de Liquidez (Leliq) a 28 dias. Da mesma forma, a autoridade monetária aumentou as taxas mínimas de juros dos depósitos a prazo fixo: para pessoas físicas, a taxa mínima será de 69,5% ao ano para depósitos de varejo de 30 dias, enquanto para os demais depositantes será de 61%.
A elevação da taxa aconteceu poucas horas antes de o índice de preços ao consumidor de julho ser divulgado. A inflação foi de 7,4%, na comparação com o mês anterior, o que levou a um aumento de 46,2% acumulado desde janeiro e de 71% em relação ao mesmo mês do ano passado. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
O setor que teve o maior aumento mensal foi de Recreação e Cultura (+13,2%), fruto em parte das altas dos serviços de turismo e do recesso de inverno. Em seguida, segundo a autoridade monetária argentina, a maior alta foi na área de Equipamentos e Manutenção Doméstica (+10,3%), acompanhada de perto por Restaurantes e Hotéis (+9,8%).
ARGENTINA - O banco central da Argentina elevou sua taxa básica de juros na quinta-feira (16). Foi a maior alta em três anos, na esteira do amplo aumento de juros pelo banco central dos Estados Unidos, o Federal Reserve, e enquanto o país sul-americano combate uma inflação altíssima, em cerca de mais de 60%.
O BC elevou a taxa de referência Leliq em 300 pontos-base, para 52%, o aumento mais acentuado desde 2019, citando a crescente percepção de risco financeiro, a disparada dos preços globais e a necessidade de estimular a economia com o fortemente atingido peso local.
O movimento pela Argentina, que tem um dos mais altos níveis de inflação do mundo, ocorre à medida em que os bancos centrais do Brasil e da Europa também elevaram os juros para combater a alta dos preços.
“A alta nos juros age principalmente incentivando a economia em pesos", disse o banco central argentino, acrescentando que continuará calibrando a política monetária conforme a inflação.
Por Jorge Otaola / REUTERS
ESLOVÁQUIA - O Banco Central Europeu precisa acelerar o ritmo do aperto monetário para 0,50 ponto porcentual em setembro, após um aumento inicial de 0,25 ponto previsto em julho, disse ontem o membro do conselho do governo eslovaco, Peter Kazimir.
“O verão (no Hemisfério Norte) não é o fim de nada, apenas o começo”, disse Kazimir, em comentários enviados por e-mail. “No outono, concretamente em setembro, continuaremos com o aumento dos juros, e aqui vejo claramente a necessidade de acelerar o ritmo e entregar um aumento de 0,50 ponto.”
O BCE indicou um aumento de 0,25 ponto dos juros em julho e disse que uma elevação maior pode ser necessária em setembro, pois as pressões inflacionárias estavam aumentando e se disseminando, elevando o risco de o crescimento dos preços se tornar arraigado.
“Do meu ponto de vista, é mais razoável agir preventivamente do que coçar a cabeça depois”, disse Kazimir, presidente do banco central eslovaco.
O BCE estima inflação de 6,8% este ano, mais do que o triplo da meta, e a subida dos preços pode se manter acima de 2% até 2024, aumentando o risco de as empresas e as famílias perderem a confiança no compromisso do banco com a estabilidade.
LUXEMBURGO - Há duas maneiras de interpretar o resultado da reunião do Banco Central Europeu (BCE) que ocorreu na manhã de quinta-feira (9). A primeira é encarar o evento como uma não notícia. Em uma entrevista coletiva após o encontro, a presidente do BCE, a francesa Christine Lagarde, confirmou as expectativas dos analistas de que o Banco manteve inalterados os juros, que atualmente são negativos. A taxa referencial dos países da Zona do Euro segue em -0,5% ao ano. A segunda maneira é perceber que a reunião representa o abandono de uma política que valeu por quase 11 anos. Em julho de 2013, o BCE reduziu as taxas de juros de 0,75% para 0,5% ao ano. Desde então, esse percentual jamais voltou a subir. Até agora: Lagarde confirmou que haverá um aumento de 0,25 ponto percentual na próxima reunião do BCE, agendada para julho, e “muito provavelmente” outra elevação semelhante na reunião de setembro.
A decisão representa uma rendição do BCE à realidade dos fatos. Por qualquer métrica, a inflação na Zona do Euro está muito mais elevada do que o esperado. “As metas de inflação para a Europa são de 2% ao ano, mas os índices ao consumidor estão muito acima disso, em cerca de 8%”, disse a economista-chefe da gestora Reag, Simone Pasianotto. Ela fala com conhecimento de causa: moradora em Luxemburgo, Simone disse que a percepção de preços mais salgados é nítida em cada visita ao supermercado. “A inflação já é uma realidade na Europa, e as famílias estão sentindo diretamente a alta dos preços dos alimentos e da energia”, disse ela.
Os diretores do BCE têm um problema grave nas mãos. A projeção para a inflação ao consumidor nos 12 meses até maio é de 8,1%, acima dos 7,4% registrados nos 12 meses até abril. Aparentemente, apenas um reflexo da alta dos preços das commodities e do petróleo no mercado internacional. Porém, o núcleo da inflação, que desconsidera esses itens, está em 3,3% ao ano. O estrategista-chefe da Levante Ideias de Investimento, Rafael Bevilacqua, afirma que “no caso da inflação ao produtor, há países europeus que enfrentam taxas de até 30% ao ano, devido a problemas já conhecidos, como o descasamento entre oferta e demanda de commodities”.
“A inflação já é uma realidade na Europa. As famílias estão sentindo diretamente a alta dos preços dos alimentos e da energia” Simone Pasianotto, economista-chefe da gestora brasileira Reag, que mora em Luxemburgo.
CRESCIMENTO
A economia europeia não apresenta desempenhos pujantes há pelo menos duas décadas. O principal motivo é o envelhecimento da população. Mesmo assim, a economia tem crescido nos últimos dois anos devido à expansão monetária decorrente das medidas contra a desaceleração causada pelo coronavírus. O que ocorreu na Zona do Euro não foi diferente do registrado nos Estados Unidos: com muito dinheiro em circulação, a economia segue girando e os preços sobem. Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, diz que mesmo com a guerra e o aperto de juros, a economia tem entregado um crescimento resiliente. “E a visão é que o crescimento permaneça acima da média dos últimos anos em 2023 e em 2024”, afirmou. O impacto no mercado monetário já se fez sentir. No fim da tarde na Europa (fim da manhã no Brasil), o euro era negociado a 1,08 dólar, alta de 0,9% ante a véspera. No mercado de moedas, extremamente líquido, oscilações como essa são relevantes. A estimativa dos operadores de câmbio é que a moeda europeia se aprecie e retorne ao nível “psicológico” de 1,1 euro por dólar antes do fim do ano, algo que não ocorre desde meados de março.
A incógnita de vários bilhões de euros é até quando isso vai durar. A dúvida é o que ocorre a leste. Para a economista chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, o BCE vinha protelando essa elevação de juros, pois ainda não se sabe o impacto da guerra na Ucrânia. “Qualquer conflito tem um efeito recessivo sobre a economia, e o impacto direto sobre a Zona do Euro é muito maior”, disse ela. Segundo Camila, Lagarde e sua equipe devem ser muito cautelosos, para evitar que o ajuste para conter a inflação não signifique mergulhar a economia europeia em recessão. Por enquanto, as projeções dos analistas são de que o processo de elevação das taxas siga gradualmente por pelo menos mais dois anos. Simone, da Reag, diz que “a projeção do BCE é que a inflação só volte para a meta de 2% em 2024”. Até lá, será período de política monetária mais austera na Europa. Demorou, mas o ajuste começou na margem direita do Oceano Atlântico.
Cláudio Gradilone / ISTOÉ DINHEIRO
EUA - O mercado se prepara para um novo aumento das taxas de juros do Federal Reserve (Fed, banco central americano) na quarta-feira, o segundo em menos de dois meses para conter a inflação, uma medida cujo impacto é sentido muito além dos Estados Unidos.
- Qual é o objetivo e quantas altas? -
O desafio do Fed é moderar as pressões sobre os preços sem levar a economia para a recessão.
O mercado espera um aumento das taxas de meio ponto percentual pela primeira vez desde maio de 2000, o que elevaria os juros entre 0,75% e 1%.
O organismo estuda a possibilidade de outros seis aumentos dos juros - um por reunião - até o fim do ano.
- Qual impacto terá nos mercados? -
Taxas altas podem ter impacto negativo no mercado acionário.
Com um financiamento mais caro, as empresas poderiam investir menos. Se os custos aumentarem, uma redução da renda e dos lucros poderia afetar o valor de suas ações.
- Impacto na dívida dos países pobres e emergentes –
Para as economias emergentes e em desenvolvimento, que pegam empréstimos em dólares, o risco está no aumento do custo do crédito.
O FMI e o Banco Mundial alertam para possíveis dificuldades para estes países se as taxas do Fed subirem muito rapidamente.
Muito endividados antes da pandemia, estes países acumularam mais dívida durante a crise sanitária.
- E os fluxos de capital? -
Quando as taxas de juros aumentam nos Estados Unidos ou em outras economias desenvolvidas, os investidores retiram fundos de mercados emergentes, onde os rendimentos costumam ser mais interessantes.
Se o Fed confirmar a mudança de rumo em reuniões posteriores este ano, isto colocaria pressão sobre as economias emergentes que precisam de fundos e poderia fragilizar algumas moedas. Os bancos centrais destes países podem reagir elevando suas próprias taxas de juros, algo que, por sua vez, poderia frear a atividade econômica.
- O mercado hipotecário nos EUA -
As taxas de créditos hipotecários e ao consumidor nos Estados Unidos serão afetadas.
Em março de 2020, quando o Fed reduziu seus juros, estimulou o mercado imobiliário.
Agora, mesmo antes de o Fed elevar as taxas em 0,25 ponto percentual em março, os pedidos de créditos hipotecários diminuíram, assim como as vendas de imóveis, em um mercado que tem mais demanda do que oferta.
AUSTRÁLIA - O Banco Central da Austrália anunciou o fim do pacote de bilhões de dólares de estímulos para minimizar o impacto da pandemia, mas decidiu manter as reduzidas taxas de juros, apesar da inflação crescente.
À medida que a economia dá sinais de recuperação após a crise da covid-19, o BC australiano anunciou o fim do programa de compra de títulos de 250 bilhões de dólares em 10 de janeiro.
Ao mesmo, tempo a instituição anunciou a manutenção da taxa de juros ao nível mínimo atual de 0,1% "até que a inflação atual seja sustentável na faixa da meta de 2-3%", afirmou o presidente do banco, Philip Lowe.
O programa de compra de títulos iniciado nos últimos meses de 2020 permitiu que o BC destinasse 4 bilhões de dólares australianos (US$ 2,826 bilhões) por semana em títulos do governo para apoiar a economia durante a pandemia.
BRASÍLIA/DF - A inflação oficial de preços aos consumidores no Brasil manteve a recente trajetória de alta e abriu o segundo semestre com um salto de 0,96% no mês de julho. Trata-se da maior variação percentual para o mês desde 2002 (1,19%), de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (10), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Com a movimentação, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 8,99% nos 12 meses finalizados em julho, resultado que mantém o indicador acima ao teto da meta estabelecida para a inflação neste ano, de 5,25%.
Mais uma vez, o salto do índice de preços foi puxado pela alta da energia elétrica (7,88%), que acelerou em relação ao mês anterior (1,95%) e registrou o maior impacto individual no índice no mês passado. O resultado também é consequência dos reajustes tarifários de 11,38% em São Paulo, de 8,97% em Curitiba, e de 9,08% em uma das concessionárias de Porto Alegre.
“Além dos reajustes nos preços das tarifas em algumas áreas de abrangência do índice, a gente teve o reajuste de 52% no valor adicional da bandeira tarifária vermelha patamar 2 em todo o país. Antes o acréscimo nessa bandeira era de, aproximadamente, R$ 6,24 a cada 100kWh consumidos e, a partir de julho, esse acréscimo passou a ser de cerca de R$ 9,49”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Guedes Almeida, ao justificar a alta.
A segunda maior contribuição do mês veio dos transportes (1,52%), puxados pelas passagens aéreas, cujos preços subiram 35,22% depois da queda 5,57% em junho. Os preços dos combustíveis (1,24%) também aceleraram em relação a junho, com a alta de 1,55% da gasolina, contribuindo com o terceiro impacto individual no índice do mês.
Alimentação
Os preços de alimentos e bebidas subiram 0,6% e também ficou acima do registrado em junho (0,43%). A alta foi guiada pelo avanço de 0,78% no valor da alimentação no domicílio.
A alta foi guiada, principalmente, por conta das altas do tomate (18,65%), do frango em pedaços (4,28%), do leite longa vida (3,71%) e das carnes (0,77%). Por outro lado, a cebola (-13,51%), a batata-inglesa (-12,03%) e o arroz (-2,35%) ficaram mais baratos em relação ao mês de junho.
Na alimentação fora do domicílio, a alta de 0,14% dos preços corresponde a uma desaceleração em relação a junho (0,66%), influenciada pelo lanche (0,16%) e a refeição (0,04%), cujos preços haviam subido 0,24% e 0,85% no mês anterior, respectivamente.
*Do R7
ISTAMBUL - O banco central da Turquia aumentou nesta quinta-feira sua taxa básica de juros mais do que o esperado em 200 pontos-base, para 19%, para lidar com a desvalorização da lira e o aumento dos preços, o que foi visto como um teste de credibilidade devido à oposição do presidente Tayyip Erdogan a uma política monetária apertada.
Em uma pesquisa da Reuters, quase todos os 21 economistas consultados esperavam um aumento de 100 pontos-base nos juros. A lira respondeu com um salto de 2,0% em relação ao dólar.
A principal taxa de recompra de uma semana estava em 17% desde dezembro, após um aperto monetário agressivo no ano passado. Esse é o nível de juros mais alto de qualquer economia avançada, de volta a patamares alcançados pela última vez em meados de 2019.
As expectativas do mercado de um aumento dispararam após a lira perder até 10% desde meados de fevereiro, refletindo o aumento dos rendimentos dos títulos norte-americanos. A inflação também subiu mais do que o esperado para quase 16% no mês passado, bem acima da meta de 5%.
O banco central já apertou a política monetária em 875 pontos-base desde que Erdogan nomeou o presidente Naci Agbal para liderar a instituição, em novembro, quando a lira atingiu uma mínima recorde. A depreciação cambial aumenta a inflação na Turquia, dependente de importações.
Erdogan frequentemente pede custos de empréstimos mais baixos e demitiu abruptamente os dois últimos presidentes do banco central. Mas ele nomeou Agbal como parte de uma surpreendente reformulação da liderança sob a qual ele prometeu uma nova era econômica favorável ao mercado.
*Por Ali Kucukgocmen / REUTERS
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