Por isso, o BCRA considerou “necessário aumentar mais uma vez a taxa de política monetária e, assim, acelerar o processo de normalização da estrutura de juros ativos e passivos da economia para aproximá-los de um terreno positivo em termos reais”. “O aumento da taxa básica de juros ajudará a reduzir as expectativas de inflação para o restante do ano e consolidar a estabilidade financeira e cambial alcançada após os eventos disruptivos dos últimos dois meses” que motivaram a intervenção do BCRA no mercado secundário de títulos públicos, de acordo com o comunicado.
O aumento das taxas de juros está contemplado no programa econômico acordado entre o governo argentino e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para refinanciar um empréstimo de mais de 40 bilhões de dólares.
Esse acordo também inclui uma redução gradual do déficit fiscal e uma redução drástica na assistência monetária ao Tesouro. O BCRA acrescentou que fixou a taxa de juros Leliq de 180 dias em um nível anual efetivo inferior à taxa de 28 dias correspondente, porque projeta uma desaceleração do processo inflacionário.
Enquanto isso, para otimizar a transmissão da taxa de política monetária aos diversos segmentos do sistema financeiro e do mercado de capitais, abrirá a possibilidade de os fundos mútuos realizarem operações compromissadas com o BCRA. “Essa ação é complementada por um aprofundamento dos esforços de articulação com o Ministério da Economia Nacional para que a estrutura de juros do BCRA apresente spreads razoáveis com os títulos do Tesouro Nacional”, concluiu./ COM INFORMAÇÕES DA EFE E DO BROADCAST