Marco Vinholi, de Desenvolvimento Regional do Estado, e Jean Gorinchteyn, da Saúde, comunicaram envio de R$ 2,5 milhões por três meses para custeio da unidade
JAÚ/SP - O Centro de Combate à COVID-19, do Hospital Amaral Carvalho (HAC), recebeu na terça-feira (16/fev) a visita dos secretários estaduais de São Paulo Jean Gorinchteyn, da Saúde, e Marco Vinholi, do Desenvolvimento Regional.
Eles aprovaram a estrutura, que deve iniciar o atendimento aos pacientes ainda esse mês, e anunciaram o investimento de R$ 2,5 milhões para o custeio dos pacientes no local. Os secretários estavam acompanhados do Prefeito, Ivan Cassaro, o vice, Tuco Bauab, e outras autoridades.
O secretário da Saúde do Estado, Jean Gorinchteyn, comentou sobre o agravamento dos casos de Jaú. "Fizemos questão de estar aqui para consolidar o nosso apoio à região. Muito importante a abertura dos leitos para garantir que toda a população seja devidamente acolhida quando assim precisar", afirma.
Vinholi ressaltou a situação delicada enfrentada pela cidade por conta do aumento das mortes causadas pela COVID-19. "Serão R$ 840 mil investidos por mês nesse Centro, durante três meses, pelo Governo do Estado de São Paulo. Com isso, teremos um grande aumento no número de leitos aqui para o Município para o combate do Coronavírus".
O Centro está sendo montado pelo HAC desde o dia 1º de fevereiro na Unidade Ana Maria Ferraz, às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros. No local, funcionarão 39 leitos, sendo 29 de enfermaria e dez para tratamento semi-intensivo, preenchidos pela Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS).
Na terça-feira (16/fev), começaram a ser colocadas as placas de identificação correta do paciente nos leitos e entrada e saída da unidade. Funcionários do setor de Tecnologia da Informação (TI) do HAC finalizaram a rede de computadores da unidade que interliga à rede do hospital, para que os funcionários possam ter acesso ao sistema de gestão e prontuário do paciente.
Do lado de fora, equipe de pintura ainda trabalha no local para o término da pintura refletiva no telhado. Terminada esta etapa, a unidade começa a ser equipada para o início das atividades.
Um homem foi preso na ação; entorpecentes seriam levados até a cidade de Ribeirão Preto
JAÚ/SP - A Polícia Militar prendeu um homem, de 43 anos, que transportava 254 tijolos de maconha com o uso de uma caminhonete. O flagrante ocorreu na noite de terça-feira (16), na rodovia João Ribeiro de Barros, em Jaú.
Uma equipe do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) realizava fiscalização, durante a operação Rodovia Mais Segura, quando abordou o veículo. Ao vistoriar o compartimento de carga do automóvel, foram localizados os tabletes da droga, que somaram 216,5 quilos.
Questionado, o condutor do carro confessou ter sido contratado para buscar as substâncias em Bauru e levá-las até o município de Ribeirão Preto. Todo o entorpecente foi apreendido para perícia e a caminhonete recolhida, assim como um celular e R$ 110.
O homem foi preso em flagrante e levado à Central de Polícia Judiciária de Jaú, onde foi indiciado por tráfico de drogas e teve a prisão preventiva solicitada à Justiça.
Apreensão em Pirapozinho
No mesmo dia, outra equipe do 2º BPRv fez uma grande apreensão de maconha na rodovia Assis Chateaubriand, em Pirapozinho, na região de Presidente Prudente. Na ocorrência, foram recolhidos 220 tijolos da droga.
Doações caíram mais de 50% nos últimos dois meses; hematologista esclarece quem pode doar e faz apelo à população
JAÚ/SP - Há pouco mais de um ano, a pandemia do novo Coronavírus mudou o cotidiano das pessoas no mundo todo: no trabalho, nos estudos ou no lazer. Na área da saúde, a situação é ainda mais alarmante e os bancos de sangue estão sofrendo bastante com essa realidade.
Com medo da contaminação ou por terem sido acometidos pela COVID-19, muitos doadores deixaram de comparecer aos hemocentros e as coletas reduziram drasticamente. De acordo com o hematologista Marcos Augusto Mauad, responsável pelo Hemonúcleo Regional de Jaú, do Hospital Amaral Carvalho (HAC), o serviço que abastece 11 hospitais da região teve uma queda de mais de 50% no estoque de bolsas de sangue e plaquetas nos últimos dois meses.
O médico explica que, no início da pandemia, a população atendeu aos apelos do serviço e foi possível manter a média de 30 por dia.
"No entanto, com o avanço da doença e o aumento no número de casos, especialmente na nossa região, pacientes jovens, que são a maioria dos doadores, acabaram contraindo a COVID-19, mesmo que de forma mais branda, o que impactou nas doações, já que é necessário esperar 30 dias após o término dos sintomas para doar e 14 dias sem contato com alguém infectado".
Outro fator relevante, de acordo com Mauad, é a imunização contra o novo Coronavírus, que impede a doação por determinado período. "Quem tomou a CoronaVac, deve aguardar 48 horas para doar. Quem recebeu a vacina Oxford, deve esperar uma semana", orienta.
O hematologista afirma que o Hemonúcleo do HAC está seguindo todas as recomendações de precaução contra a COVID-19, portanto é seguro vir até a unidade. "Temos uma entrada exclusiva para doadores, separada dos pacientes, respeitamos o distanciamento na sala de espera, ofertamos álcool em gel para higienização das mãos e todos os profissionais usam os Equipamentos de Proteção Individual".
É possível agendar a doação previamente pelo telefone (14) 3602-1355 ou 3602-1356: são dez doadores a cada hora, no máximo, para reduzir o número de pessoas no local e evitar aglomerações.
Além de todas as precauções, o Hemonúcleo possui qualidade técnica e de insumos, estrutura adequada, equipamentos de ponta e uma equipe altamente qualificada para realização de todo o processo, desde a coleta até a disponibilização dos hemocomponentes. "No entanto, todo esse complexo não tem serventia se o elemento fundamental não existir, que é o doador de sangue", afirma Mauad e reforça: "Por isso, somos extremamente gratos à população que nunca deixou o Hemonúcleo ficar desabastecido. A cada pessoa que nos ajuda, muito obrigado".
"A doação de sangue é um ato solidário, especialmente agora, em meio ao caos que a pandemia causou. Por isso, a participação da sociedade para manter a quantidade e qualidade do estoque de bolsas de sangue e plaquetas, é imprescindível", destaca o médico.
Ele ressalta que a doação é também um ato de segurança social, pois não se sabe quem precisará de transfusões sanguíneas. "O processo para liberação dos hemocomponentes leva de dois a três dias, mas quando alguém precisa, não há esse tempo a esperar, portanto, temos que trabalhar com um estoque para disponibilizar imediatamente a quem precisa", completa.
Ferramenta também conta com números e fotos da unidade e será usada para transparência dos recursos recebidos
JAÚ/SP - O Hospital Amaral Carvalho (HAC) lançou um canal direto para a população receber informações da construção e manutenção do Centro de Combate à COVID-19, unidade projetada pelo hospital para auxiliar no atendimento de pacientes de Jaú e região.
A página venceremosjuntos.org também mostra as diferentes formas para contribuição, como depósito em conta bancária, um número para ligações gratuitas através de 0800 e ainda disponibiliza contato via WhatsApp para mais informações. O site apresenta também números sobre a estrutura, fotos das obras e servirá para prestação de contas.
O HAC, comprometido com a saúde da população e fiel à sua missão de salvar vidas desde sua fundação, há 105 anos, criou o Centro de Combate à COVID-19. O espaço, montado na Unidade Ana Maria Ferraz, tem como principal objetivo desafogar as internações do Município e região. Estão sendo criados 39 novos leitos, sendo 29 de enfermaria e dez de semi-intensivo. As obras estão avançadas e a previsão é que o atendimento comece ainda esse mês.
A Instituição entrou com recursos próprios para implementação da unidade, mas conta com a colaboração da sociedade civil.
"Assumimos o compromisso de prestar contas dos recursos arrecadados para o projeto e sabemos que juntos venceremos mais esse desafio", comenta o diretor-superintendente do Hospital Amaral Carvalho, Antonio Navarro.
O Centro de Combate à COVID-19 não atenderá diretamente a população. Os pacientes serão encaminhados por meio da central de regulação de vagas do Estado.
Conheça nossa página e saiba mais: venceremosjuntos.org
Serão 39 unidades de atendimentos, sendo 29 de enfermaria e dez de tratamento semi-intensivo
JAÚ/SP - Na quarta-feira (3), funcionários finalizaram a primeira das duas alas de enfermarias do Centro de Combate à COVID-19, espaço que está sendo montado na Unidade Ana Maria Ferraz, do Hospital Amaral Carvalho (HAC).
Já foram montados 25 leitos, sendo que 16 já contam com forro. De acordo com o responsável pela montagem, Luís Eduardo Martins, boa parte da estrutura já está em pé. "Começamos nessa semana, mas já fizemos cerca de 60% do trabalho", comenta. Até o final da próxima semana, os colaboradores devem concluir o suporte, o forro e a instalação das divisórias dos banheiros. "Sabemos da urgência e nos sentimos honrados em participar desse projeto", fala.
O centro contará com 39 leitos, sendo 29 de enfermaria e dez de semi-intensivo. Haverá ainda uma unidade de apoio, para triagem de pacientes, consultas médicas, exames laboratoriais e de imagem, farmácia, refeitório e áreas de descanso para as equipes.
A pintura interna da unidade também avançou. A previsão é que o serviço termine até o final da semana. Do lado de fora, outra equipe termina a lavagem e manutenção do telhado para iniciar a pintura impermeabilizante.
O Centro de Combate à COVID-19 foi proposto pela Fundação Doutor Amaral Carvalho para auxiliar no atendimento de pacientes internados por conta do avanço Coronavírus em Jaú e região. A unidade funcionará na Avenida Totó Pacheco, 1.100, em espaço doado ao HAC em setembro de 2020.
O anúncio foi feito no final da semana passada e as obras começaram na segunda-feira. A unidade não funcionará com pronto atendimento e as vagas serão preenchidas pela Central de Regulação de Vagas.
A Fundação Doutor Amaral Carvalho está pedindo o apoio da sociedade para a construção e a manutenção do Centro de Combate à COVID-19 durante a pandemia. Quem quiser colaborar, pode depositar qualquer valor na conta corrente da Fundação:
Banco do Brasil (01)
Agência 3369-3
Conta corrente 5801-7
Favorecida - Fundação Doutor Amaral Carvalho
CNPJ 50.753.755/0001-35
Ou, quem preferir, pode ligar gratuitamente no telefone 0800-778 8008.
JAÚ/SP - Padre Márcio André Massola Gaido, que hoje é pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Jaú, testou positivo para Covid-19.
Nossa reportagem falou com o reverendíssimo, que disse estar com sintomas leves. “Testei positivo para Covid-19 ontem, 01, e estou um pouco cansado e zonzo, mas estou bem graças a Deus. Ivan Lucas, obrigado pela sua amizade que prezo muito, ore por mim” disse o padre.
O reverendo está em isolamento em sua casa, e com a graça de Deus em breve estará de volta presidindo as missas dominicais.
Padre Márcio, é muito conhecido em São Carlos, pois ficou à frente da paróquia Santo Antônio de Pádua, por 17 anos.
Nossas orações e vibrações positivas ao amigo Padre Márcio.
Além da instalação de placas para os leitos, estão sendo realizadas obras nos banheiros e na área externa, para colocação de reservatório de oxigênio
JAÚ/SP - Funcionários iniciaram nesta última segunda-feira (1º/fev) a montagem da estrutura dos leitos do Centro de Combate à COVID-19, unidade proposta pelo Hospital Amaral Carvalho (HAC).
No local, que está sendo construído na Unidade Ana Maria Ferraz, às margens da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros, serão instalados 39 leitos, sendo 35 leitos de enfermaria e mais quatro de tratamento semi-intensivo. Os materiais para montagem chegaram pela manhã e a previsão é que a estrutura seja concluída até a metade desse mês.
Além da instalação das placas, também foram iniciadas obras nos banheiros e para adequação do serviço de esgoto.
"Recebemos ainda materiais elétricos e começaremos a trabalhar nessa parte e na instalação do gerador ainda hoje", fala o responsável pelo setor de engenharia do hospital, Carlos Zoega Marotti.
Na área externa, funcionários da unidade já abriram espaço para instalação da base para o reservatório de oxigênio. "Cada dia, algo estará diferente aqui. Temos muito a fazer, mas estamos trabalhando com muito empenho para inaugurar o mais rápido possível o Centro de Combate à COVID-19", comenta o primeiro-tesoureiro do HAC, Vitorio Munerato Neto.
O anúncio da unidade foi feito na semana passada pelo HAC e o novo Centro de Combate à COVID-19 tem o intuito de desafogar os hospitais da região, que estão superlotados. Desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020, o HAC já atendeu mais de 300 pacientes com a doença em sua unidade principal. O atendimento na Unidade Ana Maria França Ferraz será por meio da Central de Regulação de Vagas (Cross) e não terá serviço de pronto atendimento.
A estrutura está sendo montada em um dos pavilhões da Unidade Ana Maria Ferraz, com cerca de dois mil metros quadrados. Além dos leitos de enfermarias e semi-intensivo para atendimento médico, no espaço serão realizados exames laboratoriais e de imagem. Haverá ainda refeitório e áreas de descanso para as equipes.
Procedimento que aumenta precisão e diminui tempo de operação poderá ser utilizado em outras áreas da instituição
JAÚ/SP - Uma técnica inovadora para programar cirurgias a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) foi realizada pelas equipes de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Bucomaxilofacial do Hospital Amaral Carvalho (HAC): o planejamento virtual utilizando a tecnologia 3D (tridimensional). A novidade, que traz benefícios aos pacientes, aumenta a precisão e ajuda a reduzir o tempo cirúrgico, poderá ser utilizada em outras áreas da instituição.
A remoção de parte da mandíbula de um jovem com um tumor, técnica conhecida como mandibulectomia parcial, foi a primeira planejada com a ferramenta digital. O processo de elaboração levou cerca de 24 horas. De acordo com o consultor em planejamento digital e impressão 3D do HAC, João Paulo de Almeida Prado Oliveira e Sousa, todos os detalhes reais foram levados para o ambiente digital e foram confeccionados os protótipos da mandíbula, da fíbula (osso da perna que foi usado para o retalho) e das guias cirúrgicas (que servem como base para o posicionamento correto das fixações). "Dessa forma, os especialistas puderam praticamente ensaiar a realização da cirurgia virtualmente e com as peças, o que possibilitou melhores resultados", disse.
Um dos participantes, o cirurgião-dentista especialista em cirurgia bucomaxilofacial do HAC, Giovane Furlanetto, explica que o planejamento virtual aumentou a previsibilidade e a precisão do procedimento, além de agilizar a operação reduzindo o tempo cirúrgico em cerca de 30%. "A cirurgia durou oito horas. Sem essa prévia, poderia ter sido mais longa, o que influenciaria na recuperação do paciente", destacou.
Também integrou a equipe o especialista em reconstrução microcirúrgica em cabeça e pescoço, Otávio Iavarone. Ele conta que, com apoio de exames de tomografia, foi reconstruído no computador o osso afetado, facilitando o plano de remoção do tumor. "Todo o corte ósseo foi determinado através desse planejamento, mantendo as angulações tridimensionais da mandíbula, preservando seu formato e a sua função, que é fundamental para a mastigação e fala", complementou.
Além do melhor resultado final estético e funcional, a técnica traz vantagens como a diminuição das complicações pós-operatórias, menos uso de analgésicos e menor morbidade. "O HAC é um serviço de excelência com grande volume de cirurgias oncológicas. Há intenção de viabilizar a iniciativa para procedimentos reconstrutivos de face e neurocirurgia, entre outros", afirmou o consultor.
Desde meados do ano passado, o serviço Bucomaxilofacial do HAC conta com duas impressoras de última geração para impressão em 3D. O equipamento foi conquistado por meio de uma parceria com a Fundação Rotária, para o Projeto Faces, que produz e oferta próteses gratuitas para pacientes do SUS que sofrem mutilação na região do rosto por conta do tratamento de câncer. "Antes, as próteses eram confeccionadas à mão pelo cirurgião-dentista Cassiano Alves Ferreira Neto", lembra João Paulo.
Além de beneficiar dezenas de pacientes do SUS que precisam de próteses de olhos, orelha, boca e nariz, entre outras, o setor decidiu disponibilizar a tecnologia para agilizar outros procedimentos no HAC. "Nosso objetivo é aproveitar ao máximo nossos recursos, da melhor maneira possível, visando à agilidade no atendimento, com segurança e conforto aos pacientes", reforçou.
Além de aproximadamente 10 quilos de maconha, cocaína e crack, ainda foram apreendidos uma arma e um simulacro
JAÚ/SP - A Polícia Civil prendeu, na tarde da última terça-feira (19), três homens que foram flagrados com drogas durante uma operação deflagrada contra o tráfico em Jaú. Durante cumprimento de mandados de busca, quase 10 quilos de maconha, cocaína e crack foram apreendidos.
A ação foi deflagrada por agentes da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) da cidade, com apoio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), para cumprimento de ordens judiciais relacionadas a inquéritos que apuram crimes de tráfico de drogas.
Durante buscas, foram apreendidos 15 tijolos e sete porções menores de maconha, um tablete de cocaína e uma porção de crack, além de uma garrucha de calibre .22, duas balanças de precisão, materiais para embalo das substâncias, um celular e R$ 155.
Também foi recolhido um simulacro de arma de fogo. Outros suspeitos são investigados por participação na mesm
Clima é propício para multiplicação do inseto que transmite doenças virais infecciosas como dengue, zika e chikungunya; pacientes oncológicos podem apresentar complicações, por conta do tratamento
JAÚ/SP - Dengue, zika e chikungunya. Doenças infecciosas com sintomas diferentes, mas que têm algo em comum: são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a infectologista do Hospital Amaral Carvalho (HAC) Priscila Paulin, com a chegada do verão, aumenta a circulação e proliferação do inseto, e por isso, é importante reforçar alguns cuidados.
A maioria das pessoas já ouviu falar sobre a medida mais eficiente, que é ficar atento a qualquer lugar que possa acumular água. "Terrenos baldios, materiais descartados incorretamente, como garrafas plásticas, latinhas e pneus são alguns dos cenários propícios para a procriação do mosquito, por isso merecem atenção", comenta.
Mas se todo mundo sabe, por que ainda existem focos do mosquito?
A médica acredita que falta consciência de coletivo. "Ser cidadão é entender que pertencemos a um todo, ou seja, temos que pensar bem em nossas atitudes, pois podem ter consequências até mesmo para as gerações futuras", diz.
As doenças relacionadas ao Aedes aegypti, segundo a profissional, são conhecidas também como doenças negligenciadas.
"Esse termo é utilizado, pois, de forma geral, existe um desinteresse em investimentos e estudos para combatê-las". Ela ressalta que o Brasil é um país tropical, em sua maioria com clima quente e úmido, propenso à multiplicação de insetos vetores (que transmitem diversas infecções virais). "Também somos classificados como um país em desenvolvimento, ainda com muita desigualdade social, vários municípios sem saneamento básico, como tratamento de esgoto, coleta adequada de lixo ou limpeza de espaços públicos como praças", lamenta.
Fiquei doente. O que devo fazer?
É importante lembrar que as doenças infecciosas podem causar sintomas e complicações bem distintas, mas é sempre recomendado à pessoa com qualquer infecção permanecer em repouso, ingerir líquido mais frequentemente (quando não há contraindicação), ter uma alimentação saudável e, especialmente, nunca se automedicar.
"A principal complicação da dengue, por exemplo, é a hemorragia. Logo, o paciente não deve tomar medicamentos que possam aumentar as chances de sangramentos, como os AAS, componente de alguns multigripais comuns vendidos nas farmácias sem necessidade de receita", orienta.
Pacientes com câncer
Ter uma doença infecciosa não é fácil. Para pacientes com câncer, pode ser um pouco pior. Pessoas em tratamento oncológico tendem a ter o sistema imunológico comprometido, tanto pela própria doença, como pelos procedimentos que realizam, como quimioterapia.
"Podem ter o nível de plaquetas mais baixo e, assim, um risco maior de complicações, caso contraiam dengue, por exemplo. Essas pessoas também podem ser mais frágeis diante de manifestações clínicas das infecções virais, como náuseas, vômitos e diarreia, ficando mais suscetíveis à desidratação grave, queda de pressão arterial e até precisar de internação", pontua.
No HAC, os pacientes são orientados a procurar atendimento médico a qualquer sinal de que não estão bem clinicamente. Assim, diante da suspeita de dengue, zika ou qualquer outra doença, é extremamente importante avisar ao médico para receber orientações sobre como proceder.
O que fazer para se proteger?
A infectologista recomenda tanto para quem está em tratamento de câncer, quanto para a população em geral o uso de repelentes (icaridina ou dietiltoluamida - DEET não apresentam contraindicações para pacientes oncológicos). Também podem ser usados os naturais, como citronela, porém, como têm efeito menos duradouro, devem ser reaplicados com maior frequência. "Além disso, usar, se possível, roupas que cobrem toda a perna, utilizar telas nas janelas de casa e mosqueteiros para as crianças. E sempre, cuidar da sua casa, do quintal e de áreas abertas ou terrenos vizinhos", lembra.
Faça a sua parte
O senhor Divino Antonio da Silva (66), nunca teve dengue ou outras doenças desse tipo e, claro, não quer nem saber de se infectar. Ele está em tratamento no HAC há três anos e por conta do câncer teve que deixar seu trabalho como pedreiro. "Para não ficar parado, comecei a mexer com reciclagem, mas faço tudo certinho, muito organizado, tudo bem fechadinho e coberto para não ter perigo nenhum", conta.
Um filho dele já teve dengue e, desde então, os cuidados na sua casa redobraram. "Tudo bem sequinho, esse é o segredo. Também temos várias plantas que ficamos de olho para não acumular água, e trocamos os potinhos de água dos cachorros a cada hora e meia, duas horas, no máximo".
Para Divino, o combate ao mosquito depende também de cada cidadão fazer sua parte. "As pessoas deveriam fazer mais. No geral, por onde olhamos, vemos lixo descartado errado. O povo não se cuida e aí, as coisas começam a acontecer. Não adianta reclamar e não se cuidar", disse.
Saiba mais (fonte Ministério da Saúde)
Procure atendimento médico se notar algum sintoma:
Dengue
Febre alta, fadiga, mal-estar, perda de apetite, erupções na pele e dores musculares ou nas articulações, náuseas e vômitos. As pessoas também podem ter dores atrás dos olhos, nas costas, abdômen ou nos ossos.
Em casos graves, de dengue hemorrágica, dores abdominais fortes, sangramento pelo nariz, boca ou gengivas, sonolência, sede excessiva (sinal de desidratação), frequência cardíaca elevada, dificuldade para respirar.
Zika
Vermelhidão em todo o corpo com muita coceira depois de alguns dias, febre baixa (muitas vezes nem percebida), conjuntivite (olhos vermelhos sem secreção), mialgia e dor de cabeça, dores nas juntas.
Chikungunya
Febre, dores intensas nas juntas (em geral, bilaterais – nos dois joelhos, nos dois pulsos, etc), pele e olhos avermelhados, dor de cabeça e dores pelo corpo, náuseas e vômitos.
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