PORTO ALEGRE/RS - A Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede) publicou uma série de recomendações para se evitar doenças e dar mais segurança às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A proposta é ajudar a prevenir o adoecimento da população em meio ao período de calamidade pública tendo como base a prática de especialistas que atendem em pronto-socorros e pronto-atendimentos.
A entidade alerta que tragédias de grandes proporções têm impactos significativos sobre a saúde da população e sobre a infraestrutura dos serviços de saúde. Após inundações, por exemplo, é possível que haja registro de casos de doenças como leptospirose, hepatite A e tétano acidental, além de problemas respiratórios e transtornos transmitidos por vetores.
Há ainda risco de acidentes provocados por animais, afogamentos, traumatismos e choques elétricos, comuns em cenários como o registrado ao longo dos últimos dias no Rio Grande do Sul.
Uma das principais orientações está relacionada a ações preventivas de desinfecção da água para consumo humano. De acordo com a associação, nos locais em que a rede de abastecimento estiver comprometida, é indispensável que a população consuma água de fontes seguras, como garrafas e galões lacrados.
“Na impossibilidade de consumir água mineral, é necessário realizar o procedimento de desinfecção caseira da água. Para tanto, é possível aplicar a seguinte fórmula: a cada um litro de água, utilizar duas gotas de solução de hipoclorito de sódio a 2,5%, deixando a mistura repousar depois por 30 minutos.
Outras recomendações de especialistas em medicina de emergência são:
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Municipal de Saúde, estabeleceu uma parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a oferta de profissionais em residência multidisciplinar na rede municipal de saúde, ampliando o número de profissionais e o atendimento à população.
Por meio de um processo seletivo comandado pelo programa de pró-reitoria de extensão da UFSCar, serão selecionados profissionais em três segmentos da modalidade multiprofissional – saúde da família (10 vagas), saúde mental (12 vagas) e saúde do adulto e da pessoa idosa (7 vagas), e que prestarão serviços nas unidades de saúde do município.
As inscrições terminam nesta sexta-feira (26/01) e contemplam vagas nas áreas de enfermagem, farmácia, odontologia, psicologia, terapia ocupacional, serviço social, nutrição e fisioterapia. Informações completas do processo seletivo e o edital podem ser visualizados no link: https://www.proex.ufscar.br/residenciasufscar/processo-seletivo-residencias-multiprofissionais-2024.
Atualmente, a Secretaria Municipal de Saúde já conta com um programa de oferta de profissionais em parceria com a UFSCar, que fornece serviços médicos em saúde da família. Os profissionais são residentes, isto é, já são graduados na área e estão fazendo especialização.
BRASÍLIA/DF - A 5ª Conferência Nacional de Saúde Mental recebe em Brasília cerca de 2 mil profissionais para formular propostas para a Política Nacional de Saúde Mental. Tendo por base as comprovações de ineficácia dos tratamentos manicomiais, especialistas e profissionais do ramo debaterão temas como internação compulsória, comunidades terapêuticas e o principal, o cuidado em liberdade, com garantia de direito à cidadania.
A conferência teve início na segunda-feira (11), e segue até a quinta-feira (14). A expectativa dos organizadores não é pequena, uma vez que o encontro não ocorre há 13 anos. Entre especialistas e usuários do Sistema Nacional de Saúde Mental, uma unanimidade é que os manicômios estão longe de representarem qualquer solução enquanto tratamento. Em contraposição, a absoluta maioria defende o chamado tratamento em liberdade.
“Manicômios eram depósitos punitivos de pessoas. Não havia cuidado ou respeito aos direitos daqueles que lá viviam. Já o tratamento em liberdade é o oposto. Entende que a loucura é tratável; que a pessoa [com transtornos mentais] pode ser acolhida e tem potencial e capacidade para trabalhar. É tudo uma questão de adaptação”, explicou à Agência Brasil a coordenadora adjunta da conferência e integrante dos conselhos Nacional de Saúde e Federal de Psicologia, Marisa Helena Alves.
Psicóloga e professora universitária, Marisa explica que saúde mental é “o completo bem-estar”, e que isso envolve elementos como qualidade de vida, moradia, empregabilidade, bem-estar social, direitos e, principalmente, o cuidado em liberdade. “Neste caso, o ofertado pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, complementa.
É tendo em mente esses objetivos que ela e os demais participantes da conferência vão elaborar propostas para a Política Nacional de Saúde Mental.
“Estamos em um momento de retomar e reorganizar essa política, após anos de descaso e 13 anos sem conferência. O Departamento de Saúde Mental foi criado recentemente e ampliado sua atuação para aqueles que vivem situações com álcool e drogas”, disse ao ressaltar que vários problemas e a piora na assistência às pessoas com transtornos mentais ficaram ainda mais expostos após a pandemia.
Ela destaca a necessidade de o país melhorar os atendimentos nas redes e centros de Atenção Psicossocial; e de mais investimentos, inclusive para a criação de serviços, visando o atendimento local nas situações de crise.
Entre os desafios a serem enfrentados pela política a ser implementada está o de retirar “estigmas excludentes e o ranço histórico” que associam loucura a perigo. “No passado, essa associação não existia. Veja o caso dos bobos da corte. Eram doidos com acesso à sociedade. Com o passar do tempo, esse conceito e olhar sobre o louco mudou, associando a ele uma suposta periculosidade que, na verdade, abrange todos os grupos de pessoas. Essa associação perigosa é fruto de preconceito”, argumentou a professora universitária.
Ela explica que, no surto, qualquer pessoa diz o que pensa, e que isso afeta poder, governo e público. “Por ser algo incômodo, acabou resultando no afastamento entre loucos e sociedade”, acrescentou ao explicar que os manicômios foram então a solução encontrada para esse afastamento.
“Enquanto tratamento, os manicômios não têm nenhum benefício. Já os tratamentos em liberdade têm sido um sucesso, e por isso são o pilar da reforma psiquiátrica que queremos para o país. É uma forma de tratamento que garante respeito aos direitos do cidadão. Toda pessoa com transtorno mental é um cidadão de direito, e merece ser tratado como tal. Não se pode punir ninguém apenas por ter transtorno”, defende ao alertar sobre o risco de novas versões de manicômios virem disfarçadas de comunidades terapêuticas.
Em tratamento psiquiátrico há 27 anos, a usuária do SUS Saúde Mental Helisleide Bomfim dos Santos, de 51 anos de idade, defende não apenas os cuidados em liberdade, mas também a regionalização do tratamento, com redes psicossociais locais para atendimentos emergenciais, de forma a evitar a necessidade de longos deslocamentos para pessoas que se encontrarem nessa situação.
“Manicômio não cura. Tortura”, disse ao ressaltar a importância do autocuidado; do amor-próprio e da autoestima como elementos colaborativos para a eficiência dos tratamentos, desde que em liberdade.
No caso de Helisleide, que iniciou o tratamento após uma depressão pós-parto, uma atividade que em muito ajudou na superação das crises foi o teatro. “O teatro me ajuda e me fortalece. O prazer que ele me proporciona acaba por me ajudar, principalmente a me cuidar. A sensação que tenho é de que ele é o remédio que me faltava”, acrescentou ao enfatizar que, tendo cuidado, a vida de quem carrega essa patologia pode ser boa e repleta de conquistas.
“Eu viajo sozinha, faço teatro, tenho autonomia, sou empoderada, feminista e antiproibicionista, com relação ao uso de drogas enquanto ferramenta para redução de danos”, disse, esclarecendo que danos podem estar relacionados a drogas ou a relações interpessoais. “No meu caso, faço uso de maconha por identificar nela um problema menor”, explicou.
Helisleide é técnica em enfermagem aposentada. A vivência profissional associada aos tratamentos feitos ao longo da vida deu a ela um olhar apurado sobre a situação não apenas dos pacientes, mas dos profissionais de saúde.
“Precisamos de políticas públicas voltadas tanto aos usuários do sistema como para os profissionais ligados a ele. Precisamos dar atenção especial aos profissionais da saúde, porque têm uma rotina complicada. Há um índice alto de profissionais, inclusive que trabalham com saúde mental, que acabam ficando mentalmente adoecidos”, alerta ao defender que as propostas a serem elaboradas durante a conferência tenham também foco nesses profissionais.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - A Prefeitura de São Carlos, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, começou a receber a confirmação de interesse dos profissionais do programa “Mais Médicos” nesta semana, após o Ministério da Saúde divulgar, na última segunda-feira (19/06), o resultado final da alocação dos contemplados. De acordo com o edital, a cidade de São Carlos será beneficiada com até 12 profissionais, que atuarão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e Unidades de Saúde da Família (USF’s) do município.
Conforme as normas do programa, os médicos classificados devem ratificar o interesse em prestar serviços à Prefeitura até a próxima sexta-feira (23/06), efetuando a confirmação no próprio site onde foi feita a inscrição. Caso não se manifestem, o Ministério da Saúde realizará nova chamada, com os profissionais não alocados podendo concorrer novamente às vagas remanescentes.
Segundo a diretora do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial (DGCA), Crislaine Mestre, a rede municipal de saúde ganhará em diversos planos com os novos médicos. “A expectativa é fortalecer a atenção primária e ampliar a assistência, de forma a garantir um cuidado integralizado e humanizado, promovendo melhores resultados em saúde. Investindo na atenção primária, teremos melhores cuidados, maior equidade e redução das hospitalizações”, explica Crislaine.
Dos 12 profissionais convocados, sete já se apresentaram e confirmaram a intenção de prestar serviços ao município. Estes e os outros profissionais que se manifestarem nos próximos dias devem iniciar suas atividades em São Carlos em breve, começando os atendimentos nas UBS’s e USF’s entre o final do mês de junho e o início de julho.
BRASÍLIA/DF - A partir da próxima sexta-feira (26), o Programa Mais Médicos abre inscrições com prioridade para profissionais brasileiros formados no país. O Ministério da Saúde divulgou na segunda-feira (22) edital com 5.970 vagas distribuídas em 1.994 municípios em todas as regiões do país.
Também poderão participar brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do Ministério da Saúde (RMS) em vagas não ocupadas por médicos com registro no país.
As inscrições seguem abertas até 31 de maio e a previsão, segundo a pasta, é que os profissionais comecem a atuar nos municípios no fim de junho.
Para se inscrever, basta acessar o Sistema de Gerenciamento de Programas entre os dias 26 e 31 de maio pelo endereço eletrônico do Mais Médicos. Após a validação da inscrição, de 1º a 5 de junho, os candidatos poderão indicar até dois locais de atuação da sua preferência.
Na alocação dos profissionais, serão considerados critérios relacionados à titulação, formação e experiência prévia no projeto. E, para desempate, terão prioridade os candidatos de residência mais próxima do local de atuação no Mais Médicos, os com maior tempo de formado e os de maior idade.
Todos os participantes poderão receber incentivos pela permanência no programa, sendo que os que forem alocados em regiões de extrema pobreza e vulnerabilidade, de acordo com a oferta do edital, recebem um percentual maior.
De acordo com o ministério, atualmente mais de 8 mil médicos atuam no programa e o edital aberto agora é para recompor vagas ociosas dos últimos quatro anos, além de mil vagas inéditas para Amazônia Legal.
Cerca de 45% das vagas estão em regiões de vulnerabilidade social e historicamente com dificuldade de provimento de profissionais. Em 2023, 117 médicos foram convocados para atuar em distritos sanitários indígenas, inclusive no território yanomami em situação de emergência sanitária.
“A expectativa do governo federal é chegar até o fim do ano com 28 mil profissionais do Mais Médicos atendendo em todo o país, principalmente nas áreas de extrema pobreza. Com isso, mais de 96 milhões de brasileiros terão a garantia de atendimento médico na atenção primária, porta de entrada do SUS”, informa o ministério.
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - Uma mãe desesperada entrou em contato com nosso departamento de jornalismo para desabafar sofre o que sofreu na rede municipal de saúde, em São Carlos.
De acordo com Mayara, seu filho de 12 anos, estava com febre desde a última sexta-feira (24), e como os sintomas de dengue e gripe são parecidos com os sintomas de covid-19, a mãe esperou o terceiro dia para leva a criança à UPA, pois, o exame só é realizado após o 3º dia. Na UPA, a mãe foi atendida por uma médica que “nem a mão a médica colocou no meu filho”, a mãe pediu exames como covid-19 e prova do laço, mas a médica disse que o exame de covid-19 não estava fazendo e a prova do laço só pode ser feito no 4º dia de sintomas. Mas tem isso para prova do laço?
Enfim, a mulher foi embora com o adolescente sem um diagnóstico definitivo e com uma carta da médica encaminhando o jovem para UBS. Na segunda-feira, 27, ela levou o jovem na UBS da Vila Nery, onde foi muito bem atendida, onde inclusive o mesmo solicitou exames e até ligou no Hospital Universitário, porém não tinha vaga, e agendou para próxima 5ª feira (30), para realizar os exames, e orientou a voltar na UPA para o menino ser reavaliado e talvez até tomar soro.
A mãe voltou no Pronto Atendimento e quando o filho foi atendido por outra médica que solicitou uns exames e depois de 8 horas aguardando, a doutora ao ver os resultados disse que o jovem não tinha nada e que poderia ser um desconforto estomacal.
A mulher que estava com seu menino com 39°C de febre e com sangramento no nariz, não acreditou no que estava vendo e ouvindo.
Com isso a mãe desesperada foi até um hospital particular e após pagar foi muito bem atendida, realizou os exames e constatou que seu filho está com dengue.
“O que fazem com ser humano na saúde de São Carlos é extremamente criminoso, pois como podem fazer o que fizeram e dizer que o meu filho estava com desconforto estomacal? E na rede particular após exames constatou o que realmente ele tinha, e se ele morre? É simplesmente desolador” relatou a mãe.
BRASÍLIA/DF - O governo federal anunciou na segunda-feira (20) a retomada do programa Mais Médicos, com a abertura de 15 mil novas vagas. Rebatizado de Mais Médicos para o Brasil, o programa, criado em 2013 e marcado pela contratação de médicos cubanos, passa a incluir outras áreas de saúde, como dentistas, enfermeiros e assistentes sociais, e promete priorizar profissionais brasileiros.
Do total de novas vagas para este ano, 5 mil serão abertas por meio de edital já neste mês de março. As outras 10 mil serão oferecidas em formato que prevê contrapartida de municípios, o que, de acordo com o governo federal, garante às prefeituras menor custo, maior agilidade na reposição do profissional e condições de permanência nessas localidades. O investimento é de R$ 712 milhões por parte da União apenas em 2023.
Durante cerimônia no Palácio do Planalto, a ministra da Saúde, Nísia Teixeira, destacou que o governo está empenhado em fortalecer o programa, classificado por ela como essencial para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a sociedade brasileira.
“O Mais Médicos voltou para responder ao desafio de garantir a presença de médicos a cidadãos de municípios mais distantes dos grandes centros e que sofrem com a falta de acesso”.
“Sem a atenção primária, não teremos resolutividade e não avançaremos na política que precisamos, nos cuidados de alta e média complexidade”, disse, ao citar evidências consolidadas de que o programa, em seu primeiro momento, consegue prover profissionais em áreas mais vulneráveis, diminuindo índices como o de mortalidade infantil.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o programa foi “um sucesso excepcional”. “Poucas vezes, o povo pobre recebeu o tratamento que teve depois que colocamos o Mais Médicos para funcionar”, disse. Durante a cerimônia, Lula lembrou as críticas relacionadas à chegada de médicos cubanos ao país na época e chegou a se desculpar com os profissionais.
“A maioria das pessoas pobres deste país ainda morre sem ser atendida pelo tal do especialista, que podia ser a coisa mais comum, mas não é”, destacou. “Somente quem mora na periferia das grandes cidades, em cidades pequenas no interior, sabe o que é a ausência de um médico, uma pessoa começar com uma pequena dor de cabeça e vir a falecer porque não tinha ninguém para fazer uma consulta”.
A previsão é que, até dezembro, cerca de 28 mil profissionais sejam fixados no país, sobretudo em áreas de extrema pobreza. A estimativa é que 96 milhões de pessoas tenham garantia de atendimento médico na atenção primária, considerada porta de entrada do SUS. Esse primeiro atendimento, em unidades básicas de saúde, permite o acompanhamento, a prevenção e a redução de agravos na saúde.
Podem participar dos editais do programa Mais Médicos para o Brasil profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com registro do Ministério da Saúde. Médicos brasileiros formados no Brasil terão preferência na seleção.
Um dos desafios no atendimento às regiões de difícil acesso, identificado já à época do lançamento do programa, é a permanência dos profissionais nessas localidades. Dados do próprio ministério mostram que 41% dos participantes desistem em busca de capacitação e qualificação.
Com o objetivo de reduzir essa rotatividade e garantir a continuidade da assistência, médicos que participam do programa poderão fazer especialização e mestrado por um período de até quatro anos. Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcionais ao valor mensal da bolsa, para atuar nas periferias e em regiões remotas.
No caso de médicas, será feita ainda uma compensação para atingir o mesmo valor da bolsa durante o período de seis meses de licença maternidade, complementando o auxílio pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Já para os participantes do programa que se tornarem pais, será garantida licença com manutenção de 20 dias.
Profissionais formados por meio do Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e que participarem do programa também poderão receber incentivos que auxiliem no pagamento da dívida. Médicos aprovados e que cumprirem o programa de residência em áreas remotas também receberão incentivos.
Outro desafio, de acordo com o governo federal, é a ampliação da formação de médicos de família e comunidade, profissionais direcionados ao atendimento em unidades básicas de Saúde. Os médicos aprovados e que cumprirem o programa de residência em áreas remotas também receberão incentivos.
De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, que participou da solenidade de retomada do programa, o bônus para profissionais que cursaram medicina e que tiveram contratação pelo Fies poderá chegar a 80% do valor das bolsas pagas pelo Mais Médicos pelo Brasil. “É um estimulo porque foi detectada grande rotatividade”, reforçou.
A presidente da Sociedade Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, Zeliete Linhares, comemorou a retomada do programa.
“Somos especialistas em pessoas e conhecemos onde moram, como vivem, o que influencia a sua saúde, o que influencia o dia a dia delas, onde trabalham, qual o ganho, qual o problema social dela e a qual violência está submetida. Tudo isso faz diferença em resolver os problemas.”
“É a atenção primária quem faz isso. É lá onde o povo está e é lá onde a medicina de família e comunidade deve estar. Uma medicina de qualidade, com formação e especialistas em atenção primária em saúde”, completou.
O vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Fábio Baccheretti, disse que o novo formato do Mais Médicos deve trazer uma saúde mais universal e integral. “Momento muito importante, num país tão heterogêneo, em que as oportunidades de assistência são, muitas vezes, diferentes. A gente tem que enfrentar, em mais de 30 anos de SUS, esse problema que é dar à população lá na ponta prevenção de saúde.
Para o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Wilames Freire, o programa Mais Médicos pelo Brasil “vem em boa hora” e com formato mais ousado, levando assistência ao que referiu como recantos do país. “Temos a responsabilidade de levar àquela população que não tem acesso a esse profissional que é tão valioso para a nossa sociedade”.
Por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - São Carlos está um caos em alguns quesitos, mas vamos falar de saúde pública, pois hoje, 27, um cartaz com os dizeres “Atendimento Temporariamente Paralisado” chegou a ser colocado na UPA do bairro Cidade Aracy, porém foi tirado rapidamente.
Os médicos que prestam serviços para o município através da OMESC (Organização Social de Medicina e Educação de São Carlos), reclamam da falta de pagamento e por isso deixaram de atender hoje, na UPA Aracy. Porém, segundo informações, plantões de médicos concursados acontecem normalmente.
Então pelo que deu a entender é que, enquanto esse imbróglio se arrasta, quando tiver plantões médicos feito por profissionais que prestam serviços para o município através da OMESC, eles não vão atender enquanto não receberem, se o plantão for de médicos concursados o atendimento ocorre normalmente.
Segundo informações, o setor administrativo da OMESC, estive na unidade e após comprovar que o pagamento havia sido feito, o atendimento foi normalizado.
Quem sofre com isso? O povo!
SÃO CARLOS/SP - O São Carlos no Toque e a Rádio Sanca fomos procurados no último dia 24 de agosto, para mostrar a situação que os médicos que trabalham para rede municipal de saúde de forma terceirizada pela OMESC (Organização Social de Medicina e Educação de São Carlos), não tinham recebido os salários referentes aos meses de Junho, Julho e Agosto. Nós mostramos e as promessas foram de que os salários seriam pagos com datas preestabelecidas, porém as datas estão sendo postergadas.
Insatisfeitos mais uma vez, pois precisam receber e honrar com seus compromissos, “o problema que a OMESC diz que a prefeitura não pagou e a prefeitura diz que já pagou, então não sabemos em quem acreditar” afirmou um médico.
Uma nota foi divulgada à imprensa e nela afirma que nesta terça-feira, 13 vai ocorrer a paralização dos médicos contratados pela OMESC, que atua nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Saúde da Família (USFs).
Os médicos só voltarão a trabalhar se o pagamento for de forma integral dos valores devidos e ainda pedem respeito da empresa contratante e da Prefeitura Municipal.
A NOTA
“Nota à imprensa sobre a paralisação dos médicos em 13 de setembro. Em nome da classe médica terceirizada, prestadores de serviço para as Unidades Básicas de Saúde da cidade de São Carlos/SP, em respeito à população residente da mesma, viemos por meio desta comunicar a paralisação das atividades médicas nas UBS/PSF a partir do dia 13 de setembro de 2022 devido à falta de pagamento referente aos meses de Julho e Agosto. Reiteramos que os serviços só voltarão a serem prestados mediante pagamento integral dos valores devidos.
Pedimos compreensão da população e respeito das empresas contratantes com o trabalho prestado - Prefeitura Municipal de São Carlos e OMESC".
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