Serviço de fiscalização foi intensificado e campanha contra escorpião está sendo realizada pela Prefeitura de Ibaté
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté intensificou os serviços de fiscalização contra o descarte irregular de entulhos e lixos domésticos em terrenos públicos e/ou particulares, que tem culminado com o aumento de escorpiões pela cidade.
Na manhã desta sexta-feira, 10, a Fiscalização Municipal flagrou um indivíduo descartando entulho de obra em uma mata localizada no bairro Jardim América. A mata fica às margens da Escola Municipal Edith Benini, onde uma criança de nove meses foi picada por um escorpião, na semana passada.
O homem contou que havia recebido dinheiro do proprietário da obra para descartar o entulho naquele local. Imediatamente, com o apoio da Guarda Civil Municipal, a equipe de Fiscalização foi até o imóvel e multou o proprietário no valor de R$ 1.028,40, conforme Lei Municipal nº 2.394/08.
Durante a semana, a Secretaria de Obras e Serviços Urbanos aumentou as ações de limpeza e roçagem em terrenos públicos, especialmente, próximos às unidades escolares para evitar novos incidentes.
Além disso, a Prefeitura de Ibaté está instalando placas informativas em várias regiões do município, sobre a proibição do descarte irregular de lixo em terrenos públicos ou privados, bem como, em vias públicas [ruas e até mesmo calçadas], alertando sobre o risco de escorpiões.
“Reforçamos a limpeza e ao mesmo tempo iniciamos uma campanha de orientação para que a informação chegue de várias maneiras à nossa população. Infelizmente, a falta de consciência e cidadania de alguns munícipes é um sério problema para a saúde pública da nossa cidade”, explica o engenheiro Everaldo Trevisan.
Ele lembra que o lixo doméstico e o entulho que são jogados pelos cidadãos nesses locais, oferecem condições para que escorpiões e outros insetos e animais que causam perigo à Saúde Pública, se proliferem. “Às vezes, o cidadão esquece que até mesmo um familiar seu pode ser picado por um escorpião ou pelo mosquito Aedes aegypti”, afirmou.
A Prefeitura também está distribuindo em todas as residências, um panfleto informativo intitulado “Escorpião, se deixar, o bicho pega. Se limpar, o bicho some”, orientando sobre o risco causado pelo animal e solicitando a colaboração de todos os cidadãos. “Se a população presenciar alguém jogando lixo domestico ou entulhos em terrenos públicos ou privados, deve denunciar imediatamente. Ligue no 153. O valor da multa para quem for flagrado é de R$ 1.028,40”, lembrou o prefeito de Ibaté, José Luiz Parella.
Principais Medidas de Prevenção:
- Não acumule lixo, restos de materiais de construção e entulhos no seu quintal, isso atrai baratas e insetos que são os principais alimentos para os escorpiões;
- Utilize tampas nos ralos de banheiro e pias de cozinha e panos nos vãos das portas;
- Faça a manutenção da caixa de esgoto e da caixa de gordura. O escorpião fica escondido durante o dia e sai para caçar à noite;
- Examine com frequência e cuidado armários e guarda-roupas;
- Agite roupas, toalhas, panos, bolsas e calçados antes de usar.
Se for picado por escorpião:
- Mantenha a calma, lave o local da picada apenas com água e sabão;
-Procure uma unidade de saúde com urgência.
Atenção:
Não existe veneno eficaz contra escorpião, inclusive o Ministério da Saúde não recomenda o uso destes produtos, pois biologicamente os escorpiões são muito resistentes, e percebem facilmente o perigo por meio de seus sentidos aguçados. O uso causa o efeito desalojante destes animais, ou seja, fazem com que eles saiam de seus esconderijos, aumentando o risco de acidentes. Por isso é importante a população fazer sua parte e manter sua propriedade urbana limpa e livre de entulhos para evitar problemas de saúde e penalidades por infração ao Código de Postura Municipal.
Evite acidentes! Todos devem colaborar!
CORAÇÃO DE JESUS/MG - Ao mesmo tempo em que pesquisadores e produtores rurais se unem para combater a ameaça da broca do pequizeiro e apostam no plantio de mudas para salvar a espécie nativa, o símbolo do cerrado experimenta grande diversificação da sua cadeia produtiva – um incentivo a mais para o cuidado de um tesouro que movimenta a economia de muitas cidades, como vem mostrando série do Estado de Minas. Depois do aparecimento do pequi congelado e de derivados como a polpa, o óleo e até a cerveja de pequi, chega ao mercado um novo produto relacionado à planta: o mel monofloral do pequizeiro. O produto orgânico rico em propriedades medicinais já tem iniciativas para registro da Marca Coletiva. É parte de um conjunto de ações em andamento no Norte de Minas para organização da comercialização do fruto-símbolo do cerrado e de seus derivados. Uma delas é a mobilização para o reconhecimento da indicação geográfica dos produtos da cadeia produtiva do pequi na região.O potencial do mel monofloral do pequi é enaltecido pelo professor e pesquisador Dario Alves de Oliveira, do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Com a acadêmica Sara Gisele Veloso Macena, ele desenvolveu estudo sobre o produto natural, em parceria com a Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi). Enquanto isso, o “mel de pequi” já ultrapassou fronteiras além-mar. Neste mês de fevereiro, por intermédio do presidente da Coopemapi, Luciano Fernandes de Souza, e de outros integrantes da cooperativa, o produto foi apresentado na Feira Líder Mundial de Alimentos Orgânicos (Biofach), em Nuremberg, na Alemanha. O professor Dario Alves de Oliveira ressalta as características e as propriedades do produto natural que ajudam a explicar seu sucesso. “O mel do pequi não tem o sabor forte do fruto, mas um sabor suave. Tem boa atividade antioxidante e bons teores de vitaminas A e C, que tem importância no organismo humano para o sistema imunológico e ajuda na absorção de ferro de alimentos”, explica o pesquisador. Oliveira também esclarece que o mel monofloral é produzido a partir do pólen de apenas uma planta – enquanto o “mel silvestre” resulta de uma mistura de diversas espécies vegetais. “Cada mel monofloral tem uma característica peculiar”, destaca. Para obter o produto, apicultores colocam as colmeias próximas aos pequizeiros. O restante do trabalho é feito pelas abelhas, que coletam o pólen das flores da planta. De acordo com o pesquisador da Unimontes, já existem pequenos agricultores que se dedicam à produção do “mel de pequi” em vários municípios norte-mineiros conhecidos pela concentração de pequizeiros, entre eles Japonvar, Campo Azul, Coração de Jesus, Bocaiuva e Guaraciama.
ESTÍMULO À PRESERVAÇÃO
A exploração do “mel de pequi” é mais um alento que surge em prol da preservação da espécie nativa, já que a produção depende da floração dos pequizeiros, que, normalmente, ocorre no mês de setembro. A observação é do engenheiro de alimentos José Fábio Soares, técnico da Cooperativa Grande Sertão, de Montes Claros. A entidade trabalha com o processamento de frutos nativos do cerrado e a comercialização dos seus derivados, a partir de parceria com associações de pequenos produtores do Norte de Minas. A quantidade de localidades que enviam o pequi in natura para a cooperativa dá a ideia do grande potencial do produto extrativista: são cerca de 300 comunidades da região. “Acredito que a produção do mel do pequi é uma motivação a mais para a preservação dos pequizeiros. Além disso, o produto ganha valor agregado, gerando mais empregos e renda nos pequenos municípios”, avalia Fábio Soares.
Registro da marca e indicação geográfica
A comercialização do fruto-símbolo do cerrado no Norte de Minas poderá ser ampliada a partir da busca do reconhecimento da indicação geográfica dos produtos da cadeia produtiva do pequi. Também é feita mobilização para o registo da Marca Coletiva do mel monofloral do pequi – ações que estão inseridas no projeto “Desenvolvimento Sustentável das Frutas Nativas e Plantadas da Agricultura Familiar para o Norte de Minas”. O projeto é uma iniciativa é do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário para o Desenvolvimento Ambiental Sustentável do Norte de Minas (Codanorte), em convênio com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). A coordenadora de Desenvolvimento Regional do Codanorte, Soraya Cavalcante Nunes Ottoni, salienta que o projeto envolve cerca de 200 produtores extrativistas e prioriza os 25 municípios norte-mineiros do chamado Arranjo Produto Local (APL) do Pequi. Soraya lembra que a ação visa a assegurar o desenvolvimento sustentável, com a geração de renda e preservação da espécie nativa. Com o projeto, afirma, espera-se um manejo adequado e consequentemente uma exploração sustentável do recursos naturais, pela maior utilização da produção e ampliação das áreas de frutas nativas, pelo fortalecimento do APL do Pequi via aumento da ocupação de mão de obra, além da agregação de valor aos produtos e renda para o agricultor familiar. “Ao mesmo tempo, são preservados os germoplasmas das frutas nativas e a diferenciação qualitativa de desenvolvimento social e territorial por meio da Identificação Geográfica do pequi do Norte de Minas Gerais”, acrescenta a representante do Codanorte. Ela chama atenção para a importância do pequizeiro para a sobrevivência nas pequenas comunidades do Norte de Minas. “Trata-se da planta nativa símbolo do cerrado brasileiro e o seu fruto é muito apreciado. Além do pequi, todas as frutas do cerrado e da caatinga têm grande importância para os produtores e para a população consumidora, geram emprego, geram renda, geram dignidade e, muitas vezes, representam a única fonte de renda de muitos produtores e catadores”, observa.
Fruto vai da mesa ao uso cosmético
O pesquisador Dario Alves de Oliveira revela que, em uma ação conjunta, a Unimontes e a Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi) tentam o registro da Marca Coletiva do “mel de pequi”, assim domo de outros produtos da cadeia produtiva do fruto-símbolo do cerrado, incluindo cosméticos. Ele ressalta que o registo da Marca Coletiva do mel e de outros produtos da cadeia produtiva vai trazer benefícios diretos para os produtores extrativistas. “O registro é necessário para apoiar as comunidades, visto que a Marca Coletiva identifica produtos ou serviços provindos de integrantes de uma determinada entidade”, afirma. “A identificação por meio de marcas ou marcas coletivas é uma forma de proteger o produto, ou seja, registrar a marca e associar a qualidade com determinada peculiaridade com que foi criado”, acrescenta o pesquisador. Dario Alves de Oliveira ressalta ainda que o registro da marca garante maior valorização do produto orgânico no mercado, o que resulta em ganho financeiro para os pequenos produtores. “A valorização de produtos no mercado, seja nacional ou internacional é uma forma de apoiar de maneira efetiva as comunidades que desenvolvem a atividade e, consequentemente, o desenvolvimento regional”, atesta, destacando a importância e o crescimento do mercado em torno do produto tradicionalmente ligado ao extrativismo, mas em torno do qual floresce uma nova cultura.
por Luiz Ribeiro / EM.com.br
RIO DE JANEIRO/RJ - O Brasil ganhou 1,7 milhão de hectares de superfície de água em 2022 e ficou 1,5% acima da média da série histórica, iniciada em 1985, ocupando no total 18,22 milhões de hectares de superfície, ou 2% do território nacional, o equivalente a quatro vezes o estado do Rio de Janeiro em rios, lagos e usinas hidrelétricas. Mas, mesmo assim, em 30 anos o país perdeu 1,5 milhão de hectares de superfície de água.
O levantamento mostrou ainda que, em 2022, a superfície de água anual do Pantanal aumentou pela primeira vez desde 2018. Mas o bioma ainda passa por um período seco, uma vez que a diferença da superfície de água com a média da série histórica é de 60,1%. O Pampa também registrou queda de 1,7% em relação a média, alcançando a menor área de superfície de água de toda a série histórica.
Todos os demais biomas ganharam superfície de água em 2022: Cerrado (11,1%), Amazônia (6,2%), Caatinga (4,9%) e Mata Atlântica (1,9%). Entre os estados, Mato Grosso com redução de 48%, Mato Grosso do Sul, de 23%, e Paraíba, de 12%, vão na contramão do ganho de superfície de água registrado na maioria dos estados em 2022.
O coordenador técnico do MapBiomas Água, Juliano Schirmbeck, explica que a variação se deve a um aumento de chuvas, mas também ao La Niña, fenômeno que comumente aumenta a chuva na Região Norte e a reduz na Região Sul do país.
“Observamos um aumento de eventos de precipitação em grande parte do país, com chuvas acima da média, e isso trouxe a recuperação observada em nossos dados. Mas vivemos momentos de mudanças climáticas, os quais nos indicam que cada vez mais vamos ter eventos e situações extremas. Também passamos por um evento de La Niña, bem pronunciado, que influencia no regime de precipitação do Brasil, reduzindo chuvas no sul do país e aumentando na parte central e norte”.
Outro ponto importante, segundo Schirmbeck, é que o Brasil saiu de um evento bastante crítico em 2021. “Estávamos com uma superfície de água de 7,9% (1.42M ha) abaixo da média”, salienta.
A superfície de água em reservatórios oficiais monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 2022 também foi a maior dos últimos 10 anos: 3.184.448 ha, 12% a mais que a média da série histórica. Os reservatórios respondem por 22% da superfície de água no Brasil, os outros 78% são rios e lagos e pequenas represas.
Retração
“A mudança no cenário de 2021 para 2022 gera um alento, mas não colocaria como motivo de comemoração. Estamos observando uma redução quase constante na superfície de água no Brasil nos últimos 20 anos, e desde 2013 tivemos os 10 anos mais secos da série histórica, com menos superfície de água”, disse o coordenador.
Entre 1985 e 2022, todos os biomas perderam superfície de água, especialmente o Pantanal, onde a retração foi de 81,7%, mostra o MapBiomas. Em segundo lugar vem a Caatinga, que já é o bioma mais seco do país e que perdeu quase um quinto de sua superfície de água (19,1%). A Mata Atlântica perdeu 5,7%, a Amazônia, 5,5%, o Pampa, 3,6%, e o Cerrado, 2,6%, ficando mais secos.
“A tendência é um parâmetro estatístico que olha para toda a série histórica, e considerando suas flutuações, aponta em qual direção estamos indo. Ao longo dos 38 anos de monitoramento, observamos essa tendência de diminuição”, alertou Schirmbeck.
“O alento tido em 2022 não deve tirar a atenção quanto aos cuidados dos recursos hídricos, viemos de uma sequência de 10 anos muito secos, e as mudanças climáticas indicam que teremos cada vez eventos mais extremos, com secas mais prolongadas e regimes de precipitação com inundações e cheias mais frequentes”.
A redução do Pantanal fez com que Mato Grosso do Sul ocupasse a liderança entre os estados com maior perda de superfície de água. A retração de superfície de água foi de 781.691 hectares, ou 57%.
A tendência de perda de superfície de água foi notada na maioria das bacias e regiões hidrográficas do país. Quase três em cada quatro sub-bacias hidrográficas (71%) perderam superfície de água nas últimas três décadas. E mesmo com o aumento geral da superfície de água no país em 2022, um terço (33%) delas ficaram abaixo da média histórica no ano passado. Em alguns casos, como o da Bacia do Araguaia-Tocantins, o ganho de superfície de água está associado a hidrelétricas. As regiões hidrográficas que mais perderam superfície de água na série histórica do MapBiomas foram Paraguai (591 mil hectares), Atlântico Sul (21,4 mil hectares) e Atlântico Nordeste Oriental (4,8 mil hectares).
Já as bacias Atlântico Nordeste Oriental (65,8 mil hectares), São Francisco (61,8 mil hectares) e Paraná (39 mil hectares) tiveram ganho de superfície de água.
O mapeamento mostrou que após o ano 2000 há maior variabilidade intra-anual. De 2017 a 2020, 7 em cada 12 meses do ano ficaram abaixo da média anual. Novamente, 2022 foi uma exceção no qual todos os meses tiveram acréscimo na superfície de água em relação a 2021, em média 10%. Os meses de dezembro a julho permaneceram acima da média histórica mensal, enquanto o período entre agosto a novembro ficou abaixo.
MapBiomas Água
O coordenador do levantamento explicou que diferente dos dados de desmatamento, também fornecidos e monitorado pelo MapBiomas, o monitoramento da superfície de água é o monitoramento de um fenômeno cíclico, que tem variações dentro de um próprio ano, com meses mais secos e outros mais úmidos, assim como variações entre os anos.
O projeto MapBiomas é uma iniciativa do Observatório do Clima, co-criada e desenvolvida por uma rede multi-institucional de universidades, organizações não governamentais e empresas de tecnologia com o propósito de mapear anualmente a cobertura e uso da terra do Brasil e monitorar as mudanças do território.
por RedeTV!
BRASÍLIA/DF - Em processo de retomada, o Fundo Amazônia pretende financiar projetos de proteção a povos indígenas, de controle do desmatamento, combate ao garimpo ilegal e promoção do ordenamento territorial da região, afirmou o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, após a reinstalação do Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa), realizada na sede do banco, no Rio de Janeiro. O comitê estava parado desde 2018.
Conforme Mercadante, o fundo já recebeu R$ 3,3 bilhões em doações, como R$ 1 bilhão provenientes da Noruega e R$ 200 milhões da Alemanha. No total, o fundo, gerido pelo BNDES, acumula R$ 5,4 bilhões, com R$ 1,8 bilhão já contratado.
O presidente disse ainda que foram liberados R$ 853 milhões para operações de comando e controle coordenadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), R$ 253 milhões para ordenamento territorial e R$ 244 milhões para ciência e tecnologia.
“O grande desafio é sair do modelo predatório para o modelo de desenvolvimento sustentável na Amazônia. E, para isso, nós precisamos de projetos estruturantes que impulsionam uma nova dinâmica, uma nova indústria, uma agricultura de baixo carbono, uma recuperação de pastos degradados. Esse é o grande objetivo estratégico do governo e do fundo. São 28 milhões de pessoas que precisam ter formas alternativas de vida, quando nós vamos combater, de forma implacável, o processo de devastação e destruição da Amazônia”, disse.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo recebeu sinalização de interesse da França, da Espanha e da União Europeia de doarem recursos para o Fundo Amazônia. Na última semana, os Estados Unidos também manifestaram interesse em participar.
Para a ministra, o interesse de doadores de peso mostra a volta da política ambiental brasileira, com participação e ações da sociedade civil, da comunidade científica e dos governos estaduais e federal.
Sobre a reinstalação do comitê, Marina Silva informou que há 14 projetos, datados de 2018 e estimados de R$ 480 milhões a R$ 600 milhões, já analisados e qualificados para aprovação pelo fundo e que podem ter continuidade se o for o desejo dos proponentes.
A ministra anunciou ainda que o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) será revisado e atualizado até abril, trazendo novas prioridades e destinação de recursos. Até a apresentação desse plano, as ações adotadas terão como base os critérios estipulados em 2018, quando o fundo foi extinto pelo governo passado.
“Por unanimidade, nós priorizamos, dentro do foco do que já está estabelecido, projetos para atendimento à situação emergencial das comunidades tradicionais”, afirmou a ministra, elencando os yanomamis, kayapós e mundurukus.
Para a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o dia de hoje foi histórico. “É muito importante e necessário retomar o Fundo Amazônia para que a gente possa atender e tirar os povos indígenas dessa emergência em que a gente se encontra hoje, depois desses quatro anos de abandono do governo federal”, disse a ministra, acrescentando que os povos indígenas são responsáveis pela proteção de 82% da biodiversidade mundial.
O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, destacou que o fundo irá apoiar no reflorestamento de assentamentos na Amazônia e também de áreas ilegalmente desmatadas nos últimos quatro anos. “Estamos recuperando um tempo em que vamos recuperar a floresta amazônica, para que ela cumpra um papel para o clima no Brasil e no mundo. Para isso, estamos convidando os agricultores familiares, os assentados, a integrarem esse esforço de recuperação dessas matas que foram destruídas”.
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
GOIÂNIA/GO - Cientistas registraram pela primeira vez a aparição de dois animais no Cerrado brasileiro. O primeiro e mais surpreendente é o sapo dourado, também conhecido pelo seu nome científico Rhaebo guttatus. Além dele, uma coral falsa Apostolepis sanctaeritae também foi vista pela primeira vez em Goiás.
Sapo venenosos foi encontrado pela primeira vez em bioma brasileiro
Os Rhaebo guttatus é conhecido por ser um anfíbio que solta veneno pelas costas. Este sapo nunca havia sido encontrado em terras do Cerrado e é um dos poucos sapos venenosos da região.
“Ele tem a capacidade de esguichar toxinas a partir da contração voluntária de suas glândulas da pele. Apesar do folclore popular dizer que sapos jogam veneno, isso não ocorre com as espécies que comumente estão no Cerrado”, disse o biólogo membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), Reuber Brandão, em entrevista ao G1.
O veneno deste sapo, contudo, não é fatal. “É um veneno pedagógico”, diz Carlos Jared, pesquisador do Butantan, à Agência Fapesp. “Não mata o possível predador, mas, se atingir o olho, faz perder a visão por alguns dias”, completa.
Já a cobra Apostolepis sanctaeritae surpreende por conta de sua raridade. Existem apenas cerca de 10 animais deste tipo documentados pela ciência.
Cobra coral subterrânea foi encontrada, mas pouco se sabe sobre o animal
A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto Boitatá, com o apoio da Fundação Grupo O Boticário. OS achados foram realizados em uma reserva da fundação.
“Os resultados mostram que áreas protegidas conseguem cumprir sua missão de conservar uma fauna tão importante e rara”, diz o biólogo André Zecchin, coordenador da reserva, em entrevista ao UOL.
por Redação Hypeness
MANAUS/AM - Pesquisa inédita analisa comunidades indígenas no bioma mais devastado do país e conclui que, em territórios onde os direitos sobre a terra são reconhecidos, o desmatamento cai e o reflorestamento aumenta.
Entre as recém-plantadas árvores nativas que crescem na aldeia Tekoa Kalipety, a 70 quilômetros do centro da cidade de São Paulo, alguns exemplares antigos de eucalipto seguem fincados no chão. Por longas décadas, esta área ocupada tradicionalmente pelo povo guarani produziu matéria-prima para a indústria de papel e celulose. Desde que retornaram ao território, em 2013, os indígenas tentam trazer também a Mata Atlântica de volta.
"A gente está plantando perto das nascentes, estamos tentando recuperar a terra, que está muito degradada. Assim como a gente, muitos animais ficaram sem comida com a destruição da Mata Atlântica”, diz Jera Poty Mirim, primeira mulher a liderar seu povo. "Nós cuidamos da floresta”, adiciona.
Essa relação de cuidado é comprovada em dados medidos pela ciência. Um estudo publicado nesta quinta-feira (26/01) conclui que em Terras Indígenas (TIs) devidamente demarcadas na Mata Atlântica, o desmatamento cai e a área de floresta aumenta. A pesquisa, publicada na PNAS Nexus (Proceedings of the National Academy of Sciences), analisou a cobertura florestal de 129 TIs de 1985 a 2019.
"Reunimos evidências robustas que mostram que a formalização dos direitos sobre a terra influencia o desmatamento e a restauração florestal. Quando os indígenas têm autonomia e direitos assegurados, o efeito sobre o meio ambiente é direto”, detalha Rayna Benzeev, primeira autora do estudo, à DW Brasil.
Segundo os dados, a cobertura de Mata Atlântica aumentou 0,77% por ano nas TIs após a demarcação formal, em comparação com os territórios indígenas cujo processo de posse não foi concluído na Justiça.
A pesquisa é a primeira a olhar detalhadamente para o papel de populações indígenas na preservação do bioma mais devastado do país. Atualmente, restam 12% da cobertura original dessa floresta tropical.
"A questão indígena não é só Amazônia. Neste estudo, estamos falando de povos do Sul, Sudeste e Nordeste, que vivem num bioma já tão degradado. Os povos indígenas dessas regiões lutam pelo reconhecimento do território, e a gente conseguiu demonstrar que eles são muito importantes, mesmo para a proteção ambiental”, comenta Marcelo Rauber, ligado ao Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos coautores do artigo.
Desmatamento e conflitos em áreas não demarcadas
Para entender o contexto por trás das imagens de satélite analisadas, os pesquisadores mergulharam no histórico de alguns processos de demarcação. Em três territórios analisados no sul da Bahia, por exemplo, em que o povo Pataxó aguarda a finalização do litígio, o desmatamento chamou a atenção.
"Em especial na TI Barra Velha, queríamos entender porque havia tanta destruição da Mata Atlântica, e entendemos que isso aconteceu quando os indígenas não tinham qualquer direito sobre a terra”, comenta Rauber.
Em geral, conforme o pesquisador, o avanço da agricultura e pecuária por não indígenas motivam a destruição da vegetação nos territórios. No sul da Bahia, se agravam os conflitos violentos com fazendeiros que estão dentro dos limites das áreas reconhecidas como habitadas tradicionalmente por indígenas mas que ainda não foram completamente demarcadas. No início de janeiro, dois jovens pataxó foram assassinados por pistoleiros.
"Resultados podem ajudar consciência internacional"
"Nossos resultados podem contribuir para aumentar a consciência internacional sobre a importância de direitos da terra para os indígenas. Também podem contribuir para os processos judiciais em andamento”, avalia Rayna Benzeev, que realizou a pesquisa durante o doutorado no departamento de estudos ambientais da Universidade de Boulder, no Colorado, mas atualmente é vinculada à Universidade da Califórnia, em Berkeley.
Das 726 TIs existentes no Brasil, pouco mais da metade, 487, chegaram ao fim do processo e foram homologadas. As demais estão em estágios diferentes: 122 ainda permanecem na primeira fase; 44 territórios estão na segunda fase; 74 estão na terceira etapa, ou seja, são considerados como "declarados”, mas não houve publicação do decreto presidencial que levasse à demarcação física.
O retorno dos guarani
A luta dos guarani da TI Tenondé Porã, onde fica a aldeia Tekoa Kalipety, começou em 2013, quando retomaram o território de onde foram expulsos na década de 1960. Os indígenas mais antigos contam que, naquela ocasião, homens brancos chegaram ao local dizendo que tomariam as terras e que os povos originários poderiam ficar, desde que trabalhassem. "Era um trabalho escravo”, conta Jera Poty Mirim, 41 anos.
Depois de regularizada a posse dos guarani, as lideranças foram a aldeias mais antigas no Rio Grande do Sul em busca de sementes tradicionais. Hoje, nove tipos de milho e mais de 30 variedades de batata doce crescem ali para alimentar mais de 300 famílias que vivem na TI.
"Temos muitas dificuldades na área social, na educação, mas estamos na nossa terra e queremos resgatar nossa cultura e nossa alimentação saudável”, diz Jera. O yvaro, planta sagrada usada para banhos e medicamentos, que antes era escassa, volta a se espalhar junto com a recuperação da Mata Atlântica.
"Nosso estudo também mostra que as pessoas são parte importante do processo de conservação. As comunidades indígenas que tiverem interesse podem ser incluídas em projetos de conservação nesse bioma tão ameaçado e que é prioritário no mundo para restauração”, analisa Rayna Benzeev.
por dw.com
EUA - Uma enorme baleia jubarte macho de 10 metros de comprimento apareceu na costa de uma praia de Long Island, nos Estados Unidos, na manhã de segunda-feira (30).
A baleia foi encontrada por volta das 6h30 no Lido Beach West Town Park, localizado na cidade de Hempstead, disse a polícia do condado de Nassau. Quando as autoridades chegaram a baleia estava morta, disse o supervisor da cidade de Hempstead, Don Clavin.
Enquanto as baleias encalhadas são bastante comuns – a costa de Jersey viu sete em cerca de um mês – a cidade de Hempstead não via uma há vários anos, de acordo com Clavin.
“Este é de longe a maior”, observou ele. “As equipes que estão aqui há quase duas décadas nunca viram uma baleia desse tamanho.” As equipes moveram a gigantesca criatura para a costa e irão fazer uma autópsia do animal para tentar identificar a causa da morte.
por Diego Sousa / ISTOÉ DINHEIRO
ANTÁRTICA - Um iceberg com tamanho próximo ao da área da cidade de São Paulo se desprendeu no domingo da plataforma de gelo próxima a uma estação científica britânica na Antártica, anunciou no inicio da semana um grupo de cientistas.
O bloco de gelo, de 1.550 km², se desprendeu da banquisa entre 16h00 e 17h00 (horário de Brasília) de domingo, depois que a maré forte aumentou a fenda que já existia na plataforma de gelo, detalhou o BAS.
Apesar de a região estar ameaçada pelo aquecimento global, o desprendimento não se deve à mudança climática, assinalou o BAS (British Antarctic Survey), um órgão que estuda as regiões polares.
Segundo a BBC, há 21 funcionários na estação britânica mantendo a base realizando operações. Eles não estão em perigo e continuarão os trabalhos até o início do próximo mês.
Outro iceberg de tamanho similar já havia se desprendido há dois anos nessa mesma região, batizada de plataforma de gelo Brunt e sobre a qual se situa a base científica britânica Halley VI.
As grandes fissuras nas plataformas de gelo vêm aumentando na última década, segundo os glaciologistas.
Em 2016, o BAS decidiu mover a base Halley VI para outro lugar situado a cerca de 20 quilômetros por medo de que ficasse à deriva sobre um iceberg.
"Este desprendimento era esperado e é parte do comportamento natural da plataforma de gelo Brunt. Não está vinculado à mudança climática", explicou o glaciologista Dominic Hodgson, citado em uma nota.
O continente, no entanto, sofre as consequências do aquecimento global. No ano passado, foram registradas temperaturas recorde na região.
Em fevereiro de 2022, a extensão de gelo nessa parte alcançou o mínimo já registrado em 44 anos de observações de satélite, indicou recentemente o relatório anual do programa europeu sobre mudança climática Copernicus.
Em 2021, o derretimento de um iceberg, 4.000 km ao norte do lugar de onde se desprendeu, em 2017, liberou mais de 150 bilhões de toneladas de água doce misturada com nutrientes, o que preocupou os cientistas por seu impacto em um ecossistema frágil.
MATOPIBA - A devastação no cerrado avançou em 2022, especialmente na fronteira agrícola do Matopiba, como é conhecida a região do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Dados do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado) apontam que os alertas de desmatamento no bioma cresceram quase 20% em relação a 2021.
De janeiro a dezembro do ano passado, foram destruídos 8.100 km² de cerrado, uma área pouco maior do que a da Grande São Paulo (7.900 km²). No mesmo período de 2021, o índice ficou em 6.900 km².
O SAD Cerrado foi desenvolvido pelo Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) em parceria com a rede MapBiomas e com o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás.
A ferramenta funciona por meio de inteligência artificial e usa imagens de satélite, com resolução de dez metros, para acompanhar o desmatamento. O objetivo, segundo pesquisadores, é que ele complemente outros sistemas de alerta, como o Deter Cerrado, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Considerando só o mês de dezembro, o desmate no bioma quase dobrou (88,9%): foi de 444 km² para 839 km². O número surpreende especialmente porque este período é de chuvas na região, o que torna o desmate mais difícil.
"Dezembro não é um mês que a gente espera que tenha um aumento do desmatamento do cerrado -e teve. Isso faz parte de um contexto político, que pode ter causado esse crescimento", sugere a pesquisadora do Ipam Júlia Shimbo, que é coordenadora científica do MapBiomas no Brasil.
Ela afirma que pode ser observado não apenas um aumento na devastação do bioma, em geral, mas também no tamanho das áreas desmatadas, que se concentram em terras privadas. Cerca de 80% do desmatamento no cerrado no ano passado aconteceram nesse tipo de propriedade.
"O esforço de combater o desmatamento no cerrado depende dos governos federal, estaduais e municipais, mas depende muito dos setores privado e financeiro. Se não tiver o envolvimento desses setores, fica muito difícil acabar com o desmatamento no bioma."
O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e corresponde a quase um quarto de todo o território nacional (23,3%). A pesquisadora explica que a destruição vem crescendo em todo o país, mas é particularmente acentuada no chamado Matopiba.
Esta região representa 30% do cerrado, ao mesmo tempo em que é responsável por cerca de 60% da devastação dele. Esse quadro é preocupante porque, enquanto o sul do bioma já foi bastante desmatado historicamente, no Matopiba ficam os últimos grandes remanescentes deste tipo de vegetação.
"Ao mesmo tempo, essa é a principal fronteira agrícola do país nos últimos anos, principalmente para cultivo de soja, milho e pecuária", ressalta Shimbo.
Ela aponta que um estudo concluiu que a conversão de áreas nativas do cerrado para pastagens e agricultura já tornou o clima na região quase 1°C mais quente e 10% mais seco. "Isso sem contar com as mudanças climáticas, que devem acentuar esse cenário."
O que hoje nós chamamos de cerrado é só metade da área que o bioma ocupava originalmente. Mas mesmo essa metade restante não está intacta, já que há processos de degradação da vegetação nativa, como a fragmentação da paisagem, a invasão por gramíneas e por gado.
Os dados do Ipam também mostram que a maior parte da destruição (65%) está concentrada nas paisagens de savana, que compõem a maioria do cerrado -e que ficam fora de muitos mecanismos que visam combater o desmatamento.
"Por exemplo, a legislação da União Europeia antidesmatamento considera só as florestas. Então, grande parte do cerrado estaria desprotegido -74% da vegetação nativa do bioma, considerando savanas e campos", explica a cientista. "É importante que outras formações não florestais sejam consideradas nas ações de combate e nas legislações internacionais que banem produtos com origem ou relação com o desmatamento."
Shimbo acredita que o aumento no desmate registrado em 2022 é um reflexo da política de enfraquecimento de órgãos de fiscalização e da falta de incentivo para preservação -além do incentivo às atividades agropecuárias no bioma.
"Agora, a gente espera que tenhamos um cenário mais favorável, com outro cuidado na questão ambiental. E que isso traga uma oportunidade de diálogo e engajamento não apenas de governos, mas do setor privado e da sociedade como um todo para reduzir o desmatamento no cerrado e incentivar a conservação do bioma", conclui.
O projeto Planeta em Transe é apoiado pela Open Society Foundations.
por JÉSSICA MAES / FOLHA de S.PAULO
Um macho será enviado para o RJ pelo Parque Ecológico de São Carlos nesta quinta-feira (19/01)
SÃO CARLOS/SP - O Parque Estadual dos Três Picos receberá três indivíduos do maior mamífero terrestre da América do Sul, a anta-brasileira (Tapirus terrestres). A ação, liderada pelo Refauna, em parceria com o BioParque do Rio, o Instituto de Ação Socioambiental e a Reserva Ecológica de Guapiaçu, prevê a translocação, ambientação e monitoramento desses animais após a soltura. Atualmente o parque conta com uma população de 14 antas, sendo quatro nascidas na natureza e as outras 10 oriundas de reintroduções. O projeto visa realizar um reforço populacional, a fim de aumentar a presença da espécie no local.
Os indivíduos que terão um novo lar em meio à natureza em Cachoeiras de Macacu são duas fêmeas, carinhosamente nomeadas como Melancia e Castanha, que vivem atualmente no Zoológico de Rio Preto, e um macho nascido no Parque Ecológico de São Carlos, em São Paulo. A reintrodução da espécie na natureza é de suma importância dado o fato de que as antas estão classificadas como vulneráveis à extinção, com perda de 30% de suas populações nas últimas três décadas, devido à caça, atropelamentos e a perda e fragmentação de habitat. Além disso, esses mamíferos são considerados como “jardineiros das florestas” porque desempenham um importante papel na dispersão de sementes e na poda de ramos e herbáceas, contribuindo para um plantio natural em meio à natureza. No Rio de Janeiro essa espécie chegou a ser totalmente extinta há mais de 100 anos atrás. O último registro de antas no estado foi em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, e agora as instituições trabalham para recuperar essa perda.
A ação tem início oficialmente no dia 20 de janeiro, com a realização da translocação dos animais de São Paulo até Resende, local em que os mamíferos passarão por uma quarentena responsável por analisar o estado de saúde de cada um dos indivíduos, fazer uma ambientação para que se adaptem ao ambiente em que passarão a viver, além de colocar o colar de telemetria que auxilia no monitoramento pós-soltura. A reintrodução no Parque Estadual dos Três Picos acontecerá no dia 10 de março, a partir da Reserva Ecológica de Guapiaçu.
A coordenação e execução das atividades de reintrodução e monitoramento das antas é liderado pelo Refauna, enquanto o BioParque do Rio é responsável pelo patrocínio da ação e apoio na reestruturação da ambientação na quarentena, por meio do Instituto Conhecer Para Conservar. Já o Instituto de Ação Socioambiental oferece assistência nas atividades de reintrodução e monitoramento dos animais, por meio do projeto Guapiaçu em parceria com a Petrobras, assim como a Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA).
O Parque Ecológico “Dr. Antônio Teixeira Vianna”, de São Carlos, possui 4 exemplares de anta-brasileira (Tapirus terrestres), sendo o casal e dois filhotes, um macho e uma fêmea. O macho será encaminhado para soltura no Rio de Janeiro nesta quinta (19/01). O embarque acontece a partir das 9h.
O Parque Ecológico está localizado na Estrada Municipal Guilherme Scatena, km 2. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelos telefones (16) 3361-2429 e 3361-4456.
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