Tratamento de lesões causadas pelo vírus HPV (condilomas/verrugas)
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) está convocando pacientes mulheres com idades entre os 18 e 60 anos, que sejam portadoras de lesões do tipo condilomas/verrugas causadas pelo vírus HPV na região genital.
Esta pesquisa está sendo desenvolvida no Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) e tem como principal objetivo comparar a Terapia Fotodinâmica com o tratamento convencional, tornando este procedimento uma realidade para o tratamento de condilomas.
Nesta pesquisa não poderão participar mulheres grávidas e lactantes, ou que apresentem quadro de imunossupressão (portadora do vírus HIV, indivíduos transplantados ou em quimioterapia).
SÃO CARLOS/SP - Identificar oportunidades de pesquisas transnacionais visando à redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) e a melhoria da eficiência da produção dos sistemas de terras agrícolas. Essa foi a tônica da reunião anual do “Croplands Research Group (CRG)” - Grupo de Pesquisa de Terras Cultiváveis com Grãos - que reuniu, virtualmente, nesta quarta-feira (19), cerca de 40 cientistas de 19 países de quatro continentes.
O CRG, que faz parte da Global Research Alliance on Agricultural Greenhouse Gases (GRA), trabalha em conjunto para encontrar maneiras de aumentar a produção de forma sustentável, limitando as perdas de carbono e nitrogênio para a atmosfera. Além disso, atua para transferir esse conhecimento e tecnologias associadas para agricultores, gestores de terras e formuladores de políticas em todo o mundo.
Um dos cocoordenadores do grupo do CRG, o pesquisador da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Ladislau Martin Neto, disse que as apresentações e discussões se concentraram nas atividades realizadas no escopo do grupo em 2021. Mas no âmbito dos aspectos científicos priorizou-se o que está se chamando de cobenefícios - são benefícios positivos relacionados à redução dos gases de efeito estufa. Essa é uma meta do Plano Estratégico GRA para o período de 2021 a 2025.
Estratégias de mitigação
“Os cobenefícos de mitigação podem servir para acelerar a adoção de práticas agrícolas inteligentes em relação ao clima”, enfatizou o físico Martin Neto que compartilha a cocoordenação do CGR com o pesquisador do Serviço de Pesquisa Agrícola (ARS/USDA) dos Estados Unidos, Mark Liebig, e com a professora da Universidade de Santiago de Compostela, Espanha, Maria Rosa Mosquera Lousada.
Segundo o pesquisador brasileiro, usando a estrutura de rede do Grupo de Pesquisa de Terras de Cultivo de Grãos, os participantes analisaram algumas estratégias de mitigação promissoras e cobenefícios associados às dimensões da biofísica, economia e humana.
Entre elas, estratégias para não aumentar a quantidade de gases causadores do efeito estufa da atmosfera, como a neutralidade climática, com balanço de carbono neutro, dos sistemas de produção agropecuária em áreas sob manejos conservacionistas. O pesquisador explicou que, assim, é possível gerar situações de sequestro de C no solo, com o aumento do conteúdo da matéria orgânica do solo (MOS).
Contribuições brasileiras
No âmbito brasileiro, alinhadas às decisões da COP 26, que ocorreu em Glasgow, Escócia, no ano passado, Martin Neto destacou na reunião as ações positivas do Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, para o período de 2020 – 2030.
Com contínua e forte contribuição da Embrapa o plano, lançado no ano passado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) conta, nesta nova fase, com oito práticas conservacionistas elegíveis. Fazem parte delas o plantio direto, sistemas integrados lavoura-pecuária-floresta, bioinsumos, recuperação de pastagens degradadas, florestadas plantadas, terminação intensiva de bovinos, sistemas irrigados e manejo de resíduos animais.
O pesquisador considera a participação nesses fóruns muito relevantes, porque além de apresentarem oportunidades de cooperação científica, cria condições para divulgar, com clareza e ênfase, internacionalmente a agenda positiva da Embrapa e do agro brasileiro, inclusive, no tema de mudanças climáticas.
“Em 2021, por exemplo, sob a liderança da pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Beata Madari, foi aprovado projeto de cooperação internacional no tema, com financiamento do governo da Nova Zelândia, onde existe um Ministério de Mudanças Climáticas, e que sedia a Secretaria da GRA”, lembrou o cocoordenador.
O professor da Kansas State University (EU), Charles Rice, ao introduzir o tema cobenefícos, apresentou resultados de pesquisas, incluindo várias realizadas no Brasil. Entre elas, os sistemas de plantio direto e sistemas integrados. Rice, a convite de Martin Neto, visitou as unidades da Embrapa em São Carlos – Instrumentação e Pecuária Sudeste – em 2018, bem como mantém cooperação com algumas universidades brasileiras.
EUA - O isopor, ou poliestireno expandido (EPS), quando descartado, é transformado em microplásticos que podem resultar na resistência de bactérias aos antibióticos, de acordo com uma pesquisa publicada no Journal of Hazardous Materials. Isso acontece por causa do processo de degradação ultravioleta desses plásticos no meio ambiente, que faz com que eles virem ambientes propícios à disseminação de bactérias mutantes.
Essa mutação é chamada de resistência antimicrobiana (RAM).
Além de serem hábitats propícios à proliferação de micróbios, os microplásticos do isopor acumulam contaminantes químicos nocivos à saúde humana.
O problema do microplástico
Químicos de despolimerização são liberados na degradação do plástico por meio da ação da luz solar. Quando o isopor se fragmenta, ele libera substâncias químicas que contaminam os micróbios presentes no isopor, o que faz com eles sofram maiores taxas de mutação. Depois que a mutação acontece, os micróbios ficam livres para infectar o ser humano. Os microplásticos são plataformas capazes de agregar diversas bactérias de uma só vez, acelerando esse processo.
SÃO PAULO/SP - A menos de 40 quilômetros do ponto central da cidade de São Paulo, a “cratera de Colônia”, que está localizada no distrito de Parelheiros, na zona sul da cidade, foi gerada pela queda de um objeto extraterrestre, conforme indícios apontados em artigo científico
O estudo foi conduzido pelo geólogo Victor Velázquez Fernandez, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP).
A pesquisa é recente e mostrou evidências mais detalhadas sobre o que gerou a cratera de 3,6 quilômetros de diâmetro, cerca de 300 metros de profundidade e borda soerguida de 120 metros.
O interior é atulhado por sedimentos e a borda coberta por vegetação. A estrutura permaneceu escondida até o início da década de 1960, quando fotos aéreas, e depois imagens de satélites, mostraram sua forma circular quase perfeita.
O impacto do corpo extraterrestre só foi confirmado, porém, em 2013, por meio de análise microscópica de sedimentos colhidos em diferentes níveis de profundidade. Esse estudo e outros realizados posteriormente foram conduzidos também por Velázquez Fernandez.
Um dos aspectos destacados pela pesquisa é que as esférulas (pequenas esferas), que variam entre 0,1 milímetro (mm) e 0,5 mm, foram encontradas dentro da cratera. Normalmente, os detritos são jogados para fora com a colisão de um objeto que cai dos céus.
Para os cientistas, a explicação é que a energia do impacto transformou as rochas existentes no local em uma nuvem densa e superaquecida. Esse material foi lançado para cima, congelou e voltou a cair na base da recém-formada cratera.
O artigo científico foi publicado em março deste ano e pode ser lido na revista Solid Earth Sciences.
Também assinam o trabalho os pesquisadores Celso B. Gomes, Marcos Mansueto, Leonardo A.S. de Moraes, José Maria A. Sobrinho, Rodrigo F. Lucena, Alethéa E. M. Sallun e William Sallun Filho.
Agência Brasil
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