Prof. Vanderlei Bagnato torna-se o cientista brasileiro mais premiado no Brasil
SÃO CARLOS/SP - O docente, pesquisador e atual Diretor do IFSC/USP acaba de conquistar o “Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia”, na categoria “Ciência”, tornando-se, assim, o cientista brasileiro mais premiado.
Com o valor de R$500,000.00, este prêmio, instituído em 2019 pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) nas categorias “Ciência” e “Tecnologia”, está já consolidado como a maior premiação científica do Brasil, destacando cientistas que dedicam suas vidas à ciência e tecnologia, beneficiando a sociedade e ajudando a evoluir o mundo, sendo especialmente dedicado a pesquisadores que colocaram nosso país em destaque no cenário científico mundial.
Na chamada de destaque deste prêmio na categoria “Ciência” pode-se ler o seguinte: “Vanderlei Salvador Bagnato: o físico que usou a luz para controlar os átomos e salvar vidas. Se um feixe de luz pudesse transformar o futuro da humanidade? Essa pergunta tem movido os trabalhos de Vanderlei Bagnato, que há mais de três décadas realiza pesquisas nas áreas de Óptica e Fotônica e contribui significativamente para as aplicações da fotodinâmica e da fototerapia nas áreas da Saúde”.
A partir de seus estudos, o físico demonstrou a eficácia da ação fotodinâmica para o controle de infecções, descontaminação de órgãos para transplante e tratamento de doenças como pneumonia, Parkinson e vários tipos de câncer. Essas técnicas foram adotadas por importantes associações brasileiras ligadas à saúde e têm se difundido por mais de 9 países da América Latina.
Antes de suas contribuições para a medicina, Bagnato já havia conquistado notoriedade internacional por suas pesquisas em Física Atômica, sendo um dos pioneiros nos estudos dos átomos frios e da turbulência quântica e o criador do primeiro relógio atômico do Brasil”.
Na categoria “Tecnologia”, o vencedor foi o Dr. Júlio César Fernandes, doutor em Engenharia Elétrica pela Unicamp e CEO da “Idea! Electronic Systems”.
Confira o anúncio do prêmio em - https://premiocbmm.com.br/
*Por: Rui Sintra - IFSC/USP
Metodologia de propagação permite multiplicar cultivares com alta produtividade, qualidade superior e resistência a doenças
CAMPINAS/SP - Uma variedade de abacaxi que não precisa ser descascado, com gomos destacáveis, e outra resistente a uma das principais pragas da fruta, a fusariose: as inovações existem, desenvolvidas pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC), mas seguem longe do consumidor pela dificuldade de propagação das mudas que, no processo tradicional, leva anos. Agora, uma parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) resultou na possibilidade de propagação in vitro e, assim, de ampliação da presença dessas cultivares, obtidas por melhoramento genético, no mercado. Com a nova técnica, novas mudas podem ficar disponíveis ao produtor em um intervalo de seis a oito meses.
As cultivares do IAC, desenvolvidas desde a década de 1990 no Centro Avançado de Pesquisa de Frutas do Instituto, receberam os nomes de IAC Gomo de Mel (também conhecida como abacaxi-de-gomo) e IAC Fantástico. Ambas têm alto teor de sólidos solúveis (açúcar), sais e proteínas e baixa acidez - responsáveis pelo sabor muito agradável, dentre outras características que conferem qualidade destacada aos frutos. A IAC Fantástico tem a vantagem adicional de não ter espinhos na planta, o que facilita a colheita, além da resistência à fusariose, doença causada por fungo que causa perdas importantes na cultura do abacaxi no Brasil.
No entanto, restava o desafio de propagá-las em maior escala e menor tempo, para disponibilização aos produtores, o que levou à parceria com o Laboratório de Fisiologia Vegetal e Cultura de Tecidos (LFVCT), vinculado ao Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar) do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSCar, sediado no Campus Araras. Assim, aos conhecimentos do IAC em melhoramento genético, uniu-se a experiência em técnicas de produção in vitro do laboratório da UFSCar.
Nos abacaxizeiros, em geral, o período para obtenção de 10 a 20 mudas coincide com a frutificação da planta, que leva de 18 a 24 meses. "As plantas provenientes do método convencional de propagação, em ambiente aberto, levariam mais de três anos para serem disponibilizadas aos produtores de frutas", explica Mara Fernandes Moura, Diretora do Centro de Pesquisa de Frutas do IAC.
Para acelerar esse processo, entra o trabalho do LFVCT, no cultivo in vitro realizado por meio de micropropagação. "A técnica consiste no cultivo das plantas em ambiente controlado, local que engloba salas de crescimento com fornecimento de luz artificial, controle da temperatura e meio de cultura contendo todos os nutrientes e reguladores que 'informam' a planta sobre o que ela precisa fazer (brotar, soltar novas folhas, enraizar etc.). Dessa forma, a planta fica isolada em condições especiais, o que possibilita a produção de milhares delas em um mesmo período, com a mesma genética", sintetiza Jean Carlos Cardoso, docente do DBPVA-Ar que coordena o Laboratório.
A IAC Fantástico é resultado do cruzamento - hibridação controlada - das cultivares Tapicaranga e Smooth Cayenne. O protocolo de micropropagação envolve a introdução de pequenas partes da planta (o ápice caulinar), já melhoradas geneticamente, no ambiente in vitro. "Em seguida, essas plantas são subdivididas mensalmente em novos meios de cultura, fase conhecida como multiplicação ou proliferação de brotações, na qual o número de mudas obtidas é aumentado exponencialmente. Depois, as mudas são enraizadas ainda em condições in vitro e, posteriormente, retiradas para readaptação ao cultivo em campo", detalha o docente da UFSCar. Ele estima que, a partir de uma única planta, é possível produzir aproximadamente 10 mil mudas, em cerca de seis a oito meses de cultivo.
Protocolo semelhante está sendo desenvolvido para a IAC Gomo de Mel. A cultivar, obtida por meio de cruzamento natural entre espécies existentes na China, foi introduzida pelo IAC no Brasil há 30 anos. A estrutura de seus gomos é mais frágil, o que facilita o destaque. "Apesar de ter excelente qualidade, essa cultivar é mais suscetível à fusariose, mas também é uma opção interessante de mercado, por trazer frutos bem suculentos e muito doces", afirma Moura.
Embora a parceria entre o IAC e a UFSCar tenha possibilitado a oferta de uma grande quantidade de mudas, os pedidos ainda estão acima da capacidade de infraestrutura e de pessoal para a produção em maior escala. "Por isso, estamos em fase de repasse das tecnologias para biofábricas, que podem produzir as mudas in vitro em larga escala, visando atender a demanda de grandes produtores de abacaxi", conta Cardoso.
Em relação ao custo, os pesquisadores relatam que plantas produzidas in vitro têm valor mais alto, devido à alta tecnologia utilizada para o cultivo em ambiente controlado ou in vitro. No entanto, o avanço e a otimização dos protocolos tornam o sistema produtivo mais eficiente, já que, no caso da IAC Fantástico, as mudas são resistentes a pragas e doenças.
Empresas que tiverem interesse em produzir as mudas podem entrar em contato com o laboratório da UFSCar pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou com a pesquisadora responsável pelas cultivares no IAC pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Participaram do projeto, além de Cardoso e Moura, Carla Midori Iiyama, mestranda no Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal e Bioprocessos (PPGPVBA-Ar) do Campus Araras da UFSCar, e Tayla Schmidt, biotecnologista formada pelo CCA.
Estudo convida pais e mães cuidadores e seus filhos para responderem questionários
SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando a interação entre pais e mães cuidadores e seus filhos, para entender como a criança desenvolve a habilidade de confiança seletiva em uma situação de aprendizagem nova.
"Confiança seletiva é a habilidade de crianças e adultos de escolher, em uma situação nova de aprendizado, qual é o informante mais acurado para obter aquela informação", define o pesquisador Pedro Carrara de Oliveira, aluno do curso de Psicologia da UFSCar. O objetivo é verificar se existe correlação entre a habilidade de comunicação e de divisão de tarefa dos pais e o desenvolvimento da confiança seletiva em crianças de 4 a 6 anos de idade. Para isso, o estudo pretende contar com a participação de crianças de 4 a 6 anos de idade, assim como a de seus pais/mães ou responsáveis legais para uma coleta de dados, que será feita totalmente online.
De acordo com o pesquisador, não há estudos brasileiros investigando coparentalidade e confiança seletiva. Oliveira explica que "a coparentalidade é definida pela relação que os pais constroem no sentido exclusivo de cuidar uma criança. Neste estudo, não estamos avaliando necessariamente os estilos parentais, mas, sim, a qualidade da comunicação que os cuidadores têm entre si, estritamente no que se refere ao cuidado com a criança".
São fatores considerados na coparentalidade, por exemplo, a clareza com que um dos cuidadores expõe suas necessidades/vontades/
"A coparentalidade exclui, portanto, a relação que os pais têm entre si, num sentido romântico - a conjugalidade. Mas inclui, por outro lado, até mesmo a relação que a dupla parental tem com suas discussões; se dizem coisas cruéis um para o outro na frente da criança; se os objetivos do casal com relação à criança estão alinhados; questões a respeito do estresse e de trabalho etc.", detalha Oliveira.
A pesquisa, intitulada "Coparentalidade e o desenvolvimento da cognição social em pré-escolares", tem orientação da professora Débora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar. O estudo conta com financiamento de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Voluntários
Podem participar da pesquisa pais e mães cuidadores e as crianças que estejam dentro da faixa etária desejada (4 a 6 anos) e que estejam sob a tutela de dois cuidadores.
Para manifestar interesse, os pais cuidadores devem preencher este formulário online (https://bit.ly/3wABuca). Durante a pesquisa, os pais participantes responderão à Escala da Relação Coparental (ERC). Na sequência, será realizado o procedimento de confiança seletiva com a criança. Todas as etapas serão realizadas de maneira remota.
Dúvidas podem ser esclarecidas diretamente com o pesquisador Pedro Carrara de Oliveira, pelo WhatsApp (12) 98842-0942 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 27035119.0.0000.5504).
BRASÍLIA/DF - A maior parte dos brasileiros apoia pela primeira vez o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, de acordo com o Instituto Datafolha.
54% dos entrevistados dizem apoiar a abertura do processo de impeachment pela Câmara dos Deputados. Essa é a maior taxa a favor registrada desde que o instituto começou a fazer a pergunta sobre o tema, em abril de 2020. 42% se mostram contrários ao processo.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, que divulgou as informações, foram ouvidos de forma presencial 2.074 pessoas maiores de 16 anos, em todo o país, nos dias 7 e 8 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
*Por: VEJA SP
BRASÍLIA/DF - Pesquisa PoderData realizada nesta semana (5-7.jul.2021) mostra que o ex-presidente Lula (PT) abriu sua maior vantagem contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em uma possível disputa nas eleições de 2022. O petista concentra agora 43% das intenções de voto, contra 29% do atual comandante do Planalto.
No levantamento realizado há 1 mês, os 2 políticos estavam empatados dentro da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Tinham 31% e 33% dos votos, respectivamente.
Esta é a 1º rodada do PoderData feita sem os pré-candidatos Luciano Huck e João Amoêdo (Novo), que no mês anterior à pesquisa declararam que não participariam das eleições presidenciais.
Apesar da disparada de Lula, os resultados mostram que Bolsonaro segue estável (varia só na margem de erro) com apoio na redondeza de ⅓ do eleitorado.
© Fornecido por Poder360
Para que um candidato vença no 1º turno é necessário ter mais da metade dos votos válidos, isto é, superar a soma de todos seus adversários. Os resultados desta rodada mostram que Lula tem 43% das intenções. Os outros, somados, marcam 44%. Considerando a margem de erro, o PoderData, indica que –se as eleições fossem hoje– esse cenário seria possível.
O 1º turno do pleito está marcado para 2 de outubro de 2022. Os cenários testados agora devem ser tomados como uma radiografia do momento.
Em caso de uma 2ª rodada do pleito, Lula ficaria 23 pontos à frente de Bolsonaro, vencendo-o por 55% a 32%. Essa também é a maior vantagem já registrada pelo petista nas simulações feitas pelo PoderData, pelo menos desde setembro de 2020.
© Fornecido por Poder360
Em uma disputa com o governador João Doria, Lula teria 34 pontos de vantagem. Com Ciro, 33 pontos. Já Bolsonaro perderia para ambos os candidatos, mas com uma diferença percentual menor. Leia os números abaixo:
© Fornecido por Poder360
O Poder360 preparou uma reportagem com os dados completos e o histórico de intenções de voto no 2º turno. Leia aqui.
Esta pesquisa foi realizada no período de 5 a 7 de julho de 2021 pelo PoderData, a divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
Foram 2.500 entrevistas em 421 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.
Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.
O gráfico a seguir estratifica o voto de cada entrevistado sobre o 1º turno das eleições presidenciais. O Poder360 destaca:
© Fornecido por Poder360
O PoderData é a única empresa de pesquisas no Brasil que vai a campo a cada 15 dias desde abril de 2020. Tem coletado um minucioso acervo de dados sobre como o brasileiro está reagindo à pandemia de coronavírus.
Num ambiente em que a política vive em tempo real por causa da força da internet e das redes sociais, a conjuntura muda com muita velocidade. No passado, na era analógica, já era recomendado fazer pesquisas com frequência para analisar a aprovação ou desaprovação de algum governo. Agora, no século 21, passou a ser vital a repetição regular de estudos de opinião.
*Por: Rafael Barbosa / PODER 360
Projeto insere-se no desenvolvimento tecnológico no âmbito da Unidade EMBRAPII-IFSC/USP
SÃO CARLOS/SP - Na sequência dos diversos desenvolvimentos tecnológicos criados desde há cerca de um ano pela Unidade EMPRAPII “Biofotônica e Instrumentação” do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) e tendo como foco a prevenção e o combate à COVID-19, pesquisadores do Grupo de Óptica deste Instituto finalizaram o projeto de desenvolvimento e aprimoramento de um descontaminador de ar portátil para autos.
Este novo equipamento, com base na tecnologia UVC, reforça o lote de outros já lançados anteriormente - muitos deles já disponíveis no mercado -, como são os casos dos rodos para pisos hospitalares e para pequenas superfícies e objetos, tubo endotraqueal, descontaminador de alimentos in natura, descontaminador de água e descontaminador rotativo de compras, entre outros.
O transporte de pessoas em carros, vans e ônibus muito contribui para a propagação do SARS-COV2, sendo que o ideal é deixar o veículo sempre com os vidros abertos permitindo uma grande troca de ar. Contudo, em algumas situações, isso não é possível, não só porque pode haver muita poluição no exterior, como também devido a algumas tipologias dos veículos, desejando-se, assim, manter o conforto térmico e o ar descontaminado no interior dos mesmos.
Este novo sistema, colocado no interior de automóveis, ônibus e/ou vans, com os vidros fechados, permite que seja eliminada uma grande quantidade de microrganismos presentes no aerossol, que existe nesses ambientes internos, sanitizando automaticamente o ar e, por consequência, destruindo todo o tipo de microrganismos, como bactérias e vírus.
Para o pesquisador e docente do IFSC/USP, Prof. Sebastião Pratavieira, este novo equipamento funciona em qualquer modelo de auto, atendendo a que é alimentado por uma corrente de 12 Volts, tendo em sua gênese um aperfeiçoamento em relação a anteriores sistemas com base na radiação de LED UVC (diodo emissor de luz na região do ultravioleta C), o que o torna inovador. “Uma das características deste equipamento, já testado com sucesso em nosso Instituto, é que poderá funcionar simultaneamente com o ar-condicionado do carro ligado e que, em vez das tradicionais lâmpadas de mercúrio, ele está equipado com LED’s UVC que apresentam uma maior durabilidade. Por outro lado, este descontaminador portátil apresenta um sistema eletrônico simples e de fácil manutenção ou substituição de componentes”, salienta.
O sistema também não exige nenhuma adaptação no veículo e funciona em qualquer marca e modelo, bastando existir uma tomada de 12V - o antigo acendedor de cigarro. A concepção e construção do protótipo foi de responsabilidade do engenheiro eletrônico Daniel José Chianfrone, do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP, sendo que os testes de eficácia e caracterização foram realizados pela bióloga Thaila Quatrine Correa e pelo físico Dr. José Dirceu Vollet-Filho, respectivamente.
“Um fluxo de ar muito grande e em poucos minutos todo o ar do veículo passou pelo sistemas de LED’s UVC, sendo que, além disso, o sistema também permite o acoplamento de um filtro de carvão ativado e odorizador aromatizante” salienta, por sua vez, o pesquisador Vollet-Filho.
Para que este equipamento pudesse ser rapidamente colocado ao serviço da sociedade, foi estabelecida uma parceria com a empresa Triunfo Soluções em Engenharia Indústria e Comércio, algo que acelerou todo o processo.
O lançamento oficial deste equipamento está marcado para o dia 6 de julho às 10h00, através do canal do CePOF no Youtube.
Assista:
Rui Sintra - IFSC/USP
Submissões de trabalhos podem ser feitas até o dia 30 de junho
SOROCABA/SP - Entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro serão realizados, em formato virtual, o VIII Seminário de Pesquisa e o VII Encontro de Egressos do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd-So), da UFSCar-Sorocaba. Os eventos têm o objetivo de apresentar e discutir as pesquisas desenvolvidas no âmbito do PPGEd-So, além de propiciar a integração e o acompanhamento de estudantes egressos do Programa
Em 2021, a temática é "Educação, Vida e Ciência: da pandemia ao porvir", que abarca inquietações latentes ao contexto atual e indica o desejo e compromisso da comunidade do PPGEd-So de que a produção de conhecimento na área de Educação se realize em função da vida.
Sobre a escolha do tema, os organizadores afirmam que "entre questionamentos sobre objetos de estudo, metodologias e prazos para as pesquisas, passamos a nos indagar de modo mais profundo acerca do direcionamento de nossas pesquisas. Diante das incertezas no que se refere à duração da pandemia, passamos à certeza de que nada parecerá o que foi ou como foi antes dela. O porvir passou a ser nosso questionamento principal. E com ele, outras perguntas nada simples e que nos norteiam na pesquisa em Educação: como se ressignificarão as vidas de discentes, egressos e docentes que passam por esse tempo-lugar pandêmico? Como se desenvolverá a Educação e a pesquisa em Educação, visivelmente marcada neste contexto? De que forma a ciência, processo-produto histórico e socialmente construído direcionará suas preocupações em um contexto político social que a nega?".
Até o dia 30 de junho, as pessoas interessadas podem submeter trabalhos nas categorias pôster, comunicação oral e relato de experiência, em um dos seguintes eixos: Dimensões teórico-metodológicas na pesquisa em Educação em tempos de pandemia; Formação de educadores e pesquisa em educação a serviço da vida;
Desigualdades, movimentos sociais e processos educativos em tempos de pandemia; Política, cultura e processos educativos e novos possíveis; e Fundamentos da pesquisa em Educação.
As instruções para a submissão de trabalhos, inscrições, programação e demais informações estão disponíveis no site www.ppged-seminario.
O 1º encontro do Seminário de Pesquisa do PPGEd-So ocorreu em 2013, quando o Programa possuía apenas o curso de mestrado, inaugurado em 2012. Desde então, o Programa vem se estabelecendo como um foco formativo dedicado à pesquisa da área de Educação na região de Sorocaba. Foram pouco mais de 158 trabalhos de mestrado defendidos e, a partir de 2019, o PPGEd-So incorporou o curso de doutorado.
O histórico da temática dos Seminários sempre esteve em consonância com a diversidade expressa pelos diferentes grupos de estudos e seus respectivos eixos temáticos. Para o ano de 2021, pretende-se que os eventos deem continuidade às discussões e aos questionamentos nascentes nessas linhas e que agreguem às respectivas preocupações, o contexto inédito que assolou o país e o mundo em 2020 e o consequente impacto desse contexto nas investigações atuais e futuras da área.
O foco é utilizar a energia solar térmica para processos industriais
SÃO CARLOS/SP - Uma das tecnologias mais conhecidas para aproveitar a energia do sol é a denominada fotovoltaica, que são painéis que convertem a energia do sol em energia elétrica e que facilmente identificamos em campos abertos ou nos telhados de residências. Contudo, existe ainda uma outra forma de utilizar a energia solar, principalmente para aplicação nas indústrias, conhecida como energia heliotérmica, algo que mereceu a especial atenção de dois jovens pesquisadores de São Carlos.
Guilherme Scagnolatto (31), pós-graduado do Curso de Engenharia Mecânica, da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/USP) e Jaqueline Vidotti (31), Engenheira Química pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e especialista em gestão de projetos pela USP, decidiram avançar nas pesquisas relacionadas à energia heliotérmica. O ponto de partida foi a criação de uma startup de eficiência energética, denominada Mondi Energy, que se encontra atualmente incubada no Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto - Supera. A startup surgiu em 2019 como uma spin-off acadêmica do trabalho de mestrado do Guilherme.
Com o apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), em parceria com a EMBRAPII, os dois pesquisadores e empreendedores estão desenvolvendo um concentrador de luz solar para ser utilizado na indústria. “Este nosso projeto prevê captar a energia solar para esquentar água e gerar vapor de forma que possa suprir parte da demanda de calor na produção de vapor para processos industriais, para geração de eletricidade ou até para sistemas de refrigeração, diminuindo o uso de combustíveis e reduzindo as emissões de carbono”, relata Guilherme.
O projeto consiste na fabricação de um coletor parabólico, que capta a radiação solar e a concentra sobre um tubo, por onde escoa água. A intenção dos empreendedores é poder fazer um combinado que permita não só reduzir o consumo de combustíveis nas indústrias, que por si só beneficiará o meio-ambiente, como também reduzir as despesas com o consumo de energia e rentabilizar a produção, por exemplo, nas indústrias alimentícias, químicas, farmacêuticas e usinas de cana. “Este nosso trabalho está tendo total apoio do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) não só em termos de suas infraestruturas laboratoriais e da Oficina Mecânica, como, também, da equipe do Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT), com a participação e aconselhamento do Prof. Vanderlei Bagnato”, conclui Guilherme.
Essa é, portanto, mais uma tecnologia que estará à disposição para acelerar a transição energética, valendo-se de fontes renováveis para o fornecimento de energia sustentável. Uma energia limpa!!!
(Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP)
Estudo da UFSCar em parceria com Universidade do Minho associou prevalência de cepa resistente a medicamento à necessidade de ampliação da genotipagem no Brasil
SÃO CARLOS/SP - A elevada taxa de mutação é característica conhecida do vírus HIV-1, e mutações que causam resistência a medicamentos significam ameaça ao sucesso dos tratamentos antirretrovirais. No entanto, a ocorrência dessas mutações vem caindo em todo o mundo, diante de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos adversos, o que permite reduzir a replicação viral e, assim, a probabilidade de mutação.
Estudo realizado em parceria entre Brasil e Portugal e publicado recentemente no "International Journal of Molecular Sciences" [https://www.mdpi.com/1422-
A pesquisa, coordenada Nuno Miguel Sampaio Osório, da Universidade do Minho, em Portugal, contou com a participação de Bernardino Geraldo Alves Souto, docente do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no âmbito de acordo de cooperação com o Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde da Escola de Medicina da Universidade do Minho. Colaboraram também pesquisadores de outras instituições portuguesas e da Espanha. A equipe analisou 20.226 sequências genéticas de HIV-1 coletadas em pacientes em tratamento antirretroviral, no período entre 2008 e 2017, no Brasil.
Os resultados mostraram que a prevalência da K65R passou de 2,23% em 2008 para 12,11% em 2017, seguindo alteração no protocolo de tratamento adotado no Brasil, que, em determinado momento, substituiu o AZT (Zidovudina) pelo TDF (Tenofovir). A pesquisa também identificou maior carga viral nas pessoas em que a mutação foi detectada, reforçando a observação do aumento da prevalência de resistência ao TDF.
Além das análises genéticas e estatísticas, o grupo usou ferramentas de imunoinformática (baseadas em redes neurais artificiais) para investigar possíveis fatores envolvidos na falha terapêutica e na transmissão de cepas resistentes. Esses estudos sugeriram possível impacto de fatores genéticos na prevalência de K65R, derivados dos perfis HLA - relacionados à resposta imunológica - mais ou menos prevalentes na população brasileira. Isto porque a pesquisa indicou que o perfil HLA-B27 teria maior propensão ao reconhecimento do HIV-1, sendo que este perfil genético tem prevalência relativamente baixa na população brasileira.
"Os estudos associando o perfil HLA a diferentes interações com o vírus HIV ainda estão avançando. O que a nossa pesquisa traz é a hipótese de que, além de fatores tradicionais como diferenças sociodemográficas e nos protocolos adotados e a adesão ao tratamento, o perfil genético étnico da população brasileira também pode estar influenciando o padrão de prevalência da resistência a medicamentos, e que pode ser necessário levar isso em consideração na definição dos protocolos de tratamento", explica o pesquisador da UFSCar.
Ou seja, associada à pressão seletiva exercida pelo uso do Tenofovir, o perfil imunológico prevalente na população brasileira também pode estar favorecendo o desenvolvimento da mutação K65R.
Uma das estratégias adotadas em vários países para monitorar e combater as cepas resistentes é a chamada genotipagem universal, em que todos os pacientes são testados no momento do diagnóstico para identificação de cepas resistentes e, assim, adoção de regimes terapêuticos individualizados, ou seja, escolha dos medicamentos que comporão o coquetel antirretroviral informada pela genotipagem. No Brasil, em geral a genotipagem só é feita após verificação de falha terapêutica por seis meses, exceto para alguns grupos que, a partir de 2013, começaram a ser testados no momento do diagnóstico: gestantes, crianças, pacientes com tuberculose e pessoas infectadas por parceiros em tratamento antirretroviral adequado.
A partir dos resultados encontrados no estudo, os pesquisadores supõem que a mudança nos protocolos antirretrovirais sem garantia de genotipagem pré-tratamento tenha colaborado para o crescimento gradual da prevalência de cepas resistentes ao Tenofovir, bem como para o elevado nível de outras mutações de resistência. Essa prevalência elevada, por sua vez, pode estar por trás da maior proporção de casos de falência terapêutica no Brasil, o que ganha especial relevância em um cenário de crescimento nos números de novas infecções e mortes relacionadas ao HIV no País, na contramão de um declínio global. Em 2019, foram 48 mil novas infecções e 14 mil mortes registradas no Brasil.
Assim, os pesquisadores registram que alguns dos medicamentos frequentemente usados no País podem estar comprometidos pela alta prevalência de cepas resistentes e que a genotipagem universal e obrigatória seria a melhor estratégia a ser adotada, para seleção personalizada de um regime antirretroviral otimizado. As evidências produzidas na pesquisa apontam, inclusive, a necessidade de atenção à eficácia dos protocolos adotados na profilaxia pré e pós-exposição no Brasil, já que o aumento da prevalência de cepas resistentes aos medicamentos integrantes desses protocolos também pode comprometer sua eficácia.
"A genotipagem pré-tratamento, com repetição sistemática, permite a definição de protocolos terapêuticos individualizados e ajustes adequados. Com isso, reduzimos o risco de iniciar o tratamento e só descobrir seis meses depois que o protocolo não é adequado ou só substituir um esquema que falhou depois de vários meses de falha, o que é ruim não apenas para o indivíduo, mas também predispõe ao desenvolvimento de cepas resistentes que podem ser transmitidas e ter um efeito populacional", reitera o pesquisador da UFSCar. "Do ponto de vista da prevenção, a abordagem é coletiva, mas estamos propondo estratégia mais individualizada para o tratamento. E essa estratégia individual, por sua vez, tem impacto coletivo, já que a eficácia do tratamento reduz a transmissão e a circulação de cepas resistentes", complementa.
Estudo internacional, em parceria com a Itália, evidencia desafios do cotidiano na Educação Infantil durante a pandemia de Covid-19
SÃO CARLOS/SP - Junto à crise sanitária, a crise educacional é uma das principais implicações da pandemia de Covid-19, com impactos na atual geração de crianças e grandes desafios para oferta de ensino significativo e com qualidade. Na permanência do atendimento não presencial e de ensino remoto, a problemática se aprofunda no caso das instituições de Educação Infantil, que atendem crianças de 0 a 5 anos.
Justamente para mapear, analisar e compreender a organização da prática educativa na Educação Infantil em contexto não presencial durante a pandemia, o Centro de Pesquisa da Criança e de Formação de Educadores da Infância (Cfei) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveu pesquisa em parceria com a Università degli Studi Roma Tre (UniRoma Tre), no âmbito de convênio internacional, coordenado na UFSCar por Aline Sommerhalder, docente no Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTTP) e no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) e uma das diretoras do Cfei.
O estudo investigou o tema junto a cerca de 450 profissionais atuantes nos dois países, sendo 150 no Brasil, entre professoras e outras educadoras de instituições municipais de Educação Infantil, coordenadoras pedagógicas e diretoras. A coleta de dados incluiu a aplicação de questionários online, no período de abril a junho de 2020.
No Brasil, a maior parte do grupo participante foi de profissionais mulheres (92,6%), na faixa etária de 31 a 60 anos (84,2%), atuantes principalmente no setor municipal de ensino (78,4%). Muitas são pedagogas (72%) com pós-graduação (69,6%), sendo, portanto, profissionais com alto nível de formação (especialização, mestrado ou doutorado) e experiência, com 5 a 25 anos de atuação profissional (68,2%).
Os resultados brasileiros evidenciaram, dentre outros pontos, a transferência de responsabilidades às famílias e, de outro lado, a inexistência de condições para exercício adequado das atividades escolares no ambiente doméstico.
Dados já sistematizados no estudo mostram que a maior preocupação das profissionais brasileiras (91%) dizia respeito, no momento inicial da pandemia, à condição emocional das crianças e à expressão de uma mensagem tranquilizadora às famílias. Além disso, grande parte das educadoras (89%) almejava a continuidade do trabalho educativo - antes feito nas escolas - no contexto doméstico, com foco no brincar e nas aprendizagens. As participantes (86%) também consideram que a memória da escola é um elemento de grande relevância nas intenções educacionais no cenário de distanciamento. Ou seja, que as famílias se tornam responsáveis, no trabalho escolar remoto, por manter a memória da escola viva nas crianças, desenvolvendo atividades do cotidiano da Educação Infantil, como contação de histórias, cantigas, uso de brinquedos como massinha de modelar e materiais como papéis, lápis de cor ou giz de cera, bem como experiências de recorte e colagem.
Assim, os resultados da investigação anunciam uma demanda às famílias, de modo que as crianças consigam manter o vínculo com as profissionais e a memória de viver a infância no cotidiano da Educação Infantil, além das novas aprendizagens. Das respostas, 93% indicam que os familiares precisam criar e sustentar um espaço lúdico nos espaços domésticos, considerando o brincar como um eixo organizador das práticas de cuidar e de educar.
Na perspectiva das educadoras brasileiras, as demandas para as atividades não presenciais que se voltam às famílias são diversas, e a pesquisa também busca compreender em quais condições as escolas e as profissionais conseguem dar suporte às crianças e às famílias para a manutenção dessas atividades, e se os familiares conseguiram promover as adequações necessárias nos contextos domésticos.
Didattica a Distanza
Na caracterização da realidade dos países estudados, o estudo apontou grandes diferenças, envolvendo especialmente três fatores: densidade demográfica, desigualdade social e características estruturais. Na Itália, o número de filhos por família é menor que no Brasil e, além disso, uma parcela importante das crianças nas escolas públicas de Educação Infantil vem de famílias com melhores condições socioeconômicas, com menores índices de desigualdade social, em relação ao Brasil.
"A Itália teve estrutura e investimento, com ação política no nível nacional, para reagir de forma emergencial ao cenário da pandemia. O País criou uma política educacional específica, inclusive com a implementação de estrutura chamada de 'Didattica a Distanza'", informa Sommerhalder.
Já no Brasil, os dados são discrepantes. As crianças que estudam em escolas públicas na Educação Infantil geralmente não têm boas condições socioeconômicas, e indicadores apontam que, quanto menor a escolarização das famílias, maior a quantidade de filhos. Essas crianças não têm acesso a computadores, tablets ou celulares com conexão à Internet de qualidade razoável.
"Na época da coleta de dados, as ferramentas utilizadas pelas educadoras para se comunicarem com as famílias não se constituem como recursos pedagógicos ou didáticos, são redes sociais como Facebook e WhatsApp, com ações diretas somente uma vez por semana, com duração de 15 a 20 minutos. E muitos materiais foram disponibilizados apenas impressos, segundo os resultados preliminares do estudo, justamente para atender às famílias e crianças sem acesso à Internet. É uma diferença gigantesca de realidades entre os dois países", detecta a pesquisadora.
Assim, a transferência de responsabilidade pelas atividades, em alguma medida, da escola para a família evidenciada na pesquisa é um cenário muito difícil de se concretizar com qualidade no caso brasileiro. "Além de todas as necessidades impostas pela pandemia, como gestões doméstica, de trabalho e do orçamento, precisar aproximar ou tentar reproduzir uma rotina de educação infantil em contextos domésticos com as crianças (muitas vezes, várias) se torna algo inviável ou de muito difícil realização. Além disso, a família não tem o papel de exercício da docência, com formação, condições estruturais e uma rede de suporte para tanto, ao que se soma o fato de que as aprendizagens, na educação infantil, ocorrem na convivência, no brincar coletivo e nas relações afetivas com a professora e com as outras crianças", enfatiza Sommerhalder.
O Cfei e a UniRoma Tre estão realizando outro estudo que investiga a percepção das famílias, atualmente na etapa de análise de dados.
Desafios
Diante desses resultados, Sommerhalder reflete sobre a inadequação de um sistema de ensino a distância (ou atividades remotas ou não presenciais) na Educação Infantil, sinalizando que o problema se acentua diante de um calendário estendido desse tipo de trabalho ou possibilidade de anúncio como solução definitiva, muito especialmente no Brasil. "Além de não ser responsabilidade das famílias fazer o papel da escola e das professoras, as crianças da Educação Infantil precisam estar em convívio presencial com as demais crianças e as profissionais. É no espaço da escola e do coletivo escolar que as práticas educativas e de cuidados acontecem", enfatiza a pesquisadora da UFSCar.
Sommerhalder indica a necessidade de formulação, no Brasil, de políticas públicas que reconheçam a função social da escola. Defende, também, a urgência de pensar na volta do atendimento presencial de forma segura e articulada, entendimento que implica a caracterização de três ações como fundamentais: vacinação de todos os profissionais que atuam no ambiente escolar; ampliação de recursos humanos, com a contratação de mais educadores e, consequentemente, formação de turmas menores para evitar a aglomeração; e investimento em infraestrutura e materiais nas unidades escolares.
"Dentro desse investimento, entram os recursos financeiros para mudanças estruturais, como a valorização de ambientes abertos, ventilação ampla em salas, ampliação dessas salas ou criação de outras, além de compra de materiais básicos, o que inclui kits de higienização, para atendimento ao protocolo de uso de máscara e higiene de mãos. São, portanto, desafios complexos diante das políticas educacionais atuais na realidade brasileira", avalia.
As pesquisas estão sendo realizadas por Sommerhalder em parceria com Fernando Donizete Alves, docente do Departamento de Educação Física e Motricidade Humana (DEFMH) e do PPGE, ambos da UFSCar, e também diretor do Cfei, com a participação de pesquisadora de pós-doutorado do Cfei e os parceiros da UniRoma Tre.
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