É o primeiro curso aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico do interior de São Paulo
SÃO CARLOS/SP – O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da Santa Casa abre, nesta segunda-feira (6), as inscrições para a 2a Turma do Curso Técnico de Enfermagem. São 30 vagas para candidatos, que vão passar por um processo seletivo no dia 07 de janeiro. Para se inscrever, é só acessar http://iep.santacasasaocarlos.com.br/inscricao/. A taxa de inscrição custa R$ 29,90.
O curso é o primeiro aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico no interior de São Paulo. Para André Mascaro, gerente do IEP, “esse reconhecimento por parte da Secretaria de Educação já demonstra o nível de qualidade que nosso curso vai oferecer aos alunos. E tem muito mais, eles vão aprender com profissionais que estão na linha de frente, dentro de um hospital de alta complexidade e com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, como o centro de simulação realística”, explica.
Para se conseguir cursar a segunda turma do Curso de Técnico em Enfermagem, os candidatos têm que ser maiores de 18 anos e ter o ensino médio completo. O processo seletivo constará de uma prova objetiva com 30 questões (10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e 10 de Ciências Biológicas). O curso é presencial, com dois anos de duração e os aprovados poderão pagar à vista com 20% de desconto com valor de R$ 6.777,60. Ou em 24 parcelas de R$ 353,00 e também outras modalidades de parcelamento. O início das aulas será no dia 24 de janeiro de 2022.
“Para nós já foi um orgulho montar a primeira turma do Curso Técnico de Enfermagem aqui no IEP da Santa Casa. Nosso objetivo era formar profissionais com formação sólida e mais preparados para enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho. Sabemos do nosso desafio, mas o fato de abrirmos uma segunda turma é a confirmação de que nosso sonho deu certo”, comenta a Gerente de Práticas Educacionais, Vanísia Sulpino.
E a cada dia a demanda por profissionais da área de enfermagem só aumenta. E ajudar na formação dessas pessoas é também uma marca da Santa Casa de São Carlos. “ Nossa missão principal é a prestação de serviços de saúde de excelência à população. Mas, além disso, a abertura dessa segunda turma do Curso Técnico de Enfermagem do IEP representa mais um passo, mais uma etapa, para transformar a Santa Casa em um hospital de referência no Ensino e Pesquisa, afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.
45% da população brasileira apresenta algum sintoma de DTM
SÃO CARLOS/SP - Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.
A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crâneo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.
Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.
Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante - o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.
O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.
Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto
Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag,
https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-17-issue-2-year-2018.html
Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with Ultrasound and Photobiomodulation Therapy
in Patients with Temporomandibular
Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery
https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/photob.2019.4697
Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters
https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1612-202X/ac20de/meta
Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag,
https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-20-issue-9-year-2021.html
Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP
Pesquisa está inserida em um projeto da EMBRAPII- Unidade do Instituto de Física de São Carlos
SÃO CARLOS/SP - Jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um projeto pertencente à EMBRAPII-Unidade do IFSC/USP, com a participação das empresas “Dermociencia”, empresa de cosmética sediada em nossa cidade, e a “AGTTEC”, empresa dedicada ao beneficiamento do café, localizada na cidade de Dois Córregos (SP), com a finalidade de tratar mulheres portadoras da designada Alopecia Androgenética - comumente conhecida como calvice.
A equipe técnico-científica é constituída pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, Drª Fernanda Carbinatto, farmacêutica e pós-doutoranda do IFSC/USP, e Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia.
Este projeto, que é bastante interessante, juntou as experiências das duas empresas acima citadas, com o intuito de verificar a eficácia de um composto constituído por pó do café verde e um shampoo neutro.
“Já existem no mercado diversos produtos que contêm o café verde destinados, principalmente, para a área da saúde estética e tratamento capilar. Contudo, a nossa atenção ficou voltada, não para o óleo do café verde, propriamente dito, que é extraído diretamente do grão, mas para um produto derivado dele, chamado “torta”, que é muito rico em cafeína e em ácido clorogênico (antioxidante), explica Fernanda Carbinatto.
Foi a partir de estudos realizados com esse produto que as pesquisadoras chegaram à conclusão que poderiam iniciar uma abordagem com o tratamento experimental para combater a calvície feminina (alopecia androgenética), um projeto que será desenvolvido no espaço “K Quadrado”, em São Carlos.
A chamada de voluntárias mulheres para este tratamento não invasivo e aprovado pelo Comité de Ética, consta apenas na aplicação do produto diretamente no couro cabeludo das pacientes por meio da lavagem no local a ser desenvolvido os testes. Serão dez sessões, duas vezes por semana, com a duração de 40 minutos cada sessão, antecedendo-se sempre a análises microscópicas e macroscópicas da região a ser tratada, tendo como objetivo a recuperação dos fios de cabelos que foram acometidos pela disfunção.
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