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É o primeiro curso aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico do interior de São Paulo

 

SÃO CARLOS/SP – O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da Santa Casa abre, nesta segunda-feira (6), as inscrições para a 2a Turma do Curso Técnico de Enfermagem. São 30 vagas para candidatos, que vão passar por um processo seletivo no dia 07 de janeiro. Para se inscrever, é só acessar http://iep.santacasasaocarlos.com.br/inscricao/. A taxa de inscrição custa R$ 29,90.

            O curso é o primeiro aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico no interior de São Paulo. Para André Mascaro, gerente do IEP, “esse reconhecimento por parte da Secretaria de Educação já demonstra o nível de qualidade que nosso curso vai oferecer aos alunos. E tem muito mais, eles vão aprender com profissionais que estão na linha de frente, dentro de um hospital de alta complexidade e com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, como o centro de simulação realística”, explica.

            Para se conseguir cursar a segunda turma do Curso de Técnico em Enfermagem, os candidatos têm que ser maiores de 18 anos e ter o ensino médio completo. O processo seletivo constará de uma prova objetiva com 30 questões (10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e 10 de Ciências Biológicas). O curso é presencial, com dois anos de duração e os aprovados poderão pagar à vista com 20% de desconto com valor de  R$ 6.777,60. Ou em 24 parcelas de R$ 353,00 e também outras modalidades de parcelamento. O início das aulas será no dia 24 de janeiro de 2022.

            “Para nós já foi um orgulho montar a primeira turma do Curso Técnico de Enfermagem aqui no IEP da Santa Casa. Nosso objetivo era formar profissionais com formação sólida e mais preparados para enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho. Sabemos do nosso desafio, mas o fato de abrirmos uma segunda turma é a confirmação de que nosso sonho deu certo”,  comenta a Gerente de Práticas Educacionais, Vanísia Sulpino.

            E a cada dia a demanda por profissionais da área de enfermagem só aumenta. E ajudar na formação dessas pessoas é também uma marca da Santa Casa de São Carlos. “ Nossa missão principal é a prestação de serviços de saúde de excelência à população. Mas, além disso, a abertura dessa segunda turma do Curso Técnico de Enfermagem do IEP representa mais um passo, mais uma etapa, para transformar a Santa Casa em um hospital de referência no Ensino e Pesquisa, afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.

Estudo visa identificar a estrutura e as estratégias da organização dos grupos GRACE e Pyladies São Carlos

 

SÃO CARLOS/SP - A doutoranda Jussara Ribeiro de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) da UFSCar, está convidando voluntários para participar da sua pesquisa intitulada "Inclusão de mulheres na TI: um estudo de caso de iniciativas em São Carlos". O estudo, orientado pela docente Camila Carneiro Dias Rigolin, do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da UFSCar, busca caracterizar grupos que atuam em prol do engajamento de mulheres e meninas na Tecnologia da Informação (TI) em São Carlos. 
Um de seus objetivos é identificar a estrutura e as estratégias da organização dos grupos GRACE e Pyladies São Carlos, além de motivações e trajetória de participantes.
Para participar da pesquisa, é necessário ter feito parte de um desses grupos em qualquer momento e responder este questionário online (https://forms.gle/7NnEGHxjr9u22uF27). A participação é voluntária. Os resultados serão analisados e, posteriormente, divulgados, preservando o anonimato dos respondentes. 
Parceria entre UFSCar e Universidade do Minho analisou distribuição dos subtipos B e C no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Artigo científico publicado na segunda-feira (29/11) no periódico Scientific Reports, do grupo Nature (acessível em www.nature.com/articles/s41598-021-02428-3), apresenta novas explicações para as diferenças geográficas na distribuição das linhagens - ou subtipos - que causam mais infecções por HIV no mundo. O trabalho, em conjunto com investigações anteriores, indica que não podemos encarar a pandemia de HIV como igual em todo o mundo e nos diferentes contextos socioeconômicos, recomendando pesquisas e práticas de prevenção e tratamento que considerem especificidades locais e regionais.
A pesquisa foi realizada em uma parceria entre o Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho). O grupo estudou os subtipos B e C, mais disseminados em todo o mundo, sendo o B mais prevalente na Europa e na América do Norte e o C na África do Sul, Etiópia e Índia. No Brasil, a região Sul do País é dominada pelo subtipo C, com as demais regiões apresentando maior prevalência do subtipo B. 
Foram analisadas, por meio de diferentes ferramentas de Bioinformática, informações de mais de 2.500 pessoas com HIV no Brasil, com dados clínicos e sequências virais coletados antes do início do tratamento. Nuno Osório, coordenador do estudo na UMinho, destaca a particularidade do contexto brasileiro, que permitiu a comparação e, assim, a identificação de diferenças importantes entre os subtipos B e C. "O Brasil conjuga regiões que são fronteiriças e têm prevalências diferentes desses subtipos. Isso, junto com o bom nível de informação que é possível recolher no nível nacional, permitiu a oportunidade de criar este trabalho, e condições deste gênero não existem em muitos locais do mundo", afirma. "A maior parte da investigação científica é focada no subtipo B - por ser o mais prevalente na Europa e América do Norte -, mas os resultados não serão sempre necessariamente aplicáveis ao subtipo C, o mais comum no mundo em desenvolvimento", complementa.
A análise mostrou que ambos os subtipos são capazes de atingir cargas virais elevadas nas pessoas infectadas sem tratamento, mas o subtipo B causa mais rapidamente deficiência imune que o C. Com isso, os pesquisadores sugerem que o subtipo C pode se beneficiar de períodos assintomáticos mais longos para maximizar a sua transmissão.
As diferenças não ficam por aqui. O subtipo C é também mais frequente em mulheres e pessoas jovens, podendo estar mais adaptado a esses hospedeiros ou a vias de transmissão envolvendo homens e mulheres ou mulheres e crianças, o que justifica a construção de políticas públicas de prevenção específicas, para que possam ser mais eficazes. Os pesquisadores apontam que não só as características do vírus, mas também aspectos culturais e socioeconômicos devem ser considerados no desenho dessas políticas.
"Compreender questões culturais e sociais, sua relação com o modo de transmissão do HIV e o quanto esse modo de transmissão pode influenciar na prevalência de cada subtipo tem implicações importantes para as políticas públicas", registra Bernardino Geraldo Alves Souto, da UFSCar, destacando sobretudo assimetrias de gênero como possível explicação para a prevalência do tipo C no Sul do Brasil. O pesquisador, que atuou como médico nessa região, afirma que uma cultura de submissão da mulher e de naturalização de relacionamentos extraconjugais do homem pode favorecer a transmissão do subtipo mais adaptado à via de transmissão entre homem e mulher - e, consequentemente, da mulher para o bebê -, enquanto em regiões com maior tolerância aos relacionamentos sexuais entre homens, por exemplo, o subtipo prevalente é o B, como é o caso da região Sudeste.
Outro fator a se considerar é a ocorrência, especialmente em regiões menos urbanizadas, da prática do aleitamento cruzado, que aumenta os riscos de transmissão materno-infantil especialmente em áreas onde a prevalência de infecções pelo subtipo C envolvendo mulheres é proporcionalmente mais elevada.
Assim, a partir dos resultados apresentados, os pesquisadores apontam a importância de políticas públicas que busquem ainda mais a proteção das mulheres nos cenários dominados pelo subtipo C, com campanhas de prevenção, políticas de diagnóstico e tratamento precoces e, também, cuidado especial com o ciclo gravidez-puerpério. "As diferenças que apontamos podem ajudar a focar as prioridades das políticas que já existem, mas podem ser aprimoradas com base nesse conhecimento", afirma Osório.
Souto, da UFSCar, destaca que o conhecimento do grupo português em diferentes vertentes da Bioinformática foi essencial à possibilidade de realização do trabalho. Na mesma direção, Osório valoriza a possibilidade de acesso aos bancos de dados brasileiros e, sobretudo, a relevância do conhecimento sobre a realidade local na possibilidade de interpretação dos resultados encontrados. "A colaboração foi fundamental para que o trabalho pudesse ser feito. Nenhum dos grupos poderia ter feito isso sozinho, é uma complementaridade muito boa de conhecimentos, técnicas e experiências", conclui Osório.
Bioluminescência de espécie identificada pela primeira vez no campus da UFSCar permite detecção do Sars-CoV-2

 

SOROCABA/SP - Uma nova plataforma para diagnóstico de Covid-19 e outras doenças, baseada na luz de uma espécie brasileira de vagalume, foi desenvolvida por pesquisadores do Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde a espécie foi descoberta, em 2006.
Por meio de engenharia genética, os pesquisadores associaram a enzima responsável pela bioluminescência do vagalume com uma proteína capaz de se ligar a anticorpos contra o Sars-Cov-2 e, até mesmo, a uma proteína do próprio vírus. Assim, criaram uma nova proteína, a partir dessa fusão, capaz de emitir luz quando em contato com amostras biológicas de pacientes infectados.
Vadim Viviani, pesquisador que lidera o Laboratório de Sistemas Bioluminescentes da UFSCar, estuda vagalumes e as enzimas responsáveis pela luz que emitem desde 1990. Viviani esteve entre os primeiros cientistas em todo o mundo a clonar essas enzimas, as luciferases, ou seja, a produzi-las em laboratório a partir da clonagem dos genes - fragmentos de DNA - que expressam essas enzimas no organismo dos vagalumes.
"Esta é uma das grandes vantagens da biotecnologia, a possibilidade de obter a informação genética e reproduzir a expressão dos genes que codificam produtos úteis em células que são cultiváveis, como as bactérias, com pouco custo e sem precisar capturar, neste caso, dezenas de milhares de vagalumes", situa o pesquisador. Ele conta que, antes dessa possibilidade, os Estados Unidos, por exemplo, realizavam campanhas com crianças para coleta dos insetos. "Para se ter uma ideia, eram necessários 10 mil vagalumes para obtenção de 5 mg de luciferase", complementa.
Há mais de 30 anos, portanto, Viviani realiza expedições para coleta de vagalumes brasileiros e, quando a luz emitida tem características interessantes, ele e seu grupo de pesquisa clonam a enzima para estudá-la e, eventualmente, prospectar potenciais aplicações biotecnológicas. Assim, quando chegou ao Campus Sorocaba da UFSCar para atuar como docente, em 2006, logo notou a presença no local de vagalumes com bioluminescência incomum. "Em geral, os vagalumes emitem luz na faixa do verde, tendendo para o amarelo. Este era um vagalume muito pequeno, mas com luz muito forte e tonalidade verde-azulada", conta. O cientista então clonou a luciferase do inseto que, depois, descobriu-se pertencer a uma espécie ainda não descrita, posteriormente denominada Amydetes vivianni pelo pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que a descreveu, em homenagem ao docente da UFSCar que a descobriu.
O fenômeno da bioluminescência é o equivalente em organismos vivos ao da quimioluminescência, propriedade já bastante explorada em aplicações biotecnológicas. Ambos consistem na emissão de luz a partir de uma reação química. No caso dos vagalumes, trata-se de uma reação de oxidação, por oxigênio do ar, da molécula orgânica luciferina, na qual a enzima luciferase atua como catalisadora, possibilitando a ocorrência da reação.

Covid-19
O grupo de Viviani já clonou inúmeras luciferases de diferentes espécies de vagalumes brasileiros, utilizadas em diversas aplicações. Com a emergência da pandemia de Covid-19, surgiu a ideia de buscar novas possibilidades. Para tanto, o grupo contou com recursos de projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que originalmente não previa esta iniciativa. Desenvolvido inteiramente na UFSCar, o projeto contou com parceria de pesquisador do Instituto Butantan.
"O espírito de cientista nos levou a tentar contribuir no contexto dessa situação inédita, e buscamos algo que fosse factível a partir daquilo que tínhamos disponível e em um curto intervalo de tempo", relata o pesquisador da UFSCar. Daí surgiu a proteína bioluminescente para uso em testes para diagnóstico de Covid-19 que, na presença do anticorpo ou de proteínas do próprio vírus em amostras de sangue ou de secreção nasofaríngea (coletada por swab nasal, como no exame RT-PCR) às quais é acrescentada a luciferina, emite um sinal luminoso.
A luz emitida pode ser lida por câmeras de fotodetecção, equipamentos fotográficos e, até mesmo, pela câmera de um smartphone.
Os pesquisadores já realizaram os primeiros testes, cujos resultados estão em artigo recém-publicado no periódico Frontiers in Bioengineering and Biotechnology [https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fbioe.2021.755045/full]. Agora, novos testes, sorológicos e com swab nasal, estão sendo feitos em parceria pesquisadores convidados da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo.
Também já foi depositado, com apoio da Agência de Inovação (AIn) da UFSCar, o pedido de patente da nova tecnologia, que depende ainda de parceria com empresa interessada para ser produzida em larga escala.
Pesquisa subsidia a proposta de mobilidade urbana para um novo perfil de cidade

 

SÃO CARLOS/SP - Tornar a cidade de Araraquara (SP) mais segura do ponto de vista da mobilidade para todos os seus usuários, promovendo uma melhoria na qualidade de vida: esse é o resultado buscado pelo estudo de revisão do Plano de Mobilidade Urbana do município, elaborado pela equipe de pesquisadores da Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana (PPGEU) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), cuja etapa de diagnóstico foi apresentada no último dia 11 de novembro, em audiência pública na Câmara Municipal de Araraquara.
Com início em junho de 2019, o projeto desenvolvido pela UFSCar teve como objetivo revisar o Plano de Mobilidade Urbana de Araraquara segundo exigências da Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), instituída em abril de 2012 pela Lei Federal n. 12.587. O Plano é um dos instrumentos de desenvolvimento urbano no Brasil e tem como finalidade priorizar os modos não motorizados (a pé e bicicleta) e o transporte público, promovendo a integração entre os diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e da mobilidade de pessoas e cargas.
Como resultado do estudo, foi criado o MOBILIdados, um diagnóstico atual de Araraquara que subsidia a proposta de mobilidade urbana para um novo perfil de cidade. É composto pelos dados resultantes de levantamentos realizados nas vias públicas da cidade, considerando as principais entradas e saídas do município e os principais pontos de circulação interna, além dos resultados da pesquisa origem-destino, realizada via formulário web, com pessoas de todos os bairros (agrupados em Zonas de Tráfego), de várias faixas etárias, e incluindo usuários de transporte coletivo, de veículos motorizados e da mobilidade ativa, como ciclistas e pedestres.
Ao todo, a pesquisa foi dividida em 14 etapas, entre elas estão planejamento; treinamento e capacitação inicial da equipe; levantamento geral da base de dados e georreferenciamento; organização e realização de Audiência Pública; pesquisas de comportamento na circulação: pesquisas de origem e destino; pesquisas operacionais do transporte coletivo, entre outras.
"Finalizamos a etapa de diagnóstico e agora daremos início à etapa de prognóstico, que se refere à etapa de apresentação de propostas. Pretende-se com elas fomentar o deslocamento das viagens realizadas utilizando o transporte coletivo, a pé e de bicicleta, dando mais segurança para que a população utilize estes modos, seja através da criação de uma rede cicloviária segura e conectada, seja através da criação de áreas que assegurem que o pedestre consiga caminhar com segurança, bem como propostas que possibilitem que o transporte coletivo atenda a uma maior parcela da população. Destacamos o incentivo ao uso da bicicleta, proporcionando uma transformação da cidade para um modal mais sustentável, denominada cidade ciclável", finalizou Luciana Márcia Gonçalves, docente do Departamento de Engenharia Civil (DECiv) da UFSCar.

45% da população brasileira apresenta algum sintoma de DTM

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto apoiado pela FAPESP (CEPID-CEPOF), para tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) e dor orofacial (DOF), com aplicação de Laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom e terapia com vácuo, foi desenvolvido por pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP), tendo sido publicados quatro artigos clínicos, sendo dois neste último mês de setembro de 2021.

A Disfunção Temporomandibular é considerada uma das dores orofaciais mais comuns, resultado de inflamação e dores que podem aparecer nos músculos da mastigação e na articulação temporomandibular (ATM) que liga a cabeça da mandíbula à base do crâneo. Normalmente, a DTM está associada a um apertamento dental noturno, usualmente conhecido como “bruxismo do sono”, podendo também surgir devido a pequenos traumatismos (pancadas) e vícios posturais, entre outras causas.

Segundo dados recentes, cerca de 45% da população brasileira apresenta sintomas relacionados com essa doença, cuja maior prevalência é em mulheres com idades entre os 20 e 50 anos de idade, sendo que 10% apresentam necessidade de tratamento.

Para o pesquisador do IFSC/USP, Vitor Hugo Panhóca, responsável por estas pesquisas, este novo tratamento, agora feito com duas metodologias inovadoras e distintas, vem na sequência de anteriores pesquisas feitas ao longo dos últimos cinco anos. “De fato, começamos a abordar esta nova metodologia de tratamento em 2015, com métodos aplicando laser e led, sendo que os estudos evoluíram para este novo tratamento feito com dois equipamentos distintos, mas cuja eficácia é semelhante - o laser de baixa potência acoplado a terapia com ultrassom ou terapia de vácuo. Estes equipamentos foram desenvolvidos pelo Laboratório de Apoio Tecnológico (LAT) do IFSC/USP sob a coordenação do Prof. Vanderlei Bagnato”.

O Prof. Dr. Vitor Hugo Panhóca, auxiliado pela Profª. Patricia Eriko Tamae e demais pesquisadores da equipe do Laboratório de Biofotônica, do IFSC USP, já realizaram o atendimento experimental em vários grupos de pacientes, cujos resultados demonstraram uma substancial redução de dor, a reabilitação da abertura da boca (extensão do maxilar) e, com isso, a recuperação de uma boa qualidade de vida nos pacientes portadores de DTM. Em um futuro próximo os pesquisadores irão organizar outros grupos compostos por um maior número de pacientes voluntários, no sentido de comprovar os resultados obtidos com estes procedimentos inovadores.

Confira, abaixo, os artigos publicados sobre este assunto

Treatment of temporomandibular disorder using synergistic laser and ultrasound application. Oral Health Dental Manag,

https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-17-issue-2-year-2018.html

Increased Oral Health-Related Quality of Life Postsynergistic Treatment with Ultrasound and Photobiomodulation Therapy

 in Patients with Temporomandibular

Disorders. Photobiomodulation, photomedicine, and laser surgery

https://www.liebertpub.com/doi/abs/10.1089/photob.2019.4697

Synergistic effect of low-level laser and vacuum therapy on the temporomandibular disorder: two cases report. Laser Physics Letters

https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1612-202X/ac20de/meta

Comparison of the Synergistic Effect of Vacuum Therapy or Ultrasound Associated with Low Power Laser Applied in Temporomandibular Disorders. Oral Health Dental Manag,

https://www.longdom.org/archive/ohdm-volume-20-issue-9-year-2021.html

 

 

Rui Sintra - Jornalista - IFSC/USP

Estudo também avalia como cultura e meios digitais interferem nessa reinvenção do dia a dia

 

SÃO CARLOS/SP - A pandemia de Covid-19 causou e ainda vem causando inúmeros impactos para o dia a dia de diferentes pessoas nos seus mais diversos contextos - trabalho, vida pessoal, lazer/socialização, autocuidado, dentre outros. A adaptação e a reinvenção de suas atividades e modos de viver foram necessárias nesse novo cenário e trouxeram mudanças na vida cotidiana e diferentes hábitos. Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Sesc-SP e com participação de docente da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), pretende produzir um mapeamento dessas reinvenções na interface entre Saúde e Cultura na pandemia. Interessados em colaborar com essa pesquisa podem responder um questionário online que proporciona uma trilha reflexiva ao participante, na companhia de artistas que enriquecem a experiência de participação.
Em linhas gerais, os objetivos do estudo são investigar como as pessoas têm reinventado sua vida cotidiana para lidar com os impactos da pandemia e, nesse contexto, conseguir produzir saúde, e compreender de que modo a cultura e o mundo digital participam dessa reinvenção do cotidiano e das novas estratégias de se produzir saúde em tempos de pandemia. De acordo com Sabrina Ferigato, docente do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da UFSCar, que colabora na pesquisa como parte de seu pós-doutorado na USP, a importância do estudo consiste na produção de um amplo mapeamento da interface entre saúde e cultura na pandemia, a partir da sistematização e análise das mudanças que esse cenário imprimiu na vida cotidiana, com ênfase em hábitos culturais, digitais e de saúde.

Participação
Para realizar o estudo, estão sendo convidadas pessoas maiores de 18 anos que deverão responder um questionário, que oferece uma experiência diferente aos participantes - uma trilha reflexiva sobre a vivência pandêmica, acompanhada de artistas que trazem um diferencial comunicacional e conceitual à pesquisa. Os artistas convidados para a experiência são Rita Von Hunty, Rael da Rima, Adriana Couto e Pascoal da Conceição. À medida que os voluntários vão avançando nas respostas, os artistas aparecem em vídeo e acompanham todo o percurso da participação. "Com os diferentes perfis de artistas, procuramos também produzir a identificação com diferentes públicos, abrangendo a potência de pluralidade e diversidade dos participantes", afirma Ferigato. Os artistas podem ser conhecidos neste cartaz do estudo (https://bit.ly/2ZmwMDG).
Interessados podem responder o questionário por meio de diferentes links, de acordo com o artista escolhido:
https://pesqsesc.net/survey/index.php/789287/acp/1 (Rita);
https://pesqsesc.net/survey/index.php/789287/acp/3 (Rael);
https://pesqsesc.net/survey/index.php/789287/acp/2 (Adriana); e
https://pesqsesc.net/survey/index.php/789287/acp/4 (Paschoal).
Por ser tratar de uma trilha reflexiva, o tempo demandado para responder ao questionário é entre 30 e 50 minutos.
A pesquisa é coordenada por Ricardo Rodrigues Teixeira (USP); tem colaboração de Sabrina Ferigato, do DTO da UFSCar, e de Rogério da Costa (PUCSP); além dos pesquisadores do Centro de Pesquisa e Formação (CPF) do Sesc-SP - Jair de Souza Moreira Júnior, Rosana Catelli, Giovanna Togashi e Andresa Caravage.
Estudo detecta comércio solidário em condomínios residenciais, com o uso da tecnologia, mas também aumento da precarização do trabalho

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) analisou o comércio e o consumo de mercadorias em condomínios residenciais, entre vizinhos, no contexto da pandemia de Covid-19. Neste cenário, a necessidade de distanciamento social levou à busca de alternativas para geração de renda, especialmente via aplicativos de comunicação, como o WhatsApp, evidenciando, segundo o estudo, a solidariedade entre as pessoas e, ao mesmo tempo, a precarização do trabalho na sociedade contemporânea.
O trabalho, realizado por Carlos Henrique Costa da Silva, docente do Departamento de Geografia, Turismo e Humanidades (DGTH-So) do Campus Sorocaba da UFSCar, e por Diego de Morais Benega, mestrando no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGGeo-So) da Instituição, investigou a organização do comércio e do consumo em três condomínios residenciais, horizontais (casas) e verticais (prédios), de abril a novembro de 2020: Residencial Itahyê, em Santana de Parnaíba, com moradores de classe A, horizontal; Bela Cintra, em São Paulo, de classe B, vertical; e Residencial Parque Sicília, em Votorantim, classes C e D, também vertical.
Esta escolha foi feita com o intuito de compreender a extensão territorial dos impactos econômicos da pandemia em perfis socioeconômicos e municípios diferentes.
Para isso, os pesquisadores coletaram informações sobre venda de serviços e produtos postadas nos grupos de WhatsApp dos condomínios e entrevistaram 30 moradores comerciantes (10 de cada local).
Em relação às atividades comerciais exercidas, 76% são de alimentação, com a produção de bolos, tortas, brigadeiros, hambúrgueres, massas, dentre outros. Em segundo lugar - apenas 10% das respostas - está a prestação de serviços, como vendas de produtos artesanais como máscaras caseiras, assistência técnica em eletrodomésticos ou reparos em imóvel. Por fim, entram serviços como higiene pessoal e beleza (6%), vestiário (4%) e serviços para animais (4%).
Ao selecionarem dois principais meios de divulgação de seu comércio, 40% optaram pelo WhatsApp, e 31% acreditam na divulgação "boca a boca", por indicação. "A divulgação pelo WhatsApp ou redes sociais é considerada fundamental para a divulgação do comércio, mas os comentários e os compartilhamentos de avaliações dos produtos adquiridos pelos vizinhos-clientes geram engajamento e fidelização. Os dois se complementam", avalia Silva.

Comércio solidário
A análise das postagens nos grupos e das entrevistas mostra que a relação de vizinhança nos três condomínios permitiu o comércio solidário entre as pessoas. "Algumas faziam um alimento, outras se prontificavam a criar uma arte para divulgação, outras para tirar a foto... a solidariedade e a troca de produtos e serviços foram notáveis", registra o docente da UFSCar.
Silva resgata que a própria história do comércio mostra que o ser humano precisa das relações de troca. "O encontro e a interação social dão vida às cidades e garantem o compartilhamento de experiências. A quarentena transformou esta dinâmica social e as relações de proximidade foram valorizadas", avalia. "Ao mesmo tempo em que era imposto o distanciamento social, os moradores se aproximaram virtualmente e trocaram produtos, ainda que sem manter contato físico entre eles, fortalecendo o comércio local e maximizando as formas de gerar renda", completa o pesquisador.

Precarização do trabalho
Apesar do cenário de solidariedade entre os moradores, os resultados da pesquisa mostram, por outro lado, que o comércio e o consumo baseados nas relações de proximidade de moradia e de vizinhança cresceram durante a pandemia devido à crise econômica, decorrente da paralisação da produção e da circulação de pessoas. Isso ocasionou aumento do desemprego e da informalidade - a maior parte dos entrevistados relatou que as vendas são sua principal fonte de renda (36%) ou, pelo menos, de complementação (28%).
Silva lembra, no entanto, que a informalidade - uma forma de precarização do trabalho - é uma realidade há pelo menos 30 anos. "A economia da era digital tem apresentado formas de trabalho com vínculos frágeis ou inexistentes, abrindo uma nova era de exploração. Há perda de direitos sociais e trabalhistas e aumento da informalidade como uma alternativa ao desemprego, colocando os trabalhadores em situação de precariedade", descreve. "A pandemia escancarou o cenário e nos fez enxergar ainda mais a precarização do trabalho existente em nossa sociedade, bem como as formas de sobrevivência que as pessoas descobriram como alternativas para enfrentar a crise", expõe.
Os resultados da pesquisa estão no capítulo "O comércio e o consumo em condomínios residenciais horizontais e verticais durante a pandemia de Covid-19", publicado no livro "Espaços de consumo em tempos de Covid-19", organizado por Amalia Inés Geraiges de Lemos e Aparecido Pires de Moraes Sobrinho, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), da Universidade de São Paulo (USP). A obra está disponível para leitura em livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/book/645.

Pesquisa está inserida em um projeto da EMBRAPII- Unidade do Instituto de Física de São Carlos

 

SÃO CARLOS/SP - Jovens pesquisadoras formadas pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) estão iniciando um projeto pertencente à EMBRAPII-Unidade do IFSC/USP, com a participação das empresas “Dermociencia”, empresa de cosmética sediada em nossa cidade, e a “AGTTEC”, empresa dedicada ao beneficiamento do café, localizada na cidade de Dois Córregos (SP), com a finalidade de tratar mulheres portadoras da designada Alopecia Androgenética - comumente conhecida como calvice.

A equipe técnico-científica é constituída pela Drª Alessandra Keiko Lima Fujita, doutora em ciências na área de Biofotônica pelo IFSC/USP e na área de disfunções capilares e pesquisadora responsável por este projeto de pesquisa, Drª Fernanda Carbinatto, farmacêutica e pós-doutoranda do IFSC/USP, e Patricia Kaori Shiraishi, terapeuta capilar especializada em disfunções do couro cabeludo, formada pela Associação Brasileira de Tricologia.

Este projeto, que é bastante interessante, juntou as experiências das duas empresas acima citadas, com o intuito de verificar a eficácia de um composto constituído por pó do café verde e um shampoo neutro.

“Já existem no mercado diversos produtos que contêm o café verde destinados, principalmente, para a área da saúde estética e tratamento capilar. Contudo, a nossa atenção ficou voltada, não para o óleo do café verde, propriamente dito, que é extraído diretamente do grão, mas para um produto derivado dele, chamado “torta”, que é muito rico em cafeína e em ácido clorogênico (antioxidante), explica Fernanda Carbinatto.

Foi a partir de estudos realizados com esse produto que as pesquisadoras chegaram à conclusão que poderiam iniciar uma abordagem com o tratamento experimental para combater a calvície feminina (alopecia androgenética), um projeto que será desenvolvido no espaço “K Quadrado”, em São Carlos.

A chamada de voluntárias mulheres para este tratamento não invasivo e aprovado pelo Comité de Ética, consta apenas na aplicação do produto diretamente no couro cabeludo das pacientes por meio da lavagem no local a ser desenvolvido os testes. Serão dez sessões, duas vezes por semana, com a duração de 40 minutos cada sessão, antecedendo-se sempre a análises microscópicas e macroscópicas da região a ser tratada, tendo como objetivo a recuperação dos fios de cabelos que foram acometidos pela disfunção.

Evento internacional promovido pela UFSCar reflete sobre currículo escolar, Olimpíadas de Linguística e aprendizagem de segunda língua

 

SÃO CARLOS/SP - A aplicação do "Conhecimento sobre Linguagem" - Knowledge About Language (KAL) - nas escolas é um importante caminho para o desenvolvimento científico e cultural, pois abre novas perspectivas aos estudantes, levando-os a um conhecimento mais abrangente sobre vários aspectos das línguas e das linguagens. Para compartilhar o que tem sido realizado nas escolas nesse sentido, pesquisadores do Brasil e do Reino Unido se reunirão remotamente em um evento internacional, em dezembro de 2021.
No "Colloquium on Knowledge about Language in schools: perspectives from Brazil and the UK", que será promovido online pela UFSCar, serão apresentados trabalhos organizados em três eixos: Curriculum; Olimpíadas; e Lingua(gen)s, as humanidades e as ciências.
Em Curriculum, o foco são as tensões entre perspectivas tradicionais e "Conhecimento sobre Linguagem" (KAL); os conceitos e práticas em políticas curriculares; e a preparação dos professores para ensinar "Conhecimento sobre Linguagem" (KAL). Em Olimpíadas, será abordada a experiência de introdução da Olimpíada de Linguística e suas influências na educação, e ainda como aumentar o envolvimento de escolas e estudantes. Por fim, no eixo Lingua(gen)s, as humanidades e as ciências, serão apresentadas reflexões sobre como esse tipo de abordagem pode ajudar os estudantes aumentando suas habilidades em: aprendizagem de segunda língua e linguagens artificiais; linguagem matemática; e transferência do conhecimento da linguística para outras ciências.

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