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SÃO PAULO/SP - Metade dos brasileiros consideram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o melhor presidente que o país já teve, indica pesquisa Datafolha, bem à frente de Jair Bolsonaro (PL), seu provável adversário na eleição do ano que vem.

Segundo aferiu o instituto, o petista, que governou entre 2003 e 2010, é o líder no ranking dos ex-presidentes para 51% dos entrevistados, 40 pontos à frente de Bolsonaro, escolhido por 11%.

A pesquisa foi realizada de 13 e 16 de dezembro com 3.666 pessoas, em 191 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Lula, assim, recupera parte de sua imagem perante os eleitores, que ficou seriamente abalada em pesquisas anteriores em razão de escândalos de corrupção e recessão econômica.

Em diversos levantamentos do Datafolha realizados entre o final de 2015 e 2016, auge da Lava Jato e da crise política que derrubaria Dilma Rousseff (PT), Lula era considerado o melhor presidente da história do país por entre 35% e 40% dos brasileiros, patamar bem abaixo do atual.

O mesmo já havia ocorrido em 2006, durante o mensalão, em que Lula, na época exercendo a Presidência, era tido como o melhor chefe de Estado da história por 35%.

O auge da imagem do petista ocorreu no final de 2010, quando ele passou a Presidência para Dilma, com a popularidade em alta em razão do forte crescimento econômico da época. Na ocasião, 71% dos pesquisados consideravam Lula o melhor presidente.

Curiosamente, a faixa etária dos eleitores de 16 a 24 anos, que eram crianças ou pré-adolescentes quando Lula governou, é que a tem maior apreço histórico pelo petista. Neste grupo, 61% consideram que ele foi o melhor presidente que o Brasil já teve.

No caso de Bolsonaro, é a primeira vez que seu nome foi incluído nesta pergunta pelo Datafolha, e portanto não é possível fazer comparações.

O atual ocupante do Palácio do Planalto é considerado o melhor presidente da história por 19% dos que se situam na faixa de renda mais alta, que recebe mais de dez salários mínimos por mês.

Na faixa dos empresários, há uma situação de empate técnico entre o atual e o ex-presidente. Bolsonaro é considerado o melhor presidente por 24% dos pesquisados, enquanto Lula é escolhido por 22%.

Durante seus dois governos, o petista conduziu uma política econômica ortodoxa, sem movimentos bruscos de rompimento com o mercado, e teve um empresário, José Alencar, como vice.

Em terceiro lugar na lista de melhores presidentes, aparecem empatados o tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Getúlio Vargas (1930-45 e 1951-54), mencionados por 4%.

Com 1%, foram lembrados Juscelino Kubitschek (1956-61), José Sarney (1985-90), Itamar Franco (1992-94), João Baptista Figueiredo (1979-85), Dilma Rousseff (2011-16), Jânio Quadros (1961) e Tancredo Neves (1985).

O Datafolha perguntou também quem foi o pior presidente da história do Brasil, e nesse caso a marca negativa claramente pertence a Bolsonaro. Ele é citado por 48% dos entrevistados, reflexo de sua queda de popularidade em razão da crise econômica e da má gestão da pandemia.

Lula é citado como pior presidente por 18% dos entrevistados, seguido por Fernando Collor (8%), Dilma (7%), FHC e Sarney (ambos com 2%).

Como esta é a primeira vez em que a pergunta é feita, não é possível fazer comparações com outros períodos.

Bolsonaro atinge índices mais negativos do que a média entre os desempregados, 57% dos quais o consideram o pior presidente da história. Também é mal avaliado para estudantes, em que a cifra atinge 65%.

Médicos relataram angústia, e baixa qualidade de vida associou-se à impossibilidade de conversar com família de pacientes

 

SÃO CARLOS/SP - Docentes do Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), junto com pesquisadores de outras instituições, publicaram recentemente artigo no Journal of The Brazilian Medical Association (periódico da Associação Médica Brasileira) sobre a experiência de profissionais de Saúde que acompanharam pacientes em seus últimos dias de vida durante a pandemia. Intitulado "Health care professionals and end-of-life care during the Covid-19 pandemic" (acesso via https://www.scielo.br/j/ramb/a/CyQjrmfwzwKDbFG4V59Wf4B/?format=pdf&lang=en), o artigo apresenta resultados de levantamento realizado junto a 102 profissionais de Saúde em vários estados brasileiros, que indicou o sentimento de angústia em 69,6% desses profissionais e percepção de baixa qualidade de vida em 64,7%.
A pesquisa colheu informações junto a 41 profissionais da área de Medicina, 36 de Fisioterapia e 25 de Enfermagem, por meio da aplicação de questionário online, abrangendo o período entre 1º de julho e 31 de outubro de 2020. Dentre outras questões, o estudo perguntou sobre concordância com o cuidado oferecido nos dois últimos dias de vida dos pacientes; decisões compartilhadas sobre medidas de suporte à vida; tempo para falar com a família dos pacientes; concordância de que o cuidado oferecido foi suficiente; autorização de visitas; e a oferta de suporte emocional e espiritual aos pacientes.
A autopercepção de angústia foi 37% mais frequente entre profissionais da área médica e foi 42% mais frequente quando houve desacordo com o cuidado oferecido. A baixa qualidade de vida foi 43% mais frequente nos casos em que houve falta de tempo para conversar com a família do paciente. Por outro lado, a compreensão de que o cuidado médico oferecido foi suficiente reduziu em 30% essa percepção de baixa qualidade de vida.
No artigo, os autores comentam como esses resultados evidenciam a importância de se preocupar com o impacto da pandemia também para os profissionais e, também, a relevância de um ambiente de trabalho adequado, com os recursos necessários, em que aspectos físicos e mentais, além do trabalho em equipe, estejam articulados.
"A morte e o luto são processos naturais. O problema é que a pandemia chegou com mudanças radicais, como a restrição e até proibição de visitas hospitalares, bem como velórios com poucas pessoas e tempo reduzido, por exemplo", pontua Esther Angélica Luiz Ferreira, docente do DMed que coordenou a pesquisa.
Considerando justamente a naturalidade com que o processo de morte e luto deveria ser vivido em situações regulares, a pesquisadora relata preocupação frente à porcentagem de profissionais relatando angústia diante da perda de pacientes. "A morte de um paciente também significa luto para o profissional e, se não é vivido de maneira adequada, podemos ter um desequilíbrio que pode acarretar problemas para a saúde física e mental do profissional", registra.
"Encontramos sinais muito fortes de um desequilíbrio, de que as coisas precisam ser modificadas de alguma forma. O cuidado à saúde, de forma integral, desses profissionais, precisa ser considerado pelos sistemas em que estão inseridos. Eles podem adoecer muito rapidamente, e leitos e equipamentos sem profissionais não permitem, inclusive, o enfrentamento da própria pandemia", complementa a pesquisadora.

Novo método é extremamente eficaz, rápido e de baixo custo

 

SÃO CARLOS/SP - Um trabalho desenvolvido por pesquisadores do IFSC/USP, em colaboração com colegas da UNICAMP e da EMBRAPA-Instrumentação, resultou na criação de um imunossensor que detecta a proteína Spike do SARS-CoV-2 em amostras de saliva, inclusive em amostras de vírus inativados que conservam a proteína. A nova metodologia é rápida e extremamente eficaz, empregando equipamento de baixo custo.

Como é do conhecimento público, em diversos países os testes para diagnóstico da COVID-19 não têm sido realizados com a frequência e abrangência necessárias em virtude da indisponibilidade e dos custos elevados das metodologias para detectar material genético do SARS-CoV-2. Os testes rápidos infelizmente não servem para diagnóstico, porque identificam apenas se uma pessoa tem anticorpos para a SARS-CoV-2. Esses anticorpos só são detectados vários dias após a infecção.

As melhores opções para diagnóstico do SARS-CoV-2 são através do conhecido RT-PCR, que detecta o material genético do vírus, mas cujos resultados demoram a ser processados. Além disso, o custo também é alto. Uma alternativa é empregar genossensores que podem detectar material genético de forma mais rápida, mas esses sensores ainda não estão disponíveis comercialmente.

As dificuldades acima motivaram a pesquisa do IFSC/USP e de seus parceiros, com a criação do novo imunossensor cuja detecção da proteína é feita através de espectroscopia de impedância elétrica. O sensor consiste de eletrodos de ouro revestidos com uma película de carboximetilquitosana (um derivado solúvel da quitosana) sobre a qual se deposita uma camada de anticorpos específicos para a proteína Spike. Em contato com uma amostra de saliva que contém o vírus, a proteína Spike é reconhecida, o que gera um sinal elétrico. Como é possível medir esse sinal com um instrumento portátil de baixo custo, podem-se desenvolver testes em larga escala, e empregados em qualquer local.

Segundo a Dra. Juliana Coatrini Soares, uma das autoras do trabalho, o sensor tem baixo custo porque é fruto da nanotecnologia: “Empregamos filmes ultrafinos de material biocompatível, com espessura de poucos nanômetros, que requerem pouco material. Nossa estimativa é que cada sensor custe menos de R$2,00 por unidade. O resultado do teste fica pronto em apenas 10 min. Além disto, o material biocompatível permite emprego em biossensores vestíveis, que poderão ser aplicados para diagnóstico em tempo real.

Estudo analisou o cuidado entre mães e avós; suporte afetivo é mais presente do que apoio às tarefas práticas, do dia a dia

 

SÃO CARLOS/SP - Um projeto de pesquisa desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) analisou o cuidado entre gerações em famílias que têm, em seu convívio, crianças com deficiências. A análise foi realizada entre 2018 e 2020 e buscou descrever e caracterizar a solidariedade intergeracional familiar (SIF) estabelecida entre mães e avós de crianças com deficiências e alto grau de dependência. O principal resultado foi o forte apoio emocional mútuo entre avós e mães da criança.
O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é fruto de uma parceria interinstitucional estabelecida há 10 anos entre pesquisadores das áreas de Terapia Ocupacional e de Ciência da Informação da UFSCar, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade do Porto (UP), em Portugal, com foco em pesquisas voltadas ao campo da família.
Claudia Maria Simões Martinez, docente do Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da UFSCar e coordenadora do estudo, explica que a teoria da SIF foi criada a partir de duas áreas do conhecimento: a Psicologia Social e a Sociologia da Família.
A solidariedade intergeracional familiar, com base nos achados de pesquisadores do campo, é definida como a interdependência entre os sujeitos que compõem uma família, considerando as trocas existentes entre eles no cotidiano. Envolve características como afetos e sentimentos existentes e compartilhados; frequência de contato; consenso ou dissenso nas crenças e valores; fatores estruturais existentes que influenciam a interação (como a distância entre domicílios); troca de recursos e de apoio em tomadas de decisão; normas internas familiares, que definem as funções e obrigações de cada um; e divergências e tensões presentes nas interações familiares.
"Uma das contribuições desta teoria reside em possibilitar entender como ocorrem as relações familiares e como as pessoas se apoiam e cooperam entre diferentes gerações, para que haja benefícios mútuos", esclarece a docente da UFSCar.
Segundo a pesquisadora, a SIF é um elemento importante para o empoderamento das famílias no enfrentamento de fatores estressores (como as demandas cotidianas na criação e educação de crianças com deficiências), podendo funcionar como mecanismo de proteção e fortalecendo a resiliência dos membros da família.
Para o estudo, os pesquisadores aplicaram instrumentos - escalas de avaliação, em forma de questionário - junto a 38 díades mães-avós, para analisar as trocas de apoio entre gerações em três dimensões específicas, que constituem parte das características da SIF: funcional (em atividades práticas, do dia a dia, como ajudar na alimentação, a ir ao banheiro, locomoção), afetiva (no suporte emocional) e conflitual (que envolve divergências e tensões que podem estar presentes nas interações familiares).
Os resultados mostraram que há reciprocidade nas relações intergeracionais no geral, mas em especial na dimensão afetiva, com foco maior no apoio emocional. "Ao contrário do que constava em nossa hipótese, o estudo demonstrou mais apoio emocional do que funcional. Esse apoio emocional esteve presente tanto nas respostas das mães, como nas das avós, de forma mútua, e as avós mostraram altos índices de maturidade na oferta de apoio", destaca.

Estudo da UFSCar busca voluntários que tiveram, ou não, a doença para entender os efeitos do vírus

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Fisiologia e Biofísica Muscular (LFBM), do Departamento de Ciências Fisiológicas (DCF) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), tem como objetivo estudar as causas da fraqueza muscular observada após infecção pelo novo coronavírus. O estudo é desenvolvido por Anabelle Silva Cornachione, docente do DCF, e pela pós-doutoranda Patty Karina dos Santos, e tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com as pesquisadoras, a Covid-19 mostrou ser uma doença que não afeta apenas o trato respiratório dos indivíduos infectados, tendo efeitos consideráveis sobre o sistema musculoesquelético, causando fadiga excessiva, dor muscular, dor nas juntas e fraqueza muscular. Esses sintomas podem persistir por muito tempo após o término da infecção, impactando o dia a dia de inúmeros indivíduos.

"Pouco se sabe sobre o efeito do SARS-CoV-2 em músculos esqueléticos, principalmente de indivíduos que não necessitaram de hospitalização e suporte ventilatório. E como o sistema muscular tem uma importância fundamental no nosso cotidiano, nos permitindo andar, correr, sentar etc., entender como o músculo é afetado pela Covid-19 é essencial para uma adequada reabilitação pós-doença", comentam as pesquisadoras.

A expectativa do estudo é obter um melhor entendimento dos efeitos do novo coronavírus no sistema musculoesquelético, possibilitando uma melhoria no diagnóstico, no manejo e no tratamento de indivíduos acometidos pela doença. "Além disso, espera-se obter informações importantes sobre a fraqueza muscular persistente que tem sido observada em muitos indivíduos após o término da infecção viral", apontam.

Pesquisadora convida crianças de 5 ou 6 anos para participar de coleta de dados online

 

SÃO CARLOS/SP - O que será que as crianças pensam sobre promessas não cumpridas? Será que elas confiam mais em pessoas que cumprem suas promessas do que em pessoas que não cumprem? Essas são as questões que um estudo na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está buscando responder. Para isso, convida crianças de 5 ou 6 anos de idade para participar de uma coleta de dados online.
A pesquisa é realizada pela graduanda Laura Cunha Melnicky, como projeto de Iniciação Científica, e tem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O estudo tem orientação da professora Debora de Hollanda Souza, docente do Departamento de Psicologia (DPsi), e é desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa em Desenvolvimento Sociocognitivo e da Linguagem (GPDeSoL), vinculado ao Laboratório de Interação Social (LIS), do DPsi da UFSCar.
"No atual momento histórico, somos diariamente solicitados a questionar a credibilidade de informações que chegam de diferentes fontes: TV, jornais, mídias sociais, grupos de mensagens. A habilidade de discriminar fatos e falsidades (fake news) nunca se mostrou tão importante", explica Laura Melnicky. "Mas há muito ainda a ser investigado sobre as origens dessa habilidade ou quando e em que circunstâncias as crianças demonstram ser capazes de confiar seletivamente. Levando em consideração a relevância de estudos sobre confiança seletiva em crianças e o número ainda limitado de estudos sobre o tema no País, estou realizando este trabalho", complementa a pesquisadora.
Estudo convida pais e mães cuidadores e seus filhos para responderem questionários

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa na área da Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está investigando a interação entre pais e mães cuidadores e seus filhos, para entender como a criança desenvolve a habilidade de confiança seletiva em uma situação de aprendizagem nova. 
"Confiança seletiva é a habilidade de crianças e adultos de escolher, em uma situação nova de aprendizado, qual é o informante mais acurado para obter aquela informação", define o pesquisador Pedro Carrara de Oliveira, aluno do curso de Psicologia da UFSCar. O objetivo é verificar se existe correlação entre a habilidade de comunicação e de divisão de tarefa dos pais e o desenvolvimento da confiança seletiva em crianças de 4 a 6 anos de idade. Para isso, o estudo pretende contar com a participação de crianças de 4 a 6 anos de idade, assim como a de seus pais/mães ou responsáveis legais para uma coleta de dados, que será feita totalmente online.
De acordo com o pesquisador, não há estudos brasileiros investigando coparentalidade e confiança seletiva. Oliveira explica que "a coparentalidade é definida pela relação que os pais constroem no sentido exclusivo de cuidar uma criança. Neste estudo, não estamos avaliando necessariamente os estilos parentais, mas, sim, a qualidade da comunicação que os cuidadores têm entre si, estritamente no que se refere ao cuidado com a criança". 
São fatores considerados na coparentalidade, por exemplo, a clareza com que um dos cuidadores expõe suas necessidades/vontades/insatisfações; ou o quanto um dos cuidadores reconhece o valor da paternalidade do companheiro ou companheira; como o casal se comunica pra atender às necessidades da criança; como os cuidadores lidam com estresse e a qualidade da escuta promovida pela dupla parental.
"A coparentalidade exclui, portanto, a relação que os pais têm entre si, num sentido romântico -  a conjugalidade. Mas inclui, por outro lado, até mesmo a relação que a dupla parental tem com suas discussões; se dizem coisas cruéis um para o outro na frente da criança; se os objetivos do casal com relação à criança estão alinhados; questões a respeito do estresse e de trabalho etc.", detalha Oliveira.
A pesquisa, intitulada "Coparentalidade e o desenvolvimento da cognição social em pré-escolares", tem orientação da professora Débora de Hollanda Souza, do Departamento de Psicologia (DPsi) da UFSCar, e conta com financiamento de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

É o primeiro curso aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico do interior de São Paulo

 

SÃO CARLOS/SP – O Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP) da Santa Casa abre, nesta segunda-feira (6), as inscrições para a 2a Turma do Curso Técnico de Enfermagem. São 30 vagas para candidatos, que vão passar por um processo seletivo no dia 07 de janeiro. Para se inscrever, é só acessar http://iep.santacasasaocarlos.com.br/inscricao/. A taxa de inscrição custa R$ 29,90.

            O curso é o primeiro aprovado pela Secretaria Estadual de Educação em um hospital filantrópico no interior de São Paulo. Para André Mascaro, gerente do IEP, “esse reconhecimento por parte da Secretaria de Educação já demonstra o nível de qualidade que nosso curso vai oferecer aos alunos. E tem muito mais, eles vão aprender com profissionais que estão na linha de frente, dentro de um hospital de alta complexidade e com o que há de mais moderno em termos de tecnologia, como o centro de simulação realística”, explica.

            Para se conseguir cursar a segunda turma do Curso de Técnico em Enfermagem, os candidatos têm que ser maiores de 18 anos e ter o ensino médio completo. O processo seletivo constará de uma prova objetiva com 30 questões (10 de Língua Portuguesa, 10 de Matemática e 10 de Ciências Biológicas). O curso é presencial, com dois anos de duração e os aprovados poderão pagar à vista com 20% de desconto com valor de  R$ 6.777,60. Ou em 24 parcelas de R$ 353,00 e também outras modalidades de parcelamento. O início das aulas será no dia 24 de janeiro de 2022.

            “Para nós já foi um orgulho montar a primeira turma do Curso Técnico de Enfermagem aqui no IEP da Santa Casa. Nosso objetivo era formar profissionais com formação sólida e mais preparados para enfrentar as dificuldades do mercado de trabalho. Sabemos do nosso desafio, mas o fato de abrirmos uma segunda turma é a confirmação de que nosso sonho deu certo”,  comenta a Gerente de Práticas Educacionais, Vanísia Sulpino.

            E a cada dia a demanda por profissionais da área de enfermagem só aumenta. E ajudar na formação dessas pessoas é também uma marca da Santa Casa de São Carlos. “ Nossa missão principal é a prestação de serviços de saúde de excelência à população. Mas, além disso, a abertura dessa segunda turma do Curso Técnico de Enfermagem do IEP representa mais um passo, mais uma etapa, para transformar a Santa Casa em um hospital de referência no Ensino e Pesquisa, afirma o Provedor da Santa Casa, Antônio Valério Morillas Júnior.

Estudo visa identificar a estrutura e as estratégias da organização dos grupos GRACE e Pyladies São Carlos

 

SÃO CARLOS/SP - A doutoranda Jussara Ribeiro de Oliveira, do Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS) da UFSCar, está convidando voluntários para participar da sua pesquisa intitulada "Inclusão de mulheres na TI: um estudo de caso de iniciativas em São Carlos". O estudo, orientado pela docente Camila Carneiro Dias Rigolin, do Departamento de Ciência da Informação (DCI) da UFSCar, busca caracterizar grupos que atuam em prol do engajamento de mulheres e meninas na Tecnologia da Informação (TI) em São Carlos. 
Um de seus objetivos é identificar a estrutura e as estratégias da organização dos grupos GRACE e Pyladies São Carlos, além de motivações e trajetória de participantes.
Para participar da pesquisa, é necessário ter feito parte de um desses grupos em qualquer momento e responder este questionário online (https://forms.gle/7NnEGHxjr9u22uF27). A participação é voluntária. Os resultados serão analisados e, posteriormente, divulgados, preservando o anonimato dos respondentes. 
Parceria entre UFSCar e Universidade do Minho analisou distribuição dos subtipos B e C no Brasil

 

SÃO CARLOS/SP - Artigo científico publicado na segunda-feira (29/11) no periódico Scientific Reports, do grupo Nature (acessível em www.nature.com/articles/s41598-021-02428-3), apresenta novas explicações para as diferenças geográficas na distribuição das linhagens - ou subtipos - que causam mais infecções por HIV no mundo. O trabalho, em conjunto com investigações anteriores, indica que não podemos encarar a pandemia de HIV como igual em todo o mundo e nos diferentes contextos socioeconômicos, recomendando pesquisas e práticas de prevenção e tratamento que considerem especificidades locais e regionais.
A pesquisa foi realizada em uma parceria entre o Departamento de Medicina (DMed) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e a Escola de Medicina da Universidade do Minho (UMinho). O grupo estudou os subtipos B e C, mais disseminados em todo o mundo, sendo o B mais prevalente na Europa e na América do Norte e o C na África do Sul, Etiópia e Índia. No Brasil, a região Sul do País é dominada pelo subtipo C, com as demais regiões apresentando maior prevalência do subtipo B. 
Foram analisadas, por meio de diferentes ferramentas de Bioinformática, informações de mais de 2.500 pessoas com HIV no Brasil, com dados clínicos e sequências virais coletados antes do início do tratamento. Nuno Osório, coordenador do estudo na UMinho, destaca a particularidade do contexto brasileiro, que permitiu a comparação e, assim, a identificação de diferenças importantes entre os subtipos B e C. "O Brasil conjuga regiões que são fronteiriças e têm prevalências diferentes desses subtipos. Isso, junto com o bom nível de informação que é possível recolher no nível nacional, permitiu a oportunidade de criar este trabalho, e condições deste gênero não existem em muitos locais do mundo", afirma. "A maior parte da investigação científica é focada no subtipo B - por ser o mais prevalente na Europa e América do Norte -, mas os resultados não serão sempre necessariamente aplicáveis ao subtipo C, o mais comum no mundo em desenvolvimento", complementa.
A análise mostrou que ambos os subtipos são capazes de atingir cargas virais elevadas nas pessoas infectadas sem tratamento, mas o subtipo B causa mais rapidamente deficiência imune que o C. Com isso, os pesquisadores sugerem que o subtipo C pode se beneficiar de períodos assintomáticos mais longos para maximizar a sua transmissão.
As diferenças não ficam por aqui. O subtipo C é também mais frequente em mulheres e pessoas jovens, podendo estar mais adaptado a esses hospedeiros ou a vias de transmissão envolvendo homens e mulheres ou mulheres e crianças, o que justifica a construção de políticas públicas de prevenção específicas, para que possam ser mais eficazes. Os pesquisadores apontam que não só as características do vírus, mas também aspectos culturais e socioeconômicos devem ser considerados no desenho dessas políticas.
"Compreender questões culturais e sociais, sua relação com o modo de transmissão do HIV e o quanto esse modo de transmissão pode influenciar na prevalência de cada subtipo tem implicações importantes para as políticas públicas", registra Bernardino Geraldo Alves Souto, da UFSCar, destacando sobretudo assimetrias de gênero como possível explicação para a prevalência do tipo C no Sul do Brasil. O pesquisador, que atuou como médico nessa região, afirma que uma cultura de submissão da mulher e de naturalização de relacionamentos extraconjugais do homem pode favorecer a transmissão do subtipo mais adaptado à via de transmissão entre homem e mulher - e, consequentemente, da mulher para o bebê -, enquanto em regiões com maior tolerância aos relacionamentos sexuais entre homens, por exemplo, o subtipo prevalente é o B, como é o caso da região Sudeste.
Outro fator a se considerar é a ocorrência, especialmente em regiões menos urbanizadas, da prática do aleitamento cruzado, que aumenta os riscos de transmissão materno-infantil especialmente em áreas onde a prevalência de infecções pelo subtipo C envolvendo mulheres é proporcionalmente mais elevada.
Assim, a partir dos resultados apresentados, os pesquisadores apontam a importância de políticas públicas que busquem ainda mais a proteção das mulheres nos cenários dominados pelo subtipo C, com campanhas de prevenção, políticas de diagnóstico e tratamento precoces e, também, cuidado especial com o ciclo gravidez-puerpério. "As diferenças que apontamos podem ajudar a focar as prioridades das políticas que já existem, mas podem ser aprimoradas com base nesse conhecimento", afirma Osório.
Souto, da UFSCar, destaca que o conhecimento do grupo português em diferentes vertentes da Bioinformática foi essencial à possibilidade de realização do trabalho. Na mesma direção, Osório valoriza a possibilidade de acesso aos bancos de dados brasileiros e, sobretudo, a relevância do conhecimento sobre a realidade local na possibilidade de interpretação dos resultados encontrados. "A colaboração foi fundamental para que o trabalho pudesse ser feito. Nenhum dos grupos poderia ter feito isso sozinho, é uma complementaridade muito boa de conhecimentos, técnicas e experiências", conclui Osório.

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