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ALEMANHA - A contraofensiva ucraniana diante das tropas rusas "continua fazendo progresso constante", afirmou nesta terça-feira (19) o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, na abertura de uma reunião de aliados da Ucrânia em uma base militar na Alemanha.

Austin também anunciou que os tanques americanos Abrams prometidos no início do ano Kiev, que começou a contraofensiva em junho, "em breve entrarão na Ucrânia".

Os tanques estarão equipados com munições de 120 mm de urânio empobrecido fornecido pelos Estados Unidos, segundo um anúncio feito por Washington há algumas semanas.

Estas munições têm a capacidade de perfurar blindagens, mas são polêmicas devido aos riscos tóxicos para os militares e a população.

A reunião na base americana de Ramstein, sul da Alemanha, reúne quase 50 países para coordenar a assistência militar contra a invasão russa.

O encontro é o primeiro com a participação do novo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, que assumiu o cargo no início do mês. Seu antecessor, Oleksii Reznikov, um dos rostos mais conhecidos da resistência ucraniana, foi obrigado a abandonar o cargo após vários escândalos de corrupção no ministério.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, os países ocidentais entregaram diversos tipos de armas a Kiev.

A União Europeia e os países da Otan já comprometeram quase 95 bilhões de euros (100 bilhões de dólares) em ajuda militar, segundo os dados do Instituto Kiel, que registra as armas prometidas e entregues à Ucrânia desde o início da invasão.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Autoridades da Ucrânia anunciaram no domingo (17) que suas forças retomaram o povoado de Klishchiivka, ao sul da cidade de Bakhmut.

As vitórias na contraofensiva de Kiev são de grande importância para a Ucrânia, no momento em que o presidente Volodymyr Zelensky se prepara para fazer sua segunda visita a Washington em tempos de guerra, na próxima semana, para tentar reunir apoio.

"Klishchiivka foi limpa de russos", anunciou o comandante das forças terrestres do Exército ucraniano, Oleksander Syrskyi, nas redes sociais. Já Zelensky elogiou os soldados que lutam contra os russos perto de Bakhmut e deu destaque aos que retomaram Klishchiivka.

Klishchiivka, onde viviam centenas de pessoas antes da ofensiva de Moscou, havia sido capturada pelas tropas russas em janeiro. O porta-voz das tropas ucranianas no leste, Ilya Yevlakh, disse que a captura de Klishchiivka poderia ajudar o Exército de Kiev a cercar Bakhmut.

A Ucrânia iniciou uma contraofensiva no sul e leste do país em junho, depois de acumular armas ocidentais e recrutar batalhões. Bakhmut, cidade que tinha cerca de 70 mil habitantes antes da guerra, foi capturada pelas forças russas em maio, após uma das batalhas mais longas e sangrentas desde a invasão russa.

 

 

AFP

RÚSSIA - O governo da Rússia afirmou na sexta-feira (15) que nenhum acordo foi assinado durante a visita ao país do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, um tema que provocou muita preocupação no Ocidente, que suspeita da intenção de Moscou de comprar armas de Pyongyang para utilizar no conflito na Ucrânia.

"Nenhum acordo foi assinado e não estava planejado assinar qualquer acordo", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, ao ser questionado pela imprensa sobre um possível contrato militar, ou de outro tipo.

Além do armamento que a Coreia do Norte poderia fornecer à Rússia, as potências ocidentais suspeitam de que Pyongyang busca adquirir tecnologia russa para seus programas nucleares e de mísseis.

Na reunião de quarta-feira no cosmódromo de Vostochni (extremo-leste do país), o presidente russo Vladimir Putin e Kim Jong-un trocaram rifles como presentes, objetos considerados simbólicos, devido aos temores do Ocidente.

Os dois demonstraram sua proximidade. Kim Jong-un declarou que a aproximação com Moscou era uma "prioridade absoluta" da política externa e Putin destacou o "fortalecimento" da cooperação.

O presidente russo citou "perspectivas" de cooperação militar, apesar das sanções internacionais que afetam Pyongyang por seu programa armamentista, que inclui testes nucleares.

Washington expressou "preocupação" com a possível compra de munições norte-coreanas, enquanto Seul fez uma "advertência veemente" contra qualquer negociação do tipo.

 

- Visita a uma fábrica de aviação militar -

Kim Jong-un, que chegou à Rússia na terça-feira em seu trem blindado, prosseguiu nesta sexta-feira com sua primeira viagem ao exterior desde o início da pandemia e visitou uma fábrica de aviação militar no extremo-leste russo.

O dirigente norte-coreano visitou a fábrica que tem o nome do cosmonauta Yuri Gagarin, que ele conheceu em 2002 durante uma viagem de seu pai, o falecido Kim Jong Il, segundo o governo russo.

Acompanhado pelo vice-primeiro-ministro russo do Comércio e Indústria, Denis Manturov, Kim acompanhou a produção de aviões de combate e de transporte civil, antes de observar um voo teste do caça Su-35.

"Vemos potencial de cooperação tanto na área de fabricação de aviões como em outras indústrias", declarou Manturov.

As autoridades russas também anunciaram que Kim visitará o porto de Vladivostok para uma "demonstração" da capacidade militar da frota russa no Pacífico.

Putin e Kim podem voltar a se reunir em breve.

O Kremlin confirmou na quinta-feira que o presidente russo aceitou um convite do dirigente norte-coreano para viajar a seu país, sem revelar a data da visita.

Esta será a segunda viagem do presidente russo à Coreia do Norte. Em julho de 2000, pouco depois de assumir a presidência, ele seu reuniu em Pyongyang com o pai do atual líder norte-coreano, Kim Jong-il.

Mais de duas décadas depois, a Rússia enfrenta um isolamento sem precedentes imposto pelas potências ocidentais, devido à ofensiva na Ucrânia, e Putin busca retomar as alianças da era soviética.

 

- "Violação direta" -

A Casa Branca informou na quinta-feira que o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, entrou em contato com os homólogos do Japão e da Coreia do Sul para comentar o encontro entre Putin e Kim.

Eles destacaram que "qualquer exportação de armas norte-coreanas para a Rússia seria uma violação direta de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU, afirmou o governo americano.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, já havia afirmado que está disposto a ter uma reunião com Kim "sem condições prévias" e reiterou a proposta, afirmou uma fonte do governo nipônico.

"Gostaríamos de manter conversas de alto nível sob o controle direto do primeiro-ministro para obter uma reunião de cúpula o mais rápido possível", disse o secretário-chefe de gabinete do governo japonês, Hirokazu Matsuno.

Seul afirmou que está "considerando todas as opções" a respeito da possibilidade de impor novas sanções a Moscou e Pyongyang.

"Se a Coreia do Norte alcançar um acordo sobre o comércio de armas após a reunião com a Rússia, isto seria um ato que ameaçaria gravemente a paz e a segurança na península coreana", afirmou o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Park Jin.

Depois de recorrer ao Irã para obter centenas de drones explosivos, a Rússia pode encontrar recursos úteis em Pyongyang, que possui grandes reservas de material soviético e produz armas convencionais em larga escala.

Em troca, Pyongyang poderia receber petróleo e alimentos russos, ou até mesmo acesso à tecnologia espacial.

 

 

AFP

KIEV - A Ucrânia disse nesta sexta-feira que recapturou o devastado vilarejo de Andriivka, no leste do país, preparando terreno para novos avanços no flanco sul de Bakhmut, a cidade que caiu nas mãos dos russos em maio, após meses de combates pesados.

As tropas de Kiev estavam assegurando seu ponto de apoio na área, enquanto as forças russas sofreram baixas significativas e perderam equipamentos, disse o Estado-Maior ucraniano em um relatório matinal. Não houve nenhum comentário imediato da Rússia.

"No decorrer das operações eles tomaram Andriivka na região de Donetsk", afirmou o Estado-Maior.

O vilarejo de Andriivka fica ao sul de Bakhmut, local da batalha mais feroz e mais longa desde a invasão da Rússia em fevereiro do ano passado. O Estado-Maior também relatou "sucesso parcial" perto de Klishchiivka, um vilarejo também ao sul de Bakhmut.

"Capturar e manter Andriivka - é o nosso caminho para um avanço no flanco direito de Bakhmut e a chave para o sucesso de toda a nova ofensiva", disse a Terceira Brigada de Assalto, que participou da investida.

A Ucrânia avançou com cautela na região para minimizar as perdas com as minas e as defesas russas "muito ativas", declarou o porta-voz da brigada, Oleksandr Borodin.

"Eles defendem fortemente seus flancos aqui porque entendem que, se o flanco deles cair completamente, isso criará problemas diretos para manter a cidade (Bakhmut) em si", disse ele.

"Não há mais Andriivka em si... mas como um lugar, como uma praça, é uma praça importante", afirmou ele em comentários televisionados.

Durante sua contraofensiva de três meses, a Ucrânia tem relatado um progresso lento e constante contra as posições russas entrincheiradas, retomando uma série de vilarejos e avançando nos flancos de Bakhmut, mas sem tomar grandes assentamentos.

A Reuters não conseguiu verificar os relatos do campo de batalha.

 

 

por Por Tom Balmforth e Anna Pruchnicka / REUTERS

MOSCOU - O líder norte-coreano, Kim Jong Un, convidou o presidente russo, Vladimir Putin, para visitar Pyongyang, alimentando preocupações dos Estados Unidos de que um eixo Moscou-Pyongyang poderia revigorar as Forças Armadas da Rússia na Ucrânia e fornecer a Kim tecnologia sensível de mísseis.

Putin aceitou o convite, feito durante uma cúpula dos dois líderes, informou a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA. Não houve confirmação imediata por parte do Kremlin. Desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, Putin raramente viaja para o exterior.

Chamando um ao outro de "camarada", os dois líderes brindaram sua amizade na quarta-feira com vinho russo depois que Putin, de 70 anos, mostrou a Kim, de 39, a instalação de lançamento espacial mais moderna da Rússia e eles mantiveram conversas ao lado de seus ministros da Defesa.

"No final da recepção, Kim Jong Un convidou Putin a visitar a RPDC em um momento conveniente", disse a KCNA, referindo-se à República Popular Democrática da Coreia, o nome formal da Coreia do Norte.

"Putin aceitou o convite com prazer e reafirmou sua vontade de invariavelmente levar adiante a história e a tradição da amizade entre a Rússia e a RPDC", acrescentou a KCNA.

Para os Estados Unidos e seus aliados, a amizade crescente entre Kim e Putin é uma preocupação. Washington acusou a Coreia do Norte de fornecer armas para a Rússia, mas não está claro se alguma entrega foi feita.

Tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte negaram essas alegações, mas prometeram aprofundar a cooperação em defesa. Durante uma visita à Coreia do Norte em julho, foram mostrados ao ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, mísseis balísticos proibidos.

Kim visitaria nesta quinta-feira as fábricas de aviação militar e civil na cidade russa de Komsomolsk-on-Amur e inspecionaria a frota russa do Pacífico em Vladivostok, afirmou Putin.

O Conselho de Segurança Nacional (NSC) da Coreia do Sul disse na quinta-feira que a Coreia do Norte e a Rússia "pagarão um preço" se violarem as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Em meio a batalhas de artilharia na Ucrânia, a Rússia aumentou sua produção de projéteis, mas uma linha de suprimentos norte-coreana poderia ser útil.

Acredita-se que a Coreia do Norte tenha um grande estoque de projéteis de artilharia e foguetes compatíveis com as armas da era soviética, além de um histórico de produção dessas munições.

Perguntado se a Rússia poderia simplesmente remover as sanções contra a Coreia do Norte, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia continua sendo um membro responsável do Conselho de Segurança da ONU.

Mas Peskov acrescentou que Moscou desenvolveria suas relações com a Coreia do Norte de acordo com seus próprios interesses.

O Departamento de Estado dos EUA disse que o governo Biden "não hesitará" em impor sanções adicionais à Rússia e à Coreia do Norte se elas fecharem novos acordos de armas.

 

 

Por Hyonhee Shin e Guy Faulconbridge / REUTERS

RÚSSIA - Um ataque ucraniano matou uma pessoa na localidade russa de Tiotkino, perto da fronteira, anunciou nesta quinta-feira o governador da região de Kursk, Roman Starovoit.

O ataque atingiu uma destilaria e matou uma pessoa, afirmou Starovoit no Telegram.

Outros ataques atingiram Gordeyevka, 40 km ao leste de Tiotkino, mas não provocaram feridos, segundo o governador.

As regiões russas próximas da Ucrânia são alvos frequentes de ataques e as autoridades acusam as forças de Kiev de matar civis e danificar infraestruturas.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A Ucrânia atacou pela primeira vez o porto de Sebastopol, sede da Frota do Mar Negro russa na Crimeia anexada, com mísseis de longo alcance na madrugada desta quarta (13, noite no Brasil). A ação ocorreu horas antes do encontro previsto entre Vladimir Putin e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un.

Segundo escreveu no Telegram Mikhail Razvojaiev, o governador apontado da Crimeia, ao menos três mísseis foram empregados no ataque. Vídeos em redes sociais mostraram uma grande explosão em solo, ação de defesas antiaéreas e incêndios posteriores.

Não se sabe ainda o que foi atingido, mas Razvojaiev disse tratar-se de uma "instalação não-civil", eufemismo para as diversas docas, estaleiros e prédios militares da Frota do Mar Negro --que teve boa parte de seus navios removidos para o mar de Azov, mais ao leste e sob controle russo, depois que sua nau capitânia Moskva foi afundada por dois mísseis antinavio em abril de 2022.

Razvojaiev falou que havia fogo na área da rua Kilen-Balka, ao lado de uma das reentrâncias da baía de Sebastopol usadas desde 1783 como refúgio e estaleiro de navios de guerra russos. Lá fica o estaleiro número 13, especializado em reparos. Os principais depósitos de combustível da frota ficam do outro lado da baía, menos populoso.

A cidade já havia sido alvo de ataques com drones no passado, mas nunca mísseis. Em outubro, também houve um ataque com drones navais que deixou um navio russo danificado. Os únicos modelos conhecidos à disposição dos ucranianos que têm o alcance necessário para cobrir os cerca de 300 km entre o território sob controle de Kiev e Sebastopol são os de cruzeiro Scalp-G (França) e Storm Shadow (Reino Unido).

Essas armas passaram a ser fornecidas neste ano, e foram empregadas em ataques a outros pontos da Crimeia, como as pontes que ligam o norte da península às áreas ocupadas por russos na Ucrânia. Eles foram adaptados para serem lançados de caças-bombardeiros Su-24 soviéticos operados por Kiev.

Os detalhes ainda são escassos, mas há grande simbolismo em um ataque à cidade, principal da região de maioria russa étnica que Putin anexou em 2014 como reação à derrubada do governo pró-Kremlin na Ucrânia. Kiev tem intensificado ações contra a península, como a destruição de uma bateria antiaérea S-400 russa há duas semanas, enquanto luta para avançar em sua até aqui inconclusiva contraofensiva.

Além disso, o bombardeio ocorreu sob o impacto do encontro que deverá ocorrer na tarde desta quarta (madrugada no Brasil, com fuso 13 horas atrás) entre Putin e Kim. Se tudo correr como analistas preveem, eles podem fechar um acordo para que Pyongyang forneça munição pesada para a Rússia usar na Ucrânia, em troca de tecnologia espacial e militar de ponta.

Com efeito, a reunião deverá ser no cosmódromo de Vostótchni, no Extremo Oriente russo, base inaugurada em 2016 que buscava simbolizar uma nova era na longa história de exploração espacial da Rússia, iniciada na União Soviética. Kim fracassou duas vezes em lançar um satélite espião este ano, o que ajuda a desenhar o cenário colocado.

Além do ataque a Sebastopol, redes sociais russas mostraram um grande incêndio e barulhos de explosões perto da torre Ostankino, um marco que fica na zona norte de Moscou, não muito distante do seu centro. Não há ainda detalhes do que teria ocorrido, contudo. A capital tem sido alvejada por drones, mas quase todos são abatidos em áreas periféricas.

 

 

por IGOR GIELOW / FOLHA de S.PAULO

BLAHODATNE - Soldados ucranianos de máscara espetam gravetos na vegetação rasteira ao longo de uma estrada rural deserta, procurando os corpos dos soldados russos que eles esperam trocar por seus próprios companheiros, vivos ou mortos.

Eles chamam o lugar de "estrada da morte", devido ao número de soldados russos mortos ali quando as forças ucranianas retomaram a aldeia de Blahodatne, no sudeste do país, no início de sua contraofensiva, em junho.

Três meses depois, a linha de frente havia se deslocado para o sul e finalmente era seguro o suficiente para que a equipe de três soldados ucranianos iniciasse sua operação nessa parte liberada da região de Donetsk.

"Vamos procurar", disse Volodymyr, um fuzileiro naval de 50 anos, enquanto o fogo de artilharia explodia à distância. "Procurar com nossos olhos. E com o olfato."

A rota estava repleta de veículos destruídos e prédios em destroços. Em um determinado momento, eles usaram uma corda para puxar um corpo e se certificar de que ele não havia sido armadilhado pelas forças russas em retirada.

"Eis o que fazemos. Recolhemos seus corpos. Organizamos trocas para nossos prisioneiros que estão vivos. E por corpos. Nossos meninos", disse Vasylii, um voluntário de 53 anos. "Você sabe, para que uma mãe possa ir visitar o cemitério."

A Rússia e a Ucrânia têm realizado trocas regulares de prisioneiros de guerra e corpos de soldados mortos, desde que o Kremlin lançou sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022.

O grupo recuperou nove corpos em sua busca de um dia na "estrada da morte" na sexta-feira. Eles foram colocados na traseira de um caminhão e levado para exame forense.

Volodymyr disse que as forças russas foram forçadas a se retirar rapidamente de Blahodatne e que a única outra rota de saída ficou inutilizável porque estava fortemente minada.

"Deixaram os feridos e mortos no caminho e fugiram para Urozhaine. Mas também não ficaram por muito tempo. Houve uma luta intensa por Urozhaine", disse ele, referindo-se a um vilarejo próximo que mais tarde foi retomado.

 

 

Por Anna Voitenko / REUTERS

RÚSSIA - O líder norte-coreano Kim Jong Un chegou nesta terça-feira (12) à Rússia, em um trem blindado, para uma reunião com o presidente Vladimir Putin, em meio a especulações sobre um acordo armamentista entre os países.

Kim partiu no domingo (10) de Pyongyang em seu trem privado verde e dourado, acompanhado por uma grande comitiva de oficiais militares, segundo as imagens divulgadas pela imprensa estatal da primeira viagem do governante ao exterior desde 2019.

A agência estatal russa Ria Novosti confirmou que o comboio atravessou nesta terça-feira a fronteira pelo ‘krai’ de Primorie, uma divisão administrativa no extremo leste da Rússia, onde deve acontecer o encontro.

Após uma semana de especulações, Pyongyang e Moscou confirmaram a reunião na segunda-feira, mas não revelaram a data exata nem o local.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o encontro acontecerá esta semana e abordará temas “delicados” para os dois países vizinhos.

Analistas estrangeiros acreditam que a reunião acontecerá em Vladivostok, onde Putin participa em um fórum econômico, e resultará em um acordo de venda de armas, apesar das advertências do governo dos Estados Unidos.

Estas fontes destacam que Moscou deseja receber projéteis de artilharia e mísseis antitanque norte-coreanos para a guerra de Moscou na Ucrânia, em troca de tecnologia avançada para satélites e submarinos nucleares, assim como ajuda alimentar, para Pyongyang.

“Nossos países cooperam em temas delicados que não devem ser objeto de e divulgação pública e anúncios”, afirmou Peskov.

“O mais importante para nós é o interesse dos nossos dois países e não as advertências de Washington”, acrescentou.

 

– Viagens de trem –

O líder norte-coreano, que não costuma viajar para o exterior, não deixava da Coreia do Norte desde o início da pandemia da covid-19.

Segundo o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, o comboio, muito pesado devido à blindagem, circula a uma velocidade de 60 km/h e precisa de 20 horas para percorrer os 1.200 quilômetros entre Pyongyang e Vladivostok.

Kim demonstrou, repetidamente, sua preferência pelo trem para viagens internacionais. Em 2019, ele fez um trajeto de 60 horas, ida e volta, até Hanói para uma reunião com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na viagem à Rússia, o líder norte-coreano está acompanhado por comandantes militares, como o marechal do Exército Popular Coreano, Pak Jong Chon, e o diretor do Departamento de Indústria de Munições, Jo Chun Ryong, recordaram os analistas.

Isto indica que a reunião “provavelmente será muito concentrada na possível cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte”, afirmou o reitor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos de Seul, Yang Moo-jin, à AFP.

Em julho, o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, visitou Pyongyang e compareceu a um desfile e a uma exposição de material militar.

 

– “Suplicando por ajuda” –

A Rússia foi um apoio crucial desse país isolado durante décadas, com laços que remontam à fundação da Coreia do Norte, há 75 anos.

Kim apoiou fortemente a invasão da Ucrânia por Moscou, o que teria incluído, segundo Washington, o fornecimento de foguetes e mísseis, algo que os dois países negam.

Para Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha de Seul, não é surpreendente que o primeiro destino de Kim após a pandemia seja a Rússia.

“A Coreia do Norte tem a munição que Putin precisa para sua guerra ilegal na Ucrânia, enquanto Moscou tem tecnologia submarina, balística e de satélites que podem ajudar Pyongyang a superar os desafios de Engenharia que enfrenta sob as sanções econômicas”, afirmou.

O governo dos Estados Unidos advertiu que Pyongyang pagaria “um preço” em caso de fornecimento de armas à Rússia e retratou a reunião como uma jogada desesperada de Putin.

“Eu descreveria isso como se ele estivesse suplicando por ajuda”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Washington acredita que Moscou poderia utilizar armas norte-coreanas para atacar os abastecimentos ucranianos de alimentos e a infraestrutura de calefação antes do inverno (verão no Brasil).

Cheong Seong-chang, pesquisador do Instituto Sejong, disse à AFP que, se a Coreia do Norte ampliar sua cooperação militar com a Rússia, isso “aumentará a probabilidade de um conflito prolongado na Ucrânia”.

Segundo o pesquisador, a recompensa a Pyongyang por ajudar Moscou poderia contribuir para acelerar o desenvolvimento de submarinos nucleares e satélites de reconhecimento norte-coreanos.

 

 

AFP

RÚSSIA - A Ucrânia anunciou na segunda-feira (11) que recuperou uma plataforma de petróleo e gás no Mar Negro controlada pela Rússia desde 2015, em plena contraofensiva de Kiev e em um momento de grande tensão nas águas próximas aos portos ucranianos.

“A Ucrânia recupera o controle da ‘Vishki Boika'”, afirmou o departamento de inteligência militar do Ministério da Defesa ucraniano em um comunicado.

Durante a operação, “combates foram registrados entre as forças especiais ucranianas a bordo de navios e um avião de combate russo Su-30”, acrescenta a nota, que também afirma que “o avião russo foi danificado e teve que recuar”.

As unidades ucranianas “conseguiram assumir o controle de troféus preciosos: um estoque de munições para helicópteros (…) assim como o radar ‘Neva’, que permite seguir os movimentos dos navios no Mar Negro”, acrescentou.

Um vídeo de 10 minutos divulgado pela inteligência militar ucraniana mostra unidades de elite se aproximando da plataforma de petróleo e gás a bordo de pequenas lanchas rápidas e, em seguida, entrando no local para hastear a bandeira ucraniana.

 

 

AFP

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