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BLAHODATNE - Soldados ucranianos de máscara espetam gravetos na vegetação rasteira ao longo de uma estrada rural deserta, procurando os corpos dos soldados russos que eles esperam trocar por seus próprios companheiros, vivos ou mortos.

Eles chamam o lugar de "estrada da morte", devido ao número de soldados russos mortos ali quando as forças ucranianas retomaram a aldeia de Blahodatne, no sudeste do país, no início de sua contraofensiva, em junho.

Três meses depois, a linha de frente havia se deslocado para o sul e finalmente era seguro o suficiente para que a equipe de três soldados ucranianos iniciasse sua operação nessa parte liberada da região de Donetsk.

"Vamos procurar", disse Volodymyr, um fuzileiro naval de 50 anos, enquanto o fogo de artilharia explodia à distância. "Procurar com nossos olhos. E com o olfato."

A rota estava repleta de veículos destruídos e prédios em destroços. Em um determinado momento, eles usaram uma corda para puxar um corpo e se certificar de que ele não havia sido armadilhado pelas forças russas em retirada.

"Eis o que fazemos. Recolhemos seus corpos. Organizamos trocas para nossos prisioneiros que estão vivos. E por corpos. Nossos meninos", disse Vasylii, um voluntário de 53 anos. "Você sabe, para que uma mãe possa ir visitar o cemitério."

A Rússia e a Ucrânia têm realizado trocas regulares de prisioneiros de guerra e corpos de soldados mortos, desde que o Kremlin lançou sua invasão em grande escala em fevereiro de 2022.

O grupo recuperou nove corpos em sua busca de um dia na "estrada da morte" na sexta-feira. Eles foram colocados na traseira de um caminhão e levado para exame forense.

Volodymyr disse que as forças russas foram forçadas a se retirar rapidamente de Blahodatne e que a única outra rota de saída ficou inutilizável porque estava fortemente minada.

"Deixaram os feridos e mortos no caminho e fugiram para Urozhaine. Mas também não ficaram por muito tempo. Houve uma luta intensa por Urozhaine", disse ele, referindo-se a um vilarejo próximo que mais tarde foi retomado.

 

 

Por Anna Voitenko / REUTERS

RÚSSIA - O líder norte-coreano Kim Jong Un chegou nesta terça-feira (12) à Rússia, em um trem blindado, para uma reunião com o presidente Vladimir Putin, em meio a especulações sobre um acordo armamentista entre os países.

Kim partiu no domingo (10) de Pyongyang em seu trem privado verde e dourado, acompanhado por uma grande comitiva de oficiais militares, segundo as imagens divulgadas pela imprensa estatal da primeira viagem do governante ao exterior desde 2019.

A agência estatal russa Ria Novosti confirmou que o comboio atravessou nesta terça-feira a fronteira pelo ‘krai’ de Primorie, uma divisão administrativa no extremo leste da Rússia, onde deve acontecer o encontro.

Após uma semana de especulações, Pyongyang e Moscou confirmaram a reunião na segunda-feira, mas não revelaram a data exata nem o local.

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse que o encontro acontecerá esta semana e abordará temas “delicados” para os dois países vizinhos.

Analistas estrangeiros acreditam que a reunião acontecerá em Vladivostok, onde Putin participa em um fórum econômico, e resultará em um acordo de venda de armas, apesar das advertências do governo dos Estados Unidos.

Estas fontes destacam que Moscou deseja receber projéteis de artilharia e mísseis antitanque norte-coreanos para a guerra de Moscou na Ucrânia, em troca de tecnologia avançada para satélites e submarinos nucleares, assim como ajuda alimentar, para Pyongyang.

“Nossos países cooperam em temas delicados que não devem ser objeto de e divulgação pública e anúncios”, afirmou Peskov.

“O mais importante para nós é o interesse dos nossos dois países e não as advertências de Washington”, acrescentou.

 

– Viagens de trem –

O líder norte-coreano, que não costuma viajar para o exterior, não deixava da Coreia do Norte desde o início da pandemia da covid-19.

Segundo o jornal sul-coreano Chosun Ilbo, o comboio, muito pesado devido à blindagem, circula a uma velocidade de 60 km/h e precisa de 20 horas para percorrer os 1.200 quilômetros entre Pyongyang e Vladivostok.

Kim demonstrou, repetidamente, sua preferência pelo trem para viagens internacionais. Em 2019, ele fez um trajeto de 60 horas, ida e volta, até Hanói para uma reunião com o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Na viagem à Rússia, o líder norte-coreano está acompanhado por comandantes militares, como o marechal do Exército Popular Coreano, Pak Jong Chon, e o diretor do Departamento de Indústria de Munições, Jo Chun Ryong, recordaram os analistas.

Isto indica que a reunião “provavelmente será muito concentrada na possível cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte”, afirmou o reitor da Universidade de Estudos Norte-Coreanos de Seul, Yang Moo-jin, à AFP.

Em julho, o ministro da Defesa da Rússia, Serguei Shoigu, visitou Pyongyang e compareceu a um desfile e a uma exposição de material militar.

 

– “Suplicando por ajuda” –

A Rússia foi um apoio crucial desse país isolado durante décadas, com laços que remontam à fundação da Coreia do Norte, há 75 anos.

Kim apoiou fortemente a invasão da Ucrânia por Moscou, o que teria incluído, segundo Washington, o fornecimento de foguetes e mísseis, algo que os dois países negam.

Para Leif-Eric Easley, professor da Universidade Ewha de Seul, não é surpreendente que o primeiro destino de Kim após a pandemia seja a Rússia.

“A Coreia do Norte tem a munição que Putin precisa para sua guerra ilegal na Ucrânia, enquanto Moscou tem tecnologia submarina, balística e de satélites que podem ajudar Pyongyang a superar os desafios de Engenharia que enfrenta sob as sanções econômicas”, afirmou.

O governo dos Estados Unidos advertiu que Pyongyang pagaria “um preço” em caso de fornecimento de armas à Rússia e retratou a reunião como uma jogada desesperada de Putin.

“Eu descreveria isso como se ele estivesse suplicando por ajuda”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Washington acredita que Moscou poderia utilizar armas norte-coreanas para atacar os abastecimentos ucranianos de alimentos e a infraestrutura de calefação antes do inverno (verão no Brasil).

Cheong Seong-chang, pesquisador do Instituto Sejong, disse à AFP que, se a Coreia do Norte ampliar sua cooperação militar com a Rússia, isso “aumentará a probabilidade de um conflito prolongado na Ucrânia”.

Segundo o pesquisador, a recompensa a Pyongyang por ajudar Moscou poderia contribuir para acelerar o desenvolvimento de submarinos nucleares e satélites de reconhecimento norte-coreanos.

 

 

AFP

RÚSSIA - A Ucrânia anunciou na segunda-feira (11) que recuperou uma plataforma de petróleo e gás no Mar Negro controlada pela Rússia desde 2015, em plena contraofensiva de Kiev e em um momento de grande tensão nas águas próximas aos portos ucranianos.

“A Ucrânia recupera o controle da ‘Vishki Boika'”, afirmou o departamento de inteligência militar do Ministério da Defesa ucraniano em um comunicado.

Durante a operação, “combates foram registrados entre as forças especiais ucranianas a bordo de navios e um avião de combate russo Su-30”, acrescenta a nota, que também afirma que “o avião russo foi danificado e teve que recuar”.

As unidades ucranianas “conseguiram assumir o controle de troféus preciosos: um estoque de munições para helicópteros (…) assim como o radar ‘Neva’, que permite seguir os movimentos dos navios no Mar Negro”, acrescentou.

Um vídeo de 10 minutos divulgado pela inteligência militar ucraniana mostra unidades de elite se aproximando da plataforma de petróleo e gás a bordo de pequenas lanchas rápidas e, em seguida, entrando no local para hastear a bandeira ucraniana.

 

 

AFP

MOSCOU - Se o presidente russo, Vladimir Putin, decidir concorrer na eleição presidencial de 2024, ninguém poderá competir com ele, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda-feira, informou o serviço de notícias russo de negócios RBC.

"O presidente ainda não anunciou sua candidatura", disse Peskov, segundo a RBC.

"Mas se presumirmos que o presidente será candidato, então é óbvio que não pode haver competição real para o presidente neste estágio atual."

Peskov acrescentou que Putin "conta com o apoio absoluto da população".

O ex-agente da KGB tem dominado a Rússia, como presidente ou primeiro-ministro, por mais de duas décadas, orgulhando-se de ter levado estabilidade à vasta nação após o caos que a envolveu depois do colapso da União Soviética em 1991.

Entretanto, sua decisão, em 24 de fevereiro de 2022, de enviar dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia desencadeou o maior desafio de seu governo e deu início ao mais grave confronto com o Ocidente desde a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.

A guerra na Ucrânia não saiu como planejado e, em junho, Putin enfrentou um motim do grupo mercenário Wagner, de Yevgeny Prigozhin, que mais tarde morreu em uma queda de avião.

O Ocidente impôs as sanções mais duras de todos os tempos à economia russa de 2,1 trilhões de dólares, forçando Moscou a acelerar sua articulação em direção à China.

O presidente chinês, Xi Jinping, disse a Putin em março que estava convencido de que os russos apoiariam o chefe do Kremlin na eleição presidencial do próximo ano.

As pesquisas de opinião mostram que Putin continua sendo, de longe, o político mais popular na Rússia, onde a maioria das pessoas confia na mídia estatal para obter notícias. Em agosto, seu índice de aprovação era de 80%, mais alto do que antes da guerra da Ucrânia, de acordo com Levada-Centre.

As pesquisas também mostram que cerca de 70% da população apoia os militares russos na Ucrânia, embora os políticos da oposição e alguns diplomatas ocidentais digam que essas pesquisas não são confiáveis.

 

 

 

Por Guy Faulconbridge / REUTERS

UCRÂNIA - As autoridades ucranianas aumentaram o tom neste sábado (9) em seus apelos aos aliados ocidentais e lamentaram a lentidão na entrega de armas e o "impasse" nas negociações para criar um tribunal internacional para julgar o presidente russo, Vladimir Putin.

"Infelizmente, estamos em uma espécie de impasse em ambas as questões. Na primeira, estamos divididos e, na segunda, há claramente uma falta de vontade", criticou na sexta-feira, em uma conferência internacional em Kiev, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, em declarações que não foram autorizadas a serem publicadas até sábado.

Os países do "G7 são firmemente a favor de um tribunal (...) híbrido" com base na legislação ucraniana, o que, segundo Kiev, não permitiria suspender a imunidade de Putin e outros altos funcionários russos.

Kuleba também criticou seus aliados ocidentais pela relutância em usar os ativos russos congelados pelo Ocidente para financiar a reconstrução da Ucrânia.

"Se um ano e meio depois, ainda ouço da Europa e dos Estados Unidos: 'Ainda estamos trabalhando nisso', posso entender. (...) Mas sei o que está acontecendo na realidade, há uma falta de vontade de tomar uma decisão final sobre essa questão", lamentou o ministro.

O bloco ocidental congelou mais de US$ 300 bilhões (R$ 1,3 trilhão, na cotação atual) em ativos do Banco Central russo e outras dezenas de bilhões de autoridades e oligarcas russos sancionados por Washington ou Bruxelas.

 

- "Armas pesadas" -

Essas críticas de Kiev surgem após o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, admitir na sexta-feira que a contraofensiva de suas tropas avança lentamente devido à superioridade aérea do Exército russo.

"Se não estamos no céu e a Rússia está, eles nos param do céu. Eles estão freando nossa contraofensiva", disse Zelensky.

O novo ministro da Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, reforçou neste sábado o apelo aos Estados Unidos e aos países europeus para que forneçam "mais armas pesadas".

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, anunciou esta semana durante uma visita à capital ucraniana uma nova ajuda de US$ 1 bilhão (R$ 4,98 bilhões).

O novo pacote inclui US$ 665 milhões (R$ 3,3 bilhões) em assistência militar e civil e servirá para dar um "impulso" à Ucrânia em sua contraofensiva, explicou Blinken em uma coletiva de imprensa.

No total, Washington já forneceu à Ucrânia mais de US$ 40 bilhões (R$ 200 bilhões) em ajuda desde o início da invasão russa.

A contraofensiva ucraniana, iniciada em junho, avança lentamente devido à complexa linha de defesa estabelecida pelo Exército russo nas áreas ocupadas, com trincheiras, campos minados e armadilhas antitanques.

 

- "O inimigo é forte" -

Os serviços de inteligência militar ucranianos estimaram que há 420 mil soldados russos destacados nas áreas ocupadas no leste e sul da Ucrânia.

"Temos que reconhecer que o inimigo é forte, que tem mais homens e mais armamentos", disse a vice-ministra da Defesa ucraniana, Ganna Maliar.

Os ataques ucranianos com drones, sabotagens e incursões breves têm aumentado nos últimos meses na Rússia, até mesmo em territórios russos distantes do front.

De acordo com o chefe da inteligência militar ucraniana, Kirilo Budanov, esses ataques estão direcionados "principalmente às empresas do complexo militar-industrial russo".

"As explosões no país agressor desmoralizam um pouco a sociedade russa, mas isso não tem um efeito massivo. Infelizmente para nós", afirmou Budanov durante a conferência internacional Yalta European Strategy em Kiev.

A Rússia continua a bombardear alvos militares, mas também civis.

O governo da Romênia, um país membro da Otan, informou neste sábado que encontrou "restos de drones semelhantes aos usados pelo Exército russo" perto do vilarejo romeno de Plauru (leste), perto da fronteira com a Ucrânia.

"Nada indica que houve intenção (por parte da Rússia) de atacar a Otan, mas os ataques são desestabilizadores", comentou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, na rede social X (antigo Twitter).

 

 

AFP

UCRÂNIA - Quatro pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em uma série de ataques russos contra várias cidades ucranianas, informaram nesta sexta-feira as autoridades de Kiev.

Três civis morreram e quatro ficaram feridos na explosão de uma bomba lançada por um avião sobre Odradokamianka, na região de Kherson (sul), informou no Telegram o ministro do Interior, Igor Klimenko.

Este município enfrenta uma batalha contra as forças russas mobilizadas na outra margem do rio Dnieper.

Em Kryvy Rih, cidade natal do presidente Volodimir Zelensky, sul da Ucrânia, um bombardeio atingiu um edifício administrativo e matou uma pessoa. Outras 44 ficaram feridas, três delas em estado grave, segundo os serviços de emergência.

As forças de segurança informaram que o falecido era um policial e que outros nove agentes estão entre os feridos.

A Rússia bombardeia quase todas as noites cidades ucranianas.

Na região norte, em uma zona residencial da cidade de Sumy, quase 20 edifícios atingidos, segundo o ministério do Interior. Três pessoas ficaram feridas, incluindo um casal de idosos resgatados dos escombros. 

Ao leste, em Zaporizhzhia, um homem ficou ferido em um ataque russo, segundo o comandante da administração militar regional, Yuri Malachko. 

Além dos bombardeios noturnos, as autoridades militares informaram que 29 localidades sofreram ataques russos perto da frente de batalha nas últimas 24 horas e uma mulher morreu. 

A região, parcialmente ocupada pelo exército russo, é o principal ponto da contraofensiva ucraniana no sul.

 

 

AFP

RÚSSIA - Encarar as críticas internacionais ou ir embora? Após dezoito meses de ofensiva na Ucrânia, muitas empresas ocidentais avaliam os prós e os contras de continuar presente na Rússia.

 

- Custo financeiro -

A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, calcula que cerca de 100 empresas das sete economias mais avançadas (G7) permanecem em operação na Rússia.

No entanto, "continuamos observando uma tendência de diminuição nas atividades das empresas ocidentais em território russo", indica à AFP o economista Julien Vercueil, especializado em Rússia.

Uma das últimas a deixar o território foi a rede de fast-food Domino's, no dia 21 de agosto. Perante um "contexto cada vez mais difícil", a empresa americana anunciou o fechamento de 142 estabelecimentos em todo o país.

"A guerra cria condições desfavoráveis para as empresas estrangeiras na Rússia, qualquer que seja sua decisão", destaca Vercueil.

O Financial Times examinou as contas anuais de 600 multinacionais europeias e apontou que a perda de pelo menos 100 bilhões de euros (US$ 108 bilhões, R$532 bilhões na cotação atual) "após a venda, encerramento ou redução das suas atividades na Rússia".

Os setores que mais perderam foram os das petrolíferas, como a britânica BP, uma das primeiras a sair totalmente da Rússia em 27 de fevereiro de 2022, em um custo estimado em mais de 22 bilhões de euros (US$ 23 bilhões, R$ 113 bilhões).

 

- Má reputação e boicote -

As empresas que escolhem ficar, no entanto, sofrem consequências significativas na reputação, afirma o economista Vercueil.

"Os ucranianos, e particularmente (o seu presidente) Volodimir Zelensky, fazem um esforço para destacar que essas empresas estão financiando a guerra russa através dos lucros obtidos no território" da Rússia, acrescentou o especialista.

Os gigantes da alimentação e da distribuição, dos quais muitos permaneceram na Rússia, são alvos frequentes de ataques.

"Essas empresas explicam que continuam suas atividades por razões humanitárias, mas é uma mentira cínica", diz o professor Jeffrey Sonnenfeld, especializado em responsabilidade social das empresas na Universidade de Yale.

O especialista crítica que, além de promover a economia russa, os grandes grupos entraram no jogo do presidente russo Vladimir Putin ao tranquilizar os consumidores com sua presença.

A decisão de continuar na Rússia desencadeou movimentos de boicote em países aliados da Ucrânia. A americana Mondelez, por exemplo, viu seus produtos bloqueados em várias empresas e instituições dos países escandinavos.

 

- Incerteza -

Para as empresas, continuar com seus serviços na Rússia significa se expor a um quadro jurídico incerto.

"Permanecer quando o ambiente jurídico é agora abertamente caracterizado pela arbitrariedade e pela depredação estatal em detrimento dos interesses estrangeiros é perigoso", sinaliza Vercueil.

Segundo um decreto, a Rússia pode "assumir temporariamente o controle de empresas" de países considerados "hostis", diz o advogado Vladimir Tchikine, especializado em direito comercial na Rússia.

Oficialmente, porém, as empresas permanecem na posse dos seus proprietários estrangeiros. Neste verão, por exemplo, o Estado russo assumiu unilateralmente o controle dos ativos da Danone e da Carlsberg no país.

O quadro legislativo favorece eventualmente as empresas. No final de agosto, as autoridades russas eliminaram a exigência das empresas estrangeiras solicitarem autorização para transferir dividendos das suas subsidiárias russas para a sua empresa matriz.

 

 

AFP

UCRÂNIA - Uma pessoa morreu nesta quarta-feira (6) em um ataque com drones da Rússia contra uma zona portuária às margens do Danúbio, na região de Odessa, sudoeste da Ucrânia.

O ataque noturno durou três horas e teve como alvo o distrito de Izmail, informou o governador da região, Oleg Kiper, no Telegram.

O porto fluvial na fronteira com a Romênia virou a principal rota de exportação para os produtos ucranianos desde que a Rússia abandonou, em julho, o acordo para permitir o trânsito de cereais pelo Mar Negro.

“Infelizmente, uma pessoa morreu”, disse Kiper. Ele identificou a vítima como um trabalhador agrícola que ficou gravemente ferido e faleceu no hospital.

“Registramos destruição e incêndios em diferentes pontos”, afirmou o governador, que citou danos na infraestrutura portuária e agrícola.

Desde o fim do acordo de cereais no Mar Negro, a Rússia intensificou os ataques contra as regiões Odessa e Mykolaiv, no sul da Ucrânia, que abrigam portos e instalações cruciais para as exportações agrícolas.

As tropas ucranianas derrubaram 17 drones russos na região de Odessa na madrugada de segunda-feira.

O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, afirmou na terça-feira que os ataques aconteceram “muito perto” da fronteira.

O país, membro da União Europeia e da Otan, criticou com veemência os ataques russos contra a infraestrutura portuária do Danúbio.

 

 

AFP

UCRÂNIA - A Rússia cancelou seus grandes exercícios militares Zapad este ano por causa da guerra na Ucrânia, disse o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, nesta última segunda-feira.

"Não, este ano estamos realizando exercícios na Ucrânia", disse Shoigu, segundo a agência de notícias estatal RIA, em resposta a uma pergunta.

A Rússia realizou pela última vez os exercícios Zapad (Oeste) com a aliada Belarus em setembro de 2021, cinco meses antes de sua invasão da Ucrânia. Ela disse então que 200.000 soldados estavam participando.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse em sua atualização diária de inteligência no X, antigo Twitter, na semana passada, que acreditava que a Rússia não realizaria os exercícios este ano porque não tinha tropas e equipamentos suficientes para realizá-los enquanto luta na guerra, agora em seu 19º mês.

 

 

Reportagem de Mark Trevelyan / REUTERS

MOSCOU -  As defesas aéreas da Rússia destruíram um drone que se aproximava de Moscou, anunciou nesta sexta-feira o prefeito da capital, alvo frequente de tentativas de ataques similares nas últimas semanas.

Serguei Sobianin afirmou no Telegram que as forças antiaéreas “desbarataram outra tentativa de um drone que seguia em direção a Moscou”, no distrito de Lyubertsy, na periferia sudeste da capital.

“Não houve vítimas ou danos, segundo os relatos preliminares”, acrescentou.

Na quinta-feira (31), o ministério russo da Defesa anunciou a interceptação de um drone ucraniano no distrito de Voskresensky, a 60 quilômetros da capital.

Além disso, os governadores das regiões de Bryansk e de Kursk, na fronteira com a Ucrânia, também anunciaram ataques de drones executados por Kiev nesta sexta-feira.

Um drone “foi derrubado sobre a região de Bryansk. Não há vítimas nem danos”, afirmou o governador Alexander Bogomaz no Telegram.

Kursk foi alvo de dois drones na localidade de Kurchatov, a 100 quilômetros da fronteira.

“Um edifício administrativo e um prédio residencial foram atingidos”, disse o governador Roman Starovoyt.

 

 

AFP

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