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Doutor em Ciências da Saúde nas áreas de neurociência e psicologia, Fabiano de Abreu diz que um dos segredos para uma boa saúde mental, é a consciência de que existimos para sobreviver e que nosso tempo é finito 

 

SÃO PAULO/SP - O ano começa relembrando a importância da saúde mental. Janeiro Branco enfatiza a importância de uma mente sã principalmente em meio ao período que vivemos. O neurocientista, psicanalista e jornalista Fabiano de Abreu procura despertar na consciência de cada um, o que devemos fazer para alcançar o equilíbrio e, por consequência, viver uma vida mais feliz e tranquila. 

"É necessário antes de mais nada saber diferenciar a razão de nossa existência, das fantasias criadas pelo nosso desejo. Nós criamos aplicativos que mostram uma realidade ficcional , se nós publicamos em nossa rede social essa ficção pessoal, ela apenas concretiza nosso desejo secreto.  Também almejamos um cotidiano que vai muito além da necessidade, passa pelo conforto, chega ao luxo e atinge a ostentação.", alerta Abreu.

O neurocientista relembra que não devemos deixar totalmente a rota para a qual fomos traçados. Esquecer o essencial é adoecer. Abreu recorda-nos "que, a verdadeira razão de nossa existência é a sobrevivência e a perpetuação da espécie; e a isso estamos condicionados, a rodar um programa impresso em nosso código genético. A prova disso, são as disfunções neuronais que revelam doenças mentais, já que o nosso organismo utiliza as mesmas funções instintivas para as necessidades inventadas por nós, nessa sociedade pós moderna.".

Este desfasamento entre o que queremos e o que necessitamos causa uma série de transtornos.

"Ansiedade, agonia, transtornos, tristezas, insuficiência, entre outros sentimentos que nos afetam, a maioria, é inventado por nós ou é resultado da falta de capacidade em lidarmos com uma realidade natural. ", refere o neurocientista.

A conjectura atual foi responsável por nos mostrar a realidade, a nossa verdadeira natureza. Segundo Abreu, "A pandemia nos mostrou isso, mas nem todos ainda conseguem enxergar, não somos máquinas, não somos superiores, não somos nossos objetos. Somos humanos, frágeis e orgânicos. Por isso desenvolvemos a inteligência, pois nosso cérebro foi a melhor ferramenta para sobrevivermos e evoluirmos, já que temos um corpo frágil e, por isso, aproveitamos bem as vantagens de sermos bípedes. ".

No contexto científico é fácil mostrar a pressão a que estamos sujeitos e o porquê do que nos está a acontecer. 

"Neste momento, o que temos que perceber é a realidade; e esta advém da razão, que vem da consciência. Esta que localiza-se no lobo pré frontal, região do uso da inteligência emocional, da Cognição com todas as suas funções executivas. Hoje nossa meta é sobreviver, nosso desafio é ter paciência, sermos racionais e criarmos estratégias para o presente, já que o futuro a “Deus pertence”. Não deixando de pensar no futuro, mas criando metas possíveis e logo alcançáveis e liberar a dopamina necessária para produzir o humor que nos impulsiona a seguirmos adiante.", indaga.

Tudo é regido pelo desejo de conquistar, de alcançar. Tudo na vida se move pela recompensa e como nos sentimos diante dela.

"Se não tivéssemos a dopamina (hormônio da recompensa), não teríamos o prazer da conquista, então, não buscaríamos seguir adiante para nada, nem mesmo nos alimentarmos. Se não houvesse a ansiedade não nos levantaríamos para buscar a liberação da dopamina. Mas estamos usando esses componentes de forma diferente da necessidade real que é sobreviver e garantir a perpetuação da espécie, liberando todo o tempo com excesso de conquistas, muitas, irrelevantes e aumentando nossa ansiedade para liberar mais dopamina: vício. O que acontece é que nosso organismo não diferencia a necessidade real da criada por nós fabricando nossos componentes químicos da mesma maneira.", esclarece 

Fabiano de Abreu apresenta uma série de soluções para repensar e sair de algumas situações.

"Paciência, inteligência, observação, avaliação, solidariedade, compaixão e muitos outros adjetivos necessários neste momento. Se hoje a sua empresa não vai bem, sua saúde como vai? Sem saúde não há empresa, sem empresa pode haver saúde pois empresa e emprego, há muitos e, se alguém ainda vai bem, é porque você pode ir bem também. O falido se reergue, o falecido não! A questão hoje é se preparar para se reinventar, seja no trabalho ou nos pensamentos. Se recicle, se reinvente, pense com bom humor, se apoie na natureza, no que te faz bem, se alimente bem, faça exercícios, leia bastante, aprenda, absorva conhecimento, faça a neuroplasticidade cerebral para que seus neurônios fortes e saudáveis possam trazer melhores ideias para um melhor futuro.", conclui.

 

Biografia curta

Fabiano de Abreu Rodrigues

Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l'Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University; Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio, Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência, cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.

Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN - Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS - Federation of European Neuroscience Societies - PT30079.  E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Último caso confirmado da doença no município foi registrado há mais de seis meses

 

IBATÉ/SP - Segundo dados atualizados na última sexta-feira (8) pela Secretaria Municipal de Saúde de Ibaté, por meio da Vigilância Epidemiológica, em 2020 o município registrou 24 positivos de Dengue, com 141 casos notificados, sendo que 115 deram negativos. Nessa atualização, apenas dois casos suspeitos da doença aguardavam resultado.

Os bairros que tiveram mais casos foram Jardim Cruzado (9), Jardim Icarai (3), São Benedito (2), Centro (2) e CDHU (2). "Outras cidades" e os bairros Popular, Jardim América, Santa Terezinha, Jardim Menzani e Vila Bandeirantes tiveram apenas um cada.

O último caso de Dengue confirmado no município foi no dia 19 de junho de 2020 e, com isso, Ibaté está há mais de seis meses sem novos registros da doença, resultado de ações de orientação que são realizadas contra o criadouro do mosquito aedes aegypti, transmissor da Dengue, Zika e Chikungunya.

Em dezembro de 2020, em uma ação conjunta entre a Vigilância Epidemiológica, Serviços Públicos e Fiscalização, a Prefeitura de Ibaté realizou um Arrastão contra a Dengue no bairro Popular e no bairro Encanto do Planalto, contabilizando mais de mil casas visitadas e a retirada de 16 caminhões de lixos dos dois bairros.

Ibaté vem realizando um trabalho contínuo contra a Dengue, com ações que são intensificadas no período de chuvas e com orientações para eliminar criadouros do aedes aegypti.  O ciclo de vida do mosquito é de 7 a 10 dias, por isso, cada munícipe, mesmo aquele que more em bairros que não tenham casos registrados, deve fazer a limpeza de seu quintal uma vez por semana.

Os principais cuidados que devem ser tomados são: manter a caixa d´água sempre fechada, guardar garrafas de cabeça para baixo, furar  vasos e pratos de plantas ou encher de areia até a borda, deixar as calhas d'água limpas de folhas, galhos e sempre desobstruídas, efetuar tratamento adequado em piscinas com cloro, fechar com tela e adicione sal ou água sanitária, semanalmente, em ralos e canaletas.

Prefeitura abre inscrições para contratação emergencial de profissionais na área da saúde, educação e serviços públicos

 

IBATÉ/SP - A Vigilância Epidemiológica e o Comitê de Prevenção e Monitoramento do Coronavírus de Ibaté divulgaram neste sábado (9), um novo relatório da situação da Covid-19, no qual o município contabiliza 48 casos ativos da doença, o que representa 6,22%.

Dos 772 casos confirmados de Covid-19 em Ibaté, 718 já estão recuperados, ou seja, 93,01%. A Taxa de Letalidade no município (relação entre o número de óbitos e o número de casos diagnosticados) é de 0,78%, com seis mortes.

Visando intensificar a força de trabalho no combate à pandemia do Coronavírus, a Prefeitura de Ibaté abriu, a partir desta segunda-feira (11) até o 15 de janeiro, inscrições de três processos seletivos para contratação emergencial, em caráter temporário pelo prazo de 6 (seis) meses, nas áreas de saúde, educação e serviços públicos.

As vagas são para os cargos de Auxiliar de Enfermagem (04 vagas); Médico Plantonista (01 vaga); Professor de Educação Básica I (39 vagas); Professor de Educação Básica II – Educação Física (01 vaga); Operador de Máquinas (01 vaga); Médico Ortopedista (01 vaga); Médico Ginecologista (01 vaga) e Técnico em Gesso Ortopédico (01 vaga).

As inscrições para as vagas de professores devem ser feitas de forma presencial, com o uso obrigatório de máscara, na Secretaria de Educação e Cultura de Ibaté, localizada na Avenida São João, nº 680. Já as inscrições para as demais vagas devem ser feitas no Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Ibaté, na Avenida São João, nº 1771.

A maioria das vagas disponíveis no processo seletivo da área de educação  destina-se para substituição de professores efetivos da Rede Municipal que não poderão atuar na retomada presencial das aulas. Já na área da saúde, as vagas fazem a complementação da força de trabalho no combate à pandemia do Coronavírus.  No final de julho de 2020, a Prefeitura de Ibaté já realizou a contratação de 10 novos auxiliares de enfermagem, destinados para o Hospital e Maternidade Municipal e para as Unidades Básicas de Saúde do Município de Ibaté.

Os editais completos estão disponíveis no site da Prefeitura de Ibaté (www.ibate.sp.gov.br).

SÃO CARLOS/SP - São Carlos e região continuam na Fase Amarela do Plano São Paulo. Foi o que anunciou a Secretária Estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta sexta-feira (08).

O anúncio, que estava previsto para acontecer nesta quinta-feira, 07, foi adiado por conta do anúncio da eficácia da vacina contra o coronavírus, desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac Life Science, que atingiu índice de 100% para casos graves e moderados.

Apenas três regiões regrediram da Fase Amarela para Laranja do Plano SP: Marília, Sorocaba e Registro. A região de Presidente Prudente que estava na Fase Vermelha avançou para a Fase Laranja. Com isso, 90% do estado está na Fase Amarela e 10% na Fase Laranja.

José Fernando Domingues, presidente da ACISC, relata que os comerciantes sentem-se aliviados com o anúncio. “Depois do lockdown decretado pelo governador João Doria nos finais de semana do Natal e Ano Novo, a gente ficou bastante apreensível com o anúncio que poderíamos ter nesta sexta-feira. Graças aos esforços de todos, tivemos uma boa notícia e nossos comerciantes iniciam um ano mais tranquilo em relação ao Plano SP”, comentou.

Todas as atividades comerciais continuam em funcionamento, com capacidade limitada a 40% de ocupação para todos os setores. O funcionamento máximo de atendimento presencial está limitado a 10 horas por dia. Apenas bares terão restrição de atendimento até às 20 horas.

Zelão ressalta que a pandemia continua e é importante que todos continuem atentos às medidas sanitárias. “Nossos comerciantes tem respeitado e cobrado as medidas sanitárias e de distanciamento social. Por isso, peço que continuem atentos para que possamos seguir dentro dos índices do Plano São Paulo e mantermos nosso comércio em funcionamento”, enfatizou. “Esperamos que a população comece a ser vacinada efetivamente para que possamos superar essa doença que castigou e castiga o mundo inteiro”, complementa.

As normas sanitárias são as mesmas para todos os segmentos: disponibilizar higienização para funcionários e consumidores com álcool gel 70% em pontos estratégicos; os funcionários devem utilizar máscaras durante toda a jornada de trabalho, assim como os consumidores; o acesso e o número de pessoas nos estabelecimentos devem ser controlados; manter todas as áreas ventiladas; e a fila deve ter distanciamento de 2 metros entre as pessoas.

A próxima classificação ordinária do Plano SP acontecerá no dia 05 de fevereiro, porém, a secretária Patrícia Ellen alertou que o Centro de Contingência do COVID-19 poderá modificar extraordinariamente as regiões, em caso de aumento na incidência de casos pelas regiões. 

SÃO CARLOS/SP - Uma mãe entrou em contato com a Rádio Sanca através do WhatsApp (16) 3374-1397, e disse a nossa reportagem que está desesperada, pois foi até a farmácia de alto custo, em São Carlos, e não tem a insulina que sua filha de 12 anos toma.

“Em dezembro do ano passado, fui até a farmácia de alto custo, onde costumo pegar duas insulinas Asparte de graça, que é o que minha filha usa por mês, mas só me deram uma, e essa que me deram estava perto da data de vencimento. Como minha filha não pode ficar sem eu peguei” disse a mãe da menina.

A mãe disse ainda que neste mês foi novamente para pegar a insulina e desta vez não tinha. “Como minha filha precisa tomar todo mês, pois tem a diabetes tipo 1, fui neste mês buscar a insulina, mas desta vez não tinha. E claro que não é somente minha filha que toma essa medicação, mas com certeza muitas pessoas por aí também estão sem. E quem não tem dinheiro como eu? O que vamos fazer?” questionou Raquel Gavassa.

A cidadã disse ter entrado em contato com vereadores para saber o que fazer e qual decisão tomar. “Um vereador me disse que ia ver... Já o outro me disse que tenho que entrar com um processo contra o Estado, porque o remédio é de alto custo e depois o juiz obriga o estado a comprar. Esperai, até tudo isso acontecer minha filha morre? Que absurdo! Sem dizer que estou desempregada e não tenho dinheiro para comprar!” (sic) desabafou a mãe.

Nossa reportagem ligou na farmácia de alto custo e a atendente nos disse que as insulinas que tinham estavam próximas da data de validade e as que não foram distribuídas venceram e devolveram para o governo do estado. A atendente disse ainda que tem muita gente atrás e infelizmente não tem previsão para chegada dos medicamentos em falta e pediu para ligarmos na DRS (Direção Regional de Saúde) de Araraquara.

Ligamos por diversas vezes no telefone que nos foi passado, porém até o momento não fomos atendidos.

O diabetes é ocasionado pelo excesso de açúcar no sangue, devido à falta ou má absorção de insulina. Caso não seja tratado, pode acarretar vários outros problemas de saúde, como, a cegueira, amputação de membros por infecção e até mesmo causar a morte.

Vale ressaltar que os diabéticos são grupo de risco para o novo coronavírus e a OMS pede atenção especial aos diabéticos.

SÃO CARLOS/SP - O vereador Bruno Zancheta (PL) esteve na noite de ontem (7), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Prado e acompanhou um plantão noturno, buscando assimilar e entender todas as demandas.

O parlamentar alegou que este é também o papel do vereador. “Tenho recebido queixas sobre a demora do atendimento e fiz questão de acompanhar o plantão para entender de perto a situação”, disse.

“Estou mais uma vez colocando meu mandato à disposição e reconheço todo trabalho dos servidores neste momento. Sabemos dos problemas, precisamos buscar soluções”, acrescentou ao ressaltar a importância dos servidores de Saúde e seu papel neste período de pandemia.

Bruno Zancheta fez um “raio-x” do que encontrou:

“Neste primeiro momento, detectei que precisamos de uma reposição de servidores e principalmente de uma reestruturação de toda rede básica. Além disso, não podemos deixar que materiais, insumos básicos estejam em falta como vem acontecendo”.

O vereador informou que encaminhará as reivindicações, por meio de documentos, à secretaria municipal de Saúde.

Veículo transportava feridos de bombardeios ocorridos no último domingo (3) na região central do país. MSF pede que os grupos envolvidos no conflito respeitem a ação médico humanitária e civis.

 

MUNDO - Uma ambulância de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que transportava pacientes entre Douentza e Sévaré, na região central de Mali, foi violentamente parada por homens armados durante horas na última terça-feira (05/01), resultando na morte de um dos pacientes a bordo. MSF condena veementemente essa grave obstrução à assistência médica e conclama todas as partes no conflito a respeitarem a ação humanitária e médica e a população civil.

A ambulância, identificada pelo logotipo de MSF de forma bastante visível, estava a caminho do hospital geral em Sévaré com três pacientes gravemente feridos no atentado de domingo (03/01) na região de Douentza. Uma enfermeira do Ministério da Saúde, um zelador e um motorista também estavam no veículo. Os homens armados os amarraram, os agrediram e os deixaram sob o sol forte por várias horas antes de finalmente libertá-los. Um dos pacientes, um homem de aproximadamente 60 anos, não resistiu e morreu durante a ação.

"Condenamos nos termos mais fortes possíveis todas as formas de violência contra nossos pacientes, nossa equipe e profissionais de saúde em geral", disse Juan Carlos Cano, chefe da missão de MSF em Mali. “Estamos muito chocados e pedimos às partes no conflito que respeitem as ambulâncias, a equipe médica, os pacientes e seus cuidadores. Os veículos médicos devem ter permissão para transportar os pacientes com segurança.”

Na quarta-feira (06/01), a ambulância de MSF conseguiu finalizar o transporte dos pacientes ao hospital em Sévaré. Os outros dois pacientes do veículo estão atualmente sob cuidados médicos na instalação.

No início desta semana, equipes de MSF trataram de vários pacientes gravemente feridos no centro de saúde de referência de Douentza, após o ataque a bomba nas aldeias Douentza e Sévaré. Os pacientes, a maioria homens idosos, tiveram ferimentos por explosões, estilhaços de metal e ferimentos a bala. MSF não estava presente na área no momento dos eventos e por isso não tem mais informações sobre os ataques na região.

Após a detenção violenta da ambulância da organização e a deterioração da situação de segurança em Mali, MSF reitera o pedido para que todas as partes no conflito respeitem a ajuda médica e humanitária, as instalações médicas e a população civil.

Médicos Sem Fronteiras trabalha no Mali desde 1985. Atualmente, a organização administra projetos médicos e humanitários nas regiões de Kidal, Gao (Ansongo), Mopti (Ténenkou, Douentza, Bandiagara, Bankass e Koro), Ségou (Niono) e Sikasso (Koutiala ), e também na capital, Bamako.

 

Sobre Médicos Sem Fronteiras

Médicos Sem Fronteiras é uma organização humanitária internacional que leva cuidados de saúde a pessoas afetadas por conflitos armados, desastres naturais, epidemias, desnutrição ou sem nenhum acesso à assistência médica. Oferece ajuda exclusivamente com base na necessidade das populações atendidas, sem discriminação de raça, religião ou convicção política e de forma independente de poderes políticos e econômicos. Também é missão da MSF chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelas pessoas atendidas em seus projetos. Para saber mais acesse o site de MSF-Brasil.

A Santa Casa de São Carlos vai deixar de receber mais de R$ 1,5 milhões de reais. Os recursos serão retirados de dois programas de auxílio: Pró-Santa Casa e Programa Sustentável.

 

SÃO CARLOS/SP - A Santa Casa de São Carlos vai deixar de receber do Governo de São Paulo R$ 128.388,48 por mês. No ano, são R$ 1.540.661,76 a menos para o hospital. Os recursos serão retirados de dois programas de auxílio: Pró-Santa Casa e Programa Sustentável. A decisão foi publicada no Diário Oficial nesta última quarta-feira (6).

“Os dois programas são destinados para o custeio da operação do hospital, ou seja, pagamento de materiais, medicamentos, produtos de limpeza, gases medicinais, tudo aquilo que a gente usa para manter o hospital em funcionamento”, explica o Diretor de Operações da Santa Casa, Everton Beggiato.

O corte de 12% das verbas vai atingir 180 unidades hospitalares de todo o Estado de São Paulo, que deixarão de receber, ao todo, R$ 80 milhões de reais. A resolução publicada no Diário Oficial na quarta-feira (6) torna a situação dos hospitais filantrópicos ainda mais delicada em meio ao enfrentamento da pandemia.

“O momento de tomar essa decisão é lamentável, porque a nossa perda financeira é dobrada. Isso porque, em função da pandemia, os preços dos medicamentos, materiais e equipamentos de proteção individual aumentaram em torno de 11% em 2020. Os preços de alguns produtos, como máscaras, luvas, aventais e anestésicos, subiram 300%”, afirma o Diretor de Operações da Santa Casa, Everton Beggiato.

A preocupação da Santa Casa é com a manutenção dos serviços oferecidos pelo hospital.  Segundo o Provedor Antonio Valério Morillas Júnior, “com certeza, essa redução de verbas pode trazer consequências para os atendimentos pelo SUS. Nós, da Provedoria e da diretoria da Santa Casa, não estamos medindo esforços para minimizar os prejuízos aos nossos pacientes.  Nesse sentido, esperamos que a população e as autoridades se unam e nos ajudem a defender o nosso hospital, porque é aqui que resolvemos a grande maioria dos problemas de saúde da nossa comunidade”

BRASÍLIA/DF - Pesquisa PoderData mostra que 59% dos brasileiros tiveram o emprego ou sua fonte de renda prejudicada por causa da pandemia de covid-19. Outros 37% dizem não ter sido afetados. Essas proporções tiveram variação dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais em relação ao último levantamento, realizado de 7 a 9 de dezembro.

A proporção dos que sofreram com os impactos da crise vem caindo gradualmente. Há 3 meses, 69% afirmavam terem sido prejudicados. Nesse período, houve redução de 8 pontos percentuais.

No mesmo período, aumentou em 9 pontos percentuais a taxa dos que não foram afetados. Passou de 26% para 35%.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é feita em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 4 a 6 de janeiro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 518 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

HIGHLIGHTS DEMOGRÁFICOS

O estudo destacou, também, os recortes para as respostas à pergunta sobre a as dificuldades financeiras consequentes da pandemia.

Os mais prejudicados financeiramente:

  • os que moram na região Norte (86%);
  • jovens de 16 a 24 anos (77%);
  • moradores da região Centro-Oeste (66%);
  • quem recebe até 2 salários mínimos (65%).

Os menos afetados durante a pandemia:

  • quem recebe mais de 10 salários mínimos (71%);
  • os que recebem de 5 a 10 s.m. e os que têm ensino superior (ambos com 52%);
  • pessoas com 60 anos ou mais (51%).

 

 

*Por: PODER360 

Neurocientista e neuropsicólogo Fabiano de Abreu detalha como funciona o organismo do jornalista, profissão entre as mais perigosas para a saúde 

 

SÃO PAULO/SP - Cada vez mais os jornalistas estão sofrendo os efeitos de uma vida de estresse, esta que está entre as profissões com maior número de casos de excesso de ansiedade e estresse. Um dos graves riscos de profissionais como os jornalistas é o AVC, acidente vascular cerebral. A última vítima foi o apresentador do “Fala Rondônia” da Rede TV!, Marcelo Bennesby de 53 anos que passou por cirurgia e encontra-se em coma induzido. Ano passado o comunicador da Rede Pampa Marne Barcelos de 55 anos, Laerte Fernandes fundador do Jornal A Tarde com 83 anos e Newton Zarani do Jornal dos Sports com 93 anos, esses três faleceram. Em Portugal ano passado Jorge Vilas do Jornal de Notícias com 77 anos também morreu. 

Todos esses nomes, são alguns dos jornalistas que sofreram AVC, mas há outros nomes para uma lista mais extensa. Doutor em Ciências da Saúde com ênfase em neurociência e psicologia e também Jornalista Fabiano de Abreu mostra como esta situação está se tornando cada vez mais comum para os profissionais da comunicação.

O neurocientista sempre é convidado por Bennesby para ser entrevistado em seu programa dando dicas de saúde criando assim um vínculo de amizade. Recentemente ele já havia avisado o apresentador sobre os riscos para sua saúde, já que ele estava com a ansiedade em um nível muito alto. 

Buscando ajudar e precaver jornalistas aos riscos da saúde, já que é uma das profissões com maior nível de ansiedade e estresse, Abreu lembra que “há uma sobrecarga muito grande para atender a alta demanda, estar a par dos acontecimentos, conseguir o furo de notícia, entregar resultados em que a cobrança está não só na audiência, mas também nas conclusões. Eu digo que no jornalismo é bem parecido com bolsa de valores na dinâmica, a diferença é que não há tantos gritos”.

Porém, atualmente, existem dois fatores cruciais para serem observados, reforça o neurocientista: “Um deles é a ansiedade muito alta de um jornalista, todos, e quanto maior for o jornal, maior a demanda e a ansiedade. O jornalista usa a ansiedade para um melhor desempenho, até porque no jornalismo tem que ter criatividade e a ansiedade ajuda no processo criativo. Mas o problema é que, com a pandemia, não só a demanda aumentou, como também a atmosfera não é favorável”.

Já o segundo está relacionado à pandemia: “Não podemos ser negacionistas a uma realidade nesta pandemia, independente do que acredita ou não, qualquer doença mortal, qualquer alteração de rotina em nossas vidas, temos alterações em nossos mensageiros químicos no cérebro que controlam nossa vida”, detalha Fabiano de Abreu.

Do ponto de vista científico, Abreu explica como cada meta conquistada, seja um like no Instagram, uma notícia com audiência, um furo de reportagem, uma promoção, qualquer conquista, afeta o cérebro do profissional da comunicação. “Nessas situações é liberada a dopamina, conhecida como o hormônio da recompensa. Ela é viciante e queremos sempre liberar mais. Isso faz parte do nosso instinto, se não existisse, não teríamos vontade de conquistar. O problema é que a usamos de maneira diferente do processo evolutivo. É aí que entra a ansiedade, sem ela, não teríamos a pulsão para buscar a conquista”, destaca.

 

De que maneira a ansiedade pode levar ao AVC

Diante de tanta ansiedade, a situação se torna preocupante, reforça Fabiano: “Doenças, o risco de vida, o receio econômico, por exemplo. Tudo isso faz ativar outro instinto de sobrevivência, aquele no sistema límbico das emoções, a amígdala cerebral onde estão armazenadas memórias negativas como traumas, medos, etc. Isso é necessário ou não teríamos a imagem para saber se aquilo é perigoso ou não. O problema é que nosso cérebro não distingue o ataque do leão com o medo de perder o emprego, na verdade apenas varia a potência do problema de acordo com a personalidade e são fatores que aumentam o nível de ansiedade”, explica.

Para piorar, em um período tão atípico como este da pandemia, pode trazer mais problemas para a saúde: “Esta fase que estamos vivendo está elevando a ansiedade, o que ativa nosso 'modo de sobrevivência' buscando memórias da amígdala levando-as ao lobo pré-frontal da consciência. Quando não resolvemos, até porque não podemos matar o vírus e nem resolver a economia ou nos tranquilizar no emprego, esta ansiedade não vai cessar, já que a pendência ainda existe trazendo mais ansiedade, elevando a sua potência e levando ao estresse”, salienta.

Logo, Abreu ressalta: “Com a ansiedade elevada assim como o estresse, alteram-se níveis de cortisol, hormônio que controla a nossa imunidade e que é ativado pelo estresse e/ou ansiedade com a função de eliminá-los. Sua função é ajudar a reduzir a inflamação do corpo, mas quando constante, tornam-se resistentes ao próprio cortisol comprometendo o sistema imunitário tornando-o menos eficaz contra agentes externos, podendo causar fadiga e doenças devido a baixa imunidade. Ele age no controle dos leucócitos (glóbulos brancos), células do sistema imunológico e com a ansiedade constante e o estresse há um aumento na sua produção. Os glóbulos brancos quando produzidos em excesso podem se acumular nas paredes das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo e favorecendo a formação de coágulos, elevando o risco de doenças cardiovasculares, entre eles o AVC”, define o neurocientista.

Além de tudo isso, ele deixa um alerta: “O jornalismo é uma das profissões com maiores chances de desenvolver a Síndrome de Burnout, uma condição de estafa mental ligada ao estresse que pode colocar em risco a vida do profissional”.

 

Números altos são preocupantes

Razões para tamanha preocupação não faltam. Dados do Ministério da Saúde mostram que o AVC é a segunda principal causa de morte no Brasil. No Brasil morrem anualmente 100 mil pessoas devido a esta doença. Outro motivo de alerta é que este mal é a principal causa de incapacidade no país.

E se não for tratado a tempo, a pessoa pode ter surpresas desagradáveis: “Uma em cada quatro pessoas que sofreu um AVC terá outro, por isso é importante investigar as causas do primeiro e prevenir o segundo que, em geral, traz consequências mais graves”.

 

Vale lembrar a importância de estar atento aos sinais de ocorrência de um AVC. Caso sinta algum deles, busque atendimento médico o mais rápido possível:

 

– Formigamento, diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do corpo;

– Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos;

– Alteração aguda da fala, apresentando dificuldade para articular as palavras;

– Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente; e

– Alteração do equilíbrio, vertigem súbita e intensa, tontura que leva a náuseas ou vômitos e alteração no andar.

 

Como tratar

 

Vale lembrar que a principal causa evitável do AVC é a hipertensão, “pois o aumento da pressão dificulta a passagem de sangue pelas artérias”, lembra Fabiano de Abreu. Já o tratamento do AVC, ele ressalta, “baseia-se na desobstrução do vaso cerebral ocluído, normalizando a circulação cerebral, com o uso de medicamento trombolítico. Geralmente, os cuidados pós AVC envolvem uma equipe multidisciplinar com médico, fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros”.

Por isso, o conselho de Fabiano de Abreu é bem claro: “Cuide da sua qualidade de vida, não deixe que a ansiedade te traga prejuízos como esse. Saiba se organizar diante dos desafios que aparecerem e mantenha a saúde em dia. Cada vez mais as pessoas estão sendo vítimas do estresse, e por isso toda forma de se prevenir é bem vinda para que você não seja mais uma vítima de um AVC”, completa.

 

Segue um passo a passo descrito por Fabiano de Abreu para os jornalistas 

 

  • Faça exercícios físicos todos os dias, pelo menos 30 min. 
  • Uma dieta do mediterrâneo pode ajudar já que os nutrientes estão relacionados às regiões cerebrais mais utilizadas pelos jornalistas, entre elas, a memória. 
  • Evite consumo abusivo de álcool e não fume. 
  • Não veja aparelhos eletrônicos antes de dormir, de noite liberamos melatonina para dormir e a luz no rosto aumenta a produção de serotonina que é para o dia, ambas são fabricadas no mesmo local. 
  • Durma oito horas por dia, de noite e não de madrugada. Tente ler algo agradável antes de dormir, de preferência livros de papel e com hora limite para não deixar de dormir as oito horas essenciais. 
  • Tome um chá relaxante antes de dormir, como camomila por exemplo. 
  • Faça a refeição de duas a três horas antes de dormir e algo leve. 
  • Use a inteligência emocional, a demanda é grande, mas com calma a cumprirá. Não veja as obrigações como algo alarmante, não cumprir ou falhar não o matará, mas o estresse sim eleva os riscos de morte. 
  • Busque metas de curto prazo e alcançáveis, como por exemplo, um belo passeio no final de semana. Quando estiver atordoado(a), lembre-se do lazer que logo virá. 
  • Desligue o telefone quando não estiver trabalhando.
  • Busque estar junto à natureza nos momentos de lazer, ela tem um poder calmante pois aciona nosso instinto de sobrevivência de forma confortável. 

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