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BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) abriu consulta pública para proposta de padronização de carregadores de celulares por fio com padrão USB tipo C, segundo comunicado no final da terça-feira no site do órgão.

A proposta segue movimento similar realizado em outras regiões, como na Europa. No começo do mês, países e parlamentares da União Europeia concordaram com uma única porta de carregador para telefones celulares, tablets e câmeras, do tipo USB-C.

Citando a iniciativa do bloco europeu, a Anatel disse que a escolha do padrão USB tipo C ocorre por já ser amplamente utilizado pela maioria dos fabricantes globais e possuir normatização internacionalmente reconhecida.

Os conectores USB-C são usados em dispositivos que utilizam o sistema Android, enquanto iPhones são carregados a partir de um cabo Lightning.

As contribuições ao texto da Anatel poderão ser feitas até 26 de agosto.

 

 

Por Paula Arend Laier; edição de André Romani / REUTERS

EUA - Depois de meses examinando fotografias da superfície lunar, os cientistas finalmente encontraram o local do acidente de um estágio de foguete esquecido que atingiu o lado oculto da lua em março.

Eles ainda não sabem ao certo de qual foguete os destroços se originaram. E eles estão perplexos sobre por que o impacto escavou duas crateras e não apenas uma.

“É legal, porque é um resultado inesperado”, disse Mark Robinson, professor de ciências geológicas da Universidade Estadual do Arizona que atua como investigador principal da câmera a bordo do Lunar Reconnaissance Orbiter da NASA, que fotografa a lua desde 2009. sempre muito mais divertido do que se a previsão da cratera, sua profundidade e diâmetro, estivesse exatamente correta, relatou dr. Robinson.

A intriga do acidente do foguete começou em janeiro, quando Bill Gray, desenvolvedor do Projeto Plutão, um conjunto de software astronômico usado no cálculo das órbitas de asteróides e cometas, rastreou o que parecia ser o estágio superior descartado de um foguete. Ele percebeu que estava em rota de colisão com o outro lado da lua.

O acidente foi certo, por volta das 7h25, hora do leste, em 4 de março. Mas a órbita exata do objeto não era conhecida, então havia alguma incerteza sobre a hora e o local do impacto.

Gray disse que a parte do foguete foi o segundo estágio de um SpaceX Falcon 9 que lançou o Deep Space Climate Observatory, ou DSCOVR, para a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica em fevereiro de 2015.

 

Ele estava errado.

Um engenheiro da NASA apontou que a trajetória de lançamento do DSCOVR era incompatível com a órbita do objeto que o Sr. Gray estava rastreando. Depois de mais algumas escavações, Gray concluiu que o candidato mais provável era um foguete Longa Marcha 3C lançado da China alguns meses antes, em 23 de outubro de 2014.

Estudantes da Universidade do Arizona relataram que uma análise da luz refletida do objeto descobriu que a mistura de comprimentos de onda correspondia a foguetes chineses semelhantes, em vez de um Falcon 9.

Mas uma autoridade chinesa negou que fosse parte de um foguete chinês, dizendo que o estágio do foguete daquela missão, que lançou a espaçonave Chang’e-5 T1, havia reentrado na atmosfera da Terra e queimado.

Independentemente de qual foguete fazia parte, o objeto continuou a seguir o caminho em espiral ditado pela gravidade. Na hora prevista, ele atingiu o lado mais distante da lua dentro da Cratera Hertzsprung de 350 milhas de largura, fora da vista de qualquer pessoa na Terra.

O Lunar Reconnaissance Orbiter não estava em posição de observar o impacto, mas a esperança era que uma cratera recém-esculpida aparecesse em uma fotografia que a espaçonave tirou mais tarde.

O software do Sr. Gray fez uma previsão do local do impacto. Especialistas do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA calcularam uma localização a alguns quilômetros a leste, enquanto membros do Laboratório Lincoln do Instituto de Tecnologia de Massachusetts esperavam que o acidente ocorresse dezenas de quilômetros a oeste.

Isso significou que os pesquisadores tiveram que procurar em uma faixa de cerca de 80 quilômetros por uma cratera de algumas dezenas de metros de largura, comparando a paisagem lunar antes e depois do acidente para identificar distúrbios recentes.

Dr. Robinson disse que estava preocupado que “vamos levar um ano de imagens para preencher a caixa”.

Embora o Lunar Reconnaissance Orbiter tenha fotografado a grande maioria da lua várias vezes nos últimos 13 anos, há pontos que ele perdeu. Descobriu-se que algumas das lacunas estavam perto do local do acidente esperado.

O Dr. Robinson lembrou-se de pensar na Lei de Murphy e brincar: “Eu sei exatamente onde ela vai atingir”.

Como o acidente foi previsto com um mês de antecedência, a equipe da missão conseguiu preencher a maioria das lacunas.

Então começou a busca.

Normalmente, um programa de computador faz a comparação, mas isso funciona melhor se as fotos de antes e depois forem tiradas na mesma hora do dia. Para esta busca, muitas das imagens foram tiradas em momentos diferentes, e a diferença nas sombras confundiu o algoritmo.

Com todos os falsos positivos, “nós apenas nos sentamos e várias pessoas passaram manualmente pelos milhões de pixels”, disse Robinson.

Alexander Sonke, um veterano do departamento de ciências geológicas do estado do Arizona, contribuiu para o esforço. Ele estimou que gastou cerca de 50 horas ao longo de várias semanas realizando a tarefa tediosa.

O Sr. Sonke se formou em maio. Ele se casou. Ele foi em lua de mel. Há uma semana e meia foi seu primeiro dia de volta ao trabalho – ele está prestes a iniciar seus estudos de pós-graduação com o Dr. Robinson como seu orientador – e ele retomou a busca pelo local do impacto.

Ele encontrou.

Sr. Sonke disse que viu “um grupo de pixels que pareciam significativamente diferentes em brilho” enquanto as imagens de antes e depois piscavam para frente e para trás.

“Eu estava bastante confiante quando vi que esta era uma nova característica geológica”, disse Sonke. “Eu certamente pulei um pouco da minha cadeira, tive a sensação de que definitivamente era isso, e então tentei conter minha empolgação.”

A cratera leste, com cerca de 20 metros de diâmetro, está sobreposta à um pouco menor a oeste, que provavelmente se formou alguns milésimos de segundo antes da leste, disse Robinson.

Esta não é a primeira vez que uma parte da espaçonave atinge a lua . Por exemplo, pedaços dos foguetes Saturn 5 que levaram astronautas à Lua na década de 1970 também esculpiram crateras. Mas nenhum desses impactos criou uma cratera dupla.

A razão pela qual isso aconteceu pode apontar para sua identidade misteriosa. A missão chinesa de outubro de 2014 carregou a espaçonave Chang’e-5 T1, precursora de outra missão, Chang’e-5, que pousou na Lua e trouxe amostras de rochas de volta à Terra.

A espaçonave precursora T1 não incluía uma sonda, mas o Dr. Robinson supõe que ela tinha uma massa pesada no topo do palco para simular a presença de uma. Nesse caso, os motores de foguete na parte inferior e o simulador de aterrissagem na parte superior poderiam ter criado as duas crateras.

“Isso é pura especulação da minha parte”, disse Robinson.

As outras partes do estágio do foguete teriam sido de alumínio fino e leve, que provavelmente não fariam muita diferença na superfície lunar.

O local do impacto real estava entre os locais previstos pelo Sr. Gray e o Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, próximo ao da NASA. “Estava dentro das margens de erro que havíamos calculado”, disse Gray.

Também foi uma sorte que a equipe do Lunar Reconnaissance Orbiter tenha preenchido as lacunas – chamadas gores, na linguagem dos cartógrafos – nas imagens. “Como Murphy teria dito, essa coisa impactou no que era um dos gores”, disse o Dr. Robinson. “Se eu não tivesse sido alertado, não teríamos uma imagem anterior.”

Os cientistas podem eventualmente ter encontrado o local do acidente. A sujeira lançada de uma cratera escavada geralmente é mais brilhante, ficando mais escura com o tempo. Foi assim que os cientistas identificaram as crateras causadas pelos estágios 5 de Saturno.

Mas eles ainda estariam procurando um pequeno ponto brilhante no palheiro da lua.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

SÃO CARLOS/SP - Esta é a conclusão da primeira pesquisa realizada no sistema on farm em cultura de algodão no país. O estudo, conduzido pela Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, em parceria com o setor produtivo em fazendas do Centro-Oeste brasileiro, constatou que é possível reduzir custos em até 13% aplicando taxas variadas de insumos na produção da planta.

Experimentos no sistema on farm ocorrem na área de produção, enquanto a cultura é desenvolvida, sem alterar a rotina da propriedade.

Os pesquisadores avaliaram a variabilidade espacial e temporal da área agrícola na safra 2019-2020 com o uso de técnicas da agricultura de precisão (AP) para encontrar a dosagem ideal de insumos que seria aplicada na cultura. 

O sistema de gerenciamento agrícola, conceito da AP, permite acompanhar, coletar e analisar informações por meio de tecnologias que facilitam a tomada de decisão por produtores e trabalhadores.

Com o uso de AP é possível utilizar os insumos de forma mais racional, no momento, local, aplicação de doses adequadas, com potencial de geração de benefícios econômicos e ambientais para o produtor.

A geração desses benefícios, com impactos diretos no custo de produção, integra resultados de pesquisas propostas pela Rede AP, criada em 2009 com a participação de mais de 200 pesquisadores da Embrapa, universidades, instituições de ciência e tecnologia e empresas.

Em sua terceira e última fase, a ser finalizada até o final do ano, o projeto propunha, entre outras soluções, a entrega de tecnologias habilitadoras validadas e experiências geradas, como um modelo de aplicação para a implementação rápida e eficaz da agricultura de precisão no sistema produtivo do algodão em Mato grosso.

A partir dos resultados com os experimentos on farm, os pesquisadores esperam consolidar práticas de AP com aplicabilidade em diferentes sistemas de produção em todo o Brasil.

Doses combinadas

De grande importância econômica para o Brasil, quinto maior produtor mundial, a cultura do algodão é também considerada muito exigente, por apresentar riscos e investimentos maiores.

No entanto, o aumento nos investimentos na cultura não é proporcional ao aumento da produtividade esperada. Por isso, o Instituto Mato-Grossense do Algodão vem apostando no uso de ferramentas de agricultura de precisão, de forma mais intensa, para reduzir custos e aumentar a produtividade.

Para tentar equacionar o desequilíbrio entre os gastos e os rendimentos, um grupo de 16 profissionais da Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), Embrapa Agricultura Digital (Campinas – SP), Embrapa Soja (Londrina – PR) e do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), uniram esforços e competências para que a pesquisa fosse viabilizada.

Os resultados dos experimentos on farm, com aplicação da taxa variada de insumos foram apresentados pelo pesquisador da Embrapa Soja, Júlio Franchini, no dia 23, na Famato Embrapa Show, realizada de 22 a 24, em Cuiabá (MT). Franchini participou de todo o processo de concepção do estudo, avaliação e interpretação, entre outras fases do projeto.

De acordo com o coordenador do estudo, o pesquisador da Embrapa Instrumentação, Carlos Manoel Pedro Vaz, a proposta do experimento on-farm consistiu em encontrar a combinação ideal de dosagens dos insumos avaliados, que propiciassem a maior produtividade.

“Neste modelo, é possível gerar curvas de resposta para aplicação de insumos, importantes para apoiar a definição de estratégias, quando se trata de taxa variável”, afirma Vaz.

Além disso, a pesquisa também objetivou motivar os produtores a realizarem experimentos on-farm para avaliar a produtividade e os custos da lavoura, usando o potencial das máquinas disponíveis na propriedade, que já vêm com ferramentas de AP embarcadas.

O primeiro passo consistiu na avaliação da variabilidade espacial de três talhões de duas fazendas no Mato Grosso quanto aos índices de vegetação da cultura, condutividade elétrica, altimetria-declividade e textura do solo. Todas as camadas de dados obtidas, então, foram correlacionadas com os mapas de produtividade dos respectivos talhões.

No estudo, os pesquisadores utilizaram métodos e ferramentas de AP já consolidados como o analisador granulométrico, desenvolvido por Vaz, empregado na obtenção dos dados das propriedades do solo dos talhões. A análise das propriedades é fundamental para o diagnóstico da sua fertilidade.

Veículos aéreos não tripulados, conhecidos como vants ou drones, integraram o conjunto de ferramentas utilizadas para captação de imagens, além de satélites e dos recursos já embarcados nas próprias máquinas agrícolas.

Os dados foram processados e avaliados para a definição das parcelas virtuais georreferenciadas, representativas dos três talhões de cerca de 200 hectares, e a instalação dos experimentos on farm na fazenda Três Lagoas, do grupo Scheffer, e fazenda Tucunaré, do grupo Amaggi. As propriedades estão localizadas no município de Sapezal, no Chapadão do Parecis, a 480 quilômetros de Cuiabá, capital do estado mato-grossense.

Segundo Vaz, foram criadas, então, combinações aleatórias de populações de sementes, dose de regulador de crescimento e nitrogênio, para aplicação à taxa variada, conforme as dimensões dos talhões virtuais gerados e embarcados nas máquinas agrícolas, para que elas executassem a tarefa.

O pesquisador explicou que os talhões da fazenda Três Lagoas foram divididos em 144 parcelas virtuais, de 0,8 hectares cada, enquanto na fazenda Tucunaré a divisão foi por zona de manejo, com 192 parcelas virtuais, de 0,2 hectares. As divisões virtuais existem apenas na programação das máquinas que aplicam os insumos e nos mapas de produtividade gerados pelas colheitadeiras.

A aplicação dos insumos foi realizada de acordo com as informações obtidas das análises de condutividade elétrica, índice de vegetação, textura do solo, entre outras, e conforme a arquitetura das parcelas virtuais, cuja quantidade foi relativa ao número de combinações propostas.

Ou seja, foram aplicadas 4 dosagens de nitrogênio, 3 populações de sementes e 3 dosagens do regulador de crescimento para os dois talhões da Fazenda Três Lagoas, com 4 repetições, resultando em 144 parcelas virtuais.

Já no talhão da fazenda Tucunaré, foram 4 dosagens de nitrogênio, 4 populações de sementes e uma dosagem de regulador crescimento específica para cada uma das 3 zonas de manejo definidas para o estudo.

De acordo com o estudo, as combinações compostas para os dois talhões da fazenda Três Lagoas resultaram em ganho de 13% e 11% em relação à produtividade média das unidades de cultivo.

Resultados expressivos

“No caso do talhão, com ganho de 13% de produtividade, a combinação de insumos que proporcionará maior lucratividade resultará da aplicação de 13 sementes por metro, 564 mililitros (mL) de regulador de crescimento por e aplicação de 200 kg de nitrogênio por hectare, resultando em produtividade de 343,4 arrobas por hectare”, explicou Vaz. Uma arroba equivale a 15 kg.

A análise do talhão da fazenda Tucunaré, realizada por zona de manejo, apontou que a produtividade atingiu 320 arrobas por hectare, considerando que a média era de 285,3 arrobas/ha. Vaz calculou que o ganho foi de 12% com a aplicação de 8 sementes por metro, 200 kg de nitrogênio e 220 mL de regulador de crescimento por hectare.

Numa análise comparativa de gastos com insumos, o pesquisador disse que, nos dois talhões da fazenda Três Lagoas, o custo com a aplicação do regulador de crescimento, por exemplo, média de 600 mililitros por hectare, representou R$ 13.560.

“Se consideramos que o litro do regulador na região de Mato Grosso é de cerca de R$ 113, uma economia desse insumo com aumento de produtividade se torna muito interessante para o produtor. Por exemplo, em um dos talhões o melhor desempenho foi obtido com 80% da dose de regulador de crescimento recomendada pela fazenda, portanto resultando em economia de 20% deste agroquímico”, calculou o físico Carlos Vaz.

O pesquisador lembra que dados de 2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apontaram o elevado custo de produção de algodão. Os agroquímicos, categoria que contempla o regulador de crescimento, somado aos fertilizantes e sementes representaram 87,1% dos custos. O regulador de crescimento é importante para monitorar a altura da planta, que sem o uso do insumo pode chegar até dois metros, quando o ideal é ficar em torno de 1.30 m.

Para o líder da Rede de Agricultura de Precisão da Embrapa, Ricardo Inamasu, a pesquisa mostrou a importância do processo colaborativo junto aos produtores na construção de métodos, conhecimentos e de procedimentos.

“A AP trouxe desafios para refinar recomendações adequadas ao uso local. A experimentação on farm viabiliza uma resposta rápida e uma recomendação apropriada ao processo de produção, utilizando máquinas e equipamentos disponíveis nas propriedades”, afirma o pesquisador da Embrapa Instrumentação.

O presidente do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt), Álvaro Salles, diz que a realização de validação de técnicas de agricultura de precisão, como aplicação de taxa variável em função da necessidade da planta, além demonstrar o benefício direto de economia de recursos ao produtor, traz outro benefício essencial à sustentabilidade, uma vez que se aplicam apenas as dosagens necessárias em cada parte da lavoura.

“A Embrapa, em parceria com outras instituições, deverá levar ao campo de forma mais intensa as ferramentas de AP, para que o produtor possa avaliar e adotar essas tecnologias, que deverão estar cada vez mais presentes no cotidiano agrícola”, afirma Salles.

O presidente do IMAmt acredita que as soluções adotadas atualmente por grandes produtores, logo serão adaptadas e permitirão que pequenos e médios produtores, de diferentes culturas, também as utilizem. “Isso certamente trará muito mais eficiência e produtividade para todos”, avalia.

 

 

Joana Silva

BENGALURU - A Amazon disse na segunda-feira (13), que seus clientes em Lockeford, na Califórnia, vão receber entregas por drones ainda neste ano.

Esta seria a primeira vez que a empresa faz entregas de drones ao público e segue vários programas de empresas como Walmart, UPS e FedEx.

A varejista online disse que está trabalhando com a Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) e autoridades locais da cidade para obter licenças.

Os drones serão programados para deixar encomendas nos quintais dos clientes.

 

 

 

Reportagem de Yuvraj Malik / REUTERS

INGLATERRA - A Apple terá que utilizar o padrão USB-C em seus dispositivos como parte de uma padronização de carregamento para dispositivos móveis anunciada na terça-feira (7) pela União Europeia.

A nova lei determinando a padronização de carregamento entrará em vigor em 2024 e tem como objetivo facilitar a vida dos consumidores e reduzir o lixo eletrônico.

“Chega de carregadores diferentes em nossas gavetas. Um carregador comum é um benefício real para nós como consumidores. Isso também ajudará nosso meio ambiente.”, disse Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia.

Além dos celulares, o novo padrão de carregamento será utilizado em tablets, câmeras, headphones, leitores digitais, videogames portáteis, entre outros eletrônicos.

Os fabricantes terão um período para se adaptar as novas normas, que só passará a valer no primeiro semestre de 2024. A União Europeia também definiu que cabe ao consumidor escolher se o seu novo eletrônico virá com um carregador na caixa, item que deixou de acompanhar alguns smartphones pela política de alguns fabricantes, como a Apple.

A medida deve gerar uma economia de 250 milhões de euros por ano em compras desnecessárias de carregadores.

 

Apple pode se despedir de suas entradas lightning

A padronização anunciada pela Comunidade Europeia trará maior impacto para a Apple, fabricante que apostou no desenvolvimento do seu padrão próprio de entrada de carregamento, o lightining. A mudança para o USB-C é exigida apenas na Europa, mas é possível que a empresa adote o novo padrão para não ter de produzir duas versões com entradas de carregamento diferentes para todos os seus produtos.

 

 

Rodrigo Favoretto / ISTOÉ DINHEIRO

EUA - Ver a Ferrari de novo com chances reais de levar o Mundial de Construtores tem sido uma das sensações da atual temporada da Fórmula 1. A última vez que escuderia italiana conquistou o campeonato foi em 2008. Agora, trava uma acirrada disputa pelo título com a Red Bull, o que aumenta a expectativa para a sequência da competição, com o Grande Prêmio do Azerbaijão, no próximo dia 12. Há quem atribua esse momento à considerável melhoria que os icônicos carros vermelhos tiveram do ano passado para cá, ganhando mais estabilidade nas curvas e evoluindo em relação à velocidade final, entre outros pontos. Para executivos da Raízen, esse desempenho também tem a ver com a nova composição do combustível utilizado pela equipe.

Decidida a entrar na era da descarbonização, a organização da F1 definiu novas regras para o abastecimento dos carros: pelo menos 10% têm de ser de biocombustíveis. E a Ferrari, por meio de uma parceria estratégica com a Shell, atendeu à determinação com etanol de segunda geração (E2G) produzido pela Raízen, no Brasil, a partir do bagaço da cana-de-açúcar, também chamado de biomassa, e da palha que não são aproveitados na fabricação do etanol de primeira geração (E1G). A empresa, que nasceu de uma joint venture entre a Shell e a Cosan em 2011, é dona da única usina de E2G em escala industrial do mundo. Essa presença brasileira na F1 tende a crescer, pois a alteração dos combustíveis é progressiva: até 2030 todos os veículos devem ser completamente abastecidos com opções sustentáveis.

A partir dessa entrada na F1, o E2G passa a ser visto de outra forma pelo mercado consumidor como um todo. Segundo o CEO da Raízen, Ricardo Dell Aquila Mussa, ainda havia certo ceticismo em relação ao combustível. “E já o produzimos há 12 anos”, disse. A aposta nessa valorização é cada vez mais alta. Além da planta que já está em operação, a companhia tem mais três em construção, que estarão prontas na safra 2023/24, e passará a 20 unidades até a safra de 2030/31, chegando a uma produção total de 1,6 bilhão de litros por ano. Cada uma dessas novas plantas tem potencial produtivo de 82 milhões de litros, e o Capex por unidade é de R$ 1 bilhão.

“Teremos mais três usinas de E2G por ano, e gostaríamos de acelerar, por conta da demanda do mercado” Ricardo Mussa CEO da Raízen.

Para cumprir ou até antecipar esse calendário, a diretoria da Raízen se espelhou na F1: a ordem é pisar fundo. A previsão inicial de entregar duas plantas por ano foi ultrapassada. “Três por ano virou o padrão, e até gostaríamos de acelerar por conta da demanda de mercado”, afirmou Mussa. “Queremos formar novo portfólio que vai tirar volatilidade e gerar caixa lá na frente. Claro que estamos avaliando os riscos, o quanto estamos preparados para essa entrega.” As próximas três plantas já estão com 80% das obras prontas.

A estruturação do parque industrial de E2G é também uma plataforma para o avanço no setor de biogás. A Raízen tem dois módulos de produção e mais dois em construção, que entrarão em operação na safra 2023/34. Cada módulo tem capacidade produtiva de 16 milhões de Nm3 por ano e o Capex é R$ 150 milhões. A meta é chegar ao período 2030/31 com 39 unidades de biogás. O foco está principalmente em energia limpa e renovável, para atender o mercado de geração distribuída e centralizada, e no fornecimento de biometano como alternativa de combustível para caminhões em substituição ao diesel, começando pela própria frota.

Para se ter ideia das possibilidades no segmento de biometano, a Raízen já tem contratos de longo prazo com a Yara Brasil Fertilizantes e com Volkswagen do Brasil para fornecimento a partir do ano que vem. Com a Yara, serão 20 mil m3 por dia durante cinco anos. No caso da Volkswagen, serão 51 mil m3 diários por um período de sete anos, volume que consumirá a produção de duas fábricas, ou seja, essas unidades já começam com tudo vendido, de acordo com a Raízen. Essas negociações puxam o desenvolvimento gradual de um mercado secundário de venda de caminhões a gás – seja de fábrica, seja por conversão –, explorando posicionamento geográfico e estratégico para conexão com gasodutos de distribuidoras de gás natural.

EQUILÍBRIO

A agenda de longo prazo da Raízen tem gerado satisfação e muito mais expectativas porque os passos anteriores a essa fase foram bem-sucedidos. A começar pelo IPO da empresa, realizado em agosto do ano passado, que ofertou mais de 810 mil ações preferenciais (RAIZ4) a R$ 7,40 e arrecadou R$ 6 bilhões, direcionados exatamente para financiar esse programa de crescimento da companhia. Para o CEO da empresa, a boa notícia é que tudo o que foi proposto naquele momento está sendo cumprido. “Conseguimos atingir, ou ultrapassar, todas as metas determinadas no IPO”, disse Mussa.

Além de estar em dia com o avanço da estrutura de bioenergia, a Raízen continua a ser a maior produtora global de açúcar (5,4 milhões de toneladas) e de etanol (3 bilhões de litros) e registrou relevante evolução de rentabilidade. “Aumentamos 30% o Ebitda, 24% a margem do ano e o Roace está em 31%”, afirmou o CEO. Roace é a sigla para Return On Average Capital Employed, ou Retorno Médio sobre o Capital Empregado. É um indicador semelhante ao Retorno sobre Ativos, mas que considera as fontes de financiamento. O Ebitda na safra 2021/22 foi de R$ 10,7 bilhões, 62% maior do que no período anterior, e a expectativa para a próxima temporada é de que possa chegar a R$ 14 bilhões.

Esse crescimento vem de expansão geográfica, aquisições e diversificação. No ano passado, a Raízen intensificou sua atuação na América do Sul com a entrada no mercado paraguaio e com a ampliação na Argentina, com mais 166 postos de combustíveis. No Brasil, foi concluída em abril a integração da Biosev, adquirida em agosto de 2021, o que acrescentou oito parques de bioenergia, distribuídos por Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo, e quase 10 mil colaboradores.

Com a integração da Biosev, a Raízem passa a ter 1,3 milhão de hectares de cana cultivada. Aí está outro ponto de sustentação para todo o crescimento da companhia: a base agrícola. E de desafios. A eficiência nos processos industriais depende diretamente do desempenho dos canaviais, e foi preciso uma atenção especial com a produtividade das lavouras nos últimos anos. O período 2019/20 foi o pior momento, com queda de 13,8%. Segundo o vice-presidente executivo da companhia, Francis Queen, foi feita uma revisão completa dos processos de plantios e tratos. “Havíamos apostado em processos mais baratos que não entregaram, necessariamente, os melhores resultados”, disse. “Mas já temos o caminho para o melhor aproveitamento de nossas áreas.”

VAREJO

A expansão no mercado de combustíveis passa também pela aproximação com o consumidor final. A Raízen vem investindo nisso. A bandeira Shell, que de acordo com a empresa é a marca global mais valiosa do setor (US$ 4,8 bilhões), atua em 70 países e está há mais de um século no Brasil. No atendimento direto, a empresa já tem 155 lojas da Oxxo e quase 1,2 mil da Shell Select (veja reportagem na página 34).

Outro passo está na fidelização digital desse relacionamento, com o aplicativo Shell Box. Já são mais de 10 milhões de downloads, um crescimento de 22 vezes nos 12 meses até maio, e cerca de 9,5 milhões de usuários. Essa interação já rendeu R$ 10 bilhões, o que leva a Raízen a olhar com muito mais atenção para esse mercado, e estabelecer metas ambiciosas: aumentar a carteira de clientes para 30 milhões de pessoas e o faturamento para R$ 25 bilhões por ano, alcançar 500 mil transações diárias e lançar o Shell Box Empresas. Energia para realizar tudo isso parece não faltar.

 

 

Romualdo Venâncio / ISTOÉ DINHEIRO

NOVA YORK - A cidade de Nova York desconectou na segunda-feira (23) sua última cabine de telefone público de moedas, as famosas "payphone booth", que têm sido substituídas durante anos por terminais de Wi-Fi gratuitos.

Contudo, os fãs do Superman podem ficar tranquilos: Manhattan conservará quatro cabines telefônicas fechadas, nas quais o jornalista Clark Kent entra para se "transformar" em super-herói.

Nesta segunda pela manhã, Nova York pôs fim a um mito que sobreviveu na cultura popular durante décadas em quadrinhos, fotos, cinema e televisão.

Diante dos jornalistas, as autoridades municipais e o presidente (equivalente a subprefeito) do bairro de Manhattan, Mark Levine, testemunharam a desmontagem, e a remoção em cima de um caminhão, da última "booth" (cabine) com dois telefones, que, durante anos, ficou situada na esquina da 7ª Avenida com a Rua 50, no centro da Big Apple, marcada pelo símbolo da campainha azul da empresa de telecomunicações Bell System.

"Estive aqui hoje para o último adeus do famoso - ou vergonhoso? - telefone público de NYC. Não vou sentir falta de seus tons de discagem, mas tenho que reconhecer que senti um nó no estômago nostálgico ao vê-lo partir", escreveu Mark Levine no Twitter.

O democrata disse que realmente não sente falta da época em que esses telefones funcionavam uma a cada duas vezes, quando era preciso procurar uma moeda de 25 centavos nos bolsos ou fazer fila para usar o telefone em plena rua e à vista dos transeuntes.

Os telefones públicos começaram a desaparecer da paisagem nova-iorquina no início dos anos 2000, na medida em que os telefones celulares se popularizavam, e se acelerou a partir de 2010 com a explosão dos telefones celulares inteligentes, os "smartphones".

A partir de 2015, Manhattan acelerou a instalação de milhares de terminais LinkNYC que oferecem Wi-Fi e chamadas locais gratuitas. Estes novos pontos de acesso serão progressivamente conectados à rede 5G.

"Realmente é o fim de uma era, mas também, esperamos, o início de uma nova era com um acesso mais igualitário à tecnologia", disse Levine, em alusão aos bairros do norte de Manhattan, em particular o Harlem, com pior cobertura de redes de telefonia e internet.

Segundo a imprensa local, Manhattan conservará quatro cabines telefônicas antigas no Upper West Side, na avenida West End, na altura das ruas 66, 90, 100 e 101.

 

 

AFP

EUA - Após quatro anos de pesquisas em Marte, a sonda InSight da Nasa provavelmente encerrará suas atividades no próximo verão no hemisfério norte, pois a poeira acumulada em seus painéis solares diminui sua potência.

O robô deixará um legado de dados que será aproveitado por cientistas de todo o mundo por anos, o que ajudará a melhorar a compreensão humana sobre a formação do planeta, informou a Nasa ao fazer o anúncio na terça-feira (18).

Equipada com um sismômetro ultrassensível, a sonda registrou mais de 1.300 "sismos marcianos", incluindo um de magnitude 5 em 4 de maio, o mais forte já registrado.

Mas por volta do mês de julho, o sismômetro se apagará.

Depois, será atestado o nível de energia do robô aproximadamente uma vez por dia e será possível continuar tirando fotos. No fim de 2022, a missão será interrompida por completo.

A causa é o acúmulo de poeira marciana em seus dois painéis solares, com cerca de 2,2 metros cada.

Após chegar a Marte em novembro de 2018, o InSight em breve ficará sem bateria, pois já funciona com apenas um décimo de sua carga original.

A sonda ganhou uma extensão de sua vida útil há aproximadamente um ano, quando seu braço mecânico foi usado de forma imprevista para eliminar parte da poeira dos painéis solares, prolongando a missão.

Nesta manobra, bem sucedida seis vezes, o braço usou a própria poeira para limpar os painéis: coletou terra marciana e a deixou cair sobre o robô para que a sujeita saísse dos painéis solares, limpando parcialmente sua superfície.

Bruce Banerdt, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, explicou nesta terça em coletiva de imprensa que devido aos custos decidiu-se não adicionar nada específico ao robô para limpar os painéis porque instalar um mecanismo assim deixaria "menos para pôr nos instrumentos científicos".

 

- "Tesouro científico" -

A InSight é uma das quatro missões atualmente em curso no planeta vermelho, juntamente com os rovers americanos Perseverance e Curiosity, e o chinês Zhurong.

Desde que chegou a Marte, seu sismômetro, fabricado na França, abriu o caminho para grandes avanços.

"O interior (do planeta vermelho) era uma espécie de sinal de interrogação gigante", disse Banerdt, que trabalhou na missão InSight por mais de uma década.

Mas graças a esta sonda, "pudemos mapear o interior de Marte pela primeira vez na história".

As ondas sísmicas, que variam de acordo com os materiais que atravessam, oferecem uma imagem do interior do planeta.

Os cientistas conseguiram confirmar, por exemplo, que o núcleo de Marte é líquido e determinar a espessura da crosta marciana, menos densa do que se pensava e provavelmente formada por três camadas.

O terremoto de magnitude 5 registrado no começo de maio foi muito mais forte do que todos os já registrados e se aproximou do que os cientistas pensavam que seria um máximo em Marte, embora não fosse considerado um sismo forte na Terra.

"Este terremoto será realmente uma arca do tesouro de informação científica quando a tivermos em mãos", disse Banerdt.

Os sismos são causados, em particular, pela movimentação das placas tectônicas, explicou, mas também podem ser provocados quando a crosta terrestre se move devido às anomalias de temperatura provocadas por seu manto.

É este último tipo de tremor que os cientistas acreditam ocorrer em Marte.

No entanto, o InSight não se saiu bem em todas as operações científicas, como quando seu sensor térmico teve problemas para se inserir sob a superfície para medir a temperatura do planeta devido à composição do solo onde o robô pousou.

Mas, à luz do êxito do sismômetro, a Nasa considera no futuro usar a técnica em outros locais, disse Lori Glaze, diretora da Divisão de Ciências Planetárias da agência.

"Realmente gostaríamos de estabelecer uma rede completa na Lua para entender de verdade o que acontece ali", destacou.

 

 

AFP

Programação aborda temas relacionados à cultura digital, pandemia, tecnologia e educação

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições e submissão de trabalhos para os eventos internacionais CIET:EnPET|CIESUD:ESUD. Neste ano de 2022, o CIET (Congresso Internacional de Educação e Tecnologias) e o EnPET (Encontro de Pesquisadores em Educação e Tecnologias) se juntam ao CIESUD (Congresso Internacional de Educação Superior a Distância) e ao ESUD (Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância) para tratar do tema geral: "Educação Híbrida: resiliência, equidade e sustentabilidade". 
Para definir o tema, foram considerados quatro aspectos: cultura digital (acesso, comunicação, informação e interação); pandemia (crises, isolamento social e dificuldades); tecnologia (inovação, mediação e transformação); e educação (presencial, a distância, híbrida, superior, básica, não-formal).
O CIET:EnPET|CIESUD:ESUD ocorre de 31 de outubro a 11 de novembro (etapa virtual) e 11 a 16 de novembro (etapa presencial). O prazo para submissão dos trabalhos foi prorrogado até o dia 30 de maio, em duas modalidades: trabalhos científicos e painéis temáticos, que serão distribuídos em oito eixos temáticos.

BENGALURU- A Apple está descontinuando o iPod mais de 20 anos depois que o dispositivo se tornou a cara da música portátil e deu início à evolução meteórica da atualmente maior empresa do mundo em valor de mercado.

O iPod Touch, a única versão do tocador de música portátil ainda à venda, estará disponível até durarem os estoques, disse a Apple em uma postagem em seu blog nesta terça-feira.

Desde o lançamento em 2001, o iPod enfrentou uma tempestade de concorrentes antes de ser eclipsado pelos smartphones, streamings de música online e, dentro da Apple, pela ascensão do iPhone.

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