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São 492 vagas distribuídas entre mestrado e doutorado

 

SÃO CARLOS/SP - A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas na seleção para a formação em pós-graduação nas seguintes áreas: Ensino de Física; Administração; Engenharia de Produção; Educação em Ciências em Matemática; Agroecologia e Desenvolvimento Rural; Agricultura e Ambiente; Filosofia; Estudos de Literatura; Ciência, Tecnologia e Sociedade; Antropologia Social; Enfermagem; Engenharia de Produção; Engenharia Urbana; Ensino de Ciências Exatas; Matemática; Profissional em Engenharia de Produção; Profissional em Matemática em Rede Nacional; Engenharia de Materiais; Ciência da Computação; Biotecnologia;Genética Evolutiva e Biologia Molecular; Ciências Fisiológicas; Estatística e Ciências Ambientais.
Ao todo, são 492 vagas ofertadas, distribuídas entre mestrado e doutorado. Para conferir detalhes a respeito dos programas de pós-graduação, como área de atuação, linhas de pesquisa e docentes, é preciso consultar o site de cada programa. Para conhecer as normas e período de inscrição, número de vagas em cada linha de pesquisa e ainda etapas de avaliação, basta acessar os editais presentes nos sites. Confira:

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física (PROFIS-So)
Oferta de vagas: 12 no mestrado
Período de inscrições: de 18 de setembro a 15 de outubro
Site do PROFIS-So: (https://www.mnpefsorocaba.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA-So)
Oferta de vagas: 12 no mestrado
Período de inscrições: de 1 de setembro a 14 de janeiro de 2024
Site do PPGA-So: (https://www.ppga.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP-So)
Oferta de vagas: 12 no mestrado
Período de inscrições: de 16 de setembro a 8 de dezembro
Site do PPGEP- So: (http://www.ppgeps.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática (PPGEdCM-Ar)
Oferta de vagas: 8 no mestrado
Período de inscrições: de 30 de agosto a 28 de setembro
Site do PPGEdCM-Ar: (http://www.ppgedcm-ar.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Rural (PPGADR-Ar)
Oferta de vagas: 24 no mestrado
Período de inscrições: de 27 de agosto a 1 de outubro
Site do PPGADR-Ar: (http://www.ppgadr.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Agricultura e Ambiente (PPGAA-Ar)
Oferta de vagas: 15 no mestrado
Período de inscrições: de 21 de setembro a 31 de outubro
Site do PPGAA-Ar: (http://www.ppgaa.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação Profissional em Filosofia (PROF-FILO)
Oferta de vagas: 9 no mestrado
Período de inscrições: de 4 de setembro a 31 de outubro
Site do PROF-FILO: (http://www.humanas.ufpr.br/portal/prof-filo/universidade-federal-de-sao-carlos)

Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura (PPGLit)
Oferta de vagas: 22 no mestrado e 11 no doutorado
Período de inscrições: de 23 de agosto a 5 de outubro
Site do PPGLit: (https://www.ppglit.ufscar.br/pt-br/front-page)

Programa de Pós-Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (PPGCTS)
Oferta de vagas: 13 no mestrado e 9 no doutorado
Período de inscrições: de 23 de agosto a 2 de outubro
Site do PPGCTS: (http://www.ppgcts.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS)
Oferta de vagas: 15 no mestrado e 15 no doutorado
Período de inscrições: de 3 de outubro a 3 de novembro
Site do PPGAS: (http://ppgas.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf)
Oferta de vagas: 33 vagas para mestrado e 16 para doutorado
Período de inscrições: de 2 a 6 de outubro
Site do PPGEnf: (http://www.ppgenf.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP)
Oferta de vagas: 28 vagas para mestrado e 34 para doutorado e doutorado direto
Período de inscrições mestrado: de 12 de setembro a 18 de outubro
Período de inscrições doutorado direto ciclo II: de 11 de setembro a 8 de outubro
Site do PPGEP: (https://www.ppgep.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Urbana (PPGEU)
Oferta de vagas: 17 vagas para mestrado
Período de inscrições: de 14 de setembro a 20 de outubro
Site do PPGEU: (https://www.ppgeu.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Exatas (PPGECE)
Oferta de vagas para 2024: 20 vagas para mestrado
Período de inscrições: de 6 de setembro a 6 de outubro
Site do PPGECE: (https://www.ppgece.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Matemática (PPGM)
Oferta de vagas para 2024: 20 vagas para mestrado e 20 para doutorado
Período de inscrições: de 11 de setembro a 20 de outubro
Site do PPGM: (https://www.dm.ufscar.br/ppgm/)

Programa de Pós-Graduação Profissional em Engenharia de Produção (PPGPEP)
Oferta de vagas para 2024: 25 vagas para mestrado
Período de inscrições: de 12 de setembro a 10 de outubro
Site do PPGPEP: (https://www.ppgpep.ufscar.br/pt-br)

Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT)
Oferta de vagas para 2024: 20 vagas para mestrado
Período de inscrições: de 23 de agosto a 6 de outubro
Site do PROFMAT: (https://www.profmat.ufscar.br/index.php)

Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs)
Oferta de vagas: 30 vagas para mestrado, 10 para doutorado direto e 15 para doutorado
Período de inscrições mestrado: de 2 de outubro a 11/ de novembro
Período de inscrições doutorados: de 5 de setembro a 30 de outubro
Site do PIPGEs: (http://www.pipges.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCAm)
Oferta de vagas: 15 vagas para mestrado e 12 para doutorado
Período de inscrições: de 1 de setembro a 10 de novembro
Site do PPGCAm: (https://www.ppgcam.ufscar.br/pt-br)

Há também a possibilidade de ingresso pela seleção em fluxo contínuo, na qual as inscrições podem ser feitas em qualquer período do ano. Essas vagas, que podem ser de mestrado, doutorado ou ambos, estão presentes nas áreas de Imagem e Som; Produção Vegetal e Bioprocessos Associados; Linguística; Ciência e Engenharia de Materiais; Ciência da Computação; Biotecnologia; Genética Evolutiva e Biologia Molecular e Ciências Fisiológicas. A seguir estão os respectivos cursos e seus sites.

Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS)
Site do PPGIS: (https://www.ppgis.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal e Bioprocessos Associados (PPGPVBA-Ar)
Site do PPGPVBA-Ar: (http://www.ppgpvba.ufscar.br/)

Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL)
Site do PPGL: (https://www.ppgl.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM)
Site do PPGCEM: (https://www.ppgcem.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC)
Site do PPGCC: (https://www.ppgcc.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec)
Site PPGBiotec: (https://www.ppgbiotec.ufscar.br/pt-br)

Programa de Pós-Graduação em Genética Evolutiva e Biologia Molecular (PPGGEv)
Site do PPGGEv: (http://www.ppggev.ufscar.br/pt/featured-projects/)

Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas (PIPGCF)
Site do PIPGCF: (https://www.pipgcf.ufscar.br/pt-br)

SÃO CARLOS/SP - No dia 17 de outubro, terça-feira, das 14 às 16 horas, será realizada uma mesa em comemoração aos 45 anos do Programa de Pós-Graduação em Educação Especial (PPGEEs) da UFSCar. 

O PPGEEs foi o primeiro Programa de Pós-Graduação em Educação Especial implantado no País e, desde então, é o único programa específico na área. A aprovação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para a abertura do doutorado foi conquistada em 1999, 21 anos após o início do mestrado. Até o momento, o Programa conta com 720 dissertações de mestrado e 264 teses de doutorado concluídas.

"O PPGEEs completa 45 anos em seu auge de excelência, conquistando a nota 7 pela avaliação da Capes. Sendo pioneiro na área do País, debruça-se em produzir conhecimento inovador que responda à área da Educação Especial, tornando-se referência na formação de mestres e doutores no tema, com alto impacto no território nacional e com potências em sua internacionalização", declarou Gerusa Ferreira Lourenço, Vice-coordenadora do Programa, que tem à frente da coordenação a professora Adriana Garcia Gonçalves.

"Celebrar os 45 anos nos permite reconhecer os percursos trilhados até aqui e apontar para um futuro ainda mais desafiador. Para isso, no decorrer de 2023 temos uma programação preparada, com o início na aula inaugural ocorrida no primeiro semestre letivo, com agora uma mesa redonda com professores que fizeram e fazem parte desta história e atividades que irão ocorrer no X Congresso Brasileiro de Educação Especial, organizado pelo PPGEES, nos dias 15 a 18 de novembro aqui na UFSCar", detalha Gerusa Lourenço. 

Mesa
O evento contará com a participação das professoras Deisy das Graças de Souza, docente do Departamento de Psicologia (DPsi) e do PPGEEs da UFSCar, e Tárcia Regina da Silveira Dias, docente aposentada da Universidade e do Centro Universitário Moura Lacerda, com mediação da professora Fátima Elisabeth Denari, do PPGEEs. 

O evento é presencial, no Auditório da Educação Especial, localizado na área Sul do Campus São Carlos, mas contará com transmissão ao vivo pelo canal do PPGEEs no YouTube.

SÃO CARLOS/SP - O que cabe dentro da UFSCar? Ciência? Cabe! Inovação e empreendedorismo? Cabem! Cultura e lazer? Cabem também! Diálogo e divergência de ideias? Com certeza, cabem! Avanços no conhecimento e desenvolvimento de novas tecnologias? Ah, cabem! Formação profissional e cidadã? Cabe! Compromisso social? Cabe, muito! Práticas esportivas e cuidados com o corpo e a mente? E como cabem! Diversidade, empatia, acolhimento, respeito? Cabem e devem caber cada dia mais. 

Para Vinícius Nascimento, gestor da Secretaria Geral de Ações Afirmativas, Diversidade e Equidade (SAADE) da UFSCar, podemos compreender a Universidade como o lugar onde são discutidos os assuntos universais e onde se produz conhecimento científico, tecnológico e cultural. Essa produção, no entanto, é realizada por pessoas diferentes e constituídas de histórias, ideologias e experiências muito diversas. "Por essa razão, é muito comum que haja, no processo de construção cultural, científica e de conhecimento, discordâncias e divergências. Entretanto, divergir e agredir são coisas completamente diferentes. Nesse sentido e considerando a pluralidade que compõe a UFSCar, cabe discordância, mas com respeito, diálogo e cordialidade. Isso é a democracia. É a defesa intransigente pelo direito de todos se posicionarem respeitosamente. Em contrapartida, o que não cabe e nem podemos deixar caber é a violência em suas mais variadas e assombrosas facetas. Não podemos aceitar que agressões verbais e físicas, racismo, sexismo, misoginia, LGBTfobia, capacitismo, xenofobia, etarismo, intolerância religiosa, assédios morais e sexuais aconteçam em nossa comunidade. Essas violências precisam, sem dúvidas, ser combatidas com veemência e firmeza", defende ele.

"Na UFSCar, temos espaço e cultivamos muitas coisas - a ação colaborativa, a convivência entre os/as diferentes, as discussões e divergências, o respeito e o afeto. Mas aqui não cabe a raiva, a discriminação, o sectarismo, o silenciamento, a perseguição, a violência - de qualquer natureza", afirma Ana Beatriz de Oliveira, Reitora da Universidade.

É justamente com o objetivo de contribuir para combater toda forma de violência dentro da comunidade universitária que a Administração Superior lança neste 6 de outubro a campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime". A campanha considera a atual realidade da Instituição que, nos últimos 20 anos, viu a sua comunidade crescer exponencialmente em número e em diversidade. "A Universidade é um microcosmo da sociedade em que vivemos. Todos os embates que acontecem na sociedade em geral vão refletir em menor proporção no ambiente universitário. Entretanto, com as ações afirmativas dos últimos anos e a entrada de públicos que até o início dos anos 2000 não tinham acesso ao Ensino Superior e, com isso, a ampliação da diversidade e da pluralidade, as violências que acometem pessoas negras, indígenas, mulheres, população LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência e estrangeiros passam a ser observadas com mais frequência por aqui também", explica Nascimento.

Segundo ele, infelizmente, encontramos dentro da Universidade todas as manifestações de violência que encontramos fora. "Temos percebido uma escalada sem precedentes do racismo, LGBTfobia e machismo na sociedade, o que se reflete na UFSCar. Eu atribuo esse aumento ao problema histórico de educação em nosso País e à escalada dos discursos de ódio dos últimos anos. Em relação ao racismo, os quase 400 anos de escravidão - que foi, em todo esse período, o fundamento da economia do Brasil - não são abordados da forma como deveriam ser no processo educacional de base. Os efeitos da escravidão estão aí até hoje na forma como pessoas negras são tratadas, olhadas, abordadas dentro e fora da UFSCar", lamenta.

De forma insistente, pessoas negras são "lembradas" de que a universidade não foi construída para elas quando, no caso de estudantes, são preteridas em trabalhos e atividades em grupo ou subestimadas porque entraram pelo sistema de reserva de vagas; ou quando questionados se são realmente professores, no caso de docentes. Do mesmo modo, a população LGBTQIAPN+ tem sido vítima de diferentes formas de violência. "Podemos citar de forma mais enfática a população transexual e travesti que sofre violência quando a comunidade se nega a tratá-la pelos seus nomes sociais e pelos pronomes com os quais cada pessoa se identifica. As mulheres, ainda hoje, são subestimadas por seus colegas homens em suas competências e capacidades técnicas ou, até mesmo, interrompidas, silenciadas ou assediadas em seu ambiente de trabalho", destaca Nascimento.

E por que o diferente ainda causa tanto incômodo, levando a comportamentos preconceituosos e até criminosos? Para o Secretário Geral da SAADE, há uma ideia muito presente em nossa sociedade de que a diferença está só no outro, sobretudo, no outro que é apontado como marginalizado: negros, indígenas, mulheres, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, estrangeiros. A concepção histórica e ocidental de que o "sujeito universal" e de "referência" é o homem, branco, europeu, cisgênero, heterossexual e sem deficiência faz com que a reflexão sobre identidade e diferença esteja sempre em quem está fora desse perfil. 

"Por isso, é comum ouvirmos que as diferenças precisam ser aceitas, como se elas estivessem em um local distante de quem as apresenta. A pergunta que devemos fazer é: o que são diferenças? Quais diferenças precisam ser aceitas? Não seríamos todos nós diferentes e diversos? O problema é que o patriarcalismo europeu estabeleceu, durante muito tempo, que a condição de humanidade está atrelada a esse perfil. O que foge dele precisa se adequar ou ser exterminado. Essa foi a razão das atrocidades históricas que vivemos enquanto humanidade: da inquisição na Idade Média, passando pela escravidão até o holocausto no século XX. O que vivemos hoje é, infelizmente, um efeito rebote dessa visão", completa ele.

Todavia, diferentemente da Idade Média, da Modernidade e do início do século passado, o que se coloca atualmente, na pós-modernidade, é que os grupos identificados como "marginalizados" e fora dessa ideia de "sujeito universal" agora têm vez, voz e direitos conquistados. Na universidade, esse conflito se torna ainda mais visível devido às ações afirmativas. "Quando eu não consigo lidar com o outro que, historicamente, sempre esteve em posição inferior à minha e que agora senta comigo para se formar e disputar o mesmo mercado que eu, que é meu colega de departamento e produz ciência como eu ou que é meu superior, eu tento, de diferentes formas, subjugá-lo, inferiorizá-lo, apagá-lo. A violência é isso. Uma tentativa de aniquilação daquilo que me traz incômodo e que revela algo também sobre mim mesmo", sintetiza Nascimento.

Ensinar versus punir
Para Vinícius Nascimento, está claro que há pessoas que são preconceituosas e que devem entender que muitas formas de preconceito e de discriminação são crimes. E há aquelas que querem aprender, melhorar e evitar seus comportamentos preconceituosos. Assim, podemos dizer que existem dois diferentes perfis: aqueles que são atravessados e constituídos pelas violências históricas e que, ao se perceberem nessa condição, buscam de forma intensa descontruírem seus padrões e comportamentos violentos e os que são violentos e cometem crimes, por diferentes razões, e que pensam que suas ações não precisam ser punidas. 

"Eu diria que o primeiro grupo é majoritário. Todos nós somos construídos e atravessados pelas violências, porque crescemos e fomos educados em uma sociedade estruturalmente racista, sexista, misógina, xenofóbica, LGBTfóbica, capacitista, etarista. Diante disso, o movimento é sempre educativo. Todavia, para o segundo grupo ou para qualquer pessoa que cometa crimes, o caminho é o de qualquer ato criminoso: polícia! Abrir um boletim de ocorrência e fazer a denúncia na Ouvidoria da UFSCar são os caminhos mais efetivos para o combate e a punição de agressores na nossa comunidade", indica ele.

Para a Reitora, "combater a violência na Universidade tem um caráter educativo e multiplicador ímpar, já que parte da nossa missão é formar pessoas. Esperamos, portanto, que tudo o que é trabalhado na Universidade transborde para outros locais e, dessa forma, contribua para a transformação social que tanto almejamos e precisamos".

Nesse sentido, e para construir uma comunidade universitária - e uma sociedade - com mais respeito à diversidade, Oliveira defende que "o primeiro passo é garantir que a diversidade exista, e isso já praticamos há bastante tempo. O segundo é reconhecer que a sociedade atual abriu espaços para que o respeito à diversidade fosse corrompido. Sabendo que muitas situações inadequadas ocorrem aqui dentro da Universidade, precisamos atuar educando as pessoas e investigando com seriedade as ocorrências registradas. É fundamental que todas as pessoas compreendam as situações que configuram violência e até mesmo crime. Os processos disciplinares conduzidos com rigor são também ferramentas potentes de transformação cultural. Leva tempo, mas, se não começarmos, nunca alcançaremos a cultura da paz e do convívio pleno entre diferentes".

Em termos práticos, a Reitora resume o que já tem sido feito em sua gestão no combate às violências: "De início, nós constituímos um grupo de trabalho que se debruçou sobre a questão da violência e da mitigação de danos oriundos da violência. Transformamos o setor responsável pela averiguação de denúncias e hoje contamos com a Coordenadoria de Gestão e Mediação de Condutas. Todas as denúncias são averiguadas e, havendo materialidade comprovada, são abertos processos administrativos disciplinares. Foi montado um banco de servidoras e servidores para composição das comissões e essas pessoas passaram por processo de capacitação. Lançamos mão de novos instrumentos para concluir casos de primeira ocorrência, como o Termo de Ajustamento de Conduta. Assim, temos conseguido dar vazão aos muitos casos que nos chegam. A partir dos registros, a SAADE tem atuado em processos educativos mais localizados, por meio de rodas de conversa. E toda essa construção culmina na nossa Política Institucional para Prevenção, Redução e Mitigação de Danos da Violência, aprovada pelo Conselho Universitário no dia 19 de setembro, e no lançamento desta campanha".

Campanha
A campanha "Discriminação não cabe na UFSCar. Aprenda, ensine: Violência é crime" é uma estratégia para realizar um movimento educativo com a comunidade, a fim de que todas as pessoas possam perceber o quanto são violentas em suas atitudes cotidianas, mudando seu comportamento. Ela também tem o papel de mostrar que qualquer ato de violência é passível de investigação e punição perante a lei. 

"Somos uma comunidade humana e plural. Combater todos os tipos de violência é importante para garantir o convívio pacífico e, mais que isso, permitir com que as diferentes visões de mundo se encontrem e permitam, com isso, a construção de um conhecimento plural, diverso, elaborado a partir de diferentes pontos de vista, experiências e culturas. Não é possível viver em uma sociedade de paz sem combater todos os tipos de violência", afirma o Secretário Geral da SAADE.

No escopo da campanha, "queremos vestir os campi com cartazes, flyers, adesivos e promover diferentes tipos de ações educativas como rodas de conversa, diálogos e atividades culturais, tudo com o propósito de mitigar a violência, construir uma cultura da paz e promover a diversidade", destaca ele.

"Cada pessoa da comunidade UFSCar precisa se enxergar como um instrumento dessa transformação. A mudança exige o trabalho diário, a partir do diálogo franco e do forte engajamento de todas e todos", conclui a Reitora.

Marcia Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia da UFSCar, comenta suas formas de manifestação e como combatê-las, em artigo

 

SÃO CARLOS/SP - Idadismo, etarismo ou ageísmo: termos que significam a mesma coisa, se referindo a estereótipos, preconceitos e discriminações direcionadas às pessoas, apenas com base na sua idade. Eles podem ser manifestados, na sociedade, de diversas formas, e têm consequências graves para a saúde, o bem-estar e os direitos humanos.
Mas quais atitudes se configuram como idadismo? E como combatê-las, inclusive, com pequenas mudanças cotidianas?
Estas reflexões estão no artigo mensal de Marcia Regina Cominetti, docente no Departamento de Gerontologia (DGero) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), para a coluna "EnvelheCiência", uma parceria com o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Instituição. A iniciativa visa divulgar informações - baseadas em evidências científicas - sobre o processo de envelhecimento, tornando assim o conhecimento e as descobertas importantes da área disponíveis para um público mais amplo.
Na publicação do mês - "Idadismo: já ouviu falar?" -, a pesquisadora aponta as principais manifestações de idadismo, motivos pelos quais devem ser eliminados, e iniciativas, já existentes, nessa direção.
O artigo está disponível para leitura no site do ICC (https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia/idadismo-ja-ouviu-falar).
Mais informações sobre o projeto EnvelheCiência estão disponíveis em https://www.icc.ufscar.br/pt-br/projetos/sementes-da-cultura-cientifica/coluna-envelheciencia.
Atividades serão online e presencial

 

SÃO CARLOS/SP - Acontece nos dias 9, 16, 23 e 30 de outubro a 9ª edição do Ciclo de Palestras do Núcleo de Formação de Professores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), cujo objetivo é fomentar debates e reflexões sobre a docência e a cultura escolar e proporcionar encontros com especialistas sobre temáticas demandadas pela Educação Básica.
O tema da Edição de 2023 é "A Educação de Jovens e Adultos em foco" e seu público-alvo são professores da Educação Básica, estudantes dos cursos de licenciatura, pós-graduandos e demais profissionais da educação.
Essa edição está sendo construída com o Centro de Formação dos Profissionais da Educação de São Carlos (CeFPE) e pesquisadores de diferentes departamentos da UFSCar. O evento contará com atividades online e presenciais. 
As inscrições podem ser feitas neste formulário eletrônico (https://forms.gle/W9SpvS4abaWv18SLA). Mais informações no site do Núcleo, em https://www.nfp.ufscar.br.

SOROCABA/SP - No último dia 4 de outubro, foi inaugurada, no Campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a exposição "Bamo Proseá? Cotidiano e Cultura Caipira entre Retratos e Afetos", uma oportunidade de mergulhar na riqueza desse universo tão pleno de significado.
Com o intuito de dar visibilidade às tradições da cultura caipira, a exposição de fotos e objetos apresenta um pouco da vida no campo: a musicalidade, a religiosidade, as benzeduras, as lendas, a culinária, o trabalho e a boa prosa. Além disso, seão retratados os saberes e sabores da culinária caipira, ressaltando a importância dos ingredientes mais saudáveis, e a convivência com a natureza.
Por meio de fotografias, objetos e uma programação recheada de atividades interativas, os visitantes tem a chance de se conectar com a identidade caipira e compreender como essa cultura desempenha um papel fundamental na formação da nossa sociedade.
A exposição ficará em cartaz para visitação até o dia 1/11.

Estudo da UFSCar, em parceria internacional, acompanhou mais 1,7 mil participantes por 12 anos

 

SÃO CARLOS/SP - Um estudo realizado por pesquisadores dos Departamentos de Gerontologia (DGero) e de Fisioterapia (DFisio) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) identificou que os fatores que aumentam o risco de fragilidade na velhice são diferentes entre homens e mulheres. Os resultados levantados podem apoiar a elaboração de programas de intervenção diversificados direcionados às especificidades de cada grupo.
A pesquisa é fruto da tese de doutorado de Dayane Capra de Oliveira, orientada por Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia, coordenador do Grupo de Pesquisa em Epidemiologia e Envelhecimento (GEPEN) e do International Collaboration of Longitudinal Studies of Ageing (InterCoLAging), um consórcio de estudos longitudinais que contempla o Estudo ELSA (English Longitudinal Study of Ageing), que acompanha o processo de envelhecimento na Inglaterra. O estudo foi feito em parceria com a University College London (Londres, Inglaterra) e teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A fragilidade é uma síndrome clínica que aumenta o risco de pessoas idosas apresentarem desfechos negativos como perda funcional, quedas, hospitalização, institucionalização precoce e óbito. O processo de fragilização é complexo e ocorre por um desequilíbrio de múltiplos sistemas fisiológicos, bem como por doenças crônicas não controladas. De acordo com os pesquisadores, a explicação do mecanismo que gera a fragilidade não é simples e passa por diferenças de sexo envolvendo aspectos biológicos, genéticos, hormonais, socioeconômicos, comportamentais, clínicos e socioculturais, aos quais homens e mulheres estão distintamente expostos ao longo da vida e que podem culminar em diferentes processos de vulnerabilidade biológica, psicológica e social. "Parte dessa complexidade pode ser justificada pelas diferenças dos papéis sociais e acesso a recursos ao longo da vida, implicando por exemplo, uma maior exposição masculina a atividades ocupacionais insalubres, escolhas alimentares menos saudáveis e maior consumo de álcool e tabaco, levando a uma maior propensão a doenças letais como o acidente vascular encefálico, o infarto do miocárdio e o câncer, diminuindo, assim, a expectativa de vida masculina", explica Tiago Alexandre.
Já as mulheres apresentam maior atividade inflamatória do que os homens e a gordura abdominal que se acumula após a menopausa pode contribuir para doenças crônicas mais incapacitantes como obesidade, baixa força muscular e osteoartrite. Apesar disso, "as mulheres são mais sensíveis às mudanças físicas do corpo, relatam mais problemas de saúde, têm maior acesso aos cuidados e recebem diagnósticos de doenças mais precoces", complementa o orientador do estudo. 

Pesquisa e levantamentos
Para realizar o projeto, foram incluídos 1.747 participantes com 60 anos ou mais, provenientes do Estudo ELSA e sem fragilidade no início do estudo. Esses indivíduos foram acompanhados de quatro em quatro anos durante doze anos, de 2004 a 2016.
Os autores verificaram que, entre os homens, a osteoporose, o baixo peso, a doença cardíaca, morar com uma ou mais pessoas e ter a percepção da audição avaliada como ruim aumentaram o risco de fragilidade. Enquanto que, nas mulheres, o risco foi maior com o aumento do fibrinogênio (simples marcador de doença cardiovascular), diabetes controlada, acidente vascular encefálico e a percepção da visão regular. Um outro achado desse estudo apontou que homens e mulheres com sobrepeso apresentaram menor risco de fragilidade do que os indivíduos com peso normal. "Isso acontece porque o baixo peso é um dos fatores que indica fragilidade", explicam os pesquisadores. 
É válido ressaltar que as mulheres apresentam, antes da menopausa, um depósito de gordura menos inflamatório, mas que, durante o período sem a proteção dos hormônios femininos, essa gordura passa a ser mais inflamatória e pode contribuir para doenças capazes de gerar maior prejuízo funcional. Nos homens, esse processo é diferente e o acúmulo de gordura abdominal, ou seja, de maior atividade inflamatória predispõe a um pior perfil metabólico. "Essas particularidades entre os sexos têm impacto na ocorrência de doenças como o diabetes, doença cardíaca e acidente vascular encefálico e, quando presentes, elevam o risco da síndrome", explica Capra.
As diferenças socioculturais também ajudam a entender essas associações. Por exemplo, homens apresentam maior perda auditiva do que as mulheres devido à maior exposição a ruídos e a produtos químicos em ambientes de trabalho, levando ao isolamento social, favorecendo a depressão e, consequentemente, a fragilidade.
Somados a isso, o fato de conviverem com uma ou mais pessoas pode contribuir para que os homens sejam menos ativos socialmente e mais vulneráveis à dependência física para a realização das atividades do cotidiano, diferentes das mulheres que apresentam maior nível de participação social, redes sociais mais amplas e procuram mais apoio socioemocional.
Por fim, verificou-se que a idade avançada (70-79 anos e 80 anos mais), baixa escolaridade, percepção da visão ruim, presença de sintomas depressivos, doença articular, diabetes descontrolada, proteína C-reativa elevada (um simples marcador de processo inflamatório) e estilo de vida sedentário foram associados ao aumento do risco da fragilidade tanto em homens como em mulheres.
De acordo com os pesquisadores, poucos estudos vêm explorando tais diferenças e como influenciam fortemente no processo de fragilidade entre os sexos, separadamente. "Portanto, os resultados desse estudo podem ser utilizados para subsidiar programas de intervenções multimodais direcionados exclusivamente para homens e mulheres", aponta a pesquisadora. Em homens, por exemplo, a prevenção de doenças cardíacas e osteoporose podem ser realizadas pela educação permanente de hábitos comportamentais saudáveis, avaliação médica periódica do sistema sensorial auditivo, estimulação de atividades sociais autônomas e a adequação alimentar para indivíduos com baixo peso. Nas mulheres, o manejo precoce e contínuo das doenças cardiovasculares e metabólicas e o acompanhamento das alterações visuais podem prevenir, retardar ou atenuar a instalação da fragilidade.
A pesquisa foi publicada na Archives of Gerontology and Geriatrics e a íntegra pode ser acessada neste link (https://encurtador.com.br/bRW24).
Estão sendo oferecidas vagas nos cursos de mestrado, doutorado e doutorado direto

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para o processo seletivo de mestrado, doutorado e doutorado direto do Programa Interinstitucional de Pós-Graduação em Estatística (PIPGEs), realização conjunta do Departamento de Estatística (DEs) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, campus de São Carlos.
São oferecidas, no total, 30 vagas para mestrado e 10 para o doutorado direto, destinadas a quem completar a graduação e realizar a colação de grau até a data de matrícula no Programa. Quanto ao doutorado, há 15 vagas, oportunidade que é voltada a candidatos que já possuem o título de mestre. Em todos os casos, há reservas de vagas para quem se autodeclarar preto ou pardo, para indígenas e para pessoas com deficiência. 
Para participar da seleção, basta acessar o site do Programa (www.icmc.usp.br/pos-graduacao/pipges/ingresso), onde estão disponíveis os editais e links para as inscrições. No caso do mestrado, quem deseja iniciar as atividades ainda neste segundo semestre de 2023 (fluxo 1 do cronograma do edital), deve se candidatar a uma das cinco vagas disponíveis até hoje, dia 29 de setembro. Já para ingressar no mestrado no primeiro semestre do próximo ano (fluxo 2 do cronograma do edital), as inscrições para as 25 vagas oferecidas estarão abertas de 2 de outubro a 11 de novembro. No caso do doutorado e do doutorado direto, é possível se inscrever até 30 de outubro, com o início das atividades previsto para o primeiro semestre do próximo ano.
Criado em 2013, o PIPGEs oferece várias linhas de pesquisa, entre elas aprendizado de máquina, probabilidade e processos estocásticos, modelos de regressão e inferência estatística. O principal objetivo é a formação de pesquisadores com atuação direta na modelagem, descrição e estimação de fenômenos aleatórios, assim como sua aplicação na indústria, na medicina e na biologia, entre outras áreas. Além disso, o Programa estimula o ambiente científico promovendo seminários regulares de pesquisa e, anualmente, realiza o Programa de Verão em Estatística e o Workshop de Métodos Probabilísticos e Estatísticos.
Editais e demais informações no site do Programa (www.icmc.usp.br/pos-graduacao/pipges/ingresso).

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPDMR) prestou apoio com a van adaptada e seis cadeiras “Julietti” a três grupos de praticantes de montanhismo no último sábado, 30 de setembro, em um passeio de trilha na área de preservação do cerrado da Universidade de São Carlos (UFSCar).
A SMPDMR possui seis delas à disposição da população por meio de um convênio com o Governo do Estado de São Paulo pelo Programa “Cidade Acessível”. A duas vans adaptadas também fazem parte desse programa. Por conhecer os serviços oferecidos pela Prefeitura de São Carlos, a Professora Mey de Abreu Van Munster, do Programa de Pós-Graduação de Educação Especial da UFSCar, solicitou o empréstimo dos equipamentos e agendou o transporte dos cadeirantes.
“Nossa dedicação às pessoas com deficiência e às pessoas com mobilidade reduzida tem sido praticamente integral no município de São Carlos e isso é possível graças ao trabalho do prefeito Airton Garcia que trouxe essa parceria especial com o Governo Estadual e fortaleceu os laços com a Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência”, afirmou Lucinha Garcia, secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida.
Estavam na trilha os componentes da Organização Não Governamental “Montanha para todos”, os membros do CUME, que é uma associação sem fins lucrativos com pessoas interessadas na prática de atividades ao ar livre sediada no campus da UFSCar, e de pessoas ligadas ao Acreditando, pioneiro na América Latina como um centro de recuperação neuromotora.
O passeio contou com a participação de Guilherme Cordeiro e Juliana Tozzi, a primeira montanhista cadeirante do Brasil. Durante a gravidez, aos 32 anos, Juliana desenvolveu uma doença rara e irreversível que comprometeu severamente a coordenação motora e a fala. Seu esposo, Guilherme, decidiu fabricar uma cadeira especialmente para Juliana, que ganhou o nome de cadeira Julietti. Desde então o casal já percorreu mais de 30 trilhas pelo Brasil e outros países.
Ambos fundaram um projeto a ONG “Montanha para Todos”, que promove a inclusão das pessoas com deficiência no mundo. Hoje 40 parques pelo Brasil possuem suas próprias Juliettis. Este mês, o Parque Ecológico de São Carlos ganhará o Espaço Trilha Acessível com três Juliettis que permitirão passeios gratuitos aos visitantes que dependem dessa acessibilidade. As três restantes ficarão na SMPDMR.
A cadeira Julietti foi projetada e construída para permitir que pessoas com deficiência física possam percorrer as trilhas mais desafiadoras. O equipamento é desmontável, fácil de transportar, possui apenas uma roda com pneu de borracha e amortecedor e necessita de dois operadores, além do passageiro. O assento fica a um metro de altura, possui encosto e cinto de segurança.
O Trilha da Natureza é um projeto que, há 30 anos, apresenta o cerrado, por meio de visitas guiadas no campus da UFSCar, em São Carlos, e conscientiza sobre a importância da preservação desse bioma, que é segundo maior do Brasil e um dos mais ameaçados.
Criado por um grupo de professores do antigo Departamento de Ciências Biológicas e inaugurado em 1992, o projeto Trilha da Natureza conduz desde então visitas orientadas ao cerrado, principalmente de escolas dos ensinos Fundamental e Médio. Desde 2014, porém, passou a ofertar as visitas abertas à comunidade em geral, que têm o intuito de levar mais pessoas a conhecerem o cerrado da UFSCar.
“Quero agradecer à secretária Lucinha Garcia pela acolhida que nos deu desde o nosso primeiro contato e pelo apoio ao nosso grupo durante o passeio”, disse a professora Mey de Abreu Van Munster.

Evento será sediado pela Universidade Federal de Santa Catarina, com apoio da UFSCar

 

SÃO CARLOS/SP - Entre os dias 3 e 10 de outubro, o Brasil será sede do Encontro Anual do AtlantECO -  projeto de pesquisa científica financiado pelo Programa Horizon 2020 (H2020) da União Europeia. O evento é organizado pela instituição anfitriã, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e conta com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A atividade vai reunir pesquisadores que integram o AtlantECO em todo o mundo, incluindo a União Europeia, África e Brasil. 
A programação do evento consta de reuniões, sessão de pôsteres, atualizações sobre temáticas transversais do projeto, sessões plenárias sobre o progresso do AtlantECO e ações ainda a serem realizadas. Também haverá atividade conjunta com o projeto Mission Atlantic, incluindo discussões científicas sobre o que já foi efetuado. Além disso, serão realizadas visitas locais a aquicultores e pescadores e momentos para vivência social entre os participantes. A atividade é voltada aos pesquisadores do projeto e a convidados para programação específica, não sendo aberta ao público geral.
A última edição do Encontro Anual foi realizada em 2022, na Cidade do Cabo, na África do Sul, e foi importante para a equipe de pesquisadores do projeto discutir avanços do AtlantECO. "Como são três continentes diretamente envolvidos no projeto - Europa, América e África -, essa rotatividade na realização do encontro anual é importante para assegurar que todos os participantes se sintam abraçados pelo projeto, atuando de forma igualitária em seu desenvolvimento e execução", aponta Andrea Green Koettker, pós-doutoranda da UFSC e integrante do AtlantECO.
Ela acrescenta que, por se tratar de um projeto interdisciplinar e colaborativo, os encontros presenciais são fundamentais para que a equipe do AtlantECO tenha um maior entrosamento e possa discutir de forma mais eficaz os principais resultados obtidos e os próximos passos a serem desenvolvidos no projeto como um todo.
Pesquisadores da UFSCar participam na organização do evento, diretamente na coordenação das atividades dos jovens pesquisadores. Integrantes do Laboratório de Biodiversidade e Processos Microbianos (LMPB) da UFSCar vão apresentar os seus trabalhos e participar das discussões científicas. Ainda dentro da programação, também será apresentado o primeiro episódio da série de animação "Max e sua turma em: Descobrindo o mar", produzida pela parceria entre a equipe do AtlantECO vinculada à UFSCar e o Instituto da Cultura Científica (ICC) da Universidade. A série é direcionada ao público infantil e apresentará informações sobre os serviços ecossistêmicos que o mar oferece, o excesso de resíduos plásticos no oceano e a importância desse bioma para a temperatura do Planeta. O primeiro episódio, "O mar que a gente respira", vai apresentar alguns microrganismos que vivem no oceano - fitoplâncton e zooplâncton - e ações como fotossíntese e captura de carbono que eles realizam, contribuindo muito para o meio ambiente. Além dos personagens do fundo do mar, a série traz sempre um bate-papo com pesquisadores que abordam conceitos e explicações de forma acessível para as crianças espectadoras. Serão três episódios que ficarão disponíveis na Internet, para acesso gratuito, e poderão servir como material de apoio para professores e escolas trabalharem as temáticas com crianças do Ensino Fundamental.

AtlantECO
Financiado pela União Europeia, este projeto de pesquisa internacional tem como objetivo analisar as regiões marinhas e a conexão entre seus ecossistemas ao longo do Oceano Atlântico - na extensão Norte-Sul e nos limites continentais, entre as costas brasileira e africana. A partir disso, a expectativa é gerar dados para desenvolver modelos que levem em consideração os processos dinâmicos do ambiente marinho. Além de cenários climáticos futuros, esses modelos ajudarão a prever a migração de espécies, a capacidade do oceano de capturar e armazenar o gás carbônico atmosférico, o transporte e riscos de poluentes, como plásticos e nutrientes, e o equilíbrio entre a saúde do ecossistema e as atividades humanas.
O Projeto é desenvolvido em parceria com 13 países, sendo 11 da União Europeia, Brasil e África do Sul. Dentre as instituições brasileiras que atuam no projeto estão a UFSC, UFSCar, Universidade de São Paulo (USP), diferentes instituições de Pernambuco e as universidades federais da Bahia (UFBA) e do Rio Grande (FURG).
Os grandes pilares de pesquisa e divulgação científica do AtlantECO são microbioma, microplásticos e plastisfera, circulação oceânica e suas interações. Há uma lacuna de conhecimento sobre como essas questões afetam a biodiversidade, os ecossistemas, a sensibilidade às mudanças climáticas e o potencial de uma exploração social e econômica sustentável dos recursos naturais do Atlântico. Por meio das pesquisas realizadas nas águas em diferentes partes do mundo, o projeto vai levantar dados que poderão auxiliar novos estudos e estratégias de conservação e preservação do microbioma marinho.
De maneira global, os trabalhos de campo para a coleta de amostras estão sendo realizados a bordo de seis embarcações nacionais e internacionais projetadas para expedições científicas oceanográficas. No Atlântico Sul, o Veleiro ECO, da UFSC, e o Veleiro Tara, da Fundação Tara Ocean, já fizeram coletas ao longo das costas brasileira e africana. Neste ano, novas expedições serão feitas pelos rios São Francisco e Buranhém. Além da pesquisa, o projeto prevê vários eventos voltados para a conscientização ambiental, ciência cidadã, promoção da Cultura Oceânica e, no caso do Brasil, a importância da Amazônia Azul. Mais informações podem ser acessadas no Instagram do projeto (@eu.atlanteco).

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