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Evento acontece entre os dias 23 a 27 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - Estão abertas as inscrições para a décima edição da Semana da Estatística (SEst) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP), que abordará o tema "A estatística através do tempo".
O evento ocorre entre os dias 23 a 27 de agosto, nos campi das duas universidades em São Carlos. A programação prevê palestras, minicursos de programação estatística, mesas-redondas e workshops. Além disso, a inscrição dá direito a brindes exclusivos da SEst.
As inscrições podem ser feitas neste link www.sestsc.com.br/register. Mais informações no site do evento (www.sestsc.com.br).
Pesquisa de Iniciação Científica aponta riscos a Unidades de Conservação e pode auxiliar na formulação de políticas públicas

 

SÃO CARLOS/SP - Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que analisa dinâmicas da paisagem em áreas protegidas no Estado de São Paulo, conquistou o primeiro lugar no Prêmio MapBiomas (https://mapbiomas.org/premio), na categoria Jovem. O estudo detectou que os espaços analisados - Zonas de Amortecimento que protegem Unidades de Conservação -, de forma geral, perderam cobertura florestal ao longo dos anos e que faltam, no Cerrado, zonas classificadas como de alta preservação.
O trabalho, desenvolvido no escopo de uma Iniciação Científica financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), é de autoria de Alexandre Bomfim Gurgel do Carmo, estudante de Ciências Biológicas no Campus Lagoa do Sino da UFSCar. A orientação foi de Paulo Guilherme Molin, docente no Centro de Ciências da Natureza (CCN), e co-orientação de Felipe Rosafa Gavioli, estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Planejamento e Uso de Recursos Renováveis (PPGPUR), também da UFSCar.
O autor e os orientadores integram o Centro de Pesquisa e Extensão em Geotecnologias (CePE-Geo), grupo dedicado ao desenvolvimento de projetos com aplicação de geotecnologias, coordenado por Molin e André Toledo, também docente no CCN. O projeto de pesquisa é também vinculado ao projeto Temático Fapesp NewFor (Compreendendo florestas restauradas para o benefício das pessoas e da natureza - https://bit.ly/3ObZPh0), do qual Molin é pesquisador.
Para as análises, foi utilizado o mapeamento de uso e ocupação da terra, disponibilizado pela Rede MapBiomas, que foi tratado pelo autor com o uso de ferramentas de geoprocessamento, enfocando as Zonas de Amortecimento (ZAs) de Unidades de Conservação (UCs) do Estado. O intuito foi analisar as dinâmicas da paisagem em cada ZA, gerando conhecimento novo a partir do mapeamento disponibilizado.
Unidades de Conservação são espaços territoriais protegidos por lei, podendo ser de proteção integral (que não permitem exploração) ou de uso sustentável (permitindo exploração com regras). Já as ZAs são áreas de entorno às UCs, como se fossem uma "zona tampão" - ou seja, um território em volta da unidade de conservação sujeito a normas e restrições específicas que visam filtrar impactos negativos das atividades no entorno, como ruídos, poluição, espécies invasoras e o próprio avanço da ocupação humana.
O trabalho avaliou, de forma inédita, como as ZAs de UCs paulistas estão evoluindo - de 1988 a 2018 - em relação a sua cobertura de vegetação nativa. Foram detectadas 33 ZAs classificadas como alta conservação; 18 como média conservação; e 34 como baixa conservação - sendo alta a cobertura de vegetação nativa acima de 40%; média, entre 20 e 40%; e baixa, inferior a 20%.
Outro dado encontrado diz respeito aos biomas: todas as ZAs classificadas como de alta conservação estão na Mata Atlântica - não há, portanto, nenhuma no Cerrado. "Vários estudos mostram que já existe pouca área preservada neste bioma. Para piorar, detectamos que, entre as UCs existentes ali, nenhuma tem zona de amortecimento com boa qualidade. O Cerrado no Estado de São Paulo está sendo negligenciado", alerta Molin.
Além disso, as ZAs analisadas tiveram uma diminuição de mais de 38 mil hectares de vegetação nativa ao longo dos últimos 30 anos, e a maioria de alta qualidade de conservação está na categoria de uso sustentável, e não na de proteção integral.
"Em muitos lugares de vegetação nativa, detectamos, ao longo do tempo, uma transição para áreas de agricultura, de pastagens ou urbanas. Isso acende uma luz vermelha de que algo está errado, que uma política pública que deveria estar ajudando na conservação, de certa forma, não funciona como deveria", analisa o docente.
"A presença de paisagens urbanas é um fato dos últimos anos, e o desenvolvimento das áreas estudadas é importante - porém, deve ser feito de forma sustentável, prezando pela conservação", pontua Carmo.
Ao detectar quais zonas estão muito bem protegidas e quais não estão, o estudo traz dados importantes para ação do poder público. "É possível analisar quais UCs devem ser prioridade para alocação de verba pública, implementação de melhorias e outras estratégias que possam melhorar a qualidade da conservação desses espaços", registra o docente da UFSCar.
Nesse sentido, Carmo acrescenta que o estudo pode auxiliar, de imediato, em tomadas de decisão e em políticas públicas que envolvam o plano de manejo adequado das ZAs das UCs do Estado de São Paulo, de acordo com cada particularidade.

Premiação
Em sua quarta edição, o Prêmio MapBiomas é realizado pela Rede MapBiomas (https://mapbiomas.org/o-projeto), em parceria com o Instituto Ciência Hoje. A Rede desenvolve o mapeamento anual de cobertura e uso da terra no Brasil desde 1985, além de validar e refinar alertas de desmatamento, gerando laudos para cada alerta detectado no Brasil desde 2019. Também monitora mensalmente a superfície de água e áreas queimadas no Brasil.
A premiação visa estimular trabalhos que utilizam dados de qualquer iniciativa, módulo ou produto da MapBiomas, incluindo iniciativas de outros países.
"Em um momento tão difícil que estamos passando na Ciência e na academia brasileira, o Prêmio MapBiomas vem valorizar, reconhecer e destacar a importância das pesquisas científicas para o Brasil", sintetiza Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas.
Para Shimbo, os trabalhos contemplados demonstram a seriedade e o compromisso da Ciência brasileira em contribuir na geração de conhecimento para a melhoria da sociedade e do País.
Molin corroroba com a ideia e enfatiza o grande diferencial da iniciação científica produzida na UFSCar, contemplada no Prêmio. "A Ciência, mesmo no nível de graduação, já comprova ser esclarecedora e inovadora, contribuindo com problemáticas da atualidade", avalia o orientador.
Para ele, o Campus Lagoa do Sino, criado há oito anos, já aponta seu crescimento exponencial por meio de conquistas como esta. "Isso comprova a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão realizados aqui e nosso enorme potencial, tendo a devida valorização e investimentos", finaliza.
Com a conquista do primeiro lugar na categoria Jovem, Carmo recebeu prêmio de R$10.000 além de assinatura anual da Revista Ciência Hoje Digital e bolsa para realização de um curso de geoprocessamento de imagens de satélites, usando o Google Earth Engine, promovido pela Solved.
Detalhes sobre a premiação e demais pessoas contempladas estão em https://mapbiomas.org/premio.

SÃO CARLOS/SP - O presidente da Câmara Municipal de São Carlos, vereador Roselei Françoso (MDB), apresentou uma moção de congratulação à Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) pela conquista da 9ª posição no ranking das melhores universidades brasileiras na categoria de pesquisa. A moção ainda será apreciada pelos demais vereadores.

Segundo critérios como reputação da instituição, proporção de estudantes de graduação por alunos de pós-graduação, proporção de docentes por estudantes e quantidade de títulos de doutorado entre o corpo docente da universidade, a UFSCar foi classificada 9ª posição na categoria pesquisa na avaliação do The Latin America University Rankings de 2022.

Já na categoria ensino, na classificação geral entre as 67 universidades brasileiras avaliadas, a UFSCar ocupa a 12ª colocação, considerando, inclusive, o quesito de renda destinada ao financiamento das pesquisas em relação à quantidade de docentes e ao volume de produções científicas da universidade.       

“É um orgulho para todos nós, são-carlenses, essa classificação da UFSCar como uma das melhores universidades do país e da América Latina”, salientou Roselei Françoso. Para ele, conquistas como essa, elevam ainda mais o nome de São Carlos no cenário nacional e internacional.

O presidente do Legislativo ressaltou ainda que essa conquista se torna ainda mais relevante diante dos cortes no orçamento das instituições de ensino e pesquisa do país. “A UFSCar teve um corte de R$ 4,6 milhões em seu orçamento neste ano”, frisou o parlamentar.

No texto da moção, Roselei destacou que, no Brasil, existem 69 universidades federais, 42 estaduais e dezenas de faculdades, e institutos de ensino e pesquisa. “Parabenizo a reitora, Ana Beatriz de Oliveira, e todos os cerca de 20 mil integrantes da comunidade da UFSCar, entre estudantes, docentes e técnico-administrativos dos campi de São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino”, concluiu. 

Obra é destinada a pesquisadores, estudantes, professores e profissionais da área

 

SÃO CARLOS/SP - Os Estudos da Tradução e Interpretação de Línguas de Sinais (ETILS) é um campo emergente no Brasil e, para celebrar esse crescimento, foi lançado o livro "Estudos da Tradução e Interpretação de Línguas de Sinais: contextos profissionais, formativos e políticos", disponível gratuitamente no site da Editora Insular (https://bit.ly/3o6bdR7). 
O livro se destina a pesquisadores, estudantes, professores e profissionais da tradução e da interpretação de Línguas de Sinais. De acordo com o docente do Departamento de Psicologia (DPsi) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Marcus Vinícius Batista Nascimento - um dos organizadores da obra -, trata-se de uma "publicação inovadora". Os capítulos apresentam pesquisas sobre conceitos centrais à área (definições de tradução, interpretação, intermodalidade, verbo-visualidade, multimodalidade etc.), sobre distintos contextos de atuação (contextos políticos, jurídicos, educacionais etc.), diferentes aspectos da formação (formação continuada, de intérpretes, de tradutores etc.) e perspectivas políticas (políticas de tradução, de formação, de acessibilidade, linguísticas etc.), contribuindo com as reflexões atuais dos Estudos da Tradução e da Interpretação de Línguas de Sinais. 
A obra está organizada em onze capítulos escritos por quinze diferentes autores, professores e discentes, vinculados a diferentes instituições, tais como a própria UFSCar, as universidades federais de Goiás (UFG) e do Espírito Santo (UFES), a Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Espanha, e a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
A publicação tem apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), juntamente aos docentes da UFSC, Carlos Henrique Rodrigues e Neiva de Aquino Albres. Segundo os organizadores, "o livro evidencia a multiplicidade dos ETILS, fundamenta o debate e estimula o estudo e a pesquisa multi/inter/trans/indisciplinar nessa nova e emergente área".

Campo em crescimento
O professor da UFSCar faz uma retomada histórica para contar como o campo da tradução de línguas tem crescido no País. "Desde o início dos anos 2000 o trabalho de intérpretes e tradutores da Libras [Língua Brasileira de Sinais] tem sido estudado em diferentes campos, especialmente no da Educação e da Linguística Aplicada. Entretanto, a partir de 2010 houve uma filiação mais objetiva com o campo disciplinar Estudos da Tradução, o que colocou o marginalizado campo da tradução e interpretação da Língua de Sinais no centro dos estudos sobre procedimentos tradutórios e interpretativos de um campo científico dedicado a esses objetos". A obra, segundo o docente, é fruto dessa filiação bem como da realização do Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa da UFSC.
"Reunimos os autores e decidimos divulgar as pesquisas apresentadas nos simpósios a fim de ampliar a circulação das pesquisas", conta Nascimento. "Soma-se a isso o fato de que, desde 2011, cursos de graduação na área em universidades federais foram abertos para formar novos profissionais. A UFSCar oferece o único curso de graduação do estado de São Paulo e é uma referência na formação desses profissionais e se junta a outras oito universidades federais que oferecem cursos de bacharelado no campo".

Organização
O livro pode ser acessado gratuitamente pelo site da editora Insular, em https://bit.ly/3o6bdR7. Mais informações podem ser obtidas com os organizadores: Vinícius Nascimento (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.); Carlos Rodrigues (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.); e Neiva de Aquino Albres (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).
Inscrições devem ser feitas pela Internet até 4 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - A Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) prorrogou as inscrições, até 4 de agosto, no processo seletivo de tutor virtual, para atuação nos cursos de graduação a distância do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) da UFSCar. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pela Internet.
Todas as informações, incluindo etapas de seleção, carga horária, requisitos, atividades a serem desempenhadas e cronograma da seleção, devem ser conferidas no Edital nº3/2022/SEaD e demais documentos, disponíveis em www.sead.ufscar.br/pt-br/processo-seletivo.
Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Peças de vidro podem ser vistas até 26 de agosto

 

SÃO CARLOS/SP - O Núcleo Ouroboros de Divulgação Científica, projeto de extensão vinculado ao Departamento de Química (DQ) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e o Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidro (CeRTEV), sediado na Universidade, realizam a exposição "Ciência e Arte em Vidro", que pode ser vista no saguão da Biblioteca Comunitária (BCo) da Instituição. 
São mais de 30 peças, incluindo as produzidas pelo hialotécnico Ademir Sertori, com suas obras de vidro artísticas e científicas, como também as do acervo do Laboratório de Materiais Vítreos (LaMaV), com vidros tecnológicos resultados da pesquisa na área de Engenharia de Materiais na UFSCar. 
A exposição é gratuita, aberta ao público e pode ser visitada até 26 de agosto. A BCo fica aberta de segunda a sexta-feira, das 8 às 21 horas, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. A mostra integra a programação de eventos alusivos ao Ano Internacional do Vidro. Mais informações podem ser conferidas no site www.certev.ufscar.br.
Atividades acontecem no Campus São Carlos; inscrições estão abertas

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFil) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) promove em nova data - de 8 a 11 de agosto - o minicurso "Pascal e a crítica do cartesianismo", com o professor Luís César Guimarães Oliva, da Universidade de São Paulo (USP). O evento é presencial e acontece no auditório do Departamento de Filosofia (DFil), localizado na área Sul do Campus São Carlos da UFSCar, a partir das 17 horas.
O minicurso é destinado a todos os interessados no tema. São ofertadas 60 vagas, a serem preenchidas por ordem de inscrição. As inscrições foram prorrogadas até o dia 29 de julho e devem ser feitas pelo e-mail do PPGFil (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail da organizadora do evento, Celi Hirada, professora do Departamento de Filosofia (DFil) da UFSCar (Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.).
O minicurso visa discutir os principais temas da obra "Pensamentos", do matemático, filósofo e estudioso francês Blaise Pascal, tomando, como ponto de partida, a crítica ao projeto cartesiano de saber e, como horizonte, o estabelecimento das relações entre natureza e graça. Dado o caráter apologético da principal obra de Pascal - "Pensamentos" -, serão discutidos os limites entre Filosofia e Teologia no contexto seiscentista.
Indivíduos têm personalidades diferentes que podem interferir na adaptação ao ambiente urbano

 

SÃO CARLOS/SP - Fêmeas "destemidas" de uma espécie de sabiá - sabiá-barranco (Turdus leucomelas) - estão melhor preparadas para adaptação ao ambiente urbano que suas colegas medrosas, mostrou estudo desenvolvido no campus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em São Carlos (SP). A pesquisa, conduzida por Augusto Florisvaldo Batisteli, hoje doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFSCar, investigou a personalidade das fêmeas por meio da diferença de comportamentos entre elas na escolha de locais para a construção de ninhos.
O experimento realizado, com orientação de Hugo Sarmento, docente no Departamento de Hidrobiologia (Dhb), mostrou que as fêmeas com ninhos em árvores têm mais medo de situações desconhecidas do que aquelas com ninhos em construções humanas, como prédios, que se mostram mais destemidas.
Em etapa anterior da pesquisa, Batisteli havia identificado vantagens para o animal em fazer ninho em prédios, relacionadas, por exemplo, ao tempo de incubação, conforme divulgado no Portal da UFSCar (https://bit.ly/3auVRCu). O pesquisador quis então entender se os indivíduos da espécie apresentavam diferenças de personalidade e se elas poderiam ter relação com a escolha do local para o ninho. Estudos de outros pesquisadores já indicavam, neste sentido, a predominância de certas personalidades animais em ambientes modificados pela ação humana, mas sem testar se isso interferia na sua habilidade de exploração dos recursos oferecidos por esses locais.
Para a análise da personalidade, o pesquisador fez testes de neofobia - que avaliam a aversão a situações desconhecidas. 
Quando o animal saía do ninho, Batisteli inseria um objeto desconhecido (cubo mágico ou uma pequena bolinha) próximo ao local. Depois, media o tempo que a fêmea demorava para voltar a incubar os ovos durante os testes.
Apenas as fêmeas de ninhos em árvores foram inibidas pela presença do objeto, demorando mais tempo para voltar ao ninho, na comparação com o momento no qual não havia nenhum objeto. "Elas demoravam 4 minutos e 42 segundos para voltar a incubar os ovos em uma situação neutra e 8 minutos e 45 segundos para voltar quando havia um objeto estranho ao lado do ninho - uma diferença de 86%", detalha o pesquisador. As fêmeas com ninhos em construções não foram inibidas pelos objetos estranhos próximos ao ninho - voltaram no tempo habitual, sendo indiferentes à intervenção.
Os achados mostram a espécie se adaptando ao ambiente urbano, mas é preciso olhar crítico para esta conclusão. 
"Podemos ficar com a impressão de que, um dia, todas as espécies vão se adaptar facilmente às cidades, mas não é isso o que acontece. Algumas jamais conseguirão habitá-las, por necessitarem de locais estritamente florestais, sombreados, úmidos e brejosos", exemplifica o biólogo. Para as que toleram as cidades, também há outro processo: desenvolver as adaptações. "Além disso, não sabemos onde essa adaptação vai parar e, principalmente, o que vai acontecer com o resto da espécie que não está adaptado. Outra questão envolve conflito com os humanos, caso a ave passe a explorar muito intensamente o ambiente, entrando nos prédios, por exemplo." 
Para o pesquisador, a tese tem caráter inovador por dois principais fatores: estudar reprodução de aves que não usam apenas as florestas para o processo; e analisar a personalidade desses indivíduos.  "Os biólogos passaram a olhar melhor as diferenças entre os indivíduos recentemente. O enfoque mais comum ainda é olhar para as populações, os grupos de indivíduos, como se fossem clones uns dos outros, mas não são", situa o pesquisador. 
Segundo Batisteli, a Ciência evidencia padrões na Natureza, mas o mecanismo pelo qual os indivíduos levam ao surgimento desses padrões na espécie ainda é uma incógnita. "A população não decide; quem toma decisões é cada um dos indivíduos. Por isso, ainda estamos tentando entender como as decisões individuais levam a esses padrões populacionais", conta.
Os estudos não param nestas descobertas. Agora, em seu pós-doutorado, realizado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), com supervisão de Marco Aurélio Pizo Ferreira - docente no Departamento de Biodiversidade da Unesp - e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estão de São Paulo (Fapesp), Batisteli investiga se os indivíduos já nascem com personalidade diferente ou se a adquirem mais tarde, após interação com o ambiente. 
Dados detalhados sobre a pesquisa de personalidade em sabiás-barrancos foram publicados em artigo, na revista científica Animal Behavior, que pode ser acessado em https://bit.ly/3PfUKVS.
Inscrições são gratuitas e devem ser feitas pela Internet

 

SÃO CARLOS/SP - O Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está com inscrições abertas, até o dia 31 de julho, para seleção de alunos especiais. As aulas serão realizadas presencialmente, no Campus São Carlos, neste segundo semestre de 2022.
São ofertadas três disciplinas: Estudos em simulações de realidades; Tópicos em intermidialidade 1; e Cinema e Música: história, estética e teoria. A inscrição é gratuita, pela Internet e pode ser feita em apenas uma disciplina. A seleção será realizada por meio da análise da documentação dos candidatos, conforme instruções do edital (https://bit.ly/3IzOE0w).
O resultado será divulgado no dia 5 de agosto. As aulas têm início previsto a partir do dia 16 de agosto. O cronograma e todas as informações sobre a seleção devem ser conferidos no edital (https://bit.ly/3IzOE0w), disponível no site do PPGIS (www.ppgis.ufscar.br). Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Trabalho beneficiou instituições de Campina do Monte Alegre

 

BURI/SP - A partir do tão esperado retorno às atividades presenciais na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Departamento de Assuntos Comunitários e Estudantis do Campus Lagoa do Sino (DeACE-So) desenvolveu uma ação solidária que visou colaborar com os trabalhos desenvolvidos pela Liga de Combate ao Câncer "Zenaide Campos" e pela Casa de Repouso "Nova Família", ambas na cidade de Campina do Monte Alegre.
A arrecadação de mantimentos contou com ampla participação de calouros, veteranos, servidores e, especialmente, de entidades estudantis, como os centros acadêmicos dos cursos de Ciências Biológicas, de Engenharia Ambiental e de Administração, assim como da Bateria Comando Federal e da Associação Atlética Acadêmica de Lagoa do Sino.
As doações, que foram entregues no dia 26 de junho, compreenderam itens alinhados com as demandas das instituições atendidas, como alimentos, sucos, artigos de higiene pessoal e fraldas geriátricas. A estudante Gabriela Ferezini, presidente do centro acadêmico do curso de Ciências Biológicas (CABio), destaca que "saber que podemos ajudar outras pessoas é muito gratificante e nos traz muita alegria!".
Segundo Tânia Camargo, assistente social da Casa de Repouso "Nova Família", o sentimento é de gratidão: "Somos muito gratos. Essa ação solidária da comunidade da UFSCar é fundamental para que possamos desenvolver o nosso trabalho com qualidade e nos ajuda a promover dignidade aos idosos que aqui residem". 
Já Irene Donizete Machado de Albuquerque, presidente da Liga de Combate ao Câncer "Zenaide Campos" - que, atualmente, acompanha cerca de 50 pessoas na Cidade de Campina do Monte Alegre - também agradeceu o trabalho beneficente dos estudantes que colaborou muito com o suporte que é oferecido gratuitamente pela Liga a pacientes com câncer.
De acordo com os promotores dessa "corrente do bem", tais ações "fortalecem a pactuação realizada com o doador da fazenda em que hoje se encontra o Campus Lagoa do Sino da UFSCar, Raduan Nassar, direcionando a presença da Universidade para o fortalecimento do território".

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