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CHINA - A China levantou as restrições às importações de carne bovina da Espanha, anunciaram no domingo (18) os ministros das Relações Exteriores dos dois países.

Desde o ano 2000, a China impõe a proibição à importação de produtos de carne bovina da União Europeia (UE) devido à emergência causada pela ocorrência de vários casos de encefalopatia espongiforme, ou doença da “vaca louca”, em vários países do bloco naquele ano.

“É uma boa notícia, especialmente para os agricultores espanhóis. Quando consideramos o tamanho do mercado chinês, estamos falando de tantas pessoas, com certeza o impacto será extraordinariamente positivo”, disse o chanceler chinês, Wang Yi, em coletiva de imprensa conjunta com seu par espanhol, José Manuel Albares, em Córdoba.

“É uma medida que solicitamos há algum tempo e que redundará em benefício de todo o campo espanhol. É difícil encontrar um mercado como o mercado chinês”, acrescentou Albares.

Nas últimas duas semanas, agricultores espanhóis participaram de protestos em meio a manifestações semelhantes nos países da UE contra as regulamentações, os altos custos e os baixos preços das importações, o que os tem prejudicado.

O ministro das Relações Exteriores chinês viajou para a Espanha após participar no sábado da cúpula de segurança de Munique, na Alemanha, onde Wang disse que a China será uma “força de estabilidade” no mundo.

 

 

ISTOÉ

CHINA - O índice de preços ao consumidor, principal indicador da inflação na China, caiu 0,8% em janeiro, o retrocesso mais expressivo em 14 anos, segundo os dados publicados na quinta-feira, 8, pelo Escritório Nacional de Estatísticas. Este foi o quarto mês consecutivo de deflação na segunda maior economia mundial, onde a recuperação pós-covid mais lenta que o esperado provocou a desaceleração do consumo.

A queda de preços foi mais expressiva que a previsão dos analistas entrevistados pela agência Bloomberg, que projetavam um recuo de 0,5%. Desde o segundo semestre de 2009, período de uma crise financeira global, os preços na China não registravam uma queda tão significativa.

“A China precisa adotar ações de maneira rápida e agressiva para evitar o risco de que a expectativa do risco de deflação se instale entre os consumidores”, afirmou Zhiwei Zhang, presidente e economista chefe da empresa Pinpoint Asset Management.

A deflação provoca riscos a longo prazo para a economia porque leva os consumidores a adiar as compras e aguardar por uma queda ainda maior dos preços. Da mesma forma, o cenário enfraquece a demanda e forças as empresas a reduzir a produção, congelar contratações e, inclusive, demitir funcionários. A tendência na China contrasta com a de outras grandes economias, onde a inflação elevada representa um problema para famílias e empresas, o que obriga os bancos centrais a elevar as taxas de juros.

 

Recuperação pós-pandemia

O declínio interanual do IPC, explica o estatístico Dong Lijuan, também se deve ao fato de que foi em janeiro do ano passado que a China encerrou oficialmente cerca de três anos de sua política de “zero covid”, o que resultou em um aumento da demanda do consumidor.

“Acreditamos que o IPC voltará a território positivo nos próximos meses”, afirmam Julian Evans-Pritchard e Zichun Huang, analistas da consultoria Capital Economics. Esses especialistas acreditam que “os desequilíbrios estruturais entre oferta e demanda significam que a inflação subjacente provavelmente continuará moderada em comparação com a média anterior à pandemia no futuro próximo”.

 

Preços ao produtor

A Administração Nacional de Estatísticas também divulgou o índice de preços ao produtor (IPP), que mede os preços industriais e registrou uma queda interanual de 2,5% em janeiro, marcando o décimo sexto mês consecutivo de declínios, embora tenha moderado novamente a queda em relação a dezembro, que havia sido de 2,7%.

Neste caso, a contração é ligeiramente menos acentuada do que a esperada pelos analistas, que previam uma queda de 2,6% interanual em janeiro. Em termos mensais, o IPP recuou 0,2% em relação a dezembro, experimentando o terceiro mês consecutivo de contração./AFP e EFE.

 

 

ESTADÃO

CHINA - Os fabricantes de chips chineses esperam produzir processadores de próxima geração para smartphones já neste ano, apesar dos esforços dos Estados Unidos para conter o desenvolvimento de tecnologias avançadas, noticiou o Financial Times na terça-feira.

A Semiconductor Manufacturing International Corp (SMIC), principal fabricante de chips do país, montou novas linhas de produção de semicondutores em Xangai para produzir em massa chips projetados pela Huawei, afirmou o jornal, citando fontes familiarizadas com o movimento.

A SMIC pretende usar seu estoque existente de equipamentos fabricados nos EUA e na Holanda para produzir chips de 5 nanômetros, acrescentou a reportagem.

A Huawei e SMIC não responderam imediatamente ao pedido de comentário da Reuters.

As empresas norte-americanas estão impedidas por Washington de fornecer tecnologia à SMIC sem uma licença especial, sob a justificativa de que seu suposto trabalho com o Exército chinês é considerado uma ameaça à segurança nacional norte-americana.

Diante dessas restrições, o governo chinês tem investido fortemente no desenvolvimento de uma cadeia de fornecimento de semicondutores autossuficiente.

 

 

 

Reportagem de Shivani Tanna em Bengaluru / REUTERS

CHINA - A atividade industrial da China expandiu em janeiro graças ao crescimento estável da produção, à logística mais rápida e ao primeiro aumento nos novos pedidos de exportação desde junho, ajudando a elevar a confiança dos empresários a um pico de nove meses, segundo uma pesquisa do setor privado divulgada na quinta-feira.

O resultado positivo, entretanto, contrastou com uma pesquisa oficial no dia anterior, que mostrou que a atividade industrial contraiu novamente no mês passado devido à demanda persistentemente fraca.

Em conjunto, esses resultados apontam para uma economia ainda com baixo desempenho e que precisa de mais suporte.

O PMI de indústria da China do Caixin/S&P Global ficou em 50,8 em janeiro, inalterado em relação a dezembro e superando as previsões dos analistas de 50,6. A marca de 50 separa o crescimento da contração.

"A logística mais rápida, o aumento das compras e o aumento dos estoques refletiram a melhora na confiança das empresas", disse Wang Zhe, economista sênior do Caixin Insight Group.

No entanto, ele observou que o emprego permaneceu em contração, os níveis de preços foram moderados e "as pressões deflacionárias persistiram".

Autoridades na China enfrentam a tarefa assustadora de tentar revitalizar a economia diante de uma desaceleração do setor imobiliário, riscos de endividamento dos governos locais, pressões deflacionárias e uma demanda externa fraca.

Mas a pesquisa do Caixin ofereceu alguma esperança de que a demanda externa possa estar começando a melhorar, com os novos pedidos de exportação aumentando pela primeira vez desde junho do ano passado, embora marginalmente.

O índice de exportação pode ter sido afetado pelo Ano Novo Lunar, que cairá em 10 de fevereiro deste ano, já que as fábricas e os trabalhadores se prepararam para o envio de mercadorias antes do feriado.

Além disso, as previsões de uma demanda global mais forte, os investimentos planejados, o lançamento de novos produtos e os esforços de expansão para novos mercados levaram a confiança dos fabricantes ao seu ponto mais alto desde abril do ano passado.

 

 

 

Reportagem de Ellen Zhang e Ryan Woo / REUTERS

DAVOS - O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, afirmou na terça-feira que a economia chinesa está aberta para negócios e destacou seu potencial para investimentos estrangeiros, conforme a vasta população se torna cada vez mais urbana e com previsão de crescimento de sua classe média.

À medida que a China enfrenta uma recuperação pós-pandemia lenta e a queda no setor imobiliário, executivos estrangeiros ficaram preocupados com as perspectivas de crescimento de longo prazo pela primeira vez nas quatro décadas desde que Pequim a abriu para o investimento estrangeiro.

Li disse em um discurso para líderes empresariais no Fórum Econômico Mundial em Davos que a economia chinesa se recuperou e subiu, e estima-se que tenha crescido 5,2% em 2023, acima da meta oficial de cerca de 5%.

Ele disse que a economia da China está progredindo de forma constante, pode lidar com altos e baixos em seu desempenho e continuará a fornecer impulso global, acrescentando que sua tendência geral de crescimento de longo prazo não mudará.

Li, que lidera uma grande delegação do governo no Fórum, é a mais alta autoridade chinesa a se reunir com as elites políticas e empresariais globais na estação de esqui suíça desde o presidente Xi Jinping em 2017.

O primeiro-ministro chinês disse que uma concorrência saudável é fundamental para aprimorar a cooperação e a inovação, acrescentando que o mundo precisa remover as barreiras à concorrência e cooperar em estratégias ambientais e no intercâmbio científico internacional.

Li também destacou a importância de manter as cadeias de suprimentos globais "estáveis e tranquilas".

Em seu discurso em Davos, Li destacou a crescente divisão entre o Norte e o Sul, que, segundo ele, está se tornando mais aguda, e enfatizou a necessidade de cooperação para o desenvolvimento.

Li disse que a China, com uma população de 1,4 bilhão de pessoas em rápida urbanização, desempenhará um papel importante no aumento da demanda global agregada. Ele também disse que a China continua "firmemente comprometida" com a abertura de sua economia e criará "condições favoráveis" para compartilhar suas oportunidades.

"Escolher investir no mercado chinês não é um risco, mas uma oportunidade", acrescentou.

Suas iniciativas anteriores de declarar a China aberta para os negócios foram recebidas com ceticismo em algumas salas de reuniões, à luz de uma lei antiespionagem mais ampla, batidas em consultorias e empresas de due diligence e proibições de saída, segundo órgãos comerciais.

"Tomaremos medidas ativas para atender às preocupações razoáveis da comunidade empresarial global", disse Li.

As empresas têm expressado preocupações de longa data com relação à geopolítica, ao endurecimento das regulamentações e a um campo de atuação mais favorável para as empresas estatais. No trimestre de julho a setembro, a China registrou o primeiro déficit trimestral em investimentos estrangeiros diretos desde que os registros começaram em 1998.

Os organizadores do Fórum Econômico Mundial disseram que mais de 2.800 líderes de 120 países, incluindo mais de 60 chefes de Estado, devem participar da reunião anual.

Li não mencionou os conflitos na Ucrânia ou em Gaza durante seu discurso e os investidores estão atentos a quaisquer reuniões bilaterais paralelas, especialmente com líderes do Oriente Médio e com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

 

 

Por Antoni Slodkowski / REUTERS

TAIWAN - Uma delegação não oficial americana chegou a Taipé no domingo (14), segundo a imprensa local, gerando expectativa de uma eventual reação de Pequim. Em mídia social chinesa, tem havido pressão por uma resposta mais forte do país à eleição para presidente de Lai Ching-te, contrário à reunificação de Taiwan com a China.

"Assim como fizemos antes, o governo dos Estados Unidos pediu a ex-altos funcionários que viajassem em caráter privado, para transmitir as felicitações do povo americano pelas eleições e o nosso interesse na paz e estabilidade no estreito de Taiwan", registrou em nota a representação de Washington na ilha.

O ex-assessor de Segurança Nacional Stephen Hadley, ao chegar ao aeroporto da capital taiwanesa às 20h (horário de Taipé), evitou dar declarações. O ex-vice secretário de Estado James Steinberg, vindo de Singapura, chegaria mais tarde. Ambos têm reuniões marcadas para esta segunda com autoridades, possivelmente com Lai.

Quando a informação da viagem vazou, dois dias antes da votação de sábado, a porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Hua Chunying, criticou em mídia social "algumas autoridades dos EUA" por essa "falha em honrar compromissos com o governo chinês" e por "distorcer o princípio de uma China".

Hua questionou no domingo, após a eleição, a mensagem enviada a Taipé pelo Departamento de Estado americano, também de congratulação. "Os EUA precisam interromper as interações de natureza oficial com Taiwan", afirmou. De qualquer maneira, as críticas chinesas têm sido vistas como moderadas, até aqui.

A exceção foi o porta-voz do Ministério da Defesa, Zhang Xiaogang, que na véspera da votação afirmou que "o Exército de Libertação do Povo Chinês permanece em alerta máximo e tomará todas as medidas necessárias para esmagar qualquer plano separatista". O ministério ainda não se pronunciou, pós-eleição.

Nas redes sociais do país, parte dos comentários sobre a eleição estão sendo mais incisivos, com usuários defendendo rever a estratégia, diante da recusa crescente à reunificação. De maneira geral, houve contrariedade com o resultado, em que pese a votação dividida, que indica menos poder para o partido de Lai.

No WeChat, sob o enunciado "Ele agora está no poder, mas o que ele pode realmente fazer?", o influente perfil chinês Youlieryoumian, voltado para geopolítica, escreveu: "Nós não podemos, nem iremos, confiar o futuro de Taiwan ao vencedor de uma única eleição".

No Weibo, Hu Xijin, ex-editor-chefe e hoje colunista do Global Times, de Pequim, escreveu que "a reunificação militar é uma decisão de importância fundamental, e todos podemos falar nossas opiniões e dar ideias, mas essa questão não deve ser decidida no campo da opinião pública da internet, através da pressão".

"Não apoio o uso imediato ou precoce da força, como se somente esse apoio fosse patriótico", acrescentou, sobre a pressão online. "Apoiemos o Exército de Libertação Popular e seus preparativos para para uma luta militar no estreito de Taiwan, mantendo simultaneamente uma atitude coletiva firme e calma."

Na plataforma americana Substack, Wang Xiangwei, ex-editor-chefe e hoje colunista do South China Morning Post, buscou se contrapor aos "fogos de artifício retóricos", projetando conflito, que já começaram e devem ir até a posse, em maio. "Na realidade, Pequim e Washington devem manter sua calma", escreveu.

Ele acredita que no curto prazo a China vai continuar com ações de pressão sobre o governo da ilha, mas o que importa de fato é a postura dos EUA –e o único comentário expresso por Joe Biden sobre a eleição em Taiwan foi de que não apoia a independência, o que, segundo Wang, "é tranquilizador aos ouvidos das autoridades chinesas".

 

 

POR FOLHAPRESS

XANGAI - As ações chinesas fecharam em queda nesta quinta-feira, pressionadas pelo setor de bebidas e com os investidores ainda preocupados com fatores macroeconômicos, apesar de uma pesquisa ter mostrado que a atividade de serviços expandiu no ritmo mais rápido em cinco meses.

A atividade de serviços da China expandiu em dezembro no ritmo mais rápido em cinco meses, graças a um sólido aumento nos novos negócios, segundo uma pesquisa do setor privado.

No entanto, é improvável que esses dados por si só melhorem significativamente o sentimento do mercado, dada a ampla fraqueza no setor imobiliário e nos preços ao consumidor, disseram analistas do UBS em uma nota.

As ações de bebidas caíram 2,3% e lideraram as quedas, com Luzhou Laojiao e Kweichou Moutai perdendo 3,3% e 1,5%, respectivamente.

. Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,53%, a 33.288 pontos.

. Em HONG KONG, o índice HANG SENG ficou estável, a 16.645 pontos.

. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,43%, a 2.954 pontos.

. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 0,92%, a 3.347 pontos.

. Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,78%, a 2.587 pontos.

. Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 0,06%, a 17.549 pontos.

. Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES desvalorizou-se 0,79%, a 3.174 pontos.

. Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 recuou 0,39%, a 7.494 pontos.

 

 

por Reuters

PEQUIM - O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, advertiu as Filipinas de que qualquer erro de cálculo em sua crescente disputa no Mar do Sul da China traria uma resposta resoluta, e pediu um diálogo para tratar das "sérias dificuldades" entre os dois vizinhos.

Pequim e Manila trocaram acusações contundentes nos últimos meses sobre uma sucessão de conflitos no Mar do Sul da China, incluindo acusações de que a China abalroou um navio no início deste mês que transportava o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas das Filipinas.

A China, por sua vez, acusou as Filipinas de invadir seu território.

O desgaste das relações coincide com as iniciativas de Manila para aumentar os laços militares com o Japão e os Estados Unidos, sua antiga potência colonial e aliada de defesa por sete décadas.

"As relações entre China e Filipinas estão em uma encruzilhada", disse Wang ao seu colega filipino Enrique Manalo em uma ligação na quarta-feira, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da China. Um porta-voz do ministério disse que Manalo havia solicitado a ligação.

Se as Filipinas julgarem mal ou forem coniventes com forças externas "mal intencionadas", a China defenderá seus direitos e responderá com determinação, disse Wang. A declaração não entrou em detalhes sobre as medidas que poderiam ser tomadas.

As observações de Wang podem intensificar uma disputa que vem se arrastando há anos, com as Filipinas reagindo ao que consideram uma campanha chinesa para impedir seu acesso a combustíveis fósseis e recursos pesqueiros em sua zona econômica exclusiva (ZEE).

Uma escalada em direção a um confronto armado, embora improvável, seria um aumento significativo dos riscos, já que os Estados Unidos são obrigados por um tratado de 1951 a defender as Filipinas em caso de ataque, inclusive no Mar do Sul da China.

O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., em um discurso perante as tropas nesta quinta-feira, disse que o país continuava comprometido em reforçar suas Forças Armadas e suas alianças existentes, ao mesmo tempo em que citou o incidente envolvendo o chefe das Forças Armadas como preocupante.

"Vocês se tornaram cruciais, já que nos últimos anos as Filipinas se viram no meio de desdobramentos geopolíticos e tensões que poderiam potencialmente causar insegurança regional", disse ele ao grupo reunido no quartel-general militar em Manila.

A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China por meio da chamada linha de nove traços que se sobrepõe às ZEEs das Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan, Vietnã e Indonésia.

Em 2016, um tribunal de arbitragem internacional invalidou a reivindicação da China em uma decisão sobre um caso apresentado pelas Filipinas, que Pequim não reconheceu.

Em vez disso, a China redobrou a atenção, mantendo uma forte presença da guarda costeira em todo o Mar do Sul da China, inclusive em torno de ilhas artificiais militarizadas que construiu sobre recifes em águas disputadas, algumas com sistemas de mísseis.

Os dois lados, ao mesmo tempo, pediram diálogo.

Manalo disse em um comunicado que teve uma conversa franca e sincera com Wang, na qual ambos "observaram a importância do diálogo".

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China disse na quinta-feira: "A posição da China permanece inalterada de que as disputas devem ser gerenciadas adequadamente por meio de diálogo e consultas".

Marcos fortaleceu os laços com os Estados Unidos, inclusive expandindo o acesso dos EUA às suas bases militares, ao mesmo tempo em que buscou garantias sobre até que ponto Washington defenderá seu país de ataques -- ações que irritaram a China e encorajaram a alta cúpula da defesa de Manila.

O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, disse na quinta-feira que seu país provavelmente também realizará patrulhas multilaterais no próximo ano no Mar das Filipinas Ocidental -- o termo que o país usa para sua ZEE de 200 milhas no Mar do Sul da China.

Um dia antes, Teodoro repreendeu a China e disse que "nenhum país do mundo" apóia a reivindicação marítima chinesa. Os Estados Unidos e outras potências ocidentais condenaram a guarda costeira da China por confrontar e bloquear embarcações filipinas na ZEE de Manila.

 

 

Por Liz Lee e Karen Lema / REUTERS

CHINA - As perspectivas econômicas da China parecem incertas para 2024, considerando que mesmo um ano após o fim do isolamento social devido à covid-19, a tão sonhada recuperação econômica para alavancar o desenvolvimento da segunda maior economia do mundo não chegou.

As guerras em Gaza e na Ucrânia estão estressando os laços da China com o Ocidente. Uma cúpula de líderes entre EUA e China ajudou a colocar as relações de volta nos trilhos, mas também definiu claramente a divisão acentuada entre as duas potências globais.

Para contrapor uma ordem mundial liderada pelos EUA, a China está promovendo visões alternativas para a segurança global e o desenvolvimento, cujas perspectivas dependem, em parte, de restaurar sua própria vitalidade econômica.

As restrições relacionadas à pandemia terminaram, mas a China ainda enfrenta desafios fundamentais de longo prazo: uma taxa de natalidade em queda e uma população envelhecida - a Índia a superou como o país mais populoso do mundo em abril - e sua rivalidade com os Estados Unidos em relação à tecnologia, Taiwan e o controle dos mares abertos.

Outro desafio é equilibrar o controle cada vez mais rígido do Partido Comunista sobre inúmeros aspectos da vida com a flexibilidade necessária para manter a economia dinâmica e em crescimento.

“Este ano começou muito otimista”, afirma Wang Xiangwei, especialista em China e ex-editor-chefe do jornal South China Morning Post. “E agora que estamos terminando 2023, acho que as pessoas estão ficando mais preocupadas com o que... estará reservado para o próximo ano”.

 

Um inverno de esperança

Mesmo que o crescimento econômico do país tenha enfrentado diversos desafios, o ano começou esperançoso para a população chinesa como um todo. Multidões lotaram templos e parques em janeiro passado para o Ano Novo Lunar e a vida parecia estar voltando à normalidade pela primeira vez em três anos.

“A vida está voltando ao normal”, disse Zhang Yiwen na época, enquanto visitava um bairro histórico de Pequim repleto de turistas. “Estou ansioso para ver como a economia crescerá no novo ano e o que o país poderá realizar no mercado internacional.”

Essas esperanças, no entanto, foram rapidamente frustradas com a derrubada de um balão chinês fora de curso que sobrevoou os Estados Unidos em fevereiro deste ano, colocando em dúvida as supostas intenções do país em estreitar laços com a economia mais importante do mundo.

Na ocasião, o secretário de Estado, Antony Blinken, cancelou uma viagem a Pequim. Um mês depois, durante a sessão anual da legislatura, em grande parte cerimonial, o líder chinês Xi Jinping acusou os EUA de tentarem isolar e “conter” a China na agenda internacional.

Em contrapartida, os laços com o Oriente Médio e outras regiões em desenvolvimento se estreitaram após a reabertura da China. O país elevou seu prestígio internacional quando a Arábia Saudita e o Irã chegaram a um acordo em Pequim para restabelecer relações diplomáticas, conseguindo um papel de destaque nessas negociações internacionais.

Shi Shusi, analista da televisão chinesa, acredita que o papel desempenhado pelo país em diversos cenários internacionais neste ano demonstra a capacidade de a China assumir um destaque diplomático no mundo em desenvolvimento.

“A China tem amizades tradicionais com esses países”, afirma Shi. “Se prestarmos alguma assistência e reforçarmos a cooperação... parece ser uma solução realista para a China participar no jogo das grandes potências e na governança global.”

Durante o Congresso Nacional do Povo, o primeiro-ministro Li Keqiang anunciou uma meta de crescimento econômico de cerca de 5% para o ano. Mas Li, que faleceu em outubro, estava de saída, sendo substituído por colaboradores próximos de Xi à medida que ele consolidava ainda mais seu poder.

 

Veículos elétricos foram um trunfo da primavera

Embora a recuperação econômica não tenha atingido um patamar significativo, o Salão do Automóvel de Xangai apresentou uma grata surpresa para a economia do país: os veículos elétricos. As exportações dispararam pouco tempo depois, a tal ponto que, em setembro deste ano, a União Europeia lançou uma investigação comercial sobre os subsídios chineses aos fabricantes de veículos elétricos.

“O mercado de veículos elétricos está melhorando ano a ano, embora a economia global não seja promissora”, disse Li Jing, vendedor de uma pequena concessionária de automóveis elétricas em Wuwei, uma cidade de 1,2 milhão de habitantes na província de Anhui, no leste da China.

Jing afirma que o seu salário permaneceu estável ao longo de toda a restrição da pandemia, mas diz que precisou adiar os planos de comprar um apartamento, com a esperança de que os preços caíssem impulsionados pela crise imobiliária. Essa crise fez com que muitos chineses cortassem gastos, sendo outro fator a contribuir para os entraves econômicos.

 

Alto desemprego foi destaque do verão

Ao longo do verão, Blinken fez uma viagem a Pequim, atrasada devido ao caso do balão, seguida por visitas da secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, do enviado climático, John Kerry, e da então secretária de Comércio, Gina Raimondo.

No entanto, a economia apresentava uma leve melhora à medida que um número crescente de incorporadoras imobiliárias deixavam de pagar dívidas, surpreendidas por uma contenção ao endividamento excessivo que começou em 2020 e paralisou toda a indústria. A taxa de desemprego entre os jovens chineses aumentou para cerca de um em cada cinco, levando o governo a parar de divulgar esses dados.

“A vida não voltou a ser como era antes da pandemia”, disse Liu Qingyu, uma jovem trabalhadora do setor financeiro de Xangai que esperava por mais oportunidades, mas que, em vez disso, está preocupada com a sobrevivência da sua empresa.

Quando o Zhongzhi Enterprise Group falhou com os pagamentos aos seus investidores, aprofundou-se a preocupação de que o colapso imobiliário pudesse transformar-se numa crise financeira profunda. Na época, o governo começou a afrouxar as restrições aos empréstimos para aquisição de habitação e intensificou os gastos na construção, embora os preços da habitação continuassem a cair.

“Acho que em julho a liderança chinesa percebeu que a economia estava com problemas mais sérios do que (eles) esperavam”, disse Wang. “Então eles começaram a injetar mais dinheiro na economia. Mas todas essas medidas foram consideradas incrementais.”

Proprietários de pequenas empresas como Dong Jun cortaram custos para evitar entrar no vermelho. “Os pedidos foram menos da metade do nível pré-pandemia”, disse ele.

A fabricante de carnes cozidas Xinyang Food Co demitiu mais de uma dúzia de funcionários, reduzindo sua força de trabalho para 20. “Temos medo de perder dinheiro”, disse Gao Weiping, co-proprietário e gerente.

 

Desafios do outono

As relações com os Estados Unidos melhoraram ainda mais no outono deste ano, embora as diferenças fundamentais sobre tecnologia e disputas territoriais continuem a existir.

As visitas de membros da Orquestra da Filadélfia, do American Ballet Theatre, de veteranos americanos da Segunda Guerra Mundial e do governador da Califórnia, Gavin Newsom, estabeleceram um tom amigável antes de uma reunião em novembro em São Francisco entre Xi e o presidente dos EUA, Joe Biden.

“A China não tratou muito bem os seus clientes nos últimos cinco anos devido a tensões geopolíticas”, disse Wang, referindo-se aos mercados de exportação americanos, europeus e outros. “Agora, a China quer concentrar-se no crescimento da economia. Portanto, a China terá de ser gentil com seus maiores clientes.”

Antes da reunião entre Biden e Xi, os EUA ampliaram seus controles de exportação sobre chips de computadores avançados. E uma colisão entre navios chineses e filipinos no Mar do Sul da China remeteu a tensões que poderiam envolver os EUA em um conflito.

Com a proximidade do final do ano, o falecimento do ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger, sublinhou como os tempos mudaram. O político ajudou a arquitetar a normalização da relação China-EUA. no início da década de 1970 e encontrou-se com Xi em Pequim em agosto, aos 100 anos.

Essa aproximação, no entanto, foi feita em uma outra época das duas potências, quando os dois lados encontraram um terreno comum, apesar das suas divergências. Para Shi, o futuro testará a sabedoria dos líderes dos dois países para selar uma possível aproximação.

“O futuro para todos nós não reside em fazer uma grande fortuna, mas na segurança, no esforço para evitar conflitos globais”, disse ele.

Em meio a todos estes fatores de política externa, Li Yu afirma só quer um emprego. Ele acabou trabalhando em um mercado de trabalho diário em Pequim, em setembro, depois que o restaurante de sua família no nordeste da China faliu.

 

Crescimento e oportunidades de emprego

Li Yu apenas quer um emprego. Ele teve de ir trabalhar em um mercado em Pequim em setembro, depois que o restaurante de sua família no nordeste da China faliu. Ele começou ganhando cerca de 300 yuan (R$ 206) por um dia de 12 horas como entregador de pacotes. Em dezembro, o valor havia caído quase pela metade.

Para os analistas, o principal desafio no próximo ano é como o governo atingirá a sua meta de crescimento de 5% enquanto já se prevê uma desaceleração em 2024. Isso importa não apenas para os trabalhadores da China, mas para o mundo inteiro. A economia dos EUA é a base do status do país como a potência global dominante. Mesmo após seus fabricantes de automóveis e siderúrgicas terem enfrentado dificuldades, o Vale do Silício liderou o caminho para o século 21.

Na sua segunda década no poder, Xi pretende restaurar a estatura global da China. Isso dependerá em grande parte da capacidade do Partido Comunista de superar os seus muitos desafios em 2024 e mais além./ AP

 

 

ESTADÃO

CHINA - Ao menos 111 pessoas morreram e outras 230 ficaram feridas na madrugada desta terça-feira (19), ainda segunda-feira em Brasília, em um terremoto de magnitude 6,1 que provocou destruição na região noroeste da China, segundo a agência de notícias estatal Xinhua.

O terremoto ocorreu à 0h59 no horário local (13h59 no horário de Brasília) a 10 km da superfície –por ser rasa, a profundidade pode aumentar o potencial de destruição do sismo.

Em um primeiro momento, o USGS (sigla em inglês para Serviço Geológico dos Estados Unidos) havia relatado que sua magnitude era de 6,0. Vários tremores secundários, menores, foram registrados.

A província de Gansu, no noroeste da China, sofreu os danos mais extensos. Autoridades da região disseram que casas desmoronaram. Equipes de resgate ainda fazem buscas por desaparecidos. O epicentro do tremor foi a 100 km a sudoeste da capital provincial, Lanzhou.

A província de Qinghai, vizinha a Gansu, também sofreu danos, segundo a agência de notícias Xinhua, e vários moradores saíram às pressas para as ruas. Uma equipe foi enviada às áreas atingidas para avaliar o impacto do terremoto e fornecer orientação às operações de socorro, segundo nota da Comissão Nacional de Prevenção, Redução e Alívio de Desastres da China e do Ministério de Gerenciamento de Emergências.

Algumas áreas atingidas pelo sismo estão localizadas em regiões altas, onde o clima é frio. As autoridades, portanto, se preocupam com outros fatores além do terremoto, segundo a Xinhua. A temperatura em Linxia, na província de Gansu, era de 14° Celsius negativos na manhã desta terça-feira. Parte da China enfrenta temperaturas abaixo de zero, já que uma onda de frio que começou na semana passada persiste no país.

Algumas infraestruturas de água, eletricidade, transporte, comunicações e outras foram danificadas pelo terremoto, mas as autoridades não forneceram detalhes.

Terremotos são fenômenos comuns na China. Em setembro, pelo menos 66 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas em tremores na província de Sichuan, no sudoeste. Em 2008, a região foi cenário de um terremoto de magnitude 7,9 que deixou 87 mil mortos ou desaparecidos, incluindo milhares de estudantes.

 

 

POR FOLHAPRESS

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