Estudo foi premiado em Congresso Brasileiro de Genética na área de Genética Animal
SÃO CARLOS/SP - Um estudo da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na área de Genética Animal, investigou a evolução dos sistemas de cromossomos sexuais em um gênero de peixes cascudos ameaçados de extinção, que são encontrados em toda a América do Sul. Com isso, foi possível identificar os sistemas de determinação sexual de 16 espécies, dobrando o número previamente identificado. Esses resultados contribuem para que pesquisadores possam compreender melhor a evolução desses peixes, descrever possíveis novas espécies e classificá-las quanto ao risco de extinção.
Com os resultados dessa pesquisa, o aluno de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Genética e Evolução (PPPGEv) da UFSCar, Francisco de Menezes Cavalcante Sassi, foi vencedor do prêmio "Horácio Schneider" de melhor trabalho do 69º Congresso Brasileiro de Genética, na área de Genética Animal, realizado de 20 a 23 de agosto em Campos do Jordão (SP). O trabalho, intitulado "Genomic Insights on the sex chromosome Evolution of Harttia" ("Percepções genômicas sobre a evolução dos cromossomos sexuais de Harttia (Siluriformes, Loricariidae)", foi desenvolvido no Laboratório de Citogenética Evolutiva (www.lec.ufscar.br) do Departamento de Genética e Evoluação (DGE) da UFSCar, sob orientação do professor Marcelo de Bello Cioffi.
Na pesquisa, foi investigado o gênero Harttia, composto por peixes de pequeno porte, não ultrapassando os 20 cm em tamanho, que habitam principalmente rios com corredeiras e regiões de quedas d'água. "Por serem animais muito exigentes com aspectos como oxigenação e temperatura da água, sofrem impactos diretos da antropização [ação humana] de seus habitats, como o assoreamento de rios e a construção de barragens que diminuem o fluxo e a velocidade das corredeiras. Esses animais são amplamente distribuídos na América do Sul, sendo encontrados desde o norte das Guianas até o Sul do Brasil", explica Marcelo Cioffi. "Este e outros cascudos (família Loricariidae)", detalha o docente da UFSCar, "são importantes pois se alimentam de algas presentes em pedras, tanino - presente em troncos e qualquer madeira que caia ao rio -, pequenos crustáceos e matéria orgânica em geral, perfazendo uma atividade extremamente importante na cadeia trófica e no processamento da matéria orgânica".
Ao estudar os sistemas de cromossomos sexuais é possível compreender melhor os processos evolutivos que geraram, ao longo de milhões de anos, a diversidade de espécies que hoje são encontradas, detalha o professor. "Além disso, diversas espécies não foram acessadas ou carecem de dados para a literatura científica, o que impossibilita sua classificação quanto ao risco de extinção. Dessa forma, o conjunto de dados gerados ao longo do Doutorado de Francisco Sassi tem servido como fonte de informações para diversas novas espécies que nunca antes tinham sido acessadas pela literatura, inclusive sugerindo-se a existência de uma diversidade maior do que a atualmente conhecida, com novas espécies ainda não descritas", analisa.
As coletas foram realizadas entre 2020 e 2022, e as análises entre 2023 e 2024. O professor destaca o que mais chamou a atenção durante o desenvolvimento do estudo: "a quantidade de sistemas de cromossomos sexuais múltiplos que são encontrados nesse gênero (Harttia) de peixes (cerca de 28% das espécies) fez com que ele pudesse ser considerado um repositório desse tipo de sistema sexual, quando comparamos com a diversidade desses sistemas em peixes num geral (aproximadamente 5% das espécies). Esse tipo de característica pode indicar que o surgimento desses sistemas de cromossomos sexuais pode ter impactado diretamente o processo de evolução dessas espécies".
Prêmio e financiamento
Para o professor, entre os aspectos que levaram o trabalho a receber a premiação está a combinação de técnicas genômicas e cromossômicas, além da grande variedade de amostras e o ineditismo da aplicação da técnica em peixes Neotropicais, somados a uma robusta discussão e curadoria.
O prêmio foi disputado entre os cinco melhores trabalhos classificados entre os inscritos no evento. "O trabalho está em fase final de preparação e será submetido em uma revista científica de alto impacto e relevância internacional. Os anais do evento devem ser publicados em poucos dias", explica o docente.
O trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por intermédio do INCT-Peixes (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Biodiversidade e Uso Sustentável de Peixes Neotropicais), que tem sede na UFSCar.
Além de Francisco Sassi (primeiro autor), o trabalho apresentado conta com a autoria de Foyez Shams, Pesquisador da Universidade de Canberra, na Austrália; Fernando Henrique Santos de Souza, doutorando pelo PPGGEv-UFSCar; Geize Aparecida Deon, doutora pelo PPGGEv-UFSCar; Orlando Moreira Filho, professor sênior do DGE-UFSCar; Tariq Ezaz, professor da Universidade de Canberra, na Austrália; e do próprio orientador do estudo, Marcelo de Bello Cioffi, professor do DGE-UFSCar.
EUA - Já imaginou que em 2050 pode ter mais plástico do que peixe nos oceanos? Essa é a situação prevista caso a quantidade de lixo plástico no mar siga aumentando no ritmo atual.
A produção global de plástico cresce mais do que a de qualquer outro material, e aumentou 4 vezes nos últimos 30 anos. Ela deve dobrar até 2060. O seu descarte, é claro, aumentou no mesmo ritmo e bateu 450 milhões de toneladas por ano.
Quase 40% dos resíduos vão parar em lixões e na natureza. E apenas 9% do plástico descartado no planeta é reciclado.
E o resto? Parte é queimada, outra é enterrada e outra vai parar na natureza, gerando poluentes químicos que contaminam o ar, o solo e a água e produzem gases de efeito estufa ligados à crise climática além de fragmentos minúsculos, os microplásticos, que já foram encontrados no sangue, leite e até cérebro humanos.
O plástico é vítima do seu próprio sucesso. Versátil, durável e barato, é um material derivado do petróleo e que revolucionou a vida moderna.
Está nos carros e aviões, nos hospitais e nas escolas, no seu celular e na sua roupa, e em quase toda a sua casa. Pode reparar!
Metade das embalagens de bens de consumo -do arroz, da água, do xampu, dos produtos de limpeza- são de plástico. E, após o uso, todo esse plástico vai para o lixo porque essas embalagens foram projetadas para o descarte, e não para a reutilização ou reciclagem. É um problema de design e escolha de materiais para o qual algumas empresas estão começando a acordar.
Até porque essas mesmas empresas são hoje responsáveis pela gestão dos resíduos que seus produtos geram em lugares como Europa e Coreia do Sul, e também porque certos produtos plásticos, em especial os chamados de plásticos de uso único, descartados depois de minutos, estão sendo banidos por lei em lugares como Austrália, Índia, Hong Kong, Ruanda e Reino Unido.
O tema entrou na pauta da Organização das Nações Unidas, que prevê para este ano um Tratado Global de Combate à Poluição Plástica, apesar das reticências de países produtores de petróleo.
Esse jogo de forças de gigantes tem como pano de fundo questões técnicas, como as diferentes propriedades e aditivos dos muitos tipos de plástico, o que cria certa confusão sobre o que a gente sequer imagina, mas que tem impacto nas nossas escolhas e práticas do dia a dia.
A primeira é dos ícones de identificação dos diferentes tipos de plásticos, criada pela Sociedade da Indústria Plástica dos Estados Unidos em 1988. São números de 1 a 7 dentro de um triângulo formado por três setas, o símbolo da reciclagem.
Essa escolha foi criticada porque poderia passar a impressão para os consumidores de que aquele material era reciclável e seria reciclado, o que não é verdade, mas muita gente não sabe.
A segunda confusão é quando entra o prefixo "bio". Bioplástico, por exemplo, tem origem diferente dos combustíveis fósseis usados no plástico tradicional, o que é bom, mas se desintegra em microplásticos poluentes igualzinho ao plástico comum.
Já oxibiodegradável, que soa como algo legal, é um plástico de origem fóssil normal com um químico a mais que faz ele virar microplástico mais rápido do que o normal.
Por último, nessa confusão, tem empresa que pratica o chamado "greenwashing", ou seja, que faz alegações falsas sobre práticas sustentáveis.
Quando proibiram o uso de canudos plásticos, por exemplo, surgiram produtos que se diziam biodegradáveis. Mas um teste de sete desses canudos descobriu que nenhum deles era biodegradável de verdade.
Enquanto pesquisas e preocupações avançam, tem gente de olho em novos materiais que possam substituir o plástico (lembra daquele copo de mandioca? tipo isso) ou que possam torná-lo compostável ou biodegradável na prática, e não só no selinho.
POR FOLHAPRESS
PEREIRA BARRETO/SP - Dez banhistas foram atacados por piranhas no rio Tiete, na cidade de Pereira Barreto, no último sábado, 02.
Segundo consta, as pessoas estavam na Prainha Pôr-do-sol, quando foram mordidos pelas piranhas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e socorreu as vítimas ao hospital.
A suspeita de ter ocorrido o ataque é devido um ambiente com baixa disponibilidade de alimento, em total desequilíbrio, uma vez que as ações antrópicas que levam a tais perturbações, assim como as variações do ciclo hidrológico, principalmente na seca dos rios e lagos, onde podem ter baixa disponibilidade de alimento, podem desencadear a ocorrência de eventos como esse.
Rede reúne pesquisadores de diferentes locais para ampliar pesquisas sobre biodiversidade e conservação
SÃO CARLOS/SP - O Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia da Biodiversidade e Uso Sustentável de Peixes Neotropicais (INCT-Peixes), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), iniciou suas atividades em 2023 e reúne pesquisadores nacionais e internacionais de universidades, órgãos públicos, empresas e institutos de pesquisa. O grupo é voltado aos estudos sobre a biodiversidade de peixes neotropicais, em busca de ampliar o conhecimento e o estabelecimento de estratégias que apoiem a conservação, elaboração de políticas públicas e desenvolvimento de tecnologias inovadoras na cadeia produtiva desses peixes.
O Brasil possui a maior quantidade de rios, lagos e aquíferos e abriga quase ¼ dos peixes de água doce do mundo, com mais de 6,2 mil espécies descritas. No entanto, essa biodiversidade ainda é desconhecida. "Descrever essa biodiversidade e estudar sua diversidade genética é fundamental para identificar áreas importantes para conservação e estabelecimento de políticas públicas", descreve Marcelo de Bello Cioffi, docente do Departamento de Genética e Evolução (DGE) da UFSCar e coordenador do INCT-Peixes.
Além disso, as pesquisas nessa área são relevantes também para a aquicultura e podem trazer tecnologias inovadoras que ajudem a impulsionar a cadeia produtiva de peixes nativos com segurança alimentar e alto valor agregado. Outra importância dos peixes é que eles ajudam a monitorar a qualidade da água e isso tem participação direta no desenvolvimento de políticas públicas que remontam à segurança alimentar e ambiental.
De acordo com Cioffi, os projetos de pesquisas do INCT-Peixes visam integrar diferentes áreas do conhecimento com objetivo de desvendar a rica biodiversidade de peixes neotropicais, contribuindo para a sua conservação e uso sustentável.
Além de apoiar a fixação de jovens pesquisadores, o INCT pretende mostrar à sociedade a importância do conhecimento da biodiversidade de peixes e da sua conservação para as gerações futuras. "Almejamos não apenas expandir nosso conhecimento científico, mas também inspirar ações concretas para a preservação dessas espécies e a promoção de um uso sustentável de nossos recursos", reflete o docente. Ao finalizar, Marcelo Cioffi destaca o papel crucial do INCT-Peixes na promoção do conhecimento, na conservação da biodiversidade e na conscientização da sociedade sobre a importância dos peixes para o equilíbrio ambiental. "O Instituto visa ser uma referência na área, contribuindo significativamente para o entendimento e preservação do ecossistema aquático", conclui.
Mais informações sobre o INCT-Peixes podem ser acessadas no site www.inctpeixes.ufscar.br ou no vídeo disponível em https://bit.ly/49n86KC.
RIO NEGRO/AM - Um grupo de pesquisadores inicia nesta terça-feira (20) expedição para buscar no fundo do Rio Negro, no Amazonas, em igarapés e outros ambientes na região, espécies pertencentes à ordem dos Gymnotiformes, conhecidos como peixes-elétricos. Além de identificar novas espécies, os pesquisadores pretendem contribuir para a conscientização e preservação da biodiversidade local.
A expedição é parte do projeto Diversidade e Evolução de Gymnotiformes, que existe desde 2017 e é coordenado por Naercio Menezes, professor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ-USP). Ao longo desses anos, um dos resultados foi a descoberta e descrição de duas espécies de poraquê, em 2019.
“Em uma das coletas efetuadas, um dos nossos pesquisadores descobriu duas espécies novas, uma das quais produz através do órgão elétrico 650 volts, o suficiente para derrubar uma pessoa, vamos dizer assim. Essa descoberta provocou uma repercussão muito grande”, contou Menezes, ao relatar que o feito foi publicado pelo jornal New York Times.
Ele ressalta que o Museu de Zoologia tem uma representatividade muito grande dos peixes de água doce de todo o Brasil e de parte da América do Sul e que o trabalho tem um cunho voltado também para preservação. “A nossa intenção é mostrar a diversidade que existe e a ameaça que paira sobre o desaparecimento de espécies devido à construção de usinas hidrelétricas, queimadas, mineração, destruição da floresta”, disse.
Um dos exemplos que os pesquisadores vão procurar é a espécie Iracema caiana, coletada apenas uma vez em 1968 na região da expedição, além de outros que possam contribuir com estudos em andamento ou até a originar a descrição de novas espécies. Na embarcação, estarão cerca de 20 pessoas, incluindo tripulação e pesquisadores, que vão subir o rio partindo de Manaus até Santa Isabel do Rio Negro, durante a expedição, que deve durar até 2 de março.
Segundo Menezes, a possibilidade de coletar exemplares é muito grande porque a expedição reúne condições propícias como o uso de uma rede que vai arrastando no fundo do rio, uma equipe grande de pesquisadores, além do período específico em que vai acontecer.
“A expectativa é muito grande. Nós vamos tentar coletar numa época propícia porque houve uma seca muito grande na bacia amazônica no ano passado e isso fez com que as águas do Rio Negro e do Rio Branco, onde nós vamos coletar, ficassem empoçadas de tal forma que os peixes – a gente espera – ficaram concentrados em [algumas] áreas”, disse.
Os pesquisadores usarão também estudos moleculares, em que uma amostra de tecido passa por análise de DNA. Isso permite distinguir as espécies de forma mais precisa e auxilia no trabalho morfológico e anatômico.
Peixes-elétricos usam eletricidade produzida para alimentação e para comunicação entre eles - Acervo dos Pesquisadores
Menezes explica que os peixes-elétricos usam a eletricidade que produzem para alimentação e para comunicação entre eles. O projeto Diversidade e Evolução de Gymnotiformes descobriu também que uma das espécies, os poraquês, fazem predação social, que é a captura de presas em grupo.
“No passado, pensava-se que ele se alimentava isoladamente, [mas] eles têm a capacidade de cercar as piabinhas, os peixes pequenos, e vão emitindo choques contínuos. As espécies pulam fora da água e eles abocanham. Este é um comportamento que era desconhecido nos peixes”, destacou.
Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil
HAVANA - Em Cuba, um país assolado por uma crise econômica e pela escassez de bens, até as mais básicas das atividades, como pescar ou plantar, podem rapidamente se tornar um problema.
É por isso que dois jovens empresários cubanos decidiram recorrer à aquaponia para combinar ambos os setores na tentativa de obter maior retorno sobre o investimento e, ao mesmo tempo, reforçar o combalido estoque de alimentos da ilha, disseram eles à Reuters.
A aquaponia é um sistema de aquicultura no qual as águas usadas na criação de peixes são posteriormente utilizadas em plantas cultivadas hidroponicamente -- como o alface --, que purificam a água. O processo junta a aquicultura com a agricultura, de forma eficiente e ambientalmente correta, o que seria perfeito para Cuba, de acordo com Joel López, co-proprietário da JoJo Acuaponics.
“Do peixe à produção de alimentos vegetais, tudo é natural”, disse ele durante visita às instalações, localizadas próximas a Havana e que abrigam tanques com peixes e estufas.
No fim do mês, o resultado inclui a proteína do peixe e os vegetais. Fertilizantes e pesticidas não são utilizados.
Cuba está enfrentando sua pior crise econômica em décadas, com escassez de alimentos, remédios e combustível. A situação fez o governo comunista buscar ajuda de empresários que tivessem ideias criativas.
“Há uma lógica nisso, para que os jovens se tornem empresários e queiram crescer e ser economicamente prósperos”, afirmou José Antonio Martínez, ex-advogado que é co-proprietário da empresa.
Mas os empresários enfrentam um ambiente desafiador na ilha. O embargo imposto pelos Estados Unidos dificulta as transações financeiras, e a economia de Estado, burocrática, só permitiu recentemente que empresas privadas fossem criadas.
“Os sistemas aquapônicos... usam tecnologia cara. No contexto cubano, é muito difícil para nós acessar financiamento”, afirmou Martínez, que recebeu linhas de crédito insuficientes da prefeitura local.
Apesar dos desafios, muitos cubanos veem de forma crescente a operação de negócios privados como uma maneira de superar as dificuldades de uma economia de Estado, em que o salário médio é de menos de 20 dólares por mês.
Reportagem de Alien Fernandez e Mario Fuentes / REUTERS
PIRACICABA/SP - Policiais ambientais apreenderam mais de 200kg de peixes com dois homens que realizava pesca predatória, às margens do Rio Piracicaba, na madrugada de sexta-feira (27). A equipe visualizou os suspeitos em um barco, os policiais esperaram o momento em que os pescadores encostaram no barranco para realizar a abordagem. Um dos suspeitos foi contido e o outro fugiu com a embarcação pelo manancial.
Outro acusado abandonou o barco e teria jogado mais 40 kg de pescado na água e a tarrafa. Ao todo haviam capturado 201,400 kg de pescado conhecido por curimbatá que foi destinado ao zoológico de Piracicaba.
O infrator foi multado em RS 5.028,00 e depois levado ao plantão policial, onde prestou depoimento e liberado em seguida. A embarcação usada pelos suspeitos também foi apreendida.
*Por: Cristiani Azanha / JORNAL DE PIRACICABA
PORTO FERREIRA/SP - Na data de ontem 22/01, Policiais Ambientais da cidade de Santa Rita do Passa Quatro, em atendimento a denúncia que tratava sobre aves nativas em cativeiro e comércio irregular de peixes, em dois locais distintos, sendo uma residência e um estabelecimento comercial, ambos no município de Porto Ferreira.
Pela residência após a conclusão da vistoria foi constatado a presença de 73,1 Kg de pescado nativo, congelados e acondicionados em um freezer no interior da residência, onde não foi apresentada a devida Declaração de Estoque, haja visto a sua necessidade de apresentação em virtude do Período da Piracema, tão pouco a nota fiscal comprovando a sua origem, onde foi aplicada a respectiva multa no valor de R$ 2.160,00 (dois mil cento e sessenta reais), a apreensão do pescado e a devida destinação para Instituição Filantrópica.
Pelo estabelecimento comercial foi constatado a presença de uma ave Silvestre nativa mantida em cativeiro (canário da terra verdadeiro) sem a devida anilha de identificação e autorização do Órgão Ambiental, sendo aplicado devida advertência, apreensão da ave e destinação em local adequado para reabilitação.
Referente ao comércio irregular de peixes, foi constatado a presença de 38,968Kg acondicionados em freezer no interior do estabelecimento, também sem a devida documentação regular de comprovação de origem e a declaração de estoque, sendo aplicado a respectiva multa no valor de R$1.478,36 (mil quatrocentos e setenta e oito reais e trinta e seis centavos), a devida apreensão e posterior destinação para Instituição Filantrópica do Município.
A Polícia Ambiental informou que os peixes apreendidos foram destinados para as instituições filantrópicas Solar Jovens de Ontem e Casa Reamar.
O período de maior reprodução dos peixes se estende até 28 de fevereiro de 2021
SÃO PAULO/SP - O Comando de Policiamento Ambiental (CPAmb) alerta que desde ontem (1) se iniciou a piracema, que é o período mais importante para a reprodução dos peixes. Durante ele, os peixes se deslocam até as nascentes dos rios para desovar. Em razão disto, os policiais militares ambientais realizam operações para coibir, a prática da pesca de peixes nativos, sobretudo, nas Bacias Hidrográficas do Rio Paraná e Atlântico Sudeste, durante este fenômeno da natureza.
Também são proibidos, nos rios que fazem partes destas bacias, a realização de competições como torneios, gincanas ou outro esporte em que haja a captura ou armazenamento de peixes nativos. Além disto, o uso de trapiche ou qualquer outro tipo de plataforma flutuante é vetado. Contudo, a pesca de peixes não nativos é permitida obedecendo algumas restrições.
Declaração de estoque
Os pescadores profissionais, frigoríficos, peixarias, entrepostos, postos de venda, hotéis, restaurantes, bares e similares devem entregar ao IBAMA ou ao órgão estadual competente declaração dos estoques de peixes in natura, resfriados ou congelados, provenientes de águas continentais, no prazo de dois dias úteis a contar deste último domingo (1).
Para mais informações, esclarecimentos ou denúncias consultar a página da Polícia Ambiental do Estado de São Paulo (clicando em cima do Polícia Ambiental) ou acessando o link abaixo:
https://policiamilitar.sp.gov.br/unidades/ambiental/piracema/
Pescado havia sido adquirido irregularmente dentro de área de preservação ambiental
ITANHAÉM/SP - A Polícia Militar Ambiental apreendeu 350 quilos de peixes pescados irregularmente na área de Proteção Ambiental Marinha Litoral Centro, nesta quarta-feira (28). A ação foi realizada próximo a Laje da Conceição, na cidade de Itanhaém.
Os policiais do 3º Batalhão de Polícia Ambiental (BPAmb) realizavam policiamento Ostensivo Náutico pela costeira da Baixada Santista quando flagraram uma embarcação pesqueira em atividade na área de preservação.
Em abordagem localizaram os 350 quilos de peixes, em sua maioria das espécies Pescada e Corvina, além de uma rede com 7 km de extensão. Um dos tripulantes não possuía autorização para pesca profissional, sendo multado pela infração ambiental.
Os alimentos foram apreendidos e doados a instituições beneficentes e fundos sociais dos municípios da região – seguindo os protocolos necessários para a prática – beneficiando dezenas de famílias em situação de vulnerabilidade.
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