BRASÍLIA/DF - A proposta de reformulação do Imposto de Renda, em tramitação na Câmara dos Deputados, não vai aumentar a carga tributária, disse na sexta-feira, 9, o ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro admitiu a possibilidade de ajustes no texto, mas disse que o texto está “na direção correta” e reiterou a defesa da tributação de dividendos (parcela do lucro das empresas distribuída aos sócios e acionistas).
“[A reforma tributária] vai sair bem feita ou não vai sair. Não vai ter esse negócio de aumentar imposto”, declarou Guedes em videoconferência promovida pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O evento homenageou o economista e ex-presidente do Banco Central Carlos Langoni, que morreu de Covid-19 em junho.
Durante o evento, o ministro voltou a defender a reintrodução do Imposto de Renda sobre dividendos. A proposta prevê alíquota de 20% sobre a distribuição desses recursos, com lucros de até R$ 20 mil mensais isentos. Sem entrar em detalhes, o ministro citou pressões contrárias para evitar a tributação dos mais ricos, possibilitada pela medida.
“A renda dos mais ricos, não interessa se vem de salário, de aluguel, de bônus bilionários ou se vem de dividendos. Ela deveria cair no progressivo e ponto final. Nós temos tecnologia para fazer tudo direito, mas você sabe que tudo é mais difícil no mundo real, tem lobby, tem pressão”, afirmou.
Segundo Guedes, o ideal seria que todos os tipos de renda, até os ganhos com dividendos, pagassem as mesmas alíquotas do Imposto de Renda Pessoa Física, que atualmente vão de 7,5% a 27,5%. O ministro, no entanto, disse que esse modelo poderá ser adotado no futuro, mas que não pode ser implementado neste momento.
Petrobras
Além de homenagear o economista Carlos Langoni, Guedes elogiou o ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco. Na avaliação do ministro, Castello Branco fez um “trabalho extraordinário” no comando da estatal, ao vender subsidiárias e comprometer-se com a liberalização dos preços dos combustíveis.
Em fevereiro, Castello Branco foi substituído pelo general Joaquim Luna e Silva na presidência da Petrobras. A destituição, no entanto, só foi aprovada pelos acionistas da estatal em abril.
*Por: VEJA.com
BRASÍLIA/DF - Sob o argumento de estouro de prazo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, extinguiu a comissão especial da Casa que analisava a reforma tributária. Segundo ele, os trabalhos da comissão expiraram há um ano e meio e o encerramento evitaria contestações judiciais no futuro.
A decisão ocorre horas depois de o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) ler o parecer sobre o tema na comissão mista de deputados e senadores, onde está sendo discutido um texto consensual antes da votação nas duas Casas.
Apesar de o relatório ter sido apresentado em outra comissão, a decisão de Lira provocou um impasse na tramitação da reforma tributária. Isso porque o parecer de Ribeiro, que se baseia na Proposta de Emenda à Constituição 45 (PEC 45), apresentada na Câmara em 2019, não será votado na Casa. “Não é conveniente que, após a leitura do relatório, esse texto voltasse para a comissão [especial] que não mais existe”, justificou Lira.
O presidente da Câmara prometeu buscar entendimento com o relator e líderes partidários da Câmara e do Senado para garantir uma saída para o impasse da tramitação da reforma tributária. “Agora, vamos fazer um modelo de tramitação eficiente para que possamos aprovar a reforma tributária possível no prazo mais rápido", disse.
A decisão de Lira ocorre num momento de divergência entre o governo e a comissão mista. A equipe econômica queria uma proposta de reforma tributária fatiada, em que temas específicos fossem votados à medida em que houvesse acordo. Ribeiro apresentou um relatório que propõe a unificação de cinco tributos no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), texto considerado amplo pelo governo.
Apesar de sustar a comissão especial da Câmara, Lira elogiou o trabalho de Aguinaldo Ribeiro na relatoria da reforma tributária. Ele disse acreditar que muitos pontos do parecer serão aproveitados. Ontem (3), Lira havia defendido o fatiamento da reforma para facilitar a tramitação.
Mais cedo, o presidente da comissão mista, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), leu uma nota do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, elogiando o texto de Aguinaldo Ribeiro e os trabalhos do colegiado. “A comissão mista fez um trabalho longo. É razoável e inteligente a oportunidade de concluir o trabalho que se efetiva com a apresentação do parecer do deputado Aguinaldo Ribeiro”, disse Pacheco.
O presidente Roberto Rocha disse que a comissão mista tem um caráter político e “a política é a arte de conciliar o contraditório”. Rocha concedeu vistas coletivas e deu prazo até sexta-feira (7) para envio de sugestões ao relator. Segundo ele, entre 8 e 10 de maio, o relator vai avaliar as sugestões e na próxima terça (11), haverá a apresentação da versão final do texto.
A comissão mista da reforma tributária discute a fusão de duas PECs sobre o tema: a PEC 45/2019, que começou a tramitar na Câmara, e a PEC 110/2019, apresentada no Senado. A principal convergência entre elas é a extinção de tributos federais, estaduais e municipais que incidem sobre bens e serviços.
Além das duas PECs, a comissão especial discute o Projeto de Lei 3887/20. Apresentado pelo Executivo em julho do ano passado, o projeto unifica o Programa de Integração Social e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) na Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS).
* Com informações da Agência Câmara
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
COLÔMBIA - O presidente colombiano, Ivan Duque, disse no início da semana que vai retirar a proposta de reforma tributária de pauta, depois de protestos, muitas vezes violentos, no país e de ampla oposição por parte dos parlamentares.
Na sexta-feira (30), Duque afirmou que a lei seria revisada para remover alguns de seus pontos mais polêmicos - como o nivelamento do imposto sobre vendas de alguns alimentos e de serviços públicos - mas o governo já havia insistido que não o retiraria de pauta.
Os protestos contra a reforma causaram diversas mortes em todo o país.
"Estou pedindo ao Congresso que retire a lei proposta pelo Ministério da Fazenda e elabore urgentemente um novo texto que seja fruto do consenso, a fim de evitar incertezas financeiras", disse o presidente em vídeo.
*Por Julia Symmes Cobb - Repórter da Reuters
ALEMANHA - O Parlamento da Alemanha aprovou na quarta-feira (21) a polêmica reforma de uma lei que reforçará os poderes do governo de Angela Merkel para impor medidas contra a covid-19, em meio a fortes protestos entre a polícia e milhares de manifestantes em Berlim.
A nova lei, que prevê a imposição automática de fortes restrições quando uma região alcançar uma alta incidência de casos, foi adotada graças aos votos dos conservadores e dos social-democratas, aliados em uma coalizão governamental. No total, 342 deputados votaram a favor, 250 contra e 64 optaram pela abstenção.
Enquanto os deputados votavam a reforma, cerca de 8.000 manifestantes protestaram contra a nova lei nas proximidades do edifício do Reichstag, que abriga o Parlamento alemão.
A polícia recorreu ao gás lacrimogêneo para dispersá-los e informou sete prisões, alegando que alguns manifestantes lançaram projéteis contra os policiais.
Os manifestantes não usavam máscaras e também não respeitaram o distanciamento de segurança, e a maioria rejeitou sair de lá, gritando lemas como "Nós somos o povo!", "Basta de confinamento!" e "Defendemos nossas liberdades", observou uma jornalista da AFP.
Depois dessa votação, o texto terá que passar pelo Bundesrat (Conselho Federal, câmara alta) provavelmente na quinta-feira, antes de entrar em vigor.
Para o governo é fundamental tomar o controle da gestão da pandemia, que provocou em um ano mais de 80.000 mortes no país, e que agora está em uma terceira onda que parece não ter chegado ainda ao seu ponto máximo.
O objetivo desta norma é aumentar as competências do chefe de Governo federal nos âmbitos da saúde e da educação.
Concretamente, a lei concede à chanceler o poder de decretar restrições severas até 30 de junho se os casos chegarem a 100 em cada 100.000 habitantes.
A ativação automática deste recurso encerrará as tensões com as regiões, cujos líderes flexibilizam ou até ignoram as medidas estritas decretadas pela chanceler Angela Merkel.
A questão não é simples em um país que aprecia seu sistema federal, instaurado após o nazismo. Por exemplo, a implantação dos toques de recolher noturnos reacende as lembranças ruins no território da ex-RDA comunista.
Contra as críticas, o governo flexibilizou seu projeto inicial de proibir as saídas entre 21h e 5h e propôs um toque de recolher menos severo, por exemplo para as saídas para praticar esportes até meia-noite, e mais rígido entre meia-noite e 5h, exceto por motivos de trabalho, segundo um projeto modificado consultado pela AFP.
Nesta quarta-feira, a taxa de incidência diminuiu levemente, até 160,1 de média, com cerca de 23.000 novos casos. O aumento diário de casos variou nos últimos dias, entre 10.000 e quase 30.000.
*Por: AFP
COLÔMBIA - O governo da Colômbia apresentou ao Congresso nesta quinta-feira uma reforma tributária polêmica, que busca financiar a crise econômica gerada pela pandemia. O projeto, no entanto, enfrentará obstáculos em um Legislativo sem maioria governista.
Embora tenha sido apresentada como uma ferramenta para mitigar a pobreza em meio à emergência sanitária, a iniciativa esbarra na rejeição de sindicatos e especialistas, que denunciam o prejuízo à classe média. O ministro da Fazenda, Alberto Carrasquilla, defendeu a necessidade de "ir ampliando gradativamente a base de contribuintes" do país.
Segundo o texto divulgado, a iniciativa aumenta o IVA de 5% a 19% para a gasolina, e aplica a mesma taxa aos serviços básicos em regiões de classe média alta. Também taxará pela primeira vez com imposto sobre a renda as pessoas que receberem mais de 656 dólares por mês, uma medida criticada pelos sindicatos, em um país onde o salário mínimo é de 248 dólares.
A reforma cria ainda um imposto temporário sobre a riqueza para os altos salários, e prorroga os auxílios mensais aos lares mais pobres, que irão oscilar entre 22 e 100 dólares, segundo o tamanho da família.
"É certo que algumas pessoas irão pagar um pouco mais, mas também é certo que estamos ajudando solidariamente a reduzir a incidência de pobreza e extrema pobreza", que afetam 36% e 10% dos colombianos, respectivamente, justificou Carrasquilla.
Um total de 74% da arrecadação virá de pessoas físicas e 3,7 trilhões de pesos, de empresas. A oposição e sindicatos anunciaram mobilizações para o próximo dia 28.
A iniciativa terá um caminho difícil no Congresso, onde o governo não conta com maioria clara e enfrenta a reticência de seus aliados, a um ano das eleições presidenciais. O projeto deve ser aprovado pelo Legislativo antes de 20 de junho.
A economia colombiana teve contração de 6,8% em 2020 em relação a 2019, o pior desempenho em quase meio século. Após um ano de pandemia, cerca de metade da população trabalha na informalidade.
O FMI prevê que o PIB do país crescerá 5,1% este ano, mas os novos fechamentos, decretados para conter a terceira onda da pandemia, e o avanço lento da imunização podem reduzir essa previsão.
*Por: AFP
Três escolas da cidade estão com novos reservatórios metálicos. Várias unidades escolares receberam pintura completa e reparos, como a troca e instalação de toldos
IBATÉ/SP - A Prefeitura de Ibaté, por meio da Secretaria Municipal de Obras, realizou o trabalho de substituição dos reservatórios metálicos das Escolas Municipais Vera Helena Trinta Pulcinelli, no bairro Jardim Icaraí e Jovina de Paula Pessente, no Jardim Mariana, além da recuperação do reservatório da EM Júlio Benedicto Mendes, no Centro de Ibaté.
Segundo o Secretário Municipal de Obras, Daniel Luis Antonio Cardoso, as substituições foram necessárias em razão da deterioração natural das caixas-d'água.
"Os dois reservatórios que foram trocados têm a capacidade para 11 mil litros de água cada e são do modelo taça coluna cheia. Já o reservatório da escola Júlio Mendes tem capacidade para 34 mil litros e só precisou de uma reforma e pintura interna e externa feitas no próprio local", explicou.
Como parte do trabalho contínuo de manutenção predial, desde o final de 2020 a Prefeitura de Ibaté está preparando as escolas e creches municipais para a retomada das atividades presenciais, com reparos, como a troca e instalação de toldos, e com a pintura completa das escolas em paredes, tetos, pisos, gradis, esquadrias, muros, portas, mourões, parquinhos e quadras esportivas.
O trabalho de pintura foi feito na Escola Brasilina Teixeira Ianoni, no Jardim Cruzado, e em outras cinco unidades escolares municipais de Ibaté: EMs Ermínia Morganti e Profª. Solange Ap. Rodrigues, no Conjunto Habitacional Nello Morganti (Popular); Ruth Zavaglia Gomes, no Jardim Nossa Senhora Aparecida; Profª. Alice Rossito Cervoni, no Jardim Encanto do Planalto e na EM Bruna Espósito, no Centro. "Também nas Escolas Ruth Zavaglia Gomes e Augusta Donatoni Valério fizemos a substituição dos toldos e nas escolas Profª. Maria Luiza Batistela Danieli e Edith Ap. Benini da Silva instalamos novos toldos para acesso dos alunos e professores. A quadra de esportes da escola Antonio Deval foi reformada e nos próximos dias já deve ser concluída a fase de pintura e marcações", acrescentou o Secretário de Obras.
A rede municipal de ensino de Ibaté conta hoje com 14 unidades escolares e a Prefeitura está construindo uma nova creche no Conjunto Habitacional Antônio Moreira (CDHU), com um total de 1.014 m2 de área construída em um terreno de 3.857 m2.
MUNDO - Agricultores indianos rejeitaram na sexta-feira, 22, uma oferta do governo para o adiamento de três leis de reformas agrícolas no país por um ano e meio, alertando que intensificarão os protestos à medida que buscam a revogação das reformas e uma garantia de preços mínimos para as safras.
Líderes agrícolas disseram que centenas de milhares de produtores de Estados vizinhos, incluindo Haryana, Punjab e Uttar Pradesh, vão dirigir tratores por Nova Délhi em 26 de janeiro, feriado nacional do Dia da República, quando o primeiro-ministro Narendra Modi participará de um desfile de forças militares.
Embora alguns ex-funcionários do governo tenham expressado preocupação com a possibilidade de que os protestos se tornem violentos, os líderes disseram que permanecerão pacíficos e pediram para que a polícia conceda permissão para o comboio entrar na capital.
A 11ª rodada de negociações entre autoridades do governo --lideradas pelo ministro da Agricultura, Narendra Singh Tomar-- e 40 líderes agrícolas, que aconteceu nesta sexta-feira, foi inconclusiva. Os produtores mantiveram suas demandas, enquanto o governo pedia a eles que considerassem uma oferta para debater sobre preocupações após o adiamento das leis.
"Há uma espécie de impasse, já que o governo repetiu sua oferta de adiar as leis, o que não é aceitável", disse Darshan Pal, um dos líderes agrícolas, em fala a repórteres após a reunião.
O governo de Modi afirma que as leis, introduzidas em setembro, vão libertar os agricultores da obrigação de vender seus produtos apenas em mercados atacadistas regulamentados. Os fazendeiros, porém, dizem que as reformas visam beneficiar compradores privados.
Tomar afirmou que o governo está comprometido com as reformas.
(Reportagem adicional de Mayank Bhardwaj)
*Por Nigam Prusty e Manoj Kumar / REUTERS
Câmara também aproveitou a extraordinária para extinguir 4 cargos no
ANDRADINA/SP - A Câmara de Vereadores de Andradina aprovou em uma sessão extraordinária, quatro projetos do Executivo e um projeto do legislativo na tarde desta sexta-feira (8).
O principal projeto promoveu a extinção de 11 secretarias municipais e o corte de quase 80 cargos de confiança na prefeitura de Andradina. Essa é a concretização de um dos compromissos de campanha do prefeito Mário Celso Lopes (PSDB), que tem demonstrado agilidade em cumprir suas metas de mudanças no modo de lidar com a “coisa pública”.
Todos os projetos apresentados foram aprovados por unanimidade e com emendas. “Eu me senti na responsabilidade de promover algumas correções que achei viável nos projetos. Isso tudo após consultas junto ao executivo”, afirmou o vereador Guilherme Pugliese (PSDB), autor da maioria das emendas.
Quebrando um tabu de 15 anos, o prefeito Mário Celso Lopes esteve presente a uma sessão oficial da câmara. “Eu acho que o Executivo e o Legislativo tem que trabalhar juntos. Acompanhar a votação eu acho que é um dever cívico meu. E a resposta da Câmara se refletiu na votação.
Temos que estar juntos, esse é o meu espírito. Eu acho que foi um dia ótimo, aceleramos, e começamos o ano muito bem”, afirmou Mário Celso.
O prefeito foi acompanhado pelo secretário da Fazenda, Planejamento, Controladoria, Gestão Fiscal e Transparência, Norival Nunes, do secretário de Administração, Segurança, Defesa Social e Gestão de Pessoas, Edgar Dourado de Matos e do ex-vereador Ernesto Junior.
Câmara também reduziu cargos
Um projeto em nome dos vereadores da Câmara também promoveu cortes no quadro de assessoria no Legislativo andradinense.
O projeto de autoria da Mesa Diretora da Câmara, extinguiu 2 cargos de Assessor Parlamentar 2, um cargo de Secretário de Negócios Jurídicos, e um cargo de Chefe de Serviços e Arquivos. Com essa redução, os vereadores criaram um cargo de Assessor Especial da Mesa Diretora.
“Motivamos pela iniciativa de Mário, também analisamos a viabilidade de cortes em nosso quadro. Extinguimos 4 cargos e criamos um mais adequado as necessidades do bom funcionamento do Legislativo”, explicou o presidente da Câmara Helton Rodrigo Prando (PRTB).
Outros Projetos
Além da redução no quadro do Executivo, a Câmara aprovou extinção de 4 cargos na Arsae (Agência Reguladora de Água e Esgoto de Andradina); adequações na Lei do Nepotismo, atualizando a lei municipal as mudanças ocorridas nas esferas governamentais desde a sua criação, e também o projeto que cria o Diário Oficial Eletrônico do Município, outra saída anunciada anteriormente por ele, que tem o objetivo de economizar o dinheiro dos cofres públicos.
Para o prefeito eleito a população de Andradina pede a reforma, por menos gastos com comissionados
ANDRADINA/SP - O governo de Mário Celso Lopes, prefeito empossado de Andradina, não vai perder um segundo. Depois de tomar posse a zero hora do dia 1º de Janeiro, o prefeito já vai encaminhar o um projeto de reforma administrativa para a Câmara na segunda-feira (4), primeiro dia de expediente do novo mandato.
A reforma administrativa vai representar o fim de 11 secretarias municipais e a extinção de aproximadamente 80 cargos na assessoria da Prefeitura Municipal de Andradina. Mário Celso espera que o presidente eleito da Câmara Municipal de Andradina, Helton Rodrigo Prando convoque uma sessão extraordinária o quanto antes para votar a reforma, que será encaminhada em regime de urgência urgentíssima.
“A reforma é um desejo da população que abraçou a ideia da nossa proposta de campanha e vai representar milhões em economia aos cofres públicos de Andradina já no primeiro ano de mandato. Não creio que os vereadores deverão se opor a ela”, explicou o prefeito.
Uma reunião com os 15 vereadores eleitos para o mandato 2021~2024, foi convocada para a tarde de segunda-feira. O objetivo da reunião é mostrar a economia que será gerada com a reforma e também a nova estrutura administrativa proposta por Mário Celso.
Sem medo de mexer na estrutura administrativa da Prefeitura, Mário Celso afirmou que as mudanças vão promover economias não só na folha de pagamento mas também nos custos operacionais, por exemplo como aluguel de prédios que hoje servem para instalar as secretarias. “Estamos promovendo um estudo profundo nas contas da prefeitura já há algum tempo e descobrimos gastos astronômicos com alugueis de prédios e isso vai mudar, e rápido”, disse.
BRASÍLIA/DF - Os representantes de universidades privadas preencheram mais da metade da agenda de encontros com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, com dirigentes do ensino superior aos longos dos 4 primeiros meses dele à frente do cargo.
Sua gestão começou em 16 de julho – mas ele ficou afastado quase 10 dias para tratar-se de covid-19– e até 25 de novembro, foram 32 encontros com emissários de empresas de ensino particular e 25 com representantes de universidades públicas. Onze das reuniões envolviam faculdades ligadas a instituições religiosas. Ribeiro é pastor.
Dos 3 ministros que passaram no Ministério da Educação na gestão de Jair Bolsonaro (sem partido), ele é o único que se encontrou com mais representantes de instituições de ensino superior privadas do que públicas. A comparação foi feita com os 4 primeiros meses de gestão de cada ministro.
O aumento de dirigentes de entidades particulares não foi à toa. A pandemia e as propostas de reforma tributária do governo preocupam as entidades, que passaram a se movimentar nos bastidores. O principal destino foi o MEC. Além da pasta, o Ministério da Economia, a Presidência da República e parlamentares também estão sendo procurados.
Pautas
Os dirigentes de entidades públicas são contra a reforma tributária. Se aprovada, eles relatam que aumentará a tributação do ensino superior para até 12% por causa da CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços), que deve ser a substituta dos atuais Pis e Cofins. Atualmente pagam, em média, 3,75%.
Segundo o diretor-executivo da Abmes (Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior), Sólon Caldas, essa mudança, caso seja aplicada, irá tornar as mensalidades mais caras.
Outro ponto é o Prouni. A reforma altera a base de cálculo e retira 2 impostos. Atualmente, contam IR, Contribuição Social, PIS e Cofins. Ficarão apenas os 2 primeiros, já que os outros foram unificados e não foram incluídos no cálculo do programa. O temor é que, somado à crise financeira que atingiu o país, o número de alunos caia. A isso, também há a expectativa de perda de alunos, decorrente de eventual aumento nas mensalidades.
Os representantes também pedem a criação do Fies emergencial. Em 2014, foram 730 mil estudantes. Em 2020, apenas 40.000. Com a crise, entidades temem fechar as portas.
Também teve destaque nas reuniões com o ministro o tema das aulas remotas. A portaria 544, que permitiu a modalidade, vence em 31 de dezembro junto ao decreto da calamidade. Foi prorrogada. Mas os reitores pedem mais clareza sobre o processo. Na captação de alunos, relatam, faculdades se dizem rendidas ao não ter como responder sobre como será o procedimento em 2021.
Faculdades e universidades interessadas em abrir as portas ou ampliar cursos têm ido com parlamentares ao encontro de Milton Ribeiro. Em 11 de novembro, Pastor Eurico (Patriotas-PE) encontrou o ministro com pessoas que pretendem abrir uma faculdade.
Por último, pedem que a educação seja transforma numa atividade essencial atividade essencial para poderem continuar funcionando.
“Por que levamos para o MEC? Porque precisamos do apoio dele para convencer o governo que essa reforma tributária é péssima para o setor, que desonera o governo em R$ 225 bilhões”, diz Sólon Caldas, que esteve com o ministro em 28 de agosto.
INSTITUIÇÕES RELIGIOSAS
Foram basicamente 2 motivos que levaram ao aumento dos encontros com representantes. A origem de pastor do ministro e o fato de que aquelas que, além de confessionais, são filantrópicas, terão aumento na tributação com a reforma tributária. Hoje, as filantrópicas não pagam PIS e Cofins.
“Com a reforma, terão de pagar 12%”, diz Sólon Caldas.
Para o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, Milton Ribeiro tem comportamento corporativo ao dedicar 20% da sua agenda de encontros a universidades confessionais.
“Acho que é corporativismo de receber a sua turma. Você não é ministro para continuar seu doutorado”, disse ao referir-se à tese de Ribeiro, que aborda o calvinismo na educação brasileira.
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
Por outro lado, o presidente do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), Jadir Pela, disse que não tem conseguido agenda com o ministro. Entre as pautas estaria entender o plano do governo sobre a educação profissional, Orçamento e nomeação de reitores.
Jadir explicou que quando o ministro assumiu houve uma reunião virtual. Naquele momento, foi solicitada uma agenda presencial, mas ainda não obteve retorno.
“Falou na conversa inicial que seria o ministro do diálogo, mas isso não tem acontecido. A impressão é de que as instituições públicas não são prioridade. Estamos jogados à própria sorte”, disse.
O ex-ministro Ricardo Vélez Rodriguez, que teve a maior parte das suas agendas com representantes do ensino privado, contou ao Poder360 que tinha como meta alterar a forma como os reitores são escolhidos nas instituições públicas. Atualmente, a escolha é resultado de uma lista tríplice de funcionários da entidade. Ele queria adotar modelo semelhante ao do ITA, que faz chamada pública para o cargo.
“Procurei os reitores e parlamentares. Foram bastante receptivos. Minha ideia era que as universidades públicas fizessem parte e melhorassem os locais onde estão instaladas. Houve simpatia. Mas pelo jeito o processo parou“, contou ao Poder360.
O MEC foi procurado com mais de 24 horas de antecedência à publicação destas informações para dizer o que a pasta pretende fazer a respeito dos pedidos das entidades privadas. O Poder360 não recebeu resposta.
*Por: Guilherme Waltenberg / PODER360
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