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Apenas na grande Santa Felícia, foram identificados 150 vazamentos em duas semanas

 

SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), dentro da proposta de usar novas tecnologias, aposta na atividade do Geofone, equipamento eletrônico que ajuda com mais precisão a detectar vazamentos de água. Para isso, licitou e contratou a empresa Ercon Engenharia de São Paulo, para reforçar esse trabalho que a autarquia também desenvolve, mas que, sozinha, não tem condições de atender a cidade inteira.
O procedimento é simples: a cada 50 cm é feita uma escuta com o geofone eletrônico, até identificar o local onde o ruído é maior, sinalizando o lugar exato do vazamento. A grande vantagem é que esse equipamento revela um vazamento não aparente, superficial (e subterrâneo) o que permite que ele seja estancado antes de tornar-se um problema maior. É, portanto, uma atividade preventiva que diminui bastante a ocorrência de futuras e maiores perdas para o SAAE.
Lauriberto Corcci (Mola), gerente de Obras e Saneamento do SAAE, revela que em duas semanas de utilização dessa tecnologia, pela empresa Ercon Engenharia, apenas na região da grande Santa Felícia já foram encontrados cerca de 150 vazamentos não visíveis e 10 visíveis. “Vale lembrar que o SAAE também executa esse serviço de geofone na cidade há algum tempo. Mas como são 117 mil ligações, somente a equipe de funcionários da autarquia não consegue realizar todo o trabalho. Por isso, houve a necessidade de licitar e contratar uma empresa especializada para ajudar no serviço, com mais rapidez e resolutividade”.
O presidente do SAAE, engenheiro Mariel Olmo, acredita que esse esforço conjunto, da empresa contratada e da própria autarquia, vai permitir que os vazamentos sejam descobertos em fase inicial ou ainda de tamanho bem reduzido, e que isso representará uma diminuição de prejuízo e desperdício consideráveis. “Toda tecnologia que vem para agregar valor na qualidade de serviço, e sobretudo economia, óbvio, é sempre muito bem-vinda. Porque, afinal, o que buscamos é isso: eficiência no diagnóstico do problema e rapidez na solução. É muito caro captar, armazenar, tratar e distribuir a água. Qualquer ajuste que elimine problemas nessas etapas é um ganho para o SAAE, para a cidade e, principalmente, claro, para a população”.

ERCON ENGENHARIA -  A Ercon Engenharia executa desde 1988 serviços de pesquisa e detecção de vazamentos em tubulações metálicas e não metálicas, evoluindo desde o uso do geofone mecânico até os sofisticados correlacionadores de ruído, disponíveis atualmente. A metodologia de trabalho adotada atualmente segue os padrões determinados pela ABENDE- Associação Brasileira de Ensaios não Destrutivos, consistindo basicamente em varredura inicial nas partes acessíveis da rede, como cavaletes, hidrômetros e registros de passeio, para localizar possíveis vazamentos, prosseguindo com a pesquisa através de geofones mecânicos e eletrônicos, correlacionadores de ruídos, sondas de percussão, manômetros e rodas de medição. Ao término dos trabalhos, é sempre fornecido relatório impresso e uma cópia em CD, com fichas individuais dos vazamentos, bem como informações sobre outras irregularidades encontradas.

Acordo da ONU prevê aumento da área protegida em alto-mar de 1 para 30%

 

SÃO CARLOS/SP - No último dia 4 de março, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), foi assinado um acordo histórico de proteção da biodiversidade do oceano. Mais de 190 países participaram da negociação e o documento ainda passará por revisão de juristas, mas já determina que 30% do oceano seja área protegida até 2030 - atualmente é só 1,2%. Além disso, o tratado prevê a criação de novo órgão para gerenciar a conservação da vida no oceano e apresenta regras básicas para avaliar o impacto ambiental de atividades comerciais no mar, como a pesca e o turismo.
O acordo também indica a criação de um fundo especial para financiar a investigação científica internacional em alto-mar, incluindo os países em desenvolvimento. Para Hugo Sarmento, docente do Departamento de Hidrobiologia (DHb) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), que coordena o Laboratório de Biodiversidade e Processos Microbianos da Instituição, a assinatura do tratado é importante, principalmente após décadas de debates e por representar um passo fundamental na proteção de águas internacionais, que vão além das 200 milhas (cerca de 370 km) da costa. "O oceano é o maior ecossistema do Planeta, responsável pela produção de metade do oxigênio na atmosfera, e até então, não havia regulação", destaca o docente.
O último grande acordo global deste tipo foi assinado há 40 anos e determinava quais eram as áreas de alto-mar. Nessas regiões, os países têm o direito de pescar, navegar e fazer pesquisas, mas apenas 1,2% dessas áreas são protegidas. Além de aumentar a extensão dessa área para 30%, o novo tratado cria um controle rígido para proteção da vida marinha, com foco na conservação.
Outro destaque importante do novo acordo é que foi possível legislar a gestão dos recursos do mar, tais como mineração, pesca e recursos genéticos, como sequências de DNA do mar que podem gerar grandes lucros na área de biotecnologia. De acordo com Hugo Sarmento, os países mais ricos têm capacidade de coletar amostras do mar e sequenciar o DNA e, até agora, isso poderia ser feito por empresas desses países que ficariam com todo o lucro, mesmo com recursos vindos de regiões do oceano fora de seus territórios - alto-mar. Com o novo acordo, a luta dos países do Sul - como o Brasil que, inclusive, tem uma das legislações mais avançadas do mundo sobre o tema - foi endossada e o documento definiu a criação de um fundo que receberá recursos das empresas que obtiverem lucro a partir de recursos genéticos do mar. "Enfim, o tratado entende que os recursos das regiões em alto-mar pertencem à humanidade, e a criação desse fundo reforça isso. A partir dele, os recursos serão destinados a desenvolver essa capacidade de pesquisa também nas nações do Sul, e ampliar as colaborações transnacionais na pesquisa e conservação. Foi uma importante vitória", celebra o docente da UFSCar, que atuou na cooperação técnica e assessoramento científico, contatado pelo Itamarati, atuante nas negociações do Tratado.
De acordo com Sarmento, o Brasil tem uma das legislações mais avançadas no mundo na área de biopirataria, com um sistema informatizado em que todo pesquisador, ao acessar um recurso genético, precisa cadastrar uma série de informações para um controle mais rigoroso. Diante dessa expertise, o Brasil teve uma participação essencial nas negociações para assinatura do novo acordo, representando a América Latina e a Central, um bloco grande que tem duas faces do oceano - Atlântico e Pacífico. "O mundo da pesquisa pode também fazer chegar a sua voz às discussões através da Fundação Tara Oceans, que faz pesquisas sobre plâncton no oceano, que tem assento na ONU como observador", complementa o professor.
"Proteger a biodiversidade marinha é importante. O oceano é grande, nos dá muitas coisas, mas está ameaçado por uma série de questões. Os recursos do oceano são da humanidade e o acordo reconhece isso. Temos muitos problemas em terra e a expectativa é que muitas soluções venham do mar, em medicamentos e produtos biotecnológicos, por exemplo. São benefícios para a humanidade e devem ser distribuídos de forma justa para todos os seres humanos. Uma vitória conseguir isso", celebra Hugo Sarmento, destacando a importância da assinatura do Tratado em data próxima ao Dia Mundial da Água, comemorado no próximo dia 22 de março.

URUGUAI - A preocupação aumenta a cada dia no Uruguai devido à forte seca, que destrói plantações e drena reservatórios de água destinados às cidades.

A represa Canelón Grande, localizada a 61 km de Montevidéu, no departamento de Canelones, secou a ponto de aparecerem rachaduras na terra antes coberta de água.

O reservatório foi pensado originalmente para a irrigação, e também era usado para abastecer uma das principais infraestruturas de distribuição de água potável do país, conhecida como Águas Corrientes, que atende à capital, Montevidéu, e à sua região metropolitana.

O Uruguai, país de quase 3,5 milhões de habitantes, tem mais da metade de sua população concentrada nessa área urbana e suburbana. O vice-secretário-geral da agência estatal de águas (OSE), Juan Martín Jorge, explicou à AFP que, em termos de água potável, o país vive "uma situação crítica, mas controlada", graças ao uso de reservatórios alternativos e caminhões-pipa, que solucionam a escassez em todo o país.

O Uruguai tem a possibilidade, inclusive, de recorrer à água do Rio da Prata e torná-la potável. "Não está previsto um corte d'água", enfatizou Jorge.

Desde o começo de fevereiro, no entanto, o governo proibiu o uso de água potável para fins não prioritários, como regar jardins ornamentais ou lavar veículos.

No setor agropecuário, a situação é de extrema gravidade. É "o maior prejuízo da agropecuária e da economia nacional nos últimos 30 anos", ressaltou o ministro da Pecuária, Agricultura e Pesca, Fernando Mattos, citado ontem pelo jornal "El Observador".

No Uruguai, um país da agropecuária por excelência, muitas plantações que costumam ser usadas para obter grãos não vingaram e estavam sendo consumidas pelo gado ou, no melhor dos casos, armazenadas em silos como alimento, antes de um inverno que se anuncia difícil, devido à escassez de pastagens.

 

 

AFP

SÃO CARLOS/SP - O  Serviço Autônomo de Água e Esgoto de São Carlos – SAAE, começou essa quarta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, com uma atividade diferente na rotina do dia a dia: logo cedo, às 7h30, serviu um café da manhã para as servidoras, distribuiu flores e, simbolicamente, prestou homenagem a algumas funcionárias em função de suas particularidades.
Entre as homenageadas, as que têm mais tempo de serviços prestados, como Aparecida Donizete Conti e Marilda Taconelli Migliato, com mais de 30 anos de SAAE, e Eulália Fernandes Alonso, com 52 anos de autarquia. Valdirene Rodrigues Francisco, única mulher encanadora do SAAE, também foi lembrada. "Há 13 anos eu exerço essa função na rua e, até hoje, algumas pessoas estranham quando veem uma mulher encanadora. Eu gosto, é um trabalho interessante, a gente conversa bastante com os usuários, resolve os problemas, que é o mais importante. E graças a Deus tenho muito elogios”, comemora Valdirene.
O presidente do SAAE, Mariel Olmo, disse que a iniciativa foi uma forma de resgatar e prestigiar as atividades que as servidoras desempenham nas mais variadas funções. “Em qualquer ambiente de trabalho, a presença das mulheres garante um dinamismo e uma energia fundamentais para o conjunto das ações. A sensibilidade ímpar delas faz toda a diferença. Portanto, em nome das homenageadas, estendo os parabéns e o mais sincero obrigado a todas as demais servidoras públicas".
No total, o SAAE tem 447 funcionários e 107 são mulheres. Ajudaram na organização do evento para o Dia das Mulheres, Elisângela de Azara Negrão, Aparecida Carolina Miranda dos Santos, Assistente Social, e Talita Fernanda de Oliveira, do departamento de RH.

UCRÂNIA - Amostras de solo mostram altas concentrações de metais pesados cancerígenos e fundo do Mar Negro está repleto de explosivos. Acredita-se que essas substanciâncias nocivas podem chegar ao homem por alimentos e pela água. A dada altura, espera-se que a guerra na Ucrânia termine e, com ela, as explosões mortíferas de mísseis e bombas. No entanto, mesmo depois do término, as armas de guerra não terão esgotado o seu potencial destrutivo.

Isso porque os cartuchos, as minas e outros projéteis explosivos destroem edifícios e libertam amianto. Atingem refinarias e, assim, petróleo e produtos químicos infiltram-se no solo e em corpos de água. Mas não apenas isso: as próprias munições estão cheias de produtos químicos tóxicos. E elas vão permanecer por muito tempo no ambiente.

De acordo com a agência de notícias Reuters, pelo menos 10,5 milhões de hectares de terras agrícolas na Ucrânia estão contaminados com produtos químicos. Uma vez na água ou no solo, mais cedo ou mais tarde, esses produtos nocivos chegam ao homem através de plantas, animais ou da água potável. É o que afirmam os toxicólogos.

 

Munições contêm metais pesados

Em muitos lugares, ainda existem poucos dados sobre como as substâncias se comportam no solo e qual a sua influência na saúde humana.

"Só agora estamos começando a olhar para as munições no mar", explica o professor Edmund Maser, diretor do Instituto de Toxicologia do Hospital Universitário de Kiel, no norte da Alemanha.

Apesar de ainda existirem muitas perguntas sem resposta, estas investigações já permitem concluir que esses produtos químicos prejudicam os seres vivos.

Só nas partes alemãs do fundo do mar, mais precisamente dos mares do Norte e Báltico, 1,6 milhões de toneladas de munições de guerra estão enferrujando, diz Maser. A decomposição liberta um coquetel tóxico na água que põe em perigo o ecossistema marinho e acaba indo para os pratos daqueles que comem peixe e frutos do mar.

As substâncias mais perigosas nas munições são principalmente os explosivos e metais pesados. Entre os explosivos está o TNT (Trinitrotolueno), que pertence ao grupo dos nitroaromáticos. "Sabemos através de estudos de alimentação com ratos e ratazanas que o TNT é muito tóxico", explica Maser.

"O TNT afeta a reprodução, o crescimento e o desenvolvimento dos animais marinhos", destaca. "Também sabemos por estudos com animais que o TNT e outros explosivos são cancerígenos".

 

Problemas de desenvolvimento e aborto

Isto também se aplica a alguns metais pesados, como arsênico e cádmio, que também são cancerígenos. "Metais pesados como o mercúrio são encontrados principalmente em detonadores, na forma de fulminato de mercúrio, para fazer um explosivo como o TNT explodir mais rapidamente", explica Maser.

O mercúrio é do grupo dos metais pesados e causa danos às células nervosas. "Ele também pode causar deformidades em crianças por nascer", ressalta Maser, acrescentando que o chumbo pode ter um efeito semelhante e levar a desordens de desenvolvimento e abortos.

Kateryna Smirnova, do Instituto Sokolovskyi de Ciência do Solo e Agroquímica da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia, uma das principais instituições científicas dessa área no país, diz que amostras de solo da região de Kharkiv já mostraram concentrações elevadas de metais pesados cancerígenos, como chumbo e cádmio.

A colega de Smirnova, Oksana Naidyonova, microbiologista do Instituto Sokolovskyi, explica que os metais pesados afetam negativamente a atividade das bactérias no solo. "Eles inibem o desenvolvimento das plantas e o fornecimento de micronutrientes, o que contribui para distúrbios fisiológicos e reduz sua resistência às doenças".

Entretanto, os produtos químicos não permanecem necessariamente somente no solo. O TNT, por exemplo, pode ser levado pelo vento e se espalhar, explica Maser.

Já as substâncias mais profundas no solo podem ser levadas pelas chuvas e ir parar as águas superficiais, acabando por contaminar riachos, rios e lagos, destaca o toxicologista.

Através de suas pesquisas nos mares do Norte e Báltico, Maser suspeita que as substâncias químicas se acumulam ao longo da cadeia alimentar. "Estamos preocupados que os seres humanos estejam em risco como consumidores finais se comerem tais peixes contaminados".

Ou a chuva pode escoar e se infiltrar em lençóis freáticos, colocando também agua potável em risco. Além disso, a água com mercúrio e similares infiltrada pode se espalhar pelo solo ser absorvida pelas plantas. Desta forma, poderia acabar no corpo humano através do consumo de plantas e cereais.

 

Terra contaminada para sempre?

Maser calcula que, após a guerra na Ucrânia, o Mar Negro provavelmente estará em um estado semelhante ao Mar do Norte e Báltico: cheio de munições tóxicas que são facilmente esquecidas.

O toxicologista e sua equipe estão procurando soluções para remover o TNT do mar. "Temos esperança de que as bactérias possam fazer isso". Entretanto, os pesquisadores ainda não encontraram uma que possa ser usada sistematicamente.

Maser explica que seria possível tentar remover as camadas superiores do solo para extrair os metais pesados e o TNT usando vários métodos para tornar o solo um pouco mais utilizável. Entretanto, tais medidas são caras e demoradas.

De acordo com estimativas do Instituto Sokolovskyi, os danos e perdas ao fundo agrário e aos solos da Ucrânia totalizam mais de 15 bilhões de dólares. Mas podem ser maiores.

No caso de metais pesados, "eliminação" significa apenas armazenar as substâncias perigosas em um local considerado mais seguro. Porque, como diz o toxicologista Maser, o metal pesado continua sendo um metal pesado. "Você não pode se livrar dele".

 

 

ISTOÉ Independente.

HONDURAS - No areal da costa, a destruição das casas se destaca, como se atingidas por um terremoto. Elas foram arrasadas, sem piedade, pelo oceano Pacífico no sul de Honduras, à medida que o nível do mar foi-se elevando, por causa do aquecimento global, como afirmam os moradores locais.

Como um tsunami lento e constante, as ondas vão devastando propriedades em terra firme, em Cedeño e em meia dúzia de aldeias de pescadores no Golfo de Fonseca, compartilhado por Honduras, El Salvador e Nicarágua.

“O mar está avançando”, lamenta Telma Yadira Flores, uma dona de casa de 40 anos que perdeu sua casa de concreto no ano passado e agora vive em uma casa de madeira em ruínas que tem a areia da praia como piso da cozinha.

Diante do perigo crescente, Telma, que mora com o filho e a nora, teme que a situação se repita.

“Se o mar voltar, temos que ir embora e ver para onde vamos”, desabafou.

Com cerca de 7.000 habitantes, “Cedeño pode desaparecer completamente em 100 anos”, adverte um relatório do organismo não-governamental Comitê de Defesa e Desenvolvimento da Flora e da Fauna do Golfo de Fonseca (Coddeffagolf).

Os ambientalistas consideram o Golfo, um paraíso de esplêndidos pores-do-sol, como a “zona zero”, ou de maior impacto da mudança climática em Honduras.

Recentemente, o secretário-geral da ONU, António Guterres, advertiu para o risco de um êxodo “de proporções bíblicas”, devido ao aumento do nível do mar provocado pelo aquecimento global e que “países inteiros podem desaparecer para sempre”.

 

– O mar come terra firme –

As fortes ondas derrubaram parte da barreira natural dos coqueiros, destruíram muros, casas, um laboratório marinho, mansões de ricos e famosos e negócios de pequenos empreendedores.

Em Cedeño, o clima de desolação é visível. A escola Michel Hasbún, que era frequentada por cerca de 400 crianças, foi abandonada, assim como a sede da polícia e o parque central da comunidade.

O mar “avançou” para inundar 105 metros em 17 anos, disse à AFP o diretor de Projetos do Coddeffagolf, Jorge Reyes, com base no relatório, o qual mostra como Cedeño era em 2004 e como ficou, em 2021.

“O mar comeu seis quadras (600 metros). Tinha campo de futebol. Esse campo foi perdido”, lembra o pescador Sergio Espinal, de 75 anos.

“Havia bons restaurantes, bons hotéis” muitos anos atrás.

 

– Espécies em perigo –

Os habitantes de Cedeño são testemunhas do desaparecimento de espécies de crustáceos e moluscos, cujo habitat está nas raízes dos manguezais. A transformação é tamanha que a praia de Cedeño é, agora, um extenso manto arenoso como um deserto, embora quando a maré sobe, em determinadas horas do dia, fique coberta de água.

Aves marinhas, como pelicanos, tesourinhas e gaivotas, sobrevoam, tentando sobreviver, em meio à escassez de peixes.

“Antes havia manadas de golfinhos, havia tubarões, pescavam-se peixes-espada (…) e agora tudo se perdeu”, lamenta o barqueiro Luis Fernando Ortiz, de 39 anos, enquanto navega pelas águas de cor azul-turquesa.

“Aquela era a casa de Elvin Santos”, diz ele, referindo-se ao ex-vice-presidente (2006-2008), ao apontar para uma mansão destruída.

A causa da deterioração ambiental se deve ao “derretimento das geleiras, que está aumentando o caudal do mar”, explica Reyes.

Os sinais mais sensíveis para a população costeira são a destruição e o esgotamento das espécies, o que obriga os pescadores artesanais a “percorrerem longas distâncias para poderem pescar”, afirma.

Para mitigar essa situação, “estamos apostando (…) na restauração, tanto de ecossistemas quanto na submersão de cúpulas para reconstruir os recifes artificiais” e no reflorestamento do mangue, relata.

Em nível global, ele acredita que os países devem se comprometer a fazer o que for “humanamente possível” para melhorar a gestão dos resíduos sólidos e do plástico que estão afetando o oceano.

De acordo com um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), 11 milhões de toneladas métricas de plástico entram no mar a cada ano. O número pode triplicar nas próximas duas décadas.

Nos dias 2 e 3 de março, líderes de governos, setor privado, sociedade civil e acadêmicos discutirão como salvar os recursos marinhos, em debates na conferência anual Our Ocean 2023.

“O oceano é um dos recursos mais valiosos da humanidade: abriga 80% de toda a vida na Terra e fornece alimentos para mais de 3 bilhões de pessoas”, afirmam os organizadores.

Eles alertam que “este ativo vital está em perigo pelo aquecimento global” e que “é hora de as nações trabalharem juntas para evitar” sua destruição.

 

 

ISTOÉ DINHEIRO

SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) informa que na manhã desta sexta-feira (24/02), parte do cabeamento elétrico da Unidade de Produção, Reservação e Distribuição do Jardim Embaré foi furtada. A equipe de manutenção está no local verificando a extensão dos danos.
Nas próximas horas poderá ocorrer desabastecimento nos seguintes bairros: Embaré I e II, Arcoville, Vista Alegre, Residencial MRV (Berlin e Athos) e regiões próximas.
O SAAE solicita aos usuários para que  utilizem a água reservada apenas para tarefas essenciais e inadiáveis.
Outras informações podem ser obtidas no Serviço de Atendimento ao Usuário através do telefone 0800- 300-1520. A ligação é gratuita.

SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) comunica que está trabalhando na recuperação da tubulação de esgoto e de água que rompeu no cruzamento da rua São Paulo com avenida Comendador Alfredo Maffei, portanto até nesta sexta-feira (24/02) o trânsito permanecerá interditado na avenida Comendador Alfredo Maffei nos cruzamentos com a ruas São Paulo e Rui Barbosa.

A Secretaria de Transporte e Trânsito solicita aos motoristas que evitem essa região da marginal, buscando rotas alternativas.

RIO DE JANEIRO/RJ - O Brasil ganhou 1,7 milhão de hectares de superfície de água em 2022 e ficou 1,5% acima da média da série histórica, iniciada em 1985, ocupando no total 18,22 milhões de hectares de superfície, ou 2% do território nacional, o equivalente a quatro vezes o estado do Rio de Janeiro em rios, lagos e usinas hidrelétricas. Mas, mesmo assim, em 30 anos o país perdeu 1,5 milhão de hectares de superfície de água.

O levantamento mostrou ainda que, em 2022, a superfície de água anual do Pantanal aumentou pela primeira vez desde 2018. Mas o bioma ainda passa por um período seco, uma vez que a diferença da superfície de água com a média da série histórica é de 60,1%. O Pampa também registrou queda de 1,7% em relação a média, alcançando a menor área de superfície de água de toda a série histórica.

Todos os demais biomas ganharam superfície de água em 2022: Cerrado (11,1%), Amazônia (6,2%), Caatinga (4,9%) e Mata Atlântica (1,9%). Entre os estados, Mato Grosso com redução de 48%, Mato Grosso do Sul, de 23%, e Paraíba, de 12%, vão na contramão do ganho de superfície de água registrado na maioria dos estados em 2022.

O coordenador técnico do MapBiomas Água, Juliano Schirmbeck, explica que a variação se deve a um aumento de chuvas, mas também ao La Niña, fenômeno que comumente aumenta a chuva na Região Norte e a reduz na Região Sul do país.

“Observamos um aumento de eventos de precipitação em grande parte do país, com chuvas acima da média, e isso trouxe a recuperação observada em nossos dados. Mas vivemos momentos de mudanças climáticas, os quais nos indicam que cada vez mais vamos ter eventos e situações extremas. Também passamos por um evento de La Niña, bem pronunciado, que influencia no regime de precipitação do Brasil, reduzindo chuvas no sul do país e aumentando na parte central e norte”.

Outro ponto importante, segundo Schirmbeck, é que o Brasil saiu de um evento bastante crítico em 2021. “Estávamos com uma superfície de água de 7,9% (1.42M ha) abaixo da média”, salienta.

A superfície de água em reservatórios oficiais monitorados pela Agência Nacional de Águas (ANA) em 2022 também foi a maior dos últimos 10 anos: 3.184.448 ha, 12% a mais que a média da série histórica. Os reservatórios respondem por 22% da superfície de água no Brasil, os outros 78% são rios e lagos e pequenas represas.

 

Retração

“A mudança no cenário de 2021 para 2022 gera um alento, mas não colocaria como motivo de comemoração. Estamos observando uma redução quase constante na superfície de água no Brasil nos últimos 20 anos, e desde 2013 tivemos os 10 anos mais secos da série histórica, com menos superfície de água”, disse o coordenador.

Entre 1985 e 2022, todos os biomas perderam superfície de água, especialmente o Pantanal, onde a retração foi de 81,7%, mostra o MapBiomas. Em segundo lugar vem a Caatinga, que já é o bioma mais seco do país e que perdeu quase um quinto de sua superfície de água (19,1%). A Mata Atlântica perdeu 5,7%, a Amazônia, 5,5%, o Pampa, 3,6%, e o Cerrado, 2,6%, ficando mais secos.

“A tendência é um parâmetro estatístico que olha para toda a série histórica, e considerando suas flutuações, aponta em qual direção estamos indo. Ao longo dos 38 anos de monitoramento, observamos essa tendência de diminuição”, alertou Schirmbeck.

“O alento tido em 2022 não deve tirar a atenção quanto aos cuidados dos recursos hídricos, viemos de uma sequência de 10 anos muito secos, e as mudanças climáticas indicam que teremos cada vez eventos mais extremos, com secas mais prolongadas e regimes de precipitação com inundações e cheias mais frequentes”.

A redução do Pantanal fez com que Mato Grosso do Sul ocupasse a liderança entre os estados com maior perda de superfície de água. A retração de superfície de água foi de 781.691 hectares, ou 57%.

A tendência de perda de superfície de água foi notada na maioria das bacias e regiões hidrográficas do país. Quase três em cada quatro sub-bacias hidrográficas (71%) perderam superfície de água nas últimas três décadas. E mesmo com o aumento geral da superfície de água no país em 2022, um terço (33%) delas ficaram abaixo da média histórica no ano passado. Em alguns casos, como o da Bacia do Araguaia-Tocantins, o ganho de superfície de água está associado a hidrelétricas. As regiões hidrográficas que mais perderam superfície de água na série histórica do MapBiomas foram Paraguai (591 mil hectares), Atlântico Sul (21,4 mil hectares) e Atlântico Nordeste Oriental (4,8 mil hectares).

Já as bacias Atlântico Nordeste Oriental (65,8 mil hectares), São Francisco (61,8 mil hectares) e Paraná (39 mil hectares) tiveram ganho de superfície de água.

O mapeamento mostrou que após o ano 2000 há maior variabilidade intra-anual. De 2017 a 2020, 7 em cada 12 meses do ano ficaram abaixo da média anual. Novamente, 2022 foi uma exceção no qual todos os meses tiveram acréscimo na superfície de água em relação a 2021, em média 10%. Os meses de dezembro a julho permaneceram acima da média histórica mensal, enquanto o período entre agosto a novembro ficou abaixo.

 

MapBiomas Água

O coordenador do levantamento explicou que diferente dos dados de desmatamento, também fornecidos e monitorado pelo MapBiomas, o monitoramento da superfície de água é o monitoramento de um fenômeno cíclico, que tem variações dentro de um próprio ano, com meses mais secos e outros mais úmidos, assim como variações entre os anos.

O projeto MapBiomas é uma iniciativa do Observatório do Clima, co-criada e desenvolvida por uma rede multi-institucional de universidades, organizações não governamentais e empresas de tecnologia com o propósito de mapear anualmente a cobertura e uso da terra do Brasil e monitorar as mudanças do território.

 

 

por RedeTV!

SÃO CARLOS/SP - O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) São Carlos informa que realizará uma interrupção programada neste domingo (19/02), das 6h às 12h, para a limpeza da caixa de sucção do bombeamento no Sistema de Captação do Ribeirão Feijão,
Como a Captação do Ribeirão Feijão é responsável por aproximadamente 35% da produção de água da cidade poderá ocorrer o desabastecimento pontual nas seguintes regiões: região central da cidade; Vila Nery e bairros adjacentes; Vila Prado e bairros adjacentes e Vila Alpes e bairros adjacentes.
Após a finalização da manutenção, a normalização do abastecimento de água ocorrerá de forma gradual, durante o domingo (19/02), podendo se estender no decorrer da segunda-feira (20/02).
O SAAE São Carlos solicita a colaboração dos consumidores, que programem a utilização da água apenas para tarefas essenciais e inadiáveis.
Outras informações podem ser obtidas no Serviço de Atendimento ao Usuário pelo telefone 0800-300-1520. A ligação é gratuita.

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