KIEV - A Ucrânia lançou ataques com foguetes de longo alcance contra forças russas no sul do país e destruiu um depósito de munição, disseram os militares ucranianos, enquanto a Rússia continuava a atacar o leste do país.
O ataque a Nova Kakhovka, na região de Kherson, matou 52 pessoas, disseram militares da Ucrânia na terça-feira. As autoridades da cidade instaladas pela Rússia disseram que pelo menos sete pessoas foram mortas e cerca de 70 ficaram feridas, informou a agência de notícias russa Tass.
O ataque ocorreu depois que Washington forneceu à Ucrânia sistemas avançados de artilharia móvel Himars, que Kiev diz que suas forças estão usando com eficiência crescente.
A Reuters não pôde verificar independentemente os relatos do campo de batalha.
"Com base nos resultados de nossas unidades de foguetes e artilharia, o inimigo perdeu 52 (pessoas), um obus Msta-B, um morteiro e sete veículos blindados, bem como um depósito de munição em Nova Kakhovka", afirmou o comando militar do sul da Ucrânia em comunicado.
Autoridades pró-Rússia disseram que o ataque matou civis.
A área é de importância estratégica por causa de seu acesso ao Mar Negro, um setor agrícola antes próspero e localização ao norte da Crimeia, anexada à Rússia.
Vídeos não verificados postados nas mídias sociais mostraram uma imensa bola de fogo em erupção no céu noturno. Imagens divulgadas pela mídia estatal russa mostraram um terreno baldio coberto de escombros e restos de edifícios.
"Ainda há muitas pessoas sob os escombros. Os feridos estão sendo levados para o hospital, mas muitas pessoas estão sitiadas em seus apartamentos e casas", disse Vladimir Leontyev, chefe da administração civil-militar do distrito de Kakhovka, instalada pela Rússia, segundo a Tass.
Ele afirmou que depósitos, lojas, uma farmácia, postos de gasolina e uma igreja foram atingidos.
O Ministério da Defesa ucraniano não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre o tipo de arma usada.
A Rússia continuou a atacar o leste da Ucrânia em um esforço para ganhar o controle da província de Donetsk e toda a região industrial de Donbas. No início deste mês, Moscou capturou a província de Luhansk, que compõe o resto de Donbas.
A Rússia diz querer arrancar Donbas da Ucrânia em nome dos separatistas apoiados por Moscou em duas autoproclamadas Repúblicas populares cuja independência reconheceu às vésperas da guerra.
A Ucrânia está se preparando para o que espera ser uma nova e grande ofensiva russa no leste.
Por Tom Balmforth e Pavel Polityuk / REUTERS