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Funcionários da Starbucks se organizam para formar 1º sindicato nos EUA

Escrito por  Ago 29, 2021

EUA - Pelo menos 50 trabalhadores da Starbucks estão tentando formar um sindicato em Nova York. Se bem sucedida, a representação de trabalhadores será a 1ª da maior rede de cafeterias do mundo nos Estados Unidos, reportou o jornal britânico The Guardian.

O grupo de trabalhadores da cidade de Buffalo apresentou a formação do comitê organizador na semana passada em uma carta ao CEO da companhia, Kevin Johnson. Nenhuma das mais de 8.000 franquias da Starbucks nos EUA é sindicalizada.

A União dos Trabalhadores da Starbucks (em tradução livre do inglês) visa a melhorar o local de trabalho e, em consequência, a experiência dos clientes, disse uma das fundadoras, Alexis Rizzo.

A funcionária relata falta crônica de profissionais, falta de pagamento por antiguidade e problemas de comunicação entre os trabalhadores e a empresa. “Nós somos a cara da empresa, estamos com os clientes todos os dias e sabemos melhor do que ninguém o que podemos fazer para torná-lo melhor”, afirmou Rizzo.

Um dos líderes do movimento, o barista Brian Murray disse que a gerência entrou em contato no mesmo dia em que entregaram a carta com as intenções de sindicalização. Os coordenadores perguntaram o que poderia ser feito para melhorar o local de trabalho.

 

Histórico anti-sindicatos

A Starbucks tem um histórico de oposição aos esforços de organização sindical. No início de agosto, um juiz da Filadélfia determinou que a empresa cometeu ilegalidade ao demitir 2 trabalhadores em retaliação à tentativa de sindicalização.

O ex-CEO Howard Schultz fez lobby contra as reformas na legislação trabalhista e fez oposição às campanhas anteriores para organização sindical das lojas. Por causa disso, os funcionários exigiram que a empresa concorde com a não-interferência durante a escolha dos líderes dos sindicatos e não ameace ou intimide os trabalhadores envolvidos.

“Os materiais de contratação e recrutamento da Starbucks oferecem a oportunidade de ser mais que um funcionário, mas um parceiro”, disse um dos líderes do movimento, Jaz Brizack. “Se realmente querem ser nossos parceiros, então devemos ter uma parceria verdadeira, que é o sindicato”.

Em resposta, a Starbucks disse que respeita a escolha dos trabalhadores, mas que o ambiente de trabalho e os “excepcionais benefícios e remuneração tornam os sindicatos desnecessários”. “Respeitamos o direito de se organizar, mas acreditamos que eles não achariam necessário, dado o nosso ambiente pró-parceiro”, disse a empresa ao Guardian.

 

 

*Por: PODER360

Redação

 Jornalista/Radialista

Website.: https://www.radiosanca.com.br/equipe/ivan-lucas
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