ITÁLIA - A Ferrari tem aquele que pode ser considerado o pior motor da Fórmula 1 atual. A equipe regrediu e precisa de uma solução urgente. Isso parece ter levado a cúpula em Maranello a ousar: de acordo com a revista britânica Autosport, o plano é competir em 2022 com conceitos radicais na unidade de potência.
De acordo com a Autosport, a argumentação interna é de que tal risco vale a pena. Os conceitos considerados, ainda guardados sob sete chaves, são vistos como capazes de mudar os rumos da Fórmula 1 em caso de sucesso. Em outras palavras: ao invés de copiar soluções já adotadas por rivais, o objetivo é tratar um caminho próprio.
Isso, entretanto, não significa que a Ferrari vai ignorar por completo o trabalho de rivais. Compressor e turbo devem ser finalmente separados dentro da unidade de potência, algo que funcionou tanto para Mercedes quanto para Honda. A Ferrari tomou caminho oposto e não colheu os frutos esperados, por exemplo.
A Ferrari corre atrás de soluções por conta do 2020 terrível. A equipe foi pega ainda no fim de 2019 cometendo irregularidades, com fluxo de combustível acima do permitido do motor. A necessidade de se readequar se provou custosa, com perda repentina de velocidade nas retas. Como o regulamento de 2021 é essencialmente o mesmo, ainda não há muito que possa ser feito em Maranello para evitar outro ano difícil. É aí que entra o foco em revoluções em 2022.
Os motores ainda serão os V6 Turbo, que só devem deixar a F1 em 2026. Isso também favorece a Ferrari: caso as soluções de 2022 sejam de fato benéficas, serão quatro anos colhendo frutos.
Além das mudanças técnicas, a Ferrari também encara o futuro com piloto novo. Sebastian Vettel deixou a escuderia, abrindo caminho para a contratação de Carlos Sainz Jr. O espanhol forma dupla jovem com Charles Leclerc, que parte para o terceiro ano em Maranello.
*Por: Grande Prêmio