Estudo também fará análise econômica do tratamento para apoiar as estratégias de saúde mais adequadas
SÃO CARLOS/SP - A incontinência urinária (IU) é caracterizada pela perda involuntária de urina, sendo uma condição que pode impactar negativamente a qualidade de vida, além de afetar o bem-estar psicológico e social. Uma pesquisa de doutorado em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está oferecendo um tratamento que consiste em intervenções conservadoras voltadas ao manejo da incontinência urinária feminina. O projeto será realizado em 10 sessões, presencialmente em São Carlos, de forma gratuita e as mulheres interessadas devem preencher um formulário eletrônico.
O estudo é conduzido por Ingrid da Costa Vilela, sob orientação da docente Patricia Driusso, do Departamento de Fisioterapia, no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher (LAMU) da UFSCar. O objetivo é avaliar os efeitos das intervenções na redução da perda urinária e na melhoria da qualidade de vida, além de analisar o custo-efetividade e a custo-utilidade do tratamento em mulheres com queixas de perda urinária. "Há uma carência da associação de métodos terapêuticos para a incontinência urinária e de dados relacionados à quantificação dos sintomas urinários, satisfação com o tratamento, medidas de qualidade de vida, estado geral de saúde e dados econômicos", analisa Vilela sobre a importância da pesquisa.
Além de avaliar as intervenções, o estudo realizará análise econômica dos tratamentos. "Analisar os custos relacionados à saúde é uma ferramenta importante durante o tratamento da incontinência urinária. Estudos sobre o custo-efetividade e custo-utilidade de uma intervenção específica podem ajudar instituições governamentais a tomar decisões baseadas em evidências, escolhendo as melhores estratégias para resolver problemas de saúde pública dentro dos recursos disponíveis", pontua a pesquisadora. Para essa análise, serão considerados os gastos com materiais utilizados nas avaliações físicas e no tratamento, além de informações sobre uso de medicamentos, consultas, exames, absorventes higiênicos, histórico de internações, cirurgias e outros custos relacionados.
Para desenvolver o estudo, estão sendo convidadas mulheres, a partir de 18 anos, que tenham IU. As participantes serão distribuídas em três grupos de intervenção, todos voltados ao fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico para reduzir a perda urinária.
O tratamento terá duração de 10 semanas, com acompanhamento presencial. Interessadas em participar do estudo devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/3WIQK6y). Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 16463019.2.0000.5504).