A pesquisa é conduzida pela doutoranda e fisioterapeuta Raissa Abreu, sob coordenação de Nelci Adriana Cicuto Ferreira Rocha, docente do Departamento de Fisioterapia da UFSCar, e tem participação de outros fisioterapeutas do Laboratório de Análise do Desenvolvimento Infantil (LADI) da Universidade, além da parceria de médicos e centros de acompanhamento de bebês e crianças no estado de São Paulo, Rio de Janeiro e Recife.
O projeto vai avaliar o desenvolvimento de crianças nas idades de 12, 18 e 24 meses, com o objetivo de identificar, o quanto antes, possíveis alertas para atraso no desenvolvimento. De acordo com os pesquisadores, o protocolo criado pela equipe tem a intenção de colocar a família como centro do cuidado da criança e identificar fatores externos que podem facilitar ou dificultar suas atividades e participação.
As crianças avaliadas no estudo podem ter apresentado, ou não, algum risco ao nascer, como prematuridade; baixo peso; internação em UTI; complicações como falta de oxigênio e necessidade de reanimação cardiorrespiratória ou convulsões. De acordo com os pesquisadores, "os estudos mostram que bebês que possuem esses tipos de risco podem ter atraso no desenvolvimento, e a fisioterapia nos primeiros dois anos de vida pode ajudar a diminuir esses atrasos, auxiliando no desenvolvimento do bebê, pois nessa fase as chances de recuperação são maiores".
Diante disso, as crianças participantes serão avaliadas, em formato online, aos 12, 18 e 24 meses, sendo que cada avaliação ocorre em duas etapas: preenchimento de formulários e entrevista telefônica com o cuidador principal. Para participar do estudo, as crianças não devem ter nenhuma deficiência. Interessados em se integrar à pesquisa devem preencher este formulário eletrônico (https://bit.ly/40iQ1Ij).Ao final da pesquisa, a equipe entregará às famílias um relatório com os resultados, sugestões e orientações com o objetivo de potencializar os resultados de habilidades funcionais e a participação da criança dentro dos contextos em que ela está inserida (casa, creche e comunidade). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 60443522.5.0000.5504).