Saldo do mês para o comércio foi 70% superior à geração de vagas no mesmo período do ano passado; no setor de serviços, resultado foi 300% maior
SÃO PAULO/SP - O segmento de varejo de vestuário e acessórios alavancou as contratações do comércio, contribuindo para a criação, em agosto, de 26.251 empregos formais no total do setor, no Estado de São Paulo. Esta é a maior evolução mensal do mercado de trabalho celetista desde novembro. Os dados são da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), realizada pela FecomercioSP, que também demonstra o resultado positivo do setor de serviços, com a oitava evolução seguida e o maior saldo também desde novembro. No mês, foram 63.042 vagas. Os números mostram uma recuperação do emprego, com destaque especial para os segmentos que mais sofreram com a pandemia e suas restrições, como o varejo de vestuário, no comércio, e os serviços de alojamento e alimentação.
No último quadrimestre, o comércio estadual criou mais de 91 mil postos de trabalho – somente o saldo de agosto foi 70% superior à geração de vagas no mesmo mês do ano passado. No setor de serviços é 300% superior ao resultado obtido em igual período em 2020. As atividades mencionadas acima geraram, respectivamente, 9.830 e 28.242 vagas nos últimos quatro meses. É importante ressaltar, no entanto, que a base de comparação está fragilizada em razão da pandemia e que, apesar dos números, os segmentos ainda necessitam de mais resultados como os que têm ocorrido, para retomar o nível de empregabilidade pré-pandemia.
Comércio e serviços no Estado paulista
Em agosto, o saldo de vagas do comércio é resultado de 116.073 admissões e 89.822 desligamentos. Com a quarta evolução mensal seguida, o estoque ativo do setor chegou a 2,768 milhões de vínculos – crescimento de 0,96% em relação a julho. Já o resultado do mês para os serviços ocorre após 313.603 admissões e 250.561 desligamentos – avanço também de 0,96% ao estoque, consolidando 6,639 milhões de vínculos ativos.
Dentre as três divisões do comércio, o varejo foi a que criou mais vagas no mês (18.367), sendo influenciado pelos 2.823 postos de trabalho de vestuário e acessórios. No atacado, foram 5.506 empregos, e em comércio e reparação de veículos, outros 2.378. No acumulado do ano, de janeiro a agosto, houve avanço de 93.426 empregos, e em 12 meses, de 201.043 vagas.
No setor de serviços, apenas as atividades relacionadas aos organismos internacionais ficaram negativas no mês. Os maiores avanços absolutos aconteceram nos serviços administrativos e complementares (14.318), alavancados pelos serviços de escritório e apoio administrativo (3.279), e na divisão de alojamento e alimentação (12.679), alta puxada por bares e restaurantes, com 8.963 vagas. No acumulado do ano, o setor gerou 304.520 empregos, e em 12 meses, 431.622 novas vagas.
Capital paulista
Na cidade de São Paulo, o comércio também registrou o melhor desempenho desde novembro do ano passado. Foram 7.928 vagas no mês, das quais 5.396 foram no varejo e 1.863 no atacado, além de 669 postos em comércio e reparação de veículos. Com mais de 870 mil vínculos formais ativos, o avanço significou aumento de 0,93% no estoque. Em 2021, foram criados 27.216 empregos, e no acumulado de 12 meses, 53.134.
Os serviços, por sua vez, geraram 28.303 vagas. O desempenho geral foi influenciado pelos grupos de serviços administrativos e complementares (7.548 vagas) e de alojamento e alimentação (4.915). O saldo de agosto significou avanço de 0,96% ao estoque, dos quais 2,979 milhões foram de vínculos formais ativos. Em 12 meses, houve criação de 190.606 vagas com carteira assinada.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
Sobre a FecomercioSP
Reúne líderes empresariais, especialistas e consultores para fomentar o desenvolvimento do empreendedorismo. Em conjunto com o governo, mobiliza-se pela desburocratização e pela modernização, desenvolve soluções, elabora pesquisas e disponibiliza conteúdo prático sobre as questões que impactam a vida do empreendedor. Representa 1,8 milhão de empresários, que respondem por quase 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e geram em torno de 10 milhões de empregos.