MANAUS/AM - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, viajou no último sábado (23), a Manaus (AM). Sob pressão por causa da crise na saúde do Estado, Pazuello não tem “voo de volta”, segundo o Ministério.
O Estado sofre com sobrecarga no sistema de saúde público. A falta de oxigênio nos hospitais resultou na morte de pacientes e na transferência de doentes para outros Estados.
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu no sábado (23.jan) que o STF (Supremo Tribunal Federal) abra um inquérito contra o ministro para apurar se houve omissão do governo federal no enfrentamento da crise em Manaus.
Pazuello acompanhou a entrega de 132,5 mil doses da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e Universidade de Oxford. Ao chegar em Manaus, o ministro foi recebido pelo governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC). O político também é alvo de pedido de inquérito da PGR (Procuradoria Geral da República) no Supremo para apurar sua conduta.
Em nota divulgada no domingo (24), o Ministério da Saúde declarou que Pazuello vai comandar as ações emergenciais de combate à covid-19 no Estado.
“Pazuello não tem voo de volta a Brasília. Ficará no Amazonas o tempo que for necessário. Vai comandar de perto as ações emergenciais de combate à covid-19, ao lado da equipe do Ministério da Saúde que já trabalha para apoiar a população do amazonense”, informou a pasta.
O Ministério afirmou que “está cumprindo sua determinação de dar prioridade ao Amazonas na imunização, como uma das estratégias para conter o avanço da covid”.
“A pasta também está atuando no monitoramento e suporte para suprimento das demandas hospitalares por oxigênio e identificação de leitos disponíveis, regulação e transferência de pacientes para outros Estados.”
De acordo com o Ministério, mais de 458 mil doses da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac, já foram enviadas e distribuída aos municípios do Estado.
*Por: PODER360