Em São Carlos e Ibaté, o comércio terá horário especial do dia 09 até o dia 23 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 22h, além de sábados e domingos. Confira
SÃO CARLOS/SP - O Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) e o Sindicato dos Empregados do Comércio de São Carlos e Região (Sincomerciários) assinaram Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que define o calendário de datas especiais do comércio de dezembro de 2024 a novembro 2025 e autoriza o trabalho do setor em horários especiais.
Em dezembro, um dos meses de maior movimentação no setor varejista, o comércio de São Carlos e Ibaté terá horário especial a partir do dia 09 até o dia 23 (de segunda a sexta-feira), das 9h às 22h. Nesse mês, as lojas ainda ficam abertas nos sábados 07, 14 e 21 e nos domingos 15 e 22, das 9h às 17h. No dia 24/12 (terça-feira), véspera de Natal, das 9h às 18h e no dia 31 (terça-feira), as lojas das duas cidades abrem das 9h às 13h. Dia 2 de janeiro (quinta-feira), o comércio estará fechado.
O calendário traz ainda horários especiais para feriados e datas comemorativas de 2025, como Dia das Mães, Dia dos Pais e Black Friday e está disponível no site do Sincomercio São Carlos www.sincomerciosaocarlo.com.br e do Sincomerciários www.sincomerciariossc.org.br.
A proposta para o novo calendário foi discutida, previamente, em reunião entre os comerciantes de São Carlos e Ibaté e o Sincomercio e aprovada em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Horário especial do comércio de São Carlos e Ibaté
DEZEMBRO 2024
• De 09 a 23 (de segunda a sexta-feira) - das 09h00 às 22h00;
• Dias 07, 14 e 21 (sábados) - das 9h00 às 17h00;
• Dias 15 e 22 (domingos) - das 9h00 às 17h00;
• Dia 24 (terça-feira) – Véspera de Natal - das 9h00 às 18h00;
• Dia 25 (quarta-feira) – Natal – FECHADO;
• Dia 31 (terça-feira) - das 9h00 às 13h00.
JANEIRO 2025
• Dia 01/01 (quarta-feira) – FECHADO
• Dia 02/01 (quinta-feira) – FECHADO
• Dias 04 e 11 (sábados) - das 9h00 às 17h00
SÃO CARLOS/SP - O experiente corredor da ASA/ADN São Carlos, José Carlos, brilhou na manhã de domingo, 8, ao ficar com a segunda colocação na categoria 21 km da prova OAB/Desafio 116 km.
José Carlos competiu na faixa etária dos 60/69 anos e segundo ele, a prova com 21 km de percurso não é sua especialidade. “Corro em provas de 5 km ou 2 mil metros com obstáculos”, disse, salientando que a competição de domingo, fez parte do seu treinamento. “Consegui colocar o meu ritmo e manter durante a prova. Este ano ainda tem a Santo Onofre dia 31”, disse, ao se referir ao desafio que acontece em Araraquara no último dia de 2024.
De acordo com o coordenador e técnico da equipe, Altair Maradona Pereira, José Carlos é um atleta master que representa São Carlos no Jomi (Jogos da Melhor Idade), e também nas competições master da FPA e CBAt. “É um atleta que se dedica muito e começou a correr para ter qualidade de vida, sem se preocupar com tempo ou posição, apenas se divertindo nas corridas e hoje continua se divertindo, mas marcando presença no pódio também. Parabéns a esse grande atleta”, finalizou.
SÃO CARLOS/SP - Um levantamento feito pela equipe de pesquisadores do Grupo de Óptica do Instituto de Física de São Carlos (GO-IFSC/USP) e do Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF-IFSC/USP), que iniciou há alguns anos os tratamentos para atenuar as consequências da fibromialgia, numa parceria com a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos (SCMSC) - que já dura há cerca de dez anos - levanta a possibilidade de que o tratamento fotossônico (conjugação de laser e ultrassom) utilizado para essa finalidade pode potencializar os efeitos dos medicamentos usados pelos pacientes portadores dessa doença.
Tiago Zuccolotto, fisioterapeuta formado na UNICEP e desde há três anos como pesquisador do IFSC/USP, confirma que a equipe de cientistas resolveu conferir a relação que existe entre grupos de pacientes que não tomam qualquer medicação para a fibromialgia e outros que tomam – ansiolíticos, antidepressivos, anti-inflamatórios, etc. – quando ambos se submeteram ao tratamento fotossônico. A análise foi feita através dos questionários feitos pelos pacientes portadores de fibromialgia, mas que, no caso concreto, tomavam medicação antidepressiva. Tiago Zucolotto confirmou que após dez sessões do tratamento e segundo o relatado por esses pacientes no início, meio e conclusão dos tratamentos, os resultados indicaram uma reversão quase total nos quadros relativos a dores e inflamação, se comparados com pacientes que não tomaram qualquer medicação.
“Foi a primeira vez que fizemos essa relação entre o tratamento fotossônico junto com os medicamentos, tendo como foco pacientes mulheres, já que elas são mais propensas a ter fibromialgia. Embora em ambos os casos o tratamento fotossônico tenha obtido ótimos resultados, o que constatamos é que esse tratamento potencializa a eficácia dos medicamentos, atingindo níveis muito grandes na eliminação da dor e da inflamação”, relata Zucolotto.
Para o coordenador dos tratamentos que estão sendo realizados na Unidade de Terapia Fotodinâmica (UTF) na SCMSC, pesquisador do IFSC/USP, Dr. Antonio Eduardo de Aquino Junior, o próximo passo após este levantamento será realizar um estudo aprofundado para analisar uma avaliação e acompanhamento caso-a-caso de pacientes com fibromialgia e dessa relação benéfica entre o tratamento fotossônico e a medicação prescrita pelos médicos, no sentido de se obter uma quantificação precisa dessa potencialização. “O importante é que essa potencialização ocorre, contudo é necessário haver um acompanhamento muito próximo a esses pacientes para constatar a efetiva eficácia” ao longo do tempo, pontua Antonio Aquino.
Este levantamento surgiu após um estudo anterior a 2024, feito pela mesma equipe de pesquisadores, mas relativo a distúrbios do sono, onde houve um primeiro indício de que o tratamento fotossônico exercia um efeito benéfico em pacientes que tomavam medicamentos controlados, comparativamente àqueles que não tomavam qualquer medicamento. “Estamos compreendendo que o tratamento fotossônico poderá ser benéfico em outros casos clínicos que utilizam medicação, já que ele gera uma ação sistêmica, daí que tenhamos que fazer estudos-pilotos”, enfatiza Antonio de Aquino.
Liderados pelo Prof. Dr. Vanderlei Salvador Bagnato, está no horizonte dos pesquisadores cogitar se este tratamento poderá – ou não – ser aplicado em pessoas inseridas no denominado espectro autista, lembrando que em São Carlos existem cerca de sete mil pessoas com essa variedade de quadros. “Vamos estudar essa hipótese também, pois o nosso trabalho é tentar servir a sociedade o melhor possível com aquilo que é desenvolvido e pesquisado no IFSC/USP e no CEPOF”, conclui Antonio de Aquino.
Confira o artigo científico relativo a este estudo, publicado na revista “Journal of Novel Physiotherapies”, assinado pelos pesquisadores Antonio Eduardo de Aquino Junior1, Tiago Zuccolotto Rodrigues, Matheus Henrique Camargo Antônio, Ana Carolina Negraes Canelada, Carolayne Carboni Bernardo, Vanessa Garcia, Fernanda Mansano Carbinatto e Vanderlei Salvador Bagnato - https://www2.ifsc.usp.br/portal-ifsc/wp-content/uploads/2024/12/de-Aquino-Junior_2024_Fibro-Drugs.pdf
SÃO PAULO/SP - O banco Itaú anunciou, em ata de assembleia geral publicada neste sábado (7), que seu ex-diretor financeiro Alexsandro Broedel violou políticas internas e a legislação ao agir em "grave conflito de interesses e em benefício próprio" no relacionamento com um fornecedor de pareceres.
Segundo a ata, assinada pelos diretores José Virgílio Neto e Álvaro Felipe Rizzi, a conduta do ex-diretor foi alvo de apurações internas concluídas no dia 24 de novembro.
O banco o acusa de ter recebido recursos por meio de uma participação em pagamentos feitos ao fornecedor. Trata-se de Eliseu Martins, reconhecido como um dos maiores contadores do país.
Em nota, Alexsandro Broedel, que em julho pediu demissão do banco para assumir um cargo no Santander na Espanha, afirmou que acusações são infundadas e tomará medidas judiciais.
O resultado da apuração realizada pelo comitê de auditoria interna foi comunicado ao Banco Central e a auditores independentes do Itaú. O BC afirmou que não comentará o caso.
Segundo a ata, cujo conteúdo foi publicado primeiramente pelo jornal Valor Econômico, as irregularidades encontradas não terão impacto nas demonstrações financeiras e não afetam outras empresas que fazem parte do grupo.
O Itaú afirma que Broedel usou de forma irregular as prerrogativas do seu cargo e aprovou pagamentos ao fornecedor de pareceres que chegam a R$ 10,4 milhões nos últimos quatro anos -R$ 3,3 milhões em 2021, R$ 1,8 milhão em 2022, R$ 3,3 milhões em 2023 e R$ 1,8 milhão já em 2024.
A assembleia determina que sejam tomadas medidas legais contra o ex-diretor, o fornecedor e outras pessoas que tenham participado das irregularidades nas esferas administrativa e judicial.
O nome do fornecedor não foi divulgado na ata, mas, em protesto protocolado pelo Itaú nesta sexta (6) na Justiça paulista, são citados -além de Broedel- os contadores Eliseu Martins, Eric Aversari Martins e Vinicius Aversari Martins (filhos de Eliseu) e três empresas: a Care Consultores e a Evam Consultores e a Broedel Consultores Associados.
Eliseu Martins foi diretor da FEA/USP, da CVM (Comissão de Valore Mobiliários), presidiu a Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais e Financeiras ) e o instituto Ipecafi, entre outros cargos. Procurado pela Folha, o contador afirma em nota que vai acionar o Itaú por tentar atingir seu nome e o de sua família. Diz também que a conduta de sua vida profissional e acadêmica pode ser verificada.
"Somente com o Itaú tenho uma vida de prestação de serviços há quase cinco décadas, com testemunhos de gerações de gestores. Alexsandro Broedel Lopes foi aluno na pós-graduação da FEA/USP, transformando-se em professor, portanto colega meu, há muitos anos, e sempre tivemos ligações acadêmicas e profissionais. Juntos prestamos serviços a inúmeros clientes", afirma Martins em declaração enviada à imprensa neste sábado (7).
No começo desta semana, o Itaú também anunciou a demissão do diretor de Marketing, Eduardo Tracanella, após investigação sobre uso indevido do cartão corporativo. Os dois casos não estão relacionados.
APURAÇÃO COMEÇOU NO FIM DE JULHO
De acordo com o relato do Itaú no processo protocolado na Justiça, Broedel se desligou do banco no dia 5 de julho, mas permaneceu vinculado à instituição, como administrador licenciado, seguindo a política de desincompatibilização prevista.
Porém, no fim de julho, ainda segundo o Itaú, o banco recebeu informações de que Broedel prestara serviços de parecerista e consultor ao mercado, enquanto ainda era executivo do banco, situação que estaria em desconformidade com o código de ética do Itaú, o que desencadeou um processo de apurações internas, iniciadas no dia 13 de agosto. No dia 24 de setembro, o banco destituiu Broedel definitivamente.
Conforme o relato do banco em sua petição na Justiça, suas apurações preliminares apontaram que Broedel e o contador Eliseu Martins eram sócios na Broedel Consultores desde 2012. Tal sociedade, porém, nunca teria sido declarada pelo executivo aos controles internos do Itaú, embora Martins fosse fornecedor de serviços do banco.
Outro aspecto de sua apuração preliminar, diz o banco, concluiu que Broedel possuía uma atividade externa de consultor e parecerista que tampouco havia sido declarada nos controles internos.
Os números apresentados pelo banco apontam que, entre junho de 2019 e junho de 2024, Brodel contratou 40 pareceres à Care, que teria como sócios Eliseu Martins e seu filho Eric, gerando 21 pagamentos somados em mais de R$ 13 milhões.
Segundo o banco, desde janeiro de 2019, as empresas Care (que tem como sócios Eliseu Martins e seu filho Eric) e Evam (cujos sócios são Eliseu e os filhos Eric e Vinicius) fizeram 56 transferências ao executivo e sua empresa Broedel Consultores, sendo que 23 destas transferências, no valor total de R$ 4,8 milhões, se referem aos pagamentos do Itaú. A partir de tais transferências o Itaú concluiu que o ex-diretor teria uma participação de 40% nos pagamentos feitos pelo banco à Care.
O Itaú afirma que, dentre 40 pareceres contratados, 36 foram considerados recebidos por Broedel, mas só 20 foram localizados e 4 foram pagos antecipadamente. O banco pede indenização da Care pelo valor correspondente aos 16 pareceres dados por recebidos e não localizados, que somariam mais de R$ 5 milhões, assim como os 4 pareceres pagos antecipadamente e não entregues no valor de R$ 1,5 milhão. Há também um pedido de indenização pelas transferências da ordem de R$ 4,86 milhões, com valores corrigidos.
EX-DIRETOR AFIRMA QUE ATIVIDADES SEMPRE FORAM TRANSPARENTES
Broedel declara em nota de sua assessoria que "sempre se conduziu de forma ética e transparente em todas as atividades ao longo dos seus 12 anos no banco -algo nunca contestado pelo Itaú, que tem uma rigorosa e abrangente estrutura de controle e compliance, própria de um grupo financeiro com seu porte e importância".
O comunicado argumenta que Eliseu Martins já prestava serviços ao banco antes de Broedel ser convidado para participar da diretoria da instituição e que o Itaú sabia dos serviços.
"Os serviços mencionados eram do conhecimento do Itaú e requeridos por diferentes áreas do banco. Causa profunda estranheza que o Itaú levante a suspeita sobre supostas condutas impróprias somente depois de Broedel ter apresentado a renúncia aos seus cargos no banco para assumir uma posição global em um dos seus principais concorrentes."
PARECERISTA VÊ MÁ-FÉ EM ACUSAÇÃO DO BANCO
De acordo com o comunicado enviado à imprensa por Eliseu Martins, os trabalhos prestados ao Itaú durante a gestão de Broedel foram sempre de pareceres técnicos e consultoria, havendo comprovação de nota fiscal sobre os trabalhos de consultoria.
"Por ser necessário que sua empresa de consultoria contivesse dois contadores, aceitei ser sócio dele, mas nunca exerci qualquer atividade ou qualquer serviço por ela", afirma em nota.
"Há uma listagem de materiais suporte das consultorias, mas muitas delas, e agora, percebendo a má-fé, me arrependo, foram feitas sem formalizações.
Trabalho com aproximadamente seis outros colegas e temos inclusive a condição de só opinarmos verbalmente ou via parecer; assim, nossas opiniões que não geram parecer não aparecem em qualquer documento. Durante a gestão do professor Broedel no Itaú, fizemos inúmeros pareceres para terceiros, mas ele sempre ajudando tecnicamente, com o faturamento pela minha", prossegue o comunicado.
Martins afirma que a prática de pagamento antecipado por pareceres pelo banco existe, tanto que formalmente ele declarou a necessidade de devolução do dinheiro relativo aos quatro pareceres ainda não emitidos.
"Declarei ao banco há tempos a existência de diversas transações financeiras com Broedel, emprestando dinheiro e ele me reembolsando posteriormente, como aliás não só comigo. Talvez influenciados pela mágoa pela saída de tão brilhante profissional, estão, no banco, interpretando de forma totalmente incorreta o que de fato ocorreu", afirma Martins em nota.
O caso deve entrar na mira da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), responsável por investigar fraudes no mercado de capitais brasileiro. Um processo administrativo deve ser aberto ainda nesta semana, segundo a Folha apurou.
Nesta etapa, a CVM pede esclarecimentos aos envolvidos e reúne informações sobre casos suspeitos. Caso os indícios levem a uma acusação, a autarquia abre processo sancionador. Procurada pela reportagem, a autarquia diz que não comenta casos específicos.
FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - O ministro Flávio Dino deu decisões e firmou acordos no âmbito do STF (Supremo Tribunal Federal) que facilitaram a gestão Lula (PT) no governo federal.
As determinações de Dino ocorreram em processos herdados na corte da ministra aposentada Rosa Weber e do ministro André Mendonça.
Dino, que é ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Lula, tomou posse como integrante do Supremo em fevereiro, após ser indicado pelo petista.
Com experiência de gestão no Executivo, ele foi o primeiro ex-governador a ser apontado para uma cadeira no STF desde a promulgação da Constituição de 1988. Dino governou o Maranhão.
Desde que chegou ao tribunal, suas atuações mais expressivas foram concentradas nos temas das emendas parlamentares e na emergência climática, sobre os quais deu decisões em consonância com as necessidades do governo.
Dino tem dito a interlocutores que esses processos não são relacionados apenas a uma questão de governo, mas de país. Também tem afirmado que os problemas das emendas e do meio ambiente ultrapassaram o âmbito do governo Jair Bolsonaro (PL) e chegaram ao governo Lula.
Procurado por meio da assessoria do STF, Dino não respondeu.
Os processos que tratavam das emendas foram herdados por Dino após Rosa se aposentar em setembro do ano passado, pouco antes de completar 75 anos.
Como presidente do Supremo, Rosa comandou em 2022 a derrubada das chamadas emendas de relator, instrumento usado para barganhas políticas entre o Congresso e o governo Bolsonaro.
Quando chegou às mãos de Dino, os processos já questionavam outras modalidades de emendas que também eram usadas sem transparência por parlamentares durante a gestão Lula.
A partir de agosto, Dino tomou decisões que suspenderam as transferências. Os bloqueios atingiram R$ 17,5 bilhões em emendas.
O ministro exigiu, ainda, maior transparência, o que acabou forçando o Congresso a aceitar um acordo com o Executivo e o Supremo e a definir em uma nova lei regras futuras para esses recursos.
Na época, Lula reclamava que o Congresso tinha sequestrado parte do Orçamento. A reunião que selou o acordo foi marcada pelo tom de insatisfação do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
No fim, o governo Lula viu contempladas algumas das suas demandas na negociação e conseguiu redirecionar parte dos recursos nas mãos dos parlamentares para seus projetos.
Dino só liberou o pagamento das verbas em novembro, o que, em tempos de pressão por corte de gastos, resultou em um alívio nas contas. Essa liberação veio acompanhada de exigências de transparência -o que foi interpretado por parlamentares como uma afronta às competências do Legislativo e um descumprimento do acordo feito anteriormente.
"Está num momento de muita turbulência interna por causa desses acontecimentos. Você não deve ver nunca um tribunal legislando", reclamou Lira na ocasião.
A insatisfação do Congresso com a medida chegou a ameaçar o andamento do pacote de corte de gastos do ministro Fernando Haddad (Fazenda), mas o governo conseguiu desatar o nó. O Executivo indicou aos parlamentares a liberação de R$ 7,8 bilhões em emendas e foi ao STF para pedir reconsideração das exigências de Dino.
O clima entre parlamentares ainda é de insatisfação com a decisão de Dino, porém um influente líder do centrão afirmou sob reserva que a movimentação do governo amenizou, em parte, a situação. A Câmara aprovou, na noite de quarta-feira (4), os primeiros requerimentos de urgência para dois dos projetos do pacote de corte de gastos.
Desde o início do debate, deputados veem as movimentações de Dino como alinhadas aos interesses do governo.
Um aliado de Lula no Congresso avalia que, por mais que as novas exigências sejam uma interferência indevida sobre o Legislativo, em termos de conteúdo elas ajudariam a dar mais transparência para o uso das emendas, o que atende à vontade do Executivo.
Já no caso dos desastres climáticos, Dino se tornou o relator após Mendonça preferir abdicar da relatoria ao ser derrotado parcialmente em um julgamento sobre o tema no plenário. O gesto de Mendonça surpreendeu ministros do próprio Supremo.
Nas mãos de Dino, essa ação se tornou um guarda-chuva para decisões a respeito de questões ligadas ao clima.
O ministro foi presidente do consórcio da Amazônia Legal quando era governador. Ele tem manifestado preocupação com o período de seca, quando os ribeirinhos ficam sem acesso a recursos básicos porque usam os rios como transporte.
Nesse tipo de processo, que é chamado de "estrutural", podem ser usadas o que os ministros chamam de "decisões em cascata", que visam concretizar um objetivo final. No caso, mitigar essas urgências.
O ministro criou uma mesa de conciliação entre a União, os estados e o Ministério Público para tratar da emergência climática.
Em meados de setembro, enquanto a fumaça de incêndios atingia parte do país, o ministro autorizou o governo federal a emitir créditos extraordinários fora da meta fiscal para o combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia.
Também flexibilizou uma regra para a contratação e manutenção de brigadistas.
Em abertura de reunião de conciliação poucos dias depois, Dino justificou a decisão de conceder crédito extraordinário. "Não há dicotomia entre responsabilidade fiscal e responsabilidade ambiental", disse na ocasião. "Só existe responsabilidade fiscal verdadeira com responsabilidade ambiental. O resto é hipocrisia."
POR FOLHAPRESS
Iniciativa promove clubes de leitura em duas penitenciárias femininas do Estado de São Paulo
SÃO CARLOS/SP - Na última terça-feira, 3 de dezembro, representantes da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Fundação Prof. Dr. Manuel Pedro Pimentel (Funap), que administra as práticas sociais e educativas nas unidades prisionais do Estado de São Paulo, se reuniram para celebrar um termo de cooperação entre as instituições, assinado pela Reitora Ana Beatriz de Oliveira e pelo Diretor Executivo da Funap, Cel. Mauro Lopes dos Santos, em outubro de 2024. Esse termo garante a execução do Projeto de Extensão Repaginando, que promove clubes de leitura em duas penitenciárias femininas do Estado de São Paulo.
A celebração, realizada na Reitoria da UFSCar, reuniu a Vice-Reitora da UFSCar, professora Maria de Jesus Dutra dos Reis, a Coordenadora do Projeto Repaginando, professora Silvia Nassif Del Lama, a Pró-Reitora Adjunta de Assuntos Comunitários e Estudantis, Gisele Zutin, o Diretor Executivo da Funap, Cel. Mauro Lopes do Santos, o Coordenador de Unidades Prisionais da Região Noroeste do Estado, Jean Ulisses Campos Carlucci, a Diretora do Centro de Ressocialização Feminino de Araraquara, Edna Sizuka Takahama, as voluntárias do Projeto Repaginando e representantes da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP/SP) e da Fundação Prof. Dr. Manuel Pedro Pimentel.
Na ocasião, além de reforçar a importância da educação para a população carcerária, os representantes da Universidade, da Fundação e da SAP tiveram contato com a história do Projeto Repaginando, com os relatos das voluntárias sobre a atuação nos presídios e dialogaram sobre outras possibilidades de parceria entre UFSCar e Funap. "Estamos no início de uma jornada que podemos ampliar em diferentes direções. A UFSCar é uma estrutura pública de educação e formação comprometida com a responsabilidade social. Por isso, o Projeto Repaginando nos é tão caro, pois parte de um princípio importante que é a transformação da sociedade pela educação.
Esse princípio está dentro de nossa missão educacional", destaca a Vice-Reitora.
Atualmente, cerca de 203 mil pessoas estão encarceradas no Estado de São Paulo, em 182 unidades prisionais. Essas unidades são administradas pela Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP), que tem o apoio da Funap para desenvolver ações socioeducativas. A realização desse tipo de ação é sempre pactuada por um termo de cooperação entre a Funap e outras instituições. No caso da UFSCar, a assinatura do termo foi intermediada pela professora Silvia Nassif, do Departamento de Teorias e Práticas Pedagógicas (DTPP) e Coordenadora do Projeto Repaginando.
Projeto Repaginando
O Projeto de Extensão Repaginando, ligado ao DTPP, é executado em duas unidades prisionais: no Centro de Ressocialização Feminino de Araraquara e na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu. Totalmente operacionalizado por mulheres da comunidade UFSCar e da sociedade civil, o projeto tem como objetivo implantar e desenvolver clubes de leitura com as detentas.
Para as 15 voluntárias do projeto, além da literatura ser um direito de todo ser humano, ela é um instrumento de transformação que permite que as mulheres reduzam suas penas. "Se uma reclusa ler um livro e comprovar, por um relatório de leitura em que ela escreve uma resenha, validado por uma parecerista, ela terá uma redução de 4 dias em sua pena. Nosso trabalho é possibilitar o acesso dessas reclusas à literatura e também a remição de suas penas", explica Nassif.
Em fevereiro de 2025, o Projeto Repaginando fará uma exposição na Biblioteca Comunitária (BCo) da UFSCar, que reunirá alguns textos produzidos pelas reclusas nas rodas de literatura. A inauguração da mostra ocorrerá em 3 de fevereiro. Para o futuro, o Projeto Repaginando se voltará para consolidar o trabalho na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu, que ainda está começando, além de realizar oficinas de escrita com as reclusas e buscar financiamento para suas atividades.
Nessa edição histórica, que acontece de 11 a 15 de dezembro em São Carlos, o Festival fará homenagem em memória ao flautista e compositor Joaquim Callado (1848/1880 RJ), considerado o "Pai do Choro". Como convidado homenageado receberá o compositor e multi-instrumentista de cordas Henrique Araújo
SÃO CARLOS/SP - Para comemorar seus 20 anos de história, o Festival ChorandoSemParar terá sua programação pautada pela história do Choro. E tendo Joaquim Callado como inspiração, essa edição será dedicada aos instrumentistas negros brasileiros, de todos os tempos. Callado inspira também a escolha do elenco, repertório, temas das atividades formativas e, enfim, de toda a programação pensada para essa edição.
A 20ª edição do Festival Internacional de Música Instrumental ChorandoSemParar, em São Carlos, promete ser uma celebração histórica, com uma programação repleta de homenagens, apresentações e reflexões sobre a música instrumental brasileira.
De 11 a 15/12, serão oferecidas atividades formativas no Centro Cultural no Campus 1 da USP São Carlos e, nos dias 13, 14 e 15, apresentações musicais na praça “Dr. Christiano Altenfelder Silva”, a Praça XV. No domingo (15), das 10h às 22h, serão 12 horas ininterruptas de apresentações na Praça XV, formato que inspirou o nome do festival. Toda a programação é gratuita e pode ser conferida, a partir do dia 07/12, no https://sites.google.com/
Homenagem a Joaquim Callado (1848 - 1880)
Realizado pelo Projeto Contribuinte da Cultura e Instituto Mário de Andrade (IMA), essa 20ª edição traz duas temáticas importantes. Fátima Camargo, diretora do ChorandoSemParar, explica que a primeira delas é a própria trajetória do Festival, e a segunda é a de propor uma reflexão sobre a história e a identidade do Choro. “Ao homenagear Joaquim Callado, destacamos a importância de sua contribuição para a consolidação do Choro como um gênero musical único, que mistura influências africanas, europeias e que expressa a rica diversidade da música brasileira. Callado, um homem negro que viveu numa época em que os negros no Brasil enfrentavam radical exclusão social e o não reconhecimento de seus valores intelectuais ou artísticos, teve uma atuação e conquistas no Brasil Império realmente surpreendentes. Sua música era admirada pela elite e suas apresentações eram frequentes nos salões da nobreza. Mas não era convidado apenas para promover o entretenimento do público. Em 1871, Joaquim foi indicado como professor da cadeira de flauta do Imperial Conservatório de Música, indicação até então feita apenas para músicos europeus. Em 1879 foi condecorado como Comendador da Imperial Ordem da Rosa. Em 1879 Joaquim Callado obteve rara deferência ao receber das mãos de Dom Pedro II, a condecoração da Ordem da Rosa”.
Lamentavelmente sua carreira foi interrompida no ano seguinte, em 1880. Joaquim Callado foi acometido de meningite e morreu aos 31 anos, deixando uma obra primorosa e um legado de valor inestimável como inspiração de atitude e de presença que soube fazer prevalecer sua competência, seu talento e conquistar o lugar que lhe era devido.
Compositor e flautista Joaquim Callado é considerado o Pai do Choro. Foi o criador do Choro Carioca, o primeiro conjunto instrumental a utilizar flauta, cavaquinho e violão. Tornou-se o instrumentista mais popular do Rio de Janeiro no Império. “Flor Amorosa”, seu maior sucesso, ficou conhecida como o primeiro Choro composto e faz parte do repertório de todos os amantes do gênero.
Henrique Araújo
O ChorandoSemParar deste ano traz como convidado presente o compositor e multi-instrumentista de cordas Henrique Araújo, que apresentará o projeto Choro Negro, “Araújo, um dos principais nomes da cena atual do Choro, traz uma proposta inovadora, de excelência musical e de grande relevância social, em sintonia com o espírito de resistência, inclusão que caracteriza e com o legado de Joaquim Callado”, comenta Fátima.
Henrique Araújo atua há quinze anos no cenário musical brasileiro, integrando diversos grupos e acompanhando nomes de destaque, como Nelson Sargento, Izaías Bueno de Almeida, Renato Teixeira e Zeca Baleiro, entre tantos outros. Atualmente, é professor e fundador da Escola de Choro de São Paulo e professor da Escola de Música do Auditório do Ibirapuera. Em 2021, lançou o disco Partido Alto, do grupo Batuqueiros e sua Gente, com o compositor Douglas Germano, do qual é responsável pela direção musical.
O Festival ainda fará duas homenagens em memória: uma ao maestro Laércio de Freitas, que desde o ano passado era cogitado para participar dessa edição, mas faleceu em julho. A homenagem ao maestro contará com a participação de sua filha, a atriz, cantora e compositora Thalma de Freitas. A outra homenagem será para a jovem violinista de extraordinário talento, Wanessa Dourado, que fez sua última apresentação no ChorandoSemParar em 2023. O impacto causado por sua música foi tamanho que naquele momento já recebeu o convite para participar do Festival novamente. Porém, em janeiro de 2024 faleceu tragicamente, após um acidente de trânsito.
Sobre o Festival ChorandoSemParar
Comemorando 20 anos de história, o Festival Internacional de Música Instrumental ChorandoSemParar é um dos maiores e mais importantes eventos culturais da região de São Carlos, com reconhecimento internacional. Desde sua primeira edição, em 2004, o festival se destacou pela qualidade técnica e artística de seu elenco e pela maneira como se tornou um espaço único para a celebração e divulgação da música instrumental brasileira, especialmente do Choro.
SERVIÇO
Festival Internacional de Música Instrumental - 20ª Edição do ChorandoSemparar em São Carlos, SP.
De 11 a 15/12 - atividades formativas no Centro Cultural no Campus 1 da USP São Carlos
Dias 13, 14 e 15/12 - apresentações musicais na Praça “Dr. Christiano Altenfelder Silva”, a Praça XV.
Dia 15/12 (domingo), das 10h às 22h - 12 horas ininterruptas de apresentações na Praça XV
Toda a programação é gratuita e pode ser conferida a partir do dia 07/12 no link: https://sites.google.com/
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