SÃO PAULO/SP - O Corinthians anunciou na terça-feira a contratação do atacante Héctor Hernández. Livre no mercado, o jogador assinou contrato com o Timão até dezembro de 2026. O espanhol é o sétimo reforço do Timão nesta janela.
Hernández ainda depende da regularização no BID para ter condições de entrar em campo nesta quinta-feira, contra o Juventude, pela Copa do Brasil.
Aos 28 anos, Héctor defendeu o Chaves, de Portugal, na última temporada e estava sem clube desde o fim da temporada europeia, no fim de junho.
– Quando chegou a notícia sobre o interesse do Corinthians, não tive dúvidas em nenhum momento. Era uma grande oportunidade para mim, de estar em um grande clube, um dos maiores do mundo, e estou muito motivado e quero dar muitas alegrias aqui. Estou muito agradecido por todo o apoio que estão me dando. Quero dar muitas alegrias à torcida – disse Héctor.
Héctor Hernández foi sugerido pelo Centro de Inteligência do Futebol (Cifut) e teve aprovação da comissão técnica de Ramón Díaz. Os números do centroavante agradaram, bem como as condições do negócio, mais baratas, por se tratar de um atleta livre de contrato.
Héctor Hernández esteve longe de ser a prioridade do Corinthians para o setor, mas entraves financeiros e a falta de boas opções no mercado fizeram o clube optar por um nome fora do radar.
Antes de avançar nas conversas com o espanhol, o Timão tentou outros atacantes, como Alex Arce, da LDU, Gonzalo Plata, do Al-Sadd, e Guido Carrillo, do Estudiantes.
Carreira
Héctor iniciou a carreira no Las Palmas e logo chamou a atenção do Atlético de Madrid, onde ficou sob contrato durante por sete anos e fez seis jogos, sendo apenas um deles pelo Campeonato Espanhol.
Sem espaço no Atlético, Héctor foi emprestado para cinco clubes durante o período em que foi contratado da equipe: Elche, Albacete, Málaga, Rayo Majadahonda e Fuenlabrada.
Durante a passagem por todos esses clubes, o centroavante atuou apenas na segunda e terceira divisões espanholas e em jogos pontuais da Copa do Rei, nunca conseguindo avançar por muitas fases.
No Chaves, de Portugal, o centroavante foi um destaques da equipe nas últimas duas temporadas, mesmo com o rebaixamento do time para a segunda divisão nacional no ano passado.
Ao todo, Héctor fez 58 jogos, 21 gols e duas assistências pela equipe, média de 0,41 gol por partida. O centroavante teve participação em quase metade dos gols marcados pelo Chaves ao longo do ano. Apesar disso, com o rebaixamento da equipe, não renovou o contrato.
SALVADOR/BA - A cantora Gretchen faz muito sucesso nas redes sociais e não esconde ser apaixonada por estética e bem-estar. Atualmente com 65 anos, ela cuida de seu corpo em treinos pesados na academia, mas também conta com a ajudinha de procedimentos para deixar o corpo 'lá em cima'.
Isso porque, por trás dos famosíssimos cliques de biquíni de Gretchen nas redes sociais, onde a ex-participante da 'Fazenda' exibe um bumbum durinho e muito definido, a artista cuida da região em tratamentos recorrentes em Portugal, onde mora atualmente.
Na última quinta-feira (22), Gretchen compartilhou um vídeo em uma clínica mostrando o resultado imediato de um procedimento feito no local. "Isso é vídeo, não tem photoshop. Estamos começando meu bumbum na nuca. Tratamento top", comemorou ela.
Em outro vídeo, postado em seguida, a responsável pelo procedimento explicou quais técnicas foram realizados: "Nós temos aqui o exemplo de 'Bumbum na Nuca Advanced', com este bumbum cheio de colágeno e maravilhoso. Bem tratado, bem torneado... porque essa nossa paciente é disciplinada e treina muito".
"Nós fizemos todas as aplicações do 'Bumbum na Nuca Advanced', fizemos também o 'Power Músculo', que é para ela ter crescimento muscular e tonificação", explicou. Gretchen, então, encerrou: "Sem manutenção não tem resultado".
Gretchen falou sobre seus procedimentos estéticos
Antes de fazer os procedimentos estéticos, Gretchen mostrou toda sua preparação. A dançarina, que surpreendeu em uma versão IA sem as plásticas, disse ter acordado cedinho para realizar os procedimentos, já que teria que se deslocar de sua cidade até a capital portuguesa.
"Aqui é 6h da manhã, ainda está escuro, mas quando a gente investe na gente, não temos horário para acordar. Estou na estação de Comboios, porque estou indo para Lisboa fazer meu tratamento de bumbum", disse ela.
Gretchen também refletiu sobre seus procedimentos estéticos, que ela assume ser apaixonada: "É importante você treinar, é importante você fazer sua manutenção dos tratamentos, porque milagre não existe. É dolorido? É dolorido, são muitas picadas, mas vale a pena", afirmou.
Hernane Freitas / PUREPEOPLE
EUA - LeBron está na reta final da carreira, mas já pensa em seu futuro na NBA. O astro do Los Angeles Lakers é um dos interessados em adquirir uma franquia da liga em Las Vegas, na próxima expansão de equipes prevista pela organização.
De acordo com a "Bloomberg", LeBron busca sócios para poder fazer frente ao valor que a NBA vai pedir pelas novas franquias: 7 bilhões de dólares (cerca de R$ 38 bilhões). O preço inclui o investimento na construção de um novo estádio.
O interesse de LeBron em adquirir uma franquia em Las Vegas é antigo. Com o passar do tempo, porém, ele ganhou concorrentes de peso. Segundo a Bloomberg, a disputa será pesada e inclui também a empresa proprietária da marca Red Bull.
LeBron, de 39 anos, tem contrato com os Lakers até o fim de 2025, com a opção de renovar automaticamente até 2026. Nesta próxima temporada, ele atuará ao lado do filho, Bronny, escolhido pela franquia de Los Angeles no último draft.
IBATÉ/SP - O Projeto Cesta Verde é uma recente iniciativa realizada em parceria entre a Secretaria de Agricultura e a Secretaria da Assistência Social de Ibaté, que, em apenas 45 dias, já mostra um impacto significativo na vida da comunidade local. Com o objetivo de fortalecer os laços sociais e familiares das pessoas atendidas pelos serviços do CRAS, o projeto também promove práticas de alimentação saudável e sustentável.
Desde seu início, a ação tem beneficiado cerca de 100 famílias semanalmente, por meio da distribuição de verduras frescas, nutritivas e cultivadas localmente. Todas as terças-feiras, esses produtos são entregues a famílias assistidas, garantindo o acesso a uma alimentação equilibrada e de qualidade.
O impacto positivo da iniciativa nesses primeiros 45 dias é evidente. As famílias beneficiadas não só recebem alimentos essenciais, mas também têm a oportunidade de estreitar os vínculos com os serviços de assistência social disponíveis. Isso fortalece uma rede de apoio mais sólida e integrada, que ajuda a identificar e atender outras necessidades dessas pessoas, promovendo seu bem-estar geral.
O projeto já se destaca como um exemplo de ação social integrada e eficiente, que, além de mitigar a insegurança alimentar, também fortalece a coesão social e contribui para o desenvolvimento sustentável. Ao completar 45 dias, a iniciativa reafirma a importância de políticas públicas capazes de gerar resultados rápidos e significativos, demonstrando que, com a colaboração entre diferentes setores, é possível transformar a vida de muitas pessoas em um curto período de tempo. O programa promete continuar crescendo e ampliando seu alcance, beneficiando ainda mais famílias nos próximos meses.
ALEMANHA - O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,1% no segundo trimestre, na comparação trimestral, segundo dados finais divulgados nesta terça-feira, 27, pela Destatis, a agência de estatísticas do país. Não houve alteração em relação ao número preliminar, e o resultado veio em linha com a expectativa de analistas consultados pela FactSet.
No primeiro trimestre, houve alta de 0,2%, na mesma base de comparação. Ante o segundo trimestre do ano passado, o PIB alemão ficou estável. Neste caso, a projeção da FactSet era de recuo de 0,2%. *Com informações de Dow Jones Newswires.
EUA - A Meta afirmou nesta terça-feira (27) que encerrará em 14 de janeiro de 2025 sua plataforma de criação de filtros de realidade aumentada, a Meta Spark, lançada há sete anos.
O anúncio diz que efeitos produzidos pela Meta continuarão disponíveis para usuários, mas deixa incerto o destino dos populares filtros do Instagram criados pelos próprios usuários e marcas.
Criadores têm até a data anunciada pela companhia para fazer novos filtros e salvar os arquivos localmente. Depois de 14 de janeiro, não será possível fazer login na Meta Spark e os efeitos não estarão mais disponíveis em aplicativos como o Instagram, Facebook e Messenger.
O anúncio significa o fim da Meta Spark Studio, Meta Spark Players e Meta Spark Hub.
Conteúdos já publicados com os efeitos não serão afetados, mas usuários que queiram continuar exibindo o conteúdo feito na Meta Spark devem abrir portfólio em outros sites, diz a empresa.
A Meta também afirmou que está priorizando produtos vistos como melhores candidatos para atender demandas futuras de usuários e parceiros comerciais.
A dona do Facebook tem deslocado energia e recursos para desenvolvimento de produtos de inteligência artificial, como o modelo de linguagem Llama-3.1, e em novas tecnologias de visualização de conteúdo. Em junho, foi reportado que a empresa estaria avaliando comprar até 5% das ações da Ray-Ban, com a qual já desenvolve uma parceria de óculos inteligentes.
Concorrentes como o TikTok continuam disponibilizando plataformas para a criação de filtros para usuários.
POR FOLHAPRESS
SUIÇA - A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou nesta segunda-feira, 26, um plano de seis meses para ajudar a estancar surtos de transmissão de mpox, incluindo aumento de pessoal em países afetados e reforço de estratégias de vigilância, prevenção e resposta.
A OMS disse que espera que o plano de setembro a fevereiro do ano que vem exija US$ 135 milhões em financiamento, e, com o plano, visa melhorar o acesso às vacinas, principalmente nos países africanos mais afetados pelo surto. "Os surtos de mpox na República Democrática do Congo e países vizinhos podem ser controlados e interrompidos", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em um comunicado.
A agência está "aumentando significativamente a equipe" nos países afetados, disse. Em meados de agosto, a OMS classificou o atual surto de mpox como uma emergência global de saúde.
Também nesta segunda, o porta-voz do governo alemão Steffen Hebestreit disse que a Alemanha está doando 100 mil doses da vacina mpox para os países afetados dos estoques mantidos por seus militares. Em sua última atualização sobre o surto, os Centros Africanos de Controle de Doenças relataram que, até a última quinta-feira, 22, já havia mais de 21 mil casos suspeitos ou confirmados, e 590 mortes foram relatadas em 2024 em 12 países africanos. Fonte: Associated Press
POR ESTADAO CONTEUDO
FRANÇA - O presidente da França, Emmanuel Macron, recusou-se a nomear a candidata do bloco parlamentar de esquerda para o cargo de primeira-ministra na segunda-feira (26).
A decisão prolonga o impasse político no país, oficialmente sem premiê desde que a coalizão de Macron, Juntos, saiu derrotada das eleições parlamentares realizadas no mês passado. Gabriel Attal, nomeado em janeiro deste ano, continua no posto apenas interinamente.
A frente de centro-direita a que Macron pertence foi a segunda mais votada no pleito, com 168 cadeiras. O primeiro lugar, com 182 assentos, ficou com a esquerdista NFP (Nova Frente Popular), que une socialistas, comunistas e ambientalistas; e o terceiro, com 143 assentos, com a ultradireitista RN (Reunião Nacional).
A Constituição francesa dita que o presidente tem prerrogativa na escolha do líder do Legislativo, mas o nome precisa ter apoio da maioria do Parlamento.
Como a NFP obteve mais votos do que qualquer outra coalizão, seus representantes defendem que a sua candidata -Lucie Castets, 37, uma funcionária pública pouco conhecida- deve ser nomeada primeira-ministra.
Na sexta (23), quando Macron iniciou as consultas para indicar um novo premiê, Castets chegou a afirmar isso diretamente ao presidente, argumentando que sua frente tinha direito de formar o próximo governo.
Mas o grupo precisaria de mais 96 cadeiras para ter maioria simples na Assembleia Nacional, e enfrenta grande resistência das demais forças políticas para assumir o poder -sobretudo porque a NFP abriga o partido ultraesquerdista LFI (França Insubmissa), liderado pelo radical Jean-Luc Mélenchon.
Ainda nesta segunda, por exemplo, os líderes da ultradireitista RN, Marine Le Pen e Jordan Bardella, avisaram a Macron que convocariam um voto de desconfiança caso um candidato da NFP assumisse a chefia do Legislativo. A aprovação de uma moção do tipo tem potencial de levar à renúncia do premiê e até mesmo à realização de novas eleições.
"A NFP [...] é um perigo para a ordem pública, a paz e, obviamente, a economia do país", disse Bardella a jornalistas na ocasião. "Queremos proteger o país de um governo que fraturaria a sociedade."
Enquanto isso, Le Pen sugeriu a convocação de um novo referendo para resolver o impasse político. Opôs-se, contudo, à nomeação de um "governo técnico", de especialistas e tecnocratas sem filiação partidária muito pronunciada, alternativa discutida nos veículos de mídia franceses pelo menos desde as eleições legislativas.
A oposição à NFP como um todo e à Castets em particular levaram Macron a decidir seguir com as consultas em nome da "estabilidade institucional", nas palavras dele.
"Um governo baseado unicamente no programa e nos partidos propostos pela aliança com o maior número de deputados, a NFP, seria imediatamente censurado", afirmou o presidente em comunicado.
Ele volta, assim, a conversar com líderes políticos nesta terça (27) -a coalizão de esquerda declarou que não pretendia se reunir novamente com o presidente se ele não indicasse Castets.
Pessoas próximas do presidente apontam que alguns dos nomes que ele considera para o cargo de premiê incluem Xavier Bertrand, 59, governador de uma região no norte do país e opositor feroz do RN, e Bernard Cazeneuve, 61, ex-primeiro-ministro e ministro do Interior do país de 2014 a 2016, quando ele sofreu uma onda de atentados.
Uma outra opção citada pela imprensa francesa é Karim Bouamrane, 51, prefeito de Saint-Ouen, na periferia de Paris. A cidade que o afiliado ao Partido Socialista governa se destacou nestas Olimpíadas ao abrigar atletas de todo o mundo.
POR FOLHAPRESS
EUA - Duas pessoas morreram e outra ficou ferida após um "incidente" nas instalações de manutenção da transportadora aérea Delta Air Lines, no Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson, em Atlanta, nos Estados Unidos.
A empresa não deu detalhes sobre as causas do incidente que ocorreu durante a manhã de terça-feira (27), mas a estação norte-americana WSB2 revelou que se tratou da explosão de um pneu.
Em comunicado, a Delta garantiu estar a "trabalhar com as autoridades locais e conduzindo uma investigação completa para determinar o que aconteceu", acrescentando ainda que está "de coração partido" e "grata pela ação rápida dos serviços de emergência e equipes médicas no local".
O incidente não teve impacto nas operações do aeroporto.
POR RAFAEL DAMAS
BRASÍLIA/DF - Sete em cada dez trabalhadores brasileiros autônomos desejam um emprego com carteira assinada depois de sete anos da reforma trabalhista, que incentivou a informalidade do mercado de trabalho com a promessa de criar 6 milhões de empregos. É o que mostra pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV-Ibre).
Aprovada em julho de 2017, a reforma trabalhista alterou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em mais de cem pontos. A reforma decidiu, por exemplo, que os acordos entre patrões e empregados prevalecem sobre a lei.
Ela impôs obstáculos para o trabalhador processar empresas, permitiu que direitos como férias fossem parcelados e enfraqueceu os sindicatos ao acabar com a contribuição obrigatória –mudança retificada pelo STF.
A promessa era frear o desemprego, que crescia desde a crise político-econômica de 2015. Na época, o então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que 6 milhões de empregos seriam gerados em dez anos. Seriam dois milhões já nos dois primeiros anos, segundo Ronaldo Nogueira, então ministro do Trabalho.
Apesar da reforma, o desemprego se manteve alto. A taxa de desocupação, que estava em 6,6% em 2014, disparou após a crise de 2015, chegando a 12,9% em julho de 2017, quando a reforma foi aprovada. A taxa patinou no mesmo patamar nos anos seguintes até atingir o pico de 14,9% em março de 2021, agravada pela pandemia.
"O que fizemos foi flexibilizar o contrato de trabalho, porque na minha cabeça estava o seguinte: é melhor você arrumar trabalho flexível do que não ter emprego", afirmou Michel Temer, em 2020.
70% DOS AUTÔNOMOS QUEREM CLT
Sete anos depois da reforma, 67,7% dos autônomos sonham em trabalhar com carteira assinada. Pelos critérios do FGV-Ibre, o Brasil tem 25,4 milhões de autônomos, enquanto a população total ocupada era de 100,2 milhões em março de 2024. A pesquisa do instituto consultou 5.321 pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.
O desejo da CLT é maior entre os autônomos mais pobres: 75,6% dos informais com renda de até um salário mínimo (R$ 1.412) preferem um trabalho com carteira assinada. Entre aqueles com renda entre um e três mínimos, esse nível chega 70,8%, enquanto essa proporção cai.
Os trabalhadores autônomos ganham mal. Cerca de 44% deles recebem até um salário mínimo.
A maioria dos informais é homem e negro. 38% dos informais têm entre 45 e 65 anos, 66% são homens e 54,5% se declaram pretos e pardos.
A insegurança financeira é maior para esses trabalhadores. Enquanto apenas 45% deles conseguem prever sua renda para o próximo semestre, esse percentual chega a 67,5% entre funcionários com carteira assinada.
A renda dos autônomos também varia muito. O salário de 19,8% deles pode oscilar mais de 20% de um mês para o outro, enquanto o mesmo acontece com apenas 4,7% entre aqueles com CLT.
"A reforma contribuiu para o aumento do trabalho flexível, mas poucos ganham bem, e preferem a CLT", comenta Rodolpho Tobler, pesquisador da FGV Ibre.
"A pesquisa demonstra a insatisfação das pessoas com a reforma: os informais que ganham menos são os que mais querem carteira assinada. É uma opção menos pior. O emprego com carteira assinada não é bom, mas é melhor ter FGTS, férias, 13º e seguro-desemprego", avalia José Dari Krein, professor da Unicamp.
"POR NECESSIDADE, NÃO POR DESEJO"
A maioria das vagas que foram criadas desde a reforma foi precária. Entre julho de 2017 e junho deste ano, os autônomos passaram de 21,7 milhões para 25,4 milhões, crescimento de 17%. "A saída de crise foram essas pessoas que migraram para a informalidade por alguma necessidade, não por desejo", diz Rodolpho Tobler, pesquisador da FGV Ibre responsável pelo levantamento. "Esses autônomos com renda mais baixa preferem ter carteira assinada e benefícios sociais, o que o terceirizado não tem."
As empresas se beneficiaram. "Ao enfraquecer sindicatos, limitar o acesso à Justiça e permitir que os empregadores negociem sem os sindicatos, a reforma desequilibrou as forças e aprofundou a desorganização do mercado de trabalho", diz o professor de economia da Unicamp José Dari Krein, doutor em economia social do trabalho. "Em um mercado mais vulnerável, crescem os contratos de tempo parcial e o trabalho por conta própria."
A piora das vagas com CLT também empurrou mais gente para a informalidade. "Uma parte das pessoas vai trabalhar por conta porque os empregos com carteira pagam mal e a reforma ainda flexibilizou os direitos oferecidos por ela", diz o professor.
A produtividade também caiu, diz Tobler. "Muitos conseguiram voltar a trabalhar, mas a maioria não está na área para a qual se preparou, e não apresentam a produtividade que poderiam. As pessoas não estão na área que deveriam, estão por necessidade."
A promessa de sucesso no mercado informal, porém, frustra quem tenta ganhar dinheiro por conta. "O fundamento da reforma é a ideia de que cada trabalhador tem autonomia: ele não precisa de instituições de defesa porque teria poder de igualdade com o empregador", afirma Krein. "Nesse incentivo à individualização e competição, algumas pessoas vão se dar bem, mas a maioria, não."
Ainda em 2017, o Congresso aprovou a lei das terceirizações. Também com a promessa de mais empregos, a lei permitiu que as empresas terceirizassem até sua atividade principal. "A terceirização pode formalizar mais trabalhadores, mas paga ainda menos", diz Krein. Uma pesquisa de 2015 indicava que os terceirizados trabalhavam três horas a mais e ganhavam 25% menos no Brasil.
A taxa de desocupação só começou a cair depois da pandemia. Ela baixou a 7,9% em dezembro de 2022 até chegar ao índice mais baixo desde 2012: 6,9% na média de abril, maio e junho de 2024, segundo o IBGE.
Para Krein, a queda do desemprego não tem relação com a reforma trabalhista. "Tem muito mais a ver com a retomada do pós-pandemia e do aumento do salário mínimo, que amplia o consumo e melhora a atividade econômica, que gera empregos", disse.
"Nosso maior problema é mensurar a reforma trabalhista. Teve turbulência políticas no período, impeachment, recessão, mas a reforma facilitou a geração de empregos, facilitou as contratações e desburocratizou", afirma Tobler.
POR FOLHAPRESS
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