O musical infantil Wandinha (18), inspirado nas charges de Charles Adams; A Bela e A Fera (24) montagem da BRZ produções estreiam em Araras
ARARAS/SP - O Teatro Estadual de Araras, equipamento vinculado à Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, recebe em junho eventos artísticos de diversas linguagens, com destaque para os espetáculos infantis.
“Com a proximidade das férias, a equipe do Teatro fez uma seleção bem cuidadosa para a segunda metade de junho, uma programação que vai agradar a garotada, mas também vai divertir os pais”, disse Glaucio Franca, diretor-geral da Amigos da Arte.
O espaço recebe a peça Escolas de Mulheres (17), um sucesso por onde passa; o musical infantil Wandinha (18), inspirado nas charges de Charles Adams; A Bela e A Fera (24) montagem da BRZ produções; e a peça O menino de Lugar Nenhum (25), que conta a história de um menino colorido em um mundo preto e branco.
O projeto The King - Elvis (24) mostra em uma mega produção a história de Elvis Presley, um dos maiores astros da música de todos os tempos, através de seus maiores sucessos.
A agenda de stand-up fica com o humorista mineiro Cleber Rosa (30), que apresenta o espetáculo Reclamação do Dia. O show, com uma hora de duração e sucesso em todo o país, aborda situações comuns da vida de um homem simples.
Mais informações, acesse o site do Teatro - https://
Confira a programação completa abaixo:
Escolas de Mulheres
Teatro
17 de junho
Assistida por mais de 6 mil pessoas em uma trajetória que já passou por São Paulo, Santos, Jundiaí e Barueri, a Escola de Mulheres tem direção de Clara Carvalho. A obra é um gesto de transgressão ao patriarcado e ao conservadorismo, além de trazer à tona com ironia, leveza e elegância, a sagacidade feminina. Os ingressos são gratuitos e poderão ser resgatados através da Sympla
Serviço
Escolas de Mulheres
Datas: 17 de junho, sábado, 20H
Ingressos: Gratuito | Sympla
Duração: 85 minutos
Classificação etária: 16 anos
Ingressos: Gratuito
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Wandinha
Infantil
18 de junho
Wandinha e seu irmão Feioso ao chegar na escola descobrem que foram transferidos para uma sala de aula para alunos “especiais”, com uma professora nada amigável, a viúva Sra Brown.
Lá conhecem o super inteligente Lucas, o especialista em redes sociais Cyber , tímido Ziggy e a garotinha Maya que tem um super cérebro para computadores e um QI bem avançado. Como uma legítima Addams, Wandinha não concorda com a sala separada e vai causar muitas confusões para provar que ser diferente é super normal.
Um espetáculo autoral, musical inspirado nas charges de Charles Adams publicadas no jornal The New Yorker de 1937. O espetáculo aborda temas como diferenças, intolerância (e até hostilidade) de pessoas que construíram a ideia de que todos sejam iguais e se encaixem dentro de um único padrão.
Ser diferente é extremamente normal, e os Adams mostram que uma família unida é capaz de superar grandes desafios.
Wandinha
Data: 18 de junho, domingo, 15 horas
Ingressos: R$ 70 - Inteira comprando no dia | R$ 60 - Antecipada, comprando até um dia antes | R$ 35 - Meia por direito (estudantes, professores, pensionistas, aposentados e crianças á partir de 02 anos ocupando lugar) | Sympla
Duração: 65 minutos
Classificação: Livre
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A Bela e a Fera
Teatro Infantil
24 de junho
“A Bela e a Fera, O Espetáculo Musical” traz uma belíssima releitura de um dos maiores clássicos de todos os tempos.
O espetáculo conta a história de amor entre uma linda jovem e um príncipe que foi enfeitiçado e transformado em Fera. Sua bondade a faz enxergar o lado humano da Fera, por quem se apaixona perdidamente, quebrando o feitiço.
A turnê já percorreu mais de 70 cidades brasileiras, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, João Pessoa, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Foz do Iguaçu, Curitiba, Maceió, Joinville, Natal, Porto Alegre, Fortaleza, Campinas, Ribeirão Preto, Sorocaba, Santos, entre outras. Impactando um público de mais de 250.000 pessoas, em 4 anos. Tendo sua experiência internacional com turnê no Uruguai e Argentina.
A Bela e a Fera
Data: 24 de junho, sábado, às 15 horas
Ingressos: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia) | Sympla
Duração: 100 minutos
Classificação: Livre
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The King – Elvis Experience
Show Musical
24 de junho
“THE KING - Elvis Experience ” conta a história de Elvis Presley, um dos maiores astros da música de todos os tempos, através de seus maiores sucessos.
Uma mega produção, com dois “Elvis” e 30 integrantes no palco. Um espetáculo totalmente cantado e tocado ao vivo, além de um belíssimo ballet, backing vocal's, e uma banda.
O cenário, coreografias, trocas de 50 figurinos e iluminação de última geração ajudam na imersão do show que traz os maiores sucessos do “Rei do Rock and Roll”, em uma viagem musical e visual surpreendente.
A direção geral é de Bruno Rizzo, que assina a direção de grandes espetáculos como “Queen Experience In Concert”, “Abba Experience In Concert”, “Amazing Tenors, Sings Bocelli”, “Pink Floyd Experience In Concert”, “Embalos de Sábado à Noite”.
The King – Elvis Experience
Data: 24 de junho, sábado, às 21 horas
Ingressos: R$ 140 (inteira), R$ 70 (meia)| Sympla
Duração: 80 minutos
Classificação: Livre
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O menino de Lugar Nenhum
Infantil
25 de junho
Em “Lugar Nenhum” tudo é preto e branco. Lá todo mundo é igual. Até que nasce Augusto, um menino colorido que faz um barulho esquisito e desconhecido por todos. Diferente naquele lugar, Augusto terá que enfrentar um mundo cruel e intolerante. Para isso terá a ajuda de um cientista um tanto quanto maluco, que garante ter a solução para qualquer tipo de problema, até mesmo a capacidade de torná-lo preto e branco como os outros habitantes. Será que Augusto desistirá de ser ele mesmo para se enquadrar no que querem e esperam dele?
O menino de Lugar Nenhum
Data: 25 de junho, domingo, às 11 horas
Ingressos: Gratuito | Sympla
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
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Reclamação do dia - Cleber Rosa
Stand-up
30 de junho
Com mais de 1 bilhão de visualizações e 4 milhões de seguidores nas redes sociais, o humorista mineiro, Cleber Rosa, faz em pouco mais de uma hora, uma comédia stand-up que aborda situações comuns da vida de um homem simples; causos do seu personagem mais querido e popular, Chico da Tiana, e o quadro Reclamação do Dia. A cada cidade que passa, o show de Cleber Rosa ganha um texto diferente com referências locais, sempre com o cuidado de não usar palavrões.
Além da página Reclamação do Dia, o personagem Chico da Tiana, Cleber Rosa encanta com o romântico locutor Priscilo, que leva ao público o quadro Priscilove, com as mais bregas e românticas canções, além de ler cartas com histórias de amor.
Reclamação do Dia - Cleber Rosa
Data: 30 de junho, sexta-feira, às 20 horas
Ingressos: 70,00 / 35,00 | Ingresso Solidário : R$40,00 (1 kilo de alimento) | Sympla
Duração: 60 minutos
Classificação: Livre
Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, Teatro Sérgio Cardoso Digital e Teatro Estadual de Araras, além do Mundo do Circo SP e da plataforma de streaming e vídeo por demanda CulturaEmCasa, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004.
Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus mais de 17 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 60 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.
Sobre o Teatro Estadual de Araras
Inaugurado em 1991, o Teatro Estadual Maestro Francisco Paulo Russo foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com 466 lugares em seu auditório principal e outros 126 lugares no auditório menor em seu subsolo. De 1995 a 2005, o Teatro foi equipado com todas as instalações necessárias para os mais diversos eventos de manifestação cultural local, nacional e internacional. A partir de 2004, passou a ser administrado pela Associação Paulista dos Amigos da Arte.
ARARAS/SP - Cores, formas e aromas são essenciais no universo das orquídeas e, por trás da beleza que encanta, estão estudos e técnicas para criação de novas variedades. Considerando os principais grupos comerciais de orquídeas, há mais de 2.500 variedades disponíveis no Brasil. A oferta pode se restringir ao colecionismo ou atingir mercados mais abrangentes, como grandes atacarejos e centros de distribuição de plantas ornamentais, como o de Holambra, no interior de São Paulo.
No Campus Araras da UFSCar, o Laboratório de Fisiologia Vegetal e Cultura de Tecidos desenvolve melhoramento genético de plantas ornamentais desde 2017, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de financiamento de projetos de pesquisa, e tem suas primeiras cultivares já no mercado.
"Nosso trabalho vai além da ornamentação; tem como objetivo a obtenção de cultivares de rápido desenvolvimento e mais precoces para floração, além do porte compacto, uma tendência de mercado atual", situa Jean Carlos Cardoso, docente no Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar). O trabalho no Laboratório é também inovador por utilizar espécies de orquídeas da flora brasileira em cruzamentos com cultivares importadas.
Segundo o pesquisador, embora o Brasil ainda seja considerado um importador de cultivares, os programas nacionais de melhoramento genético têm crescido nos últimos anos. "Essa dependência da genética vinda do exterior gera grandes impactos para a floricultura do País. As mudas e o pagamento de royalties têm sido o maior custo do sistema produtivo, ultrapassando, inclusive, valores pagos às pessoas que trabalham no cultivo e mão de obra em geral. Por isso, o avanço do setor nacional traz vários benefícios, como vantagens econômicas e desenvolvimento de variedades mais adaptadas às condições de cultivo daqui", analisa.
Cardoso explica que o melhoramento genético das orquídeas é feito em etapas, envolvendo os cruzamentos entre as plantas selecionadas, a obtenção das plantas filhas desse cruzamento, seu cultivo em laboratório e, depois, em estufas, para a seleção daquelas que apresentam características de interesse superiores. Esse processo de cruzamento e seleção pode levar de três a oito anos, dependendo da espécie.
No Laboratório do Campus Araras, a cada ano são realizados dezenas de cruzamentos. "Em 2019, semeamos cerca de 90 cruzamentos e, em 2020 e 2021, em plena pandemia, foram mais de 100. Destes, já tivemos algumas plantas floridas de ao menos 10 cruzamentos, sendo que a maior parte ainda não floresceu e continua em cultivo nas estufas até o momento da seleção", informa Cardoso.
"Após a seleção das melhores plantas, iniciamos o trabalho de clonagem em laboratório, para avaliar sua estabilidade e poder disponibilizar aos produtores a quantidade de mudas necessária para a escala comercial", explica. Depois do registro das novas variedades como cultivares, feito com o apoio da Agência de Inovação (AIn) e da Fundação de Apoio Institucional ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FAI-UFSCar), os próximos passos envolvem iniciar o processo de transferência de tecnologia, através de contrato de licenciamento, para, em seguida, chegar ao consumidor final.
ARARAS/SP - Uma pesquisa de Iniciação Científica (IC) desenvolvida no Campus Araras da UFSCar identificou um marcador molecular - espécie de assinatura genética - de cultivares de cana-de-açúcar resistentes à ferrugem alaranjada, doença importante nessa cultura, causada por fungo que se espalha pelo ar. Com isso, o estudo indicou que esta pode ser uma ferramenta molecular importante na busca por novas cultivares resistentes à doença.
O trabalho foi realizado por Ícaro Fier, graduado em Biotecnologia pela UFSCar, sob orientação de Monalisa Sampaio Carneiro, docente no Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA-Ar) da Instituição.
"Em um primeiro momento, avaliamos, em campo, a resistência à ferrugem alaranjada dessas cultivares. Depois, verificamos a frequência do marcador G1 junto às cultivares, para analisarmos se esse marcador auxilia em uma resistência ainda maior a esta ferrugem", sintetiza Carneiro.
A pesquisa constatou que o marcador molecular G1, antes testado apenas em cultivares de cana originárias dos Estados Unidos, é, também, fator de resistência à ferrugem alaranjada em 10 das 24 cultivares brasileiras testadas. Este é o primeiro estudo do País que analisa o marcador em cultivares brasileiras.
Os resultados mostraram que a eficiência do marcador G1 em prever a resistência foi de 71,43%. Além disso, na média geral, a redução na severidade da doença foi de 35% quando o marcador G1 estava presente.
A ferrugem alaranjada é causada pelo fungo Puccinia kuehnii e acomete as folhas, que ficam cheias de pontos alaranjados. A doença prejudica a fotossíntese e reduz, portanto, a produtividade da cana-de-açúcar. Diferentemente de uma bactéria, por exemplo, em que é possível ter maior controle do ambiente para evitar proliferação, o fungo é facilmente espalhado pelo ar - por isso a importância de se criar cultivares resistentes a ele.
A integração de dados de campo com o marcador G1 permitiu a identificação de cultivares de cana resistentes à ferrugem alaranjada, sendo que essa resistência foi promovida, em parte, pelos genes aos quais o marcador G1 está ligado. As cultivares resistentes e com a presença do marcador G1 podem ser aproveitadas no processo de melhoramento para realizar novos cruzamentos e, assim, obter cultivares que combinem também esse tipo de resistência à ferrugem alaranjada, criando o que os cientistas chamam de resistência durável.
"Essa resistência durável é um dos objetivos do nosso programa de melhoramento genético - o maior do País -, pois vem com o propósito de liberar cultivares resistentes às principais doenças da cana-de-açúcar, tendo, assim, maior durabilidade comercial e boas condições de produtividade", conta a docente da UFSCar.
Outra vantagem: cultivares mais resistentes diminuem o uso de produtos químicos para combater doenças - algo prejudicial à própria cana e ao ambiente.
A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Grupo de Estudos em Biotecnologia de Plantas (GEBPlant), coordenado por Carneiro, com apoio do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-açúcar da UFSCar (PMGCA), sediado no Centro de Ciências Agrárias (CCA), no Campus Araras.
Premiação e reconhecimento
Parte do estudo gerou a publicação "Field resistance and molecular detection of the orange rust resistance gene linked to G1 marker in Brazilian cultivars of sugarcane", que conquistou o Prêmio Summa Phytopathologica, como melhor artigo publicado no ano de 2020 no periódico de mesmo nome.
Além de Fier e Carneiro, o texto tem coautoria de Hermann Paulo Hoffmannn - assim como Carneiro, docente no DBPVA-Ar -, além de Thiago Willian Almeida Balsalobre e Roberto Giacomini Chapola, pesquisadores no PMGCA e integrantes da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA).
Fier, hoje estudante de doutorado no Programa de Pós-graduação em Genética e Biologia Molecular na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), comenta que a premiação trouxe a ele um incentivo pessoal, além de corroborar a importância do trabalho que os cientistas desenvolvem diariamente.
"Como profissional da área, vejo a Biotecnologia como um racional que permite criar tecnologias aplicáveis em diversas áreas. Na Agronomia, por exemplo, ela pode potencializar o desenvolvimento de cultivares mais adaptadas para as necessidades atuais. O período em que passei no GEBPlant ajudou a estruturar a minha base de conhecimentos que me impulsionaram na carreira acadêmica. Hoje, como aluno de doutorado da Unicamp, fico feliz em saber que nossos esforços geraram frutos", pontua o estudante.
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