Setor obteve faturamento R$ 19,2 bilhões superior ao registrado no mesmo período de 2022
SÃO PAULO/SP - As vendas reais do comércio paulista cresceram 4,2% entre janeiro e maio, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos absolutos, são R$ 19,2 bilhões a mais do que o obtido nos cinco primeiros meses 2022. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela FecomercioSP.
De acordo com o levantamento, em maio, o setor registrou novamente o melhor resultado para o mês da série histórica, atingindo o faturamento de R$ 101,4 bilhões no período. Apesar disso, o baixo crescimento (de 0,9%) em relação a maio do ano passado e a queda na maioria (cinco de nove) dos segmentos apurados na pesquisa são sinais de perda de fôlego no varejo.
Na avaliação da FecomercioSP, a despeito da base de comparação elevada e o arrefecimento natural após um grande volume nas vendas atingido, esse movimento foi influenciado pelo aumento de preços e pelos juros elevados, que têm dificultado o desempenho do comércio de forma direta e indireta. Diante da redução anunciada pelo Banco Central (Bacen), espera-se um efeito sobre o consumo, que deverá ser observado no fim do ano e início de 2024. Até lá, o comércio se beneficiará do ganho real do trabalhador, principalmente pela queda na inflação.
Das nove atividades pesquisadas, no quinto mês do ano, quatro mostraram aumento no faturamento real: farmácias e perfumarias (15,3%), autopeças e acessórios (13,7%), concessionárias de veículos (11,3%) e supermercados (9,3%). Essas altas contribuíram para o resultado geral com 5,6 pontos porcentuais (p.p.). Já as retrações foram apresentadas pelos grupos de outras atividades (-17,9%), lojas de móveis e decoração (-3,2%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2,9%), materiais de construção (-2,6%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-0,4%), resultando numa pressão negativa de 4,7 p.p.
A taxa de juros limita o consumo em determinados segmentos comerciais. São os casos dos materiais de construção e dos móveis e decoração (ambos também afetados pelo esfriamento do mercado da construção civil). Apesar de ser o mais movimentado no Dia das Mães, o segmento de vestuário voltou a cair após nove meses de crescimento. A explicação são os preços — à época, bastante pressionados pelo aumento de custos observado nos últimos anos.
O grupo de outras atividades (que reúne comércio de combustíveis, joalherias, artigos esportivos, lojas de brinquedos, entre outros e tem um peso enorme no varejo, com o segundo maior faturamento na PCCV), sofreu influência do comércio de combustíveis, que, em um ano, apontou queda nos preços superior a 30%. Dessa forma, mesmo com o aumento do consumo, não foi possível reverter o resultado nas vendas.
Entretanto, as concessionárias de veículos surpreenderam positivamente. Em maio, quando o governo anunciou o programa de desconto nos carros populares, esperava-se um movimento de postergação da compra para o mês seguinte. Contudo, isso não ocorreu. A razão, avalia a Entidade, pode ter sido a necessidade imediata da compra e da aquisição de modelos que não entrariam no programa de desconto (ou, ainda, condições mais vantajosas).
Por fim, dentre as atividades pesquisadas, destacaram-se os resultados dos supermercados e das farmácias. Esses setores básicos seguem sendo beneficiados pela recomposição real da renda, com mais emprego e menos inflação. A tendência, segundo a FecomercioSP, é que continuem dessa forma ao longo do ano.
Desempenho na capital
Na capital paulista, as vendas apresentaram um crescimento de 4,8% no faturamento real, em relação ao mesmo período do ano passado. A cidade atingiu uma receita de R$ 31,9 bilhões no mês, R$ 1,4 bilhão a mais do que o registrado em maio de 2022. Com esses resultados, a taxa acumulada no ano foi de 7,4%, o que, em termos de valores atuais, representa um incremento de R$ 10,2 bilhões em comparação ao apurado entre janeiro e maio do ano passado.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.
ARGENTINA - O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, afirmou que agirá com rigor contra o mercado paralelo de dólar. "Parecia que estava caindo, mas depois reapareceram os mesmos bandidos que estavam brincando", disse o ministro em evento com sindicalistas na última terça-feira (8), segundo informações do jornal Clarín.
Pré-candidato à presidência, Massa ameaçou os especuladores em seguida. "Amanhã (quarta-feira), vamos fazer com que eles sintam o rigor com todos os instrumentos que a UIF (Unidade de Investigação Financeira tem", afirmou. O ministro não especificou quais seriam essas medidas.
Porém, na quarta-feira (8), a cotação no mercado paralelo chegou a 598 pesos para um dólar, um valor recorde e que representa uma desvalorização de 17,5% da moeda argentina em um mês.
Um sistema de controle de divisas vigora na Argentina desde 2019, e diversas taxas de câmbio funcionam paralelamente à oficial, que fechou a 297,82 pesos por dólar na quarta-feira.
Embora o mercado do chamado "dólar blue" seja considerado pequeno, sua cotação reflete as expectativas do mercado, em um país que enfrenta uma inflação de 115% ao ano.
Os argentinos apostam historicamente no dólar para se protegerem da desvalorização de sua moeda, comportamento que ganha força às vésperas de processos eleitorais, que será realizada no domingo (13).
Há meses, as reservas internacionais diminuem a cada dia. Na terça-feira, fecharam em US$ 24,1 bilhões, segundo o Banco Central do país. Analistas econômicos, no entanto, estimam que as de livre disponibilidade se encontrem praticamente em zero.
por FERNANDO NARAZAKI / FOLHA de S.PAULO
BRASÍLIA/DF - O Banco do Brasil (BB) bateu recorde de ganhos nos seis primeiros meses do ano. De janeiro a junho, a instituição financeira teve lucro líquido ajustado de R$ 17,3 bilhões, crescimento de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em nota, o BB informou que a melhoria dos lucros decorreu do crescimento da carteira de crédito com uma composição que diminui o risco de inadimplência. O banco também cita a diversificação das receitas (principalmente de serviços) e o controle dos gastos.
Apenas no segundo trimestre, o lucro líquido ajustado alcançou R$ 8,8 bilhões, resultado 11,7% acima do mesmo trimestre de 2022 e 2,8% acima do trimestre anterior. O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) chegou a 21,4%, o que, segundo o BB, representa um índice semelhante ao dos bancos privados.
A carteira de crédito ampliada encerrou junho em R$ 1,045 trilhão, 13,6% acima do registrado em junho de 2022 e 1,2% acima do observado no fim do primeiro trimestre. A expansão ocorreu mesmo com a manutenção da Taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano nos seis primeiros meses do ano.
De acordo com o BB, parte da melhoria decorre do crescimento do crédito com a manutenção do índice de inadimplência abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional. O índice de operações de crédito com mais de 90 dias de atraso atingiu 2,73%, nível mais baixo que a média do Sistema Financeiro Nacional, segundo o banco.
Na distribuição por segmentos de crédito, a carteira pessoa física ampliada cresceu 10% em relação a junho do ano passado e 0,6% em relação a março deste ano. O destaque foi o crédito consignado (+2% no trimestre e +9,3% em 12 meses).
Em relação ao crédito para empresas, a carteira pessoa jurídica ampliada expandiu-se 10,4% em 12 meses e 2,5% no trimestre. Os melhores desempenhos foram registrados na carteira para micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 1,4% no trimestre e de 21,8% em 12 meses e para as grandes empresas, com crescimento de 2,9% no trimestre e de 9,3% em 12 meses.
O crédito para o agronegócio encerrou junho com saldo de R$ 321,6 bilhões, alta de 22,7% sobre junho do ano passado. Somente no Plano Safra 2022/2023 (de julho do ano passado a junho deste ano), foram emprestados R$ 190 bilhões, alta de 23,3% em relação à safra anterior.
No primeiro semestre, o crédito para o agronegócio e a agricultura familiar somou R$ 75 bilhões, alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado. Os destaques foram linhas de investimentos (+46,8% em 12 meses) e de custeio (+30,6% em 12 meses). Ao considerar apenas os agricultores familiares, foram emprestados R$ 7,8 bilhões para 106 mil produtores, crescimento de 18,4% em relação aos seis primeiros meses de 2022.
As operações de crédito sustentáveis, que respeitam parâmetros sociais e ambientais, atingiram R$ 321,6 bilhões no fim do primeiro semestre, com alta de 10% em 12 meses.
As receitas de prestação de serviços no primeiro semestre subiram 6,8% em comparação com o mesmo período de 2022. O crescimento foi influenciado pelos segmentos de consórcios, seguros, previdência e capitalização
As despesas administrativas aumentaram 7,4% na mesma comparação. De acordo com o BB, a alta decorreu do reajuste de 8% aos funcionários previsto no último acordo coletivo.
O Banco do Brasil também revisou as projeções para 2023. A estimativa de lucro ajustado foi mantida num intervalo entre R$ 33 bilhões e R$ 37 bilhões. A previsão de crescimento do volume de crédito neste ano foi elevada, passando de 8% a 12% para uma faixa entre 9% e 13%. O crescimento das receitas com serviços, que estava entre 7% e 11%, foi reduzido para 4% a 8%. A previsão para as despesas administrativas foi mantida, com alta de 7% a 11% neste ano.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
CUBA - "Sem chance! Não se pode dar nada ao banco", diz Lisandra Pupo, uma engenheira mecânica cética quanto à "bancarização" das operações econômicas anunciada pelo Banco Central de Cuba, que tenta reduzir o número de cédulas em circulação no país.
A nova medida, que entrou em vigor na última quinta-feira (3), obrigará tanto a população quanto as empresas a realizarem, por seis meses, a maior parte de suas transações financeiras através de canais eletrônicos. No entanto, os cubanos acreditam que esta solução dificultará a obtenção de seu próprio dinheiro, devido à limitação tecnológica da ilha.
"Isso é impossível. Agora o caixa automático não tem dinheiro ou não tem conexão", disse a engenheira de 30 anos, denunciando o limite de saque de 5.000 pesos (cerca de US$ 28 ou R$ 137, na cotação atual).
Desde que o governo cubano implementou a reforma monetária em janeiro de 2021, é cada vez mais comum a população carregar maços de notas para pagar uma simples conta de restaurante ou um serviço em uma oficina mecânica.
"Hoje há um nível significativo de dinheiro que está fora do sistema bancário. Esse dinheiro não circula nos circuitos lógicos da economia e só é negociado entre pessoas físicas", o que está "incentivando a espiral inflacionária", explicou Joaquín Alonso, presidente do Banco Central, na segunda-feira (7), em um programa da televisão estatal.
Quando a reforma monetária foi aplicada, o Banco Central cubano injetou uma boa quantidade de capital de giro para "dar poder de compra à população", dada a expectativa de aumento de preços que acompanhou um aumento salarial médio de 450%.
No entanto, as autoridades reconhecem que enfrentam desafios significativos diante da falta de recursos para instalar e atualizar terminais de pagamento com cartão em todos os estabelecimentos do país.
Para Rossel Garcés, um tipógrafo de 32 anos que trabalha por conta própria, colocar o dinheiro no banco é um problema.
Sabendo "que só posso sacar 5.000 pesos, que esperei três horas na fila, vou para outro banco esperar em outra fila para sacar mais 5.000. Vou passar uma semana para tirar 20.000 pesos?" questiona, adicionando que muitas pessoas na ilha não têm acesso a smartphones para fazer transferências.
- "Escassez" e "inflação" -
O economista independente cubano Omar Everleny Pérez considera que "os preços tão elevados e a inexistência de notas de alto valor" tornaram "necessária esta bancarização".
A inflação interanual chegou a 45,8% em maio, comparada aos 39% registrados em 2022, de acordo com dados oficiais, mas analistas indicam que este número já atingiu os três dígitos.
O anúncio também coincide com as cotações recordes do dólar (240 pesos ou R$ 4,90) e do euro (245 ou R$ 5,38) no mercado informal, segundo o portal independente El Toque.
As micro, pequenas e médias empresas, licenciadas há apenas dois anos, também foram afetadas, já que agora terão de fazer todos os seus negócios eletronicamente. Estes empreendimentos precisam de dólares para realizar suas importações e têm dificuldade de adquiri-los no mercado oficial.
Para o consultor de empresas privadas Oniel Díaz, estas empresas vão perder a capacidade de importar "em um ambiente de escassez e inflação", disse em uma publicação no seu perfil no Facebook.
O governo cubano afirmou recentemente que 100% de sua cesta básica é importada, em meio à pior crise econômica em três décadas.
BRASÍLIA/DF - O coordenador do Real Digital, agora chamado Drex, no Banco Central, Fabio Araujo, reconheceu que o uso da CBDC (sigla em inglês para Moeda Digital de Banco Central) brasileira deve ter um custo como um serviço financeiro. Mas Araujo ponderou que a tendência é que seja muito mais barato do que hoje.
“O real digital está sempre associado a um serviço financeiro. É natural que o custo da plataforma seja parte desse serviço”, disse ele, em live semanal do BC, que esta semana está tratando do real digital.
Segundo o coordenador da iniciativa, a vantagem do real digital é que ele vai diminuir os intermediários.
“Não precisa mais ter advogado, tem um pedaço de código garantindo que os valores estão de acordo com o que foi registrado no contrato. Baixa muito o custo”, disse ele. “Hoje, toda vez que eu contrato um advogado, tenho um custo da pessoa, mas a partir da construção de um smart contract, o próximo uso tem custo zero. Tem um custo, mas parece que será mais barato do que o que temos hoje. Estamos trabalhando para construir essa tecnologia para que seja muito mais barata.”
SÃO PAULO/SP - Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do concurso 2.618 da Mega-Sena, realizado na noite de sábado (5), na capital paulista. O prêmio acumulado para o próximo concurso é de R$ 75 milhões.
5 acertos - 121 apostas ganhadoras: R$ 49.036,67
4 acertos - 9.213 apostas ganhadoras: R$ 920,04
O próximo sorteio da Mega-Sena será na quarta-feira (9).
Reflexo da resiliência do seu qualificado portfólio, companhia registra alta de 8,0% em Vendas Totais frente ao número já robusto de 2022; Receita Líquida avançou 19,3% na comparação trimestral com o ano anterior, somando R$ 302,7 milhões
SÃO CARLOS/SP - A Iguatemi S.A. [B3: IGTI11], uma das maiores companhias full service no setor, com participação em 14 shopping centers, dois premium outlets e quatro torres comerciais, além do e-commerce Iguatemi 365 e das lojas próprias operadas pela i-Retail, reporta resultados sólidos no encerramento do segundo trimestre de 2023, que demostram a evolução dos seus principais indicadores operacionais. Por mais um trimestre, a companhia bateu recorde e atingiu Vendas Totais de R$ 4,6 bilhões no período, com crescimento de 8,0% sobre o 2T22 e crescimento real de 4,3% sobre a inflação (IPCA).
A companhia, além de crescer acima da média do segmento, vem registrando uma sequência de recorde de vendas e números expressivos sobre uma base robusta. Segundo dados da Abrasce, nos cinco primeiros meses de 2023, a empresa ficou 10,2 pontos percentuais (p.p) acima do crescimento do setor, reforçando a resiliência do seu portfólio, composto por ativos bem posicionados nos segmentos de renda mais resilientes frente ao cenário macroeconômico desafiador. “Fechamos este primeiro semestre no caminho certo para a entrega do nosso guidance de resultado, atingindo crescimento de 19,5% na receita líquida de shoppings, com margem EBITDA de 78,2% na unidade de shoppings, e crescimento de 19,7% na receita líquida do varejo. No consolidado, entregamos uma margem EBITDA Ajustado de 68,6% e CAPEX de R$ 86,7 milhões”, comenta Guido Oliveira, CFO da Iguatemi S.A.
A Receita Líquida atingiu R$ 302,7 milhões no 2T23, 19,3% acima do 2T22. Excluindo o efeito de linearização, a Receita Líquida chega a R$ 308,0 milhões, +16,4% versus o mesmo período do ano passado. Os investimentos na qualificação do mix dos empreendimentos são refletidos no indicador de vendas mesma área (SAS), que ficou 1,5 p.p. acima do indicador de vendas mesma lojas (SSS) no 2T23. Além disso, no trimestre o SSS e o SAS tiveram aumento de, respectivamente, 6,5% e 8,0% versus o 2T22. Os segmentos que melhor desempenharam no período foram as operações de Serviços, Entretenimento, Outros e Alimentação, registrando um crescimento de 12,0% e 9,1% sob o mesmo período do ano passado.
O aumento das vendas e a qualificação contínua do mix possibilitou à Iguatemi seguir com a retirada de descontos sobre receita de aluguel, atingindo níveis 0,7 p.p. abaixo do registrado no 1T23. A companhia também manteve a capacidade de renovar contratos de aluguel de forma positiva, com crescimento acima da inflação e atingindo leasing spreads positivos de 5,1% no 2T23. “Estes fatores impulsionaram os aluguéis mesma lojas (SSR) e os aluguéis mesmas áreas (SAR) a aumentar, respectivamente, 10,5% e 9,0% no 2T23, com crescimento real sobre a média do reajuste aplicado nos últimos 12 meses, que foram de 7,1 p.p. e 5,6 p.p”, explica Oliveira.
A Iguatemi chegou ao 2T23 com custo de ocupação de 11,3%, em linha com o 2T22 e 0,3 p.p. abaixo de sua média histórica, o que reforça a saúde dos lojistas presentes no portfólio mesmo com os reajustes de aluguel e retirada dos descontos. Os empreendimentos da Iguatemi também encerraram o 2T23 com uma taxa de ocupação média de 92,4%, em linha com os últimos trimestres e com tendência positiva para os próximos meses. “Neste segundo trimestre, tivemos um recorde de assinaturas, com 151 contratos assinados, sendo 70 apenas em junho. Por isso, estamos confiantes no aumento deste indicador no segundo semestre”, reforça o CFO. A inadimplência líquida para o período foi de apenas 0,1%, favorecida tanto pela recuperação dos títulos vencidos no 1T23 como pela manutenção do baixo nível de inadimplência dos lojistas ativos, que têm sido beneficiados pelo custo de ocupação estável e excelentes resultados nas vendas.
Excluindo o efeito da linearização, Infracommerce e o resultado do SWAP das ações, o EBITDA ajustado atingiu R$ 209,0 milhões no 2T23 – aumento de 18,6% versus 2T22, com margem EBITDA ajustado de 67,9%. O FFO ajustado foi de R$ 128,9 milhões, 52,3% acima do 2T22, com margem FFO ajustada de 41,9%. Seguindo a mesma linha, o Lucro Líquido Ajustado atingiu R$ 85,5 milhões no 2T23, 86,6% acima do 2T22, com margem líquida ajustada de 27,8%. Além disso, a alavancagem da Iguatemi encerrou o trimestre em 2,36x, com Dívida Líquida/EBITDA Ajustado, 0,09x abaixo do 1T23.
A Receita Bruta de shoppings foi de R$ 313,5 milhões no 2T23, aumento de 14,6% em relação ao mesmo período de 2022. A Receita de Aluguel, composta por Aluguel Mínimo, Aluguel Percentual (overage) e Locações Temporárias, teve crescimento de 15,2% em relação ao 2T22, representando 77,5% da receita bruta de shoppings. Já no período 6M23, a receita de aluguel teve crescimento de 16,5% sobre 6M22. Considerando apenas as operações do Iguatemi 365 e da i-Retail, a companhia apresentou Receita Bruta de R$ 39,5 milhões no trimestre, 22,1% acima do mesmo período do ano passado. Para o período de 6M23, a Receita Bruta atingiu R$ 69,7 milhões, crescendo 19,4% versus 6M22. A Receita Líquida chegou a R$ 30,8 milhões no 2T23 e R$ 53,2 nos 6M23, representando um aumento de 22,9% sobre o 2T22 e de 19,7% sobre os 6M22.
Destaques da Iguatemi
A 2ª edição do Iguatemi Collections, campanha de gameficação da companhia que faz parte da estratégia de fidelização de clientes do programa Iguatemi One, foi um dos principais destaques do primeiro semestre. Realizada ao longo de 13 semanas, de 20 de março a 25 de junho, a inicativa possibilitou a troca de pins por produtos exclusivos das marcas europeias Kuhn Rikon (Suíça) e da Nachtmann (Alemanha) e obteve resultados expressivos: 40 mil novos clientes se juntando ao Iguatemi One; Dia das Mães registrando um crescimento de 30% em vendas identificadas na comparação com o mesmo período de 2022; e um aumento médio de 7% do ticket médio loja a loja em comparação ao 1T23. “A adesão dos clientes foi excelente, tanto que 20% de todas as vendas do portfólio foram identificadas durante a vigência da campanha”, completa o CFO.
Acelerando o adensamento das regiões onde seus empreendimentos estão inseridos, a Iguatemi anuncia que o Sky Galleria, torre comercial junto ao Galleria Shopping em Campinas, já se encontra 100% locado e 56% ocupado pouco mais de seis meses após seu lançamento. O empreendimento de 14.500 mil metros quadrados e novo ícone corporativo da região, tem aluguel por volta de R$ 84 R$/m², valor 30% acima da média do interior de São Paulo. A expectativa é que a torre ainda reforce o fluxo para o shopping, trazendo cerca de 2 mil pessoas de fluxo permanente por dia para o complexo ainda em 2023. Além disso, o sucesso comercial do Sky Galleria faz com que a Iguatemi reavalie para cima o potencial de seu landbank no interior do Estado de São Paulo.
No último trimestre, na cidade de Campinas, também foram iniciadas as obras do novo bairro Casa Figueira, desenvolvido pela Iguatemi em parceria com a Fundação FEAC. A fase inicial contempla prototipagem da rua principal e a infraestrutura comum do bairro localizado no entorno do shopping Iguatemi Campinas. A previsão é que esta etapa seja concluída até o final do mês de agosto, fazendo com que as primeiras movimentações no terreno sejam construídas.
Os eventos seguem sendo importantes aliados para impulsionar o fluxo dos empreendimentos. No 2T23, a Iguatemi contou com iniciativas como Cine Vista, ET. 40 Anos, Pet Day e Festa Surpresa da Mônica, com intuito de deixar os shoppings do portfólio cada vez mais atrativos, visando proporcionar experiências diferenciadas para seus clientes. A companhia continua avançando nesta frente e, inclusive, acabou de trazer com exclusividade para o Brasil o projeto internacional “Barbie Dreamhouse Experience”. A mostra chegou na América Latina primeiramente em São Paulo, no JK Iguatemi, e é sucesso absoluto. “Até o momento, foram mais de 58 mil ingressos vendidos, mais de 50% deles antes da inauguração da atividade, que já geraram uma arredação de R$ 2 milhões”, explica Oliveira.
A Iguatemi também anuncia a divulgação de seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, marcando um passo significativo em sua jornada ESG e rumo a maior responsabilidade ambiental, social e de governança. O documento representa um compromisso da empresa com a transparência ao fornecer um panorama abrangente das ações e práticas implementadas pela Companhia para promover a sustentabilidade em suas operações. Ao longo do relatório, são destacados os esforços realizados para reduzir o consumo de energia e água, a implementação de tecnologias sustentáveis, a gestão responsável de resíduos e a promoção de iniciativas para o bem-estar da comunidade e dos colaboradores.
Para o segundo semestre, a companhia segue otimista e bem posicionada frente às adversidades de mercado, com um portfólio resiliente e de qualidade, um posicionamento que engloba toda a jornada do cliente e um balanço patrimonial sólido. “Seguiremos buscando a otimização de nossos ativos, com foco no aumento de nossa rentabilidade e geração de caixa, através da contínua qualificação de nosso mix, preenchimento de áreas vagas e criação de uma experiência de consumo diferenciada”, reforça o CFO.
BRASÍLIA/DF - Caixa e Banco do Brasil reduzem juros para segurados do INSS. A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, motivou os bancos públicos a se apressarem em anunciar taxas menores no crédito consignado. O anúncio do Copom ocorreu no final da tarde da última quarta-feira, 2. Pouco depois, Caixa Econômica e Banco do Brasil divulgaram comunicados.
A Caixa divulgou a redução de 1,74% para a partir de 1,70% ao mês nas taxas de juros do Crédito Consignado para beneficiários e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O Banco do Brasil, por sua vez, reduziu taxas nas linhas de crédito consignado e automático, entre outros.
A exemplo da Caixa, o Banco do Brasil reduziu os juros do consignado do INSS. Nesse caso, taxa caiu de 1,81% ao mês para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo.
“A queda da taxa de juros no país está apoiada em condições positivas, construídas ao longo de todo o primeiro semestre deste ano. Elas possibilitam crédito mais barato para as famílias e para as empresas – especialmente as MPE [micro e pequenas empresas] – o que nos permite vislumbrar perspectivas de ainda maior dinamismo da economia, com mais crescimento e geração de emprego”, disse a presidente do Banco do Brasil, Taciana Medeiros.
Rita Serrano, presidente da Caixa, também manifestou otimismo com o cenário. “A medida contribui com a organização das finanças dos clientes, em conjunto com as atuais ações vigentes do banco de negociação de dívidas, e para o crescimento da economia do país”.
Em sua decisão, o Copom indicou que a Selic continuará a cair, amparada pela redução da inflação. Segundo comunicado do comitê, seus membros preveem cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões. A redução anunciada hoje foi a primeira após três anos.
A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic havia sido em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.
Com informações da Agência Brasil.
WASHINGTON - As novas encomendas de produtos fabricados nos Estados Unidos aumentaram em junho, impulsionadas pela forte demanda por equipamentos de transporte e outros bens, mostrando alguns bolsões de força na indústria apesar da taxa de juros mais alta.
Os pedidos às fábricas aumentaram 2,3%, após alta de 0,4% em maio, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 2,2%. Na comparação anua, os pedidos avançaram 0,9% em junho.
Esses dados sugerem que o setor manufatureiro continua firme, apesar de 525 pontos-base de aumentos de juros pelo Federal Reserve desde março de 2022.
Mas pesquisas sugerem que a manufatura, que responde por 11,1% da economia, está em recessão.
O Instituto de Gestão de Fornecimento disse na terça-feira que seu PMI de manufatura contraiu pelo nono mês consecutivo em julho, o período mais longo desde a Grande Recessão de 2007-2009. Os gastos com produtos manufaturados duráveis diminuíram após o boom durante a pandemia do Covid-19, com preferência agora por serviços como viagens aéreas e visitas a parques de diversões.
Mas algumas áreas de força permanecem. Os pedidos de equipamentos de transporte aumentaram 12,0% em junho, após alta de 4,2% no mês anterior. As encomendas de aeronaves civis subiram 69,4%, enquanto as de veículos automotores subiram 0,9%.
Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS
CHINA - Os motoristas chineses que trocarem seus carros mais velhos por modelos mais novos terão direito a subsídios, assim como famílias em áreas rurais comprando material para isolamento térmico e outros materiais para melhorar a eficiência energética. O valor das entradas de atrações turísticas será reduzido para promover o turismo.
Essas são algumas de uma longa lista de medidas detalhadas pelo governo chinês para encorajar os gastos dos consumidores. As tentativas das autoridades de Pequim para estimular a economia ganham maior urgência conforme se torna evidente que a recuperação do país está em queda.
Li Chunlin, vice-presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, reconheceu numa entrevista à imprensa que os consumidores estão cautelosos. “Alguns estão inseguros e têm muitas preocupações”, afirmou.
Os preços dos imóveis despencaram, deixando muitos chineses se sentindo mais pobres e menos dispostos a gastar. O desemprego entre jovens atingiu a marca de 21,3% em junho, fazendo com que eles e os pais apreensivos fiquem mais criteriosos com as despesas. Depois de duas décadas de aumentos rápidos, os salários estagnaram.
Segundo economistas, as políticas para incentivar os consumidores chineses a gastar são bastante necessárias, mas eles responderam aos planos do governo em grande parte com ceticismo.
A Comissão de Desenvolvimento, a principal agência de planejamento econômico da China, não indicou quanto o governo gastaria para apoiar as medidas, o que significa que o custo delas provavelmente ficará a cargo dos orçamentos locais.
“Essas medidas não dão a impressão de que o governo central esteja planejando pagar por nada disso”, afirmou Michael Pettis, economista do Centro Carnegie China.
Com exceção de Pequim e Xangai, assim como das províncias de Guangdong e Fujian, a maioria dos governos locais da China se encontra em uma situação financeira precária. Muitos estão com dificuldades para pagar os salários dos funcionários públicos e os juros das dívidas, que dirá para arcar com novos subsídios ao consumo.
As medidas anunciadas na segunda-feira, 31, foram descritas vagamente. No caso dos carros, Pequim disse aos governos locais para “aumentar o apoio financeiro para o uso de automóveis” e “incentivar a troca de modelos antigos” sem dar mais detalhes. O governo não está disponibilizando dinheiro diretamente para os consumidores.
O governo também prometeu facilitar a venda e o registro de carros usados. Mas diminuir os obstáculos para a transferência de propriedade de automóveis poderia levar mais pessoas a verem os carros usados baratos como uma alternativa aos novos, alimentando uma guerra de descontos de preços para carros novos já em curso na indústria automobilística chinesa, disse Tu Le, diretor da Sino Auto Insights, consultoria de Pequim.
Algumas das políticas anunciadas na segunda-feira não eram novidade. A agência de planejamento, por exemplo, solicitou a instalação de elevadores em prédios de apartamentos mais antigos – um programa nacional que o ex-primeiro-ministro Li Keqiang propôs em um discurso de maio de 2020 e já está numa fase avançada.
As pesquisas sobre a confiança do consumidor, um dos melhores termômetros da disposição das famílias em gastar, despencaram durante um lockdown de dois meses em Xangai, a cidade mais populosa da China, no primeiro semestre de 2022. A confiança mal começou a se recuperar nos primeiros meses deste ano, mesmo depois que o governo central suspendeu os lockdowns em todo o país no início de dezembro.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China respondeu aos dados fracos interrompendo a divulgação da medida de confiança do consumidor de qualquer mês depois de março, descontinuando uma série iniciada há 33 anos.
A estratégia da China para estimular os gastos dos consumidores difere consideravelmente das táticas adotadas pelos Estados Unidos e por outras economias avançadas durante a pandemia: distribuir auxílios financeiros aos consumidores. Essa proposta levou à disparada do déficit comercial no Ocidente, pois as famílias gastaram bastante com produtos importados da China, como eletrônicos ou equipamentos de ginástica.
Em vez disso, as políticas da China oferecem incentivos para a compra de bens e serviços que são quase inteiramente produzidos no país, desde carros elétricos e eletrodomésticos até o turismo doméstico. Isso está em sintonia com o ímpeto político de longa data na China de auxiliar o setor industrial que também alimenta suas exportações.
Louise Loo, economista do escritório da Oxford Economics em Cingapura, disse que a China pode estar adotando a estratégia certa na escolha de subsídios para tipos específicos de gastos do consumidor, em vez da assistência direta com dinheiro. O envio de cheques a famílias apreensivas pode levá-las a simplesmente depositar o dinheiro no banco.
O auxílio dado diretamente com dinheiro “poderia muito bem substituir o que eles já gastariam de qualquer maneira e permitir que economizassem mais de seu próprio dinheiro”, disse ela.
Na segunda-feira, o governo também divulgou mais dados econômicos que evidenciaram por que Pequim está preocupada: pesquisas com gerentes de compras indicaram que o enorme setor fabril do país estava prestes a encolher pelo quarto mês consecutivo.
Ainda mais preocupante, o crescimento do setor de desacelerou significativamente em julho. Isso deveu-se principalmente ao enfraquecimento considerável da construção, que foi prejudicada por atrasos generalizados nos últimos dois anos na conclusão de novos apartamentos. / Tradução de Romina Cácia
por Keith Bradsher / ESTADÃO
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