EUA - O mercado aguarda os dados de inflação ao consumidor dos Estados Unidos, que serão divulgados nesta terça-feira, 13, possivelmente indicando os próximos passos a respeito da política monetária do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA. A expectativa de analistas é de uma moderação nos preços da energia, que ajudaram a inflação a atingir a maior alta em 40 anos.
A mediana das estimativas de analistas compiladas pelo Investing.com é de um IPC mensal com queda de 0,1% em agosto, levando o indicador anual a 8,1%. Em julho, o IPC foi de 0%, com indicador em doze meses ficando em 8,5%. O Bureau of Labor Statistics dos Estados Unidos também aponta a mesma projeção, assim como o UBS.
De acordo com nota do Morgan Stanley (NYSE:MS) (BVMF:MSBR34), os preços da energia devem perder força no segundo semestre deste ano, com a maior parte do efeito concentrado em agosto e setembro. No entanto, o UBS pondera que, mesmo com a continuidade da queda do preço da gasolina, os preços dos alimentos e do núcleo devem continuar a subir solidamente.
Claudia Rodrigues, economista do C6 Bank, espera que o indicador siga uma tendência de desaceleração devido à política monetária mais apertada iniciada pelo Fed no início do ano. Uma queda no preço de commodities, principalmente energia e combustíveis, deve continuar beneficiando o índice, segundo Rodrigues.
“No entanto, não vemos a inflação convergindo para a meta tão cedo. O núcleo do IPC, que exclui alimentos e energia (itens de maior volatilidade), deve cair lentamente, em razão do mercado de trabalho aquecido. A escassez de trabalhadores num contexto de forte demanda pelas empresas favorece salários bem acima da produtividade, o que eleva os custos e pressiona preços”. Assim, a expectativa do C6 é de que o Fed promova mais um ajuste de 0,75 ponto na próxima reunião de setembro, no esforço de trazer a inflação para a meta.
Economia dos EUA
Após dois trimestres seguidos de Produto Interno Bruto (PIB) negativo, o mercado aguarda a tomada de decisão sobre os juros pelo Federal Reserve, pois uma política monetária mais contracionista pode tornar o momento ainda mais complicado.
O Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre de 2022 dos Estados Unidos ficou em -0,6%, após os -0,9% apresentados anteriormente. Por ser o segundo trimestre consecutivo com o PIB em queda, o cenário é de recessão técnica, mas outros dados econômicos mostram a economia ainda aquecida. O banco central americano deve definir a taxa de juros na sua próxima reunião, agendada em 20 a 21 de setembro.
Em relatório ao mercado, Candace Browning, chefe de Pesquisa Global do Bank of America Corp (NYSE:BAC) (BVMF:BOAC34) (BofA) diz que a expectativa agora é de uma recessão leve no primeiro semestre do próximo ano e meta para os fed funds em uma faixa de 4,0-4,25%, com um aumento de 75bp em setembro e aumentos menores depois.
Efeitos no mercado
Dependendo do indicador, os investidores tendem a alterar suas expectativas sobre a economia e quais os impactos também nos mercados acionários. “Caso o dado venha acima do esperado (em 0% ou acima disso), ou seja, um cenário neutro ou de alta, o dado indicará um cenário de inflação ainda persistente e altista. Tal cenário pressiona o Federal Reserve para possíveis revisões altistas na taxa básica de juros americana, dado que o aumento dos juros é o caminho mais comum para o combate à inflação. Com isso, mais um ciclo de alta de juros fortaleceria o dólar e afetaria negativamente o mercado de ações”, avalia Heitor De Nicola, sócio e assessor de renda variável da Acqua Vero Investimentos.
Para de Nicola, caso o dado venha dentro do esperado ou melhor (menor que 0%), o dado indicaria uma "deflação" ao índice preço do consumidor, mostrando efetividade dos aumentos da taxa de juros ao avanço da inflação. Nesse caso, de acordo com ele, a expectativa sobre novos aumentos começa a diminuir e a expectativa de que o Fed poderia desacelerar o ciclo altista de juros começa a surgir. “Nesse cenário, apenas os próximos dados do IPC poderiam responder a pergunta. Com tal expectativa, o cenário para dólar passa a ser negativo (no sentido de perder força), e o mercado acionário americano se favoreceria”, completa.
A tomada de decisão sobre os juros contempla outros dados complementares, como índice de preços ao produtor (IPP), payroll, vendas no varejo, entre outros.
“A melhor maneira para entender o atual cenário macroeconômico americano é juntando todos esses dados, que são altamente correlacionados e nos passam a perspectiva de inflação real, o nível de atividade econômica, os dados de geração de emprego e nível de gastos da população”, conclui de Nicola.
Por Jessica Bahia Melo / Investing.com
EUA - A Apple anunciou na quarta-feira (7) o iPhone 14, nova linha dos smartphones da empresa. Sem grandes transformações visuais e computacionais, os modelos agora podem mandar mensagens de emergência via satélite, mesmo em lugares sem internet e nem sinal de celular, e detectar batidas de carro.
O serviço de comunicação via satélite será pago, mas poderá ser utilizado por dois anos gratuitamente.
A linha anunciada no evento "Far Out" abrange o iPhone 14, o iPhone 14 Plus, o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max.
Os dois últimos, os mais caros da linha, contam com telas, materiais e câmeras melhores. Além disso, apresentam uma "franja" menor e interativa a parte da tela que é tampada pela câmera frontal. Eles usam o chip A16 Bionic, que a Apple diz ser o "mais rápido disponível em um smartphone".
A câmera, uma das principais qualidades da linha, também teve melhorias no processamento de imagem. Segundo o site da Apple, as fotos ficarão até 2,5 vezes melhores em ambientes pouco iluminados. As câmeras dos iPhone 14 e do 14 Plus têm 12 MP, enquanto as do iPhone 14 Pro e 14 Pro Max têm 48 MP.
Nos Estados Unidos, o iPhone 14 estará disponível em 16 de setembro, enquanto o Plus em 7 de outubro. Este conta com uma tela maior e funciona com o mesmo processador do iPhone 13, o A15, lançado no ano passado. No Brasil, as datas de chegada dos produtos ainda não foram divulgadas.
Na loja oficial da empresa no país, os preços da nova linha variam entre R$ 7.599 (iPhone 14) e R$ 10.499 (iPhone 14 Pro Max).
A empresa também anunciou a nova linha de relógios inteligentes, o Apple Watch Series 8, incluindo um com foco em atletas e esportes radicais, o Apple Watch Ultra. Uma das promessas dessa geração do relógio é a capacidade de estimar com mais precisão o período de ovulação.
Além dos dados de saúde, o Ultra apresenta mais informações geográficas, maior resistência contra choques e bateria melhor. A linha também recebeu a versão SE, mais barata e menos potente.
O fone de ouvido sem fio da Apple também recebeu uma atualização. Os AirPods Pro de segunda geração contarão com processamento, qualidade sonora e redução de ruído melhores. Além disso, eles terão uma área sensível ao toque na qual os usuários poderão controlar o volume de áudio. O produto chegará aos EUA em 9 de setembro.
VEJA A LISTA DE PRODUTOS ANUNCIADOS PELA APPLE NESTA QUARTA (7)
iPhone:
iPhone 14 (R$ 7.599)
iPhone 14 Plus (R$ 8.599)
iPhone 14 Pro (R$ 9.499)
iPhone 14 Pro Max (R$ 10.499)
Apple Watch:
Apple Watch Series 8 (R$ 5.299)
Apple Watch SE (R$ 3.399)
Apple Watch Ultra (R$ 10.299)
AirPods:
AirPods Pro 2 (R$ 2.599)
GUSTAVO SOARES / FOLHA de S.PAULO
EUA - Os golfinhos-nariz-de-garrafa machos formam a maior rede de alianças multinível conhecida fora dos humanos, mostrou uma equipe internacional liderada por pesquisadores da Universidade de Bristol (Reino Unido). Essas relações cooperativas entre grupos aumentam o acesso masculino a um recurso contestado.
Os cientistas, com colegas da Universidade de Zurique (Suíça) e da Universidade de Massachusetts (EUA), analisaram dados de associação e consórcio para modelar a estrutura de alianças entre 121 golfinhos machos adultos do Indo-Pacífico em Shark Bay, na Austrália Ocidental. Suas descobertas foram publicadas na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Os golfinhos machos em Shark Bay formam alianças de primeira ordem de dois ou três machos para buscar cooperativamente parcerias com fêmeas individuais. Alianças de segunda ordem de quatro a 14 machos não relacionados competem com outras alianças pelo acesso a golfinhos fêmeas e alianças de terceira ordem ocorrem entre alianças de segunda ordem cooperantes.
Marca de sucesso
A coautora principal, drª Stephanie King, professora associada da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Bristol, explicou: “A cooperação entre aliados é generalizada nas sociedades humanas e uma das marcas do nosso sucesso. Nossa capacidade de construir relacionamentos estratégicos e cooperativos em vários níveis sociais, como alianças comerciais ou militares, tanto nacional quanto internacionalmente, já foi considerada exclusiva de nossa espécie. (…) Não apenas mostramos que os golfinhos-nariz-de-garrafa machos formam a maior rede de alianças multinível conhecida fora dos humanos, mas que as relações cooperativas entre os grupos, em vez de simplesmente o tamanho da aliança, permitem que os machos passem mais tempo com as fêmeas, aumentando assim seu sucesso reprodutivo”.
O dr. Simon Allen, professor sênior da Escola de Ciências Biológicas da Universidade de Bristol, que contribuiu para o estudo, disse: “Mostramos que a duração em que essas equipes de golfinhos machos consorciam fêmeas depende de estarem bem conectadas com aliados de terceira ordem, ou seja, os laços sociais entre alianças levam a benefícios de longo prazo para esses machos”.
Acreditava-se que a cooperação intergrupal em humanos era única e dependente de duas outras características que distinguem os humanos de nosso ancestral comum com os chimpanzés, a evolução dos laços de pares e o cuidado parental pelos machos. “No entanto, nossos resultados mostram que as alianças intergrupais podem surgir sem essas características, a partir de um sistema social e de acasalamento mais parecido com o do chimpanzé”, observou Richard Connor, professor emérito da Universidade de Massachusetts e agora afiliado à Universidade Internacional da Flórida (EUA), que coliderou o estudo com a drª King.
Sistemas valiosos
A publicação da importância das alianças de terceiro nível ou intergrupais em golfinhos em 2022 tem um significado especial, pois a equipe comemora o 40º aniversário do início da pesquisa com golfinhos de Shark Bay em 1982 e o 30º aniversário da publicação em 1992 de sua descoberta de dois níveis de formação de alianças masculinas, também publicado na PNAS.
O professor doutor Michael Krützen, autor do estudo e chefe do Instituto de Antropologia da Universidade de Zurique, acrescentou: “É raro que pesquisas sobre não primatas sejam conduzidas a partir de um departamento de antropologia, mas nosso estudo mostra que importantes conhecimentos sobre a evolução de características anteriormente consideradas exclusivamente humanas podem ser obtidas examinando outros táxons altamente sociais e de cérebro grande”.
King concluiu: “Nosso trabalho destaca que as sociedades de golfinhos, bem como as de primatas não humanos, são sistemas modelo valiosos para entender a evolução social e cognitiva humana”.
EUA - Ex-chefes do Pentágono expressaram na terça-feira(6) sua preocupação pelo risco de deterioração das relações entre civis e militares nos Estados Unidos.
"Estamos em um ambiente civil-militar extremamente complexo", advertiram em uma carta aberta oito ministros de Defesa e cinco ex-chefes do Estado-maior antes de listarem 16 princípios que devem guiar as relações entre militares e população civil.
"Politicamente, os militares enfrentam um ambiente extremamente adverso caraterizado pelas divisões de uma polarização que culminou na primeira eleição em mais de um século na qual a pacífica transferência do poder político foi conturbada", disseram.
"Todos estes fatores correm o risco de se agravar antes que as coisas se acalmem", advertem os ex-secretários de Defesa, entre eles, o republicano Bob Gates, o democrata Leon Panetta, além de dois do governo de Donald Trump, Jim Mattis e Mark Esper, destituídos por se oporem ao ex-presidente republicano.
Trump foi acusado de politizar o Exército americano ao mobilizar soldados na fronteira mexicana para deter migrantes que tentavam entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Ele também recorreu aos militares para operações de manutenção da ordem durante as manifestações antirracistas de 2020.
Em uma dessas ocasiões, um protesto em torno da Casa Branca foi dispersado violentamente para que Trump fosse fotografado com uma Bíblia na mão em frente a uma igreja. Imagens do chefe do Estado-maior, general Mark Milley, de uniforme foram registradas atrás de Trump, gerando um pedido público de desculpas dias depois.
Já o presidente Joe Biden foi criticado pela retirada caótica de suas tropas do Afeganistão no ano passado e recentemente por pronunciar um discurso muito crítico a seu antecessor com dois oficiais da Marinha a seu lado.
Os ex-chefes do Pentágono afirmam em documento publicado pelo site especializado War on the Rocks que os militares devem aceitar as ordens de civis, mesmo que não estejam de acordo, contanto que sejam legais.
"Qualquer que seja o processo, os mais altos responsáveis políticos e militares têm como responsabilidade garantir que as ordens que recebem do presidente sejam legais", escreveram, exigindo também aos civis que "assumam as responsabilidades" por suas ordens.
BRUXELAS - A Amazon e o Google, da Alphabet, criticaram as mudanças na computação em nuvem realizadas pela Microsoft na terça-feira, dizendo que as alterações limitam a concorrência e desencorajam os clientes a mudar para rivais.
A Microsoft anunciou na segunda-feira alterações nos acordos de licenciamento e outras mudanças que entrarão em vigor em 1º de outubro, que, segundo a empresa, facilitarão a concorrência dos provedores de serviços em nuvem.
Amazon, Google, Alibaba e os serviços em nuvem detidos pela própria Microsoft serão excluídos dos acordos.
A decisão ocorreu depois que concorrentes menores da União Europeia reclamaram sobre as práticas de serviços em nuvem da Microsoft aos reguladores antitruste do bloco.
A Amazon, provedora líder de serviços em nuvem, seguida pela Microsoft e pelo Google, foi contundente em suas críticas.
"A Microsoft agora está elevando as mesmas práticas prejudiciais, implementando ainda mais restrições em uma tentativa injusta de limitar a concorrência que enfrenta - em vez de ouvir seus clientes e restaurar o justo licenciamento de software na nuvem para todos", disse um porta-voz da AWS, unidade da Amazon de serviço em nuvem, em um e-mail.
Marcus Jadotte, vice-presidente do Google para assuntos governamentais e de política do Google Cloud, foi igualmente crítico.
"A promessa da nuvem é uma computação flexível e elástica sem bloqueios contratuais", disse ele em um tuíte.
"Os clientes devem poder mover-se livremente entre plataformas e escolher a tecnologia que funciona melhor para eles, em vez do que funciona melhor para a Microsoft", disse Jadotte.
Por Foo Yun Chee / REUTERS
WASHINGTON - O índice de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, caiu nesta semana, em um mau sinal para as esperanças de seu Partido Democrata nas eleições parlamentares de 8 de novembro, de acordo com uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos concluída nesta terça-feira.
A pesquisa nacional de dois dias apontou que 38% dos norte-americanos aprovam o desempenho de Biden no cargo.
Embora o índice de aprovação de Biden tenha atingido 41% na semana passada, ele está abaixo de 40% desde meados de junho, apesar de uma série de vitórias legislativas democratas que os aliados de Biden esperavam que os ajudassem a defender suas maiorias nas duas Casas do Congresso em novembro.
Espera-se que os democratas percam o controle da Câmara dos Deputados dos EUA em novembro e possivelmente do Senado também.
Mesmo com o controle apenas da Câmara, os republicanos seriam capazes de interromper a agenda legislativa de Biden e lançar investigações potencialmente danosas politicamente.
O índice geral de aprovação de Biden está abaixo de 50% há mais de um ano, à medida que os norte-americanos enfrentam altas taxas de inflação e uma economia marcada pela crise de saúde causada pela pandemia de Covid-19. As classificações mais baixas de Biden, de 36% --em quatro pesquisas semanais em maio, junho e julho-- rivalizam com as mínimas de seu antecessor, Donald Trump, cuja popularidade chegou a 33% em dezembro de 2017.
Quando os entrevistados desta semana foram solicitados a classificar os maiores problemas do país, a economia superou as preocupações, com um terço dos republicanos e um quarto dos democratas apontando-a como a principal questão.
Por Jason Lange / REUTERS
MÉXICO - O presidente Andrés Manuel López Obrador descartou nesta quinta-feira (25) uma eventual saída do México do tratado comercial da América do Norte T-MEC, em meio a uma disputa com os Estados Unidos e o Canadá relacionada ao setor energético.
"Não existe qualquer possibilidade", declarou o presidente esquerdista ao responder, em sua coletiva de imprensa diária, uma pergunta sobre se cogitava a possibilidade de retirar o México do pacto regional.
Os governos dos Estados Unidos e do Canadá levantaram uma polêmica contra a política energética do México em julho passado, após uma reforma promovida por López Obrador que limita a participação estrangeira no setor.
"Há uma relação boa, de respeito, sempre que converso com o presidente (americano Joe) Biden ele me repete que quer uma relação com o México em pé de igualdade, com respeito a nossa soberania", completou.
López Obrador garantiu que, apesar dessas diferenças, os investimentos estrangeiros alcançaram níveis recordes no país (cerca de US$ 23 bilhões no primeiro semestre de 2022). "Precisamos um do outro. O funcionamento da economia americana ficaria muito difícil sem a participação do México", afirmou.
Na terça-feira, uma primeira reunião foi realizada virtualmente entre as três partes, na qual o México respondeu a perguntas dos parceiros. Esta fase de consultas pode durar 75 dias e, se não houver acordo, um painel de arbitragem será convocado.
López Obrador considerou que as demandas, principalmente dos Estados Unidos, são injustificadas e rejeitou que governos estrangeiros opinem sobre as leis mexicanas.
O presidente mexicano confirmou que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitará o México para participar de uma reunião do Diálogo Econômico de Alto Nível, prevista para 11 e 12 de setembro, e que, caso solicitado pelo diplomata americano, poderia recebê-lo para debater o tema.
Estados Unidos e Canadá consideram que a reforma energética favorece a estatal mexicana Comissão Federal de Eletricidade em detrimento das empresas privadas, o que violaria as normas do T-MEC.
As mudanças regulatórias, que limitam a participação estrangeira e privada na geração de energia, também foram criticadas por empresas da Espanha, Itália e Canadá.
López Obrador busca restabelecer o controle estatal sobre a geração de energia por meio de reformas parlamentares, agora limitadas a leis secundárias por não terem alcançado os votos necessários para modificar a Constituição.
EUA - A embaixada dos Estados Unidos na Ucrânia advertiu nesta terça-feira (23) que a Rússia pode atacar "nos próximos dias" infraestruturas civis e edifícios governamentais, e recomendou aos cidadãos do país que "saiam da Ucrânia".
"O Departamento de Estado dispõe de informações segundo as quais a Rússia intensifica seus esforços para executar ataques contra infraestrutura civil e instalações governamentais na Ucrânia nos próximos dias", afirmou a embaixada em uma mensagem publicada em seu site, sem revelar mais detalhes.
A nota pede aos cidadãos americanos que "saiam da Ucrânia no momento e utilizem os meios de transporte terrestre privados disponíveis".
O conflito, iniciado em 24 de fevereiro com a invasão russa, completará seis meses na quarta-feira.
Após o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou de maneira lenta até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.
A Rússia, no entanto, continua atacando de maneira frequente as cidades ucranianas com mísseis de longo alcance, mas raramente apontam contra a capital ou seus arredores.
UCRÂNIA - O Departamento de Defesa dos Estados Unidos anunciou na sexta-feira (19) um novo pacote de ajuda militar para a Ucrânia avaliado em US$ 775 milhões, que inclui vários tipos de mísseis, artilharia e sistemas de limpeza de minas.
O pacote inclui mais mísseis para os sistemas de artilharia de precisão Himars, que permitiram às forças ucranianas atacar os centros de comando russos e os depósitos de munições bem atrás das linhas de frente, e mais armas antiblindagem, incluídos mísseis TOW e sistemas Javelin.
Também proporciona drones de vigilância Scan Eagle, mísseis antirradiação de alta velocidade (HARM, na sigla em inglês) e obuses de 105 mm, assim como 36.000 projéteis de artilharia.
"Queremos ter certeza de que a Ucrânia tenha um fluxo constante de munições para satisfazer suas necessidades, e é isto o que estamos fazendo com este pacote", disse aos jornalistas um funcionário de alto escalão do Pentágono.
O funcionário disse que as forças da Ucrânia fizeram bom uso dos pacotes de armas enviados pelos Estados Unidos desde que Moscou invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro, que os ajudaram a conter o avanço das forças russas.
"Estamos vendo uma completa e total falta de progresso por parte dos russos no campo de batalha", disse o funcionário, que falou na condição de anonimato.
"Os russos continuam pagando um preço alto com os ataques ucranianos, especialmente o sistema Himars", disse o funcionário. "Eles não conseguem avançar", acrescentou.
Por outro lado, a fonte do Pentágono admitiu que os ucranianos não conseguiram recuperar território significativo ao longo das linhas de frente no leste e no sul do país.
Contudo, o novo pacote de armas ajudará a fortalecer a resistência ucraniana, garantiu o funcionário americano, que também assinalou que é muito importante "manter as conquistas que vimos dos ucranianos no campo de batalha".
O funcionário disse que a inclusão do equipamento de limpeza de minas, que conta com 40 veículos resistentes a minas com esteiras que podem detonar esses artefatos de forma segura, é para ajudar os ucranianos com mais ações ofensivas.
"Os ucranianos vão precisar deste tipo de capacidade para poder impulsionar suas forças e retomar o território", assinalou.
EUA - A tenista britânica Emma Raducanu avançou à terceira rodada do Aberto de Cincinnati com uma vitória esmagadora de 2 sets a 0 (parciais de 6-0 e 6-2) sobre a bielorrusa Victoria Azarenka na quarta-feira (17), sinalizando que está em forma para sua defesa de título no US Open.
Pela segunda partida consecutiva, Raducanu fez uma exibição dominante, precisando de apenas 62 minutos na quadra central para eliminar a bicampeã do Aberto da Austrália, depois de vencer Serena Williams por 6-4 e 6-0 na primeira rodada do torneio.
“Eu estava jogando uma grande partida, com certeza, e para jogar contra Vika eu tive que me manter focada o tempo todo”, declarou Raducanu em entrevista pós-jogo na quadra. “No segundo set, pude sentir os momentos importantes e alguns pontos de virada que poderiam ter tornado o segundo set realmente difícil”, afirmou.
“Estou muito satisfeita com a forma como me agarrei, e servir naquele último jogo foi muito difícil”, declarou
Raducanu, que não vence um torneio desde a surpreendente conquista do título do ano passado em Flushing Meadows, parece estar novamente no ritmo para o último Grand Slam da temporada, que acontece entre 29 de agosto e 11 de setembro em Nova York.
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