ARÁBIA SAUDITA - Bandeiras chinesas e sauditas tremulam nas avenidas de Riad, a capital da Arábia Saudita, na quarta-feira (7) para receber o presidente chinês, Xi Jinping, que desembarca no país. A visita ao maior exportador mundial de petróleo prevê reuniões com líderes regionais, em meio a uma crise ligada à guerra na Ucrânia.
A foto de Xi Jinping domina as primeiras páginas dos jornais sauditas. A imprensa local destaca os potenciais benefícios econômicos da visita. O gigante asiático e o país do Golfo, seu principal fornecedor de petróleo, parecem querer estreitar relações em um contexto de incertezas econômicas e realinhamento geopolítico.
Esta é a terceira viagem de Xi Jinping ao exterior desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, e a primeira à Arábia Saudita, desde 2016.
A agenda de três dias inclui encontros bilaterais com o rei Salman e o príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman, que governa de fato o reino.
Na sexta-feira (9), acontece uma cúpula com os seis países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e outra com líderes árabes.
O secretário-geral do CGC, Nayef al-Hajraf, destacou a importância da cúpula com os seis países do bloco, dizendo querer "reforçar a cooperação" nas áreas de economia, desenvolvimento e comércio, entre outras.
Energia está na pauta
As conversas devem abordar, sobretudo, a questão da energia. Os sauditas são os maiores exportadores mundiais de petróleo bruto e a China é o maior importador mundial.
O mercado sofre com incertezas depois que o G7 e a União Europeia introduziram, na sexta-feira passada, um teto ao preço do petróleo russo para exportação em US$ 60 o barril. O objetivo é privar Moscou dos meios de financiar a guerra na Ucrânia.
Além da energia, as discussões podem se concentrar no envolvimento de empresas chinesas em megaprojetos, que incluem uma cidade futurística de US$ 500 bilhões chamada NEOM.
Segundo a agência de notícias saudita SPA, a Arábia Saudita atraiu mais de 20% dos investimentos chineses no mundo árabe, entre 2002 e 2020.
Sauditas diversificam relações diplomáticas
A visita de Xi Jinping será, sem dúvida, acompanhada de perto pelos Estados Unidos, importante aliado dos países do Golfo, em particular da Arábia Saudita. A parceria entre os dois países, muitas vezes descrita como um acordo de "petróleo por segurança", foi selada após a Segunda Guerra Mundial. Porém, a redução da produção decidida em outubro pela Opep+ irritou Washington, que denunciou um "alinhamento com a Rússia".
De acordo com analistas internacionais, mesmo que a Arábia Saudita coopere com a China na venda e produção de armas, Pequim não pode fornecer as mesmas garantias de segurança que Washington.
Porém, a relação Washington-Riad passou por momentos de distanciamento e as monarquias do Golfo querem diversificar suas relações, como explica Camille Lons, pesquisadora do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) em entrevista à RFI. “É uma cúpula muito política, especialmente para a Arábia Saudita no contexto de relações um tanto difíceis com os Estados Unidos, recentemente. É uma forma de mostrar que essa relação com Pequim está florescendo", analisa.
“Há uma tendência de longo prazo de os países do Golfo, a Arábia Saudita em particular, tentarem diversificar suas relações diplomáticas com outros parceiros. E a China é, claro, um dos principais parceiros nessa diversificação", conclui.
(Com informações da RFI e da AFP)
por RFI
EUA - A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na quarta-feira (30) um projeto de lei para evitar uma greve no transporte ferroviário de cargas que poderia ser catastrófica para a maior economia do mundo.
O projeto de lei, votado por uma maioria bipartidária na Câmara baixa, impõe a adoção de um acordo, embora não tenha tido a aprovação de todos os atores sociais. O texto irá agora ao Senado, onde deve ser aprovado.
Diante da perspectiva de uma possível greve a partir de 9 de dezembro, o presidente Joe Biden decidiu entregar a questão ao Congresso, apoiado por uma lei de 1926, que impõe um acordo coletivo em caso de impasse nas negociações.
Biden elogiou a vontade bipartidária que evitou uma greve que "devastaria nossa economia e as famílias de todo o mundo", mas disse que a medida precisa se aprovada rapidamente no Senado.
"O Senado deve enviar urgentemente o texto à minha mesa" para que seja homologado, disse Biden no Twitter. A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que o presidente espera ter acesso ao texto ainda esta semana.
O acordo preliminar, com aplicação retroativa a 2020 e que se estende até 2025, havia sido assinado por oito dos doze sindicatos do setor. As quatro entidades contrárias se disseram dispostas a convocar seus filiados a cessar os trabalhos.
O texto prevê aumento salarial de 24% no quinquênio 2020-2024 (com efeito retroativo), com aumento salarial imediato de 14,1%, além de cinco gratificações de US$ 1.000 cada.
A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, justificou a decisão de seguir pela via legislativa para aprovar o novo acordo coletivo de trabalho no transporte ferroviário de carga pela necessidade de "proteger a economia americana, que segue se recuperando, e evitar a devastadora paralisia das ferrovias em nível nacional".
Uma greve nos transportes de cargas teria reduzido a atividade econômica do país em US$ 2 bilhões por dia, segundo estimativa da Associação Ferroviária dos Estados Unidos (ARA, na sigla em inglês).
Em 2020, cerca de 28% das mercadorias nos Estados Unidos foram transportadas por ferrovias, segundo a empresa Union Pacific.
- Risco político descartado -
De acordo com outro estudo do American Chemical Council (ACC), uma paralisação de um mês no transporte de cargas teria causado uma contração do Produto Interno Bruto (PIB) e uma aceleração da inflação.
Uma vez que 97% da rede utilizada pela companhia ferroviária nacional Amtrak é gerida por operadores de transporte de mercadorias, uma greve também teria repercussões consideráveis no tráfego de passageiros.
A perspectiva de um impasse ferroviário nos Estados Unidos representou um risco político significativo para Biden, já que a inflação continua alta e a economia dá sinais de desaceleração.
Mas ao forçar a adoção do acordo coletivo e evitar o diálogo social, Biden se expôs às críticas dos sindicatos e da ala de esquerda do Partido Democrata.
Em uma tentativa de reunir os opositores, os democratas apresentaram nesta quarta-feira um projeto de lei complementar que prevê sete dias de licença médica garantidos por ano.
O tema da licença médica havia escancarado o descontentamento de muitos funcionários do setor. Este segundo texto foi aprovado após a votação do próprio acordo.
Antes da votação, três dos quatro sindicatos refratários deixaram a oposição de princípio à intervenção da política e pediram ao Congresso que aprovasse o texto adicional sobre a licença médica.
EUA - O Presidente francês Emmanuel Macron viajará para Washington esta semana para se encontrar com o Presidente americano Joe Biden na primeira visita de um líder estrangeiro aos Estados Unidos desde a pandemia de SIDA-19.
De acordo com a Casa Branca, Macron e Biden encontrar-se-ão em Washington para um jantar oficial na sexta-feira 1 de Dezembro, no qual os dois líderes discutirão "uma cooperação estreita e contínua" sobre desafios globais comuns, bem como áreas de interesse bilateral.
Esta será a primeira visita de estado da Administração Biden, uma vez que tais visitas tinham sido interrompidas devido ao coronavírus. Os EUA acolherão agora o presidente do seu "aliado mais antigo", de acordo com a carta do governo dos EUA.
por Pedro Santos / NEWS 360
WASHINGTON – As vendas de novas moradias para uma única família nos Estados Unidos aumentaram inesperadamente em outubro, dando de ombros para o aumento das taxas de hipoteca e dos preços das casas.
As vendas de casas novas subiram 7,5% no mês passado, para uma taxa anual ajustada sazonalmente de 632.000 unidades, informou o Departamento de Comércio nesta quarta-feira.
O ritmo de vendas de setembro foi revisado para 588.000 unidades, das 603.000 unidades relatadas anteriormente.
Economistas consultados pela Reuters previam que as vendas de casas novas, que respondem por cerca de 10% das vendas de moradias nos Estados Unidos, cairiam para uma taxa de 570.000 unidades.
As vendas de casas novas são voláteis numa comparação mês a mês. Elas caíram 5,8% na comparação anual em outubro.
O mercado imobiliário foi afetado pelo ciclo mais agressivo de aumento da taxa de juros pelo Federal Reserve desde a década de 1980, com o objetivo de conter a inflação alta ao diminuir a demanda na economia.
A taxa fixa de hipoteca de 30 anos ultrapassou 7% em outubro pela primeira vez desde 2002, mostraram dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac. A média da taxa foi de 6,61% na última semana.
Reportagem de Lucia Mutikani / REUTERS
TURQUIA - O governo da Turquia negou sexta-feira que os seus bombardeamentos contra grupos curdos no norte do Iraque e na Síria pudessem prejudicar as forças da coligação internacional liderada pelos EUA, depois do Pentágono ter dito que as suas tropas na Síria estão "directamente ameaçadas" pela ofensiva turca.
O Ministro da Defesa turco Hulusi Akar salientou que "está totalmente excluído que vamos causar danos às forças da coligação ou aos civis", informou a agência noticiosa estatal turca Anatolia. "Temos apenas um alvo, que são os terroristas", disse, acrescentando que Ancara "fez e continuará a fazer o que for necessário para acabar com o terrorismo e garantir a segurança do país".
O porta-voz do Pentágono Patrick Ryder afirmou na quarta-feira que "os recentes ataques aéreos na Síria ameaçaram directamente a segurança do pessoal dos EUA que trabalha na Síria com parceiros locais para derrotar o Estado islâmico". "Além disso, acções militares descoordenadas ameaçam a soberania do Iraque", disse ele.
Entretanto, Akar aumentou o número de membros suspeitos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e das Milícias Curdas-Sírias de Protecção do Povo (YPG) "neutralizados" desde o início da ofensiva para 326. A Turquia utiliza o termo "neutralizado" para significar que os suspeitos foram mortos, capturados ou entregues às autoridades. No caso dos bombardeamentos, implica que Ancara os considera mortos.
O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan salientou na quarta-feira que a nova campanha de bombardeamentos contra grupos curdos no Iraque e na Síria "é apenas o início" e reiterou que Ancara lançaria operações terrestres "quando o considerar apropriado". Disse também que não excluiu uma conversa com o seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, para abordar a situação.
A operação turca, apelidada de "Garra de Espada", foi lançada na sequência do ataque de 13 de Novembro em Istambul, que deixou seis pessoas mortas e que a Turquia culpa o PKK. No entanto, tanto o grupo como as Forças Democráticas Sírias (SDF) - uma coligação de milícias liderada pelo YPG e apoiada pela coligação internacional - dissociaram-se do ataque e expressaram as suas condolências às vítimas.
por Pedro Santos / NEWS 360
EUA - A Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa nos Estados Unidos) avaliou como seguro para alimentação humana, pela primeira vez, o consumo de carne cultivada a partir de células e sem matar animais. A análise foi sobre o produto de frango cultivado da Upside Foods, da Califórnia.
“A FDA está comprometida em apoiar a inovação no fornecimento de alimentos”, aponta o comunicado do órgão americano. A expectativa é de que o aval da FDA dê impulso à indústria de carne cultivada. Na prática, a Upside Foods ainda tem muitos obstáculos a superar, incluindo as inspeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, antes de poder vender seus produtos.
Para o presidente do Good Food Institute, um centro de estudos sem fins lucrativos com foco na expansão da carne cultivada e baseada em vegetais, Bruce Friedrich, a aprovação da FDA é um marco para o futuro dos alimentos.
“A carne cultivada estará disponível em breve para os consumidores nos EUA que desejam que seus alimentos favoritos sejam produzidos de modo mais sustentável, com a produção exigindo uma fração da terra e da água da carne convencional quando produzida em escala”, afirmou ele.
Uma das maiores críticas à pecuária em relação ao meio ambiente é a quantidade de gás metano emitida pelo gado. A concentração de metano, um dos responsáveis pelo efeito estufa, atingiu níveis recordes, segundo relatórios feitos pela Organização das Nações (ONU) divulgado neste mês. Estratégias para reduzir essa poluições têm sido discutidas na Cúpula do Clima (COP-27), em Sharm el-Sheik, no Egito.
Concorrente da Upside Foods, a start-up Eat Just foi a primeira a receber autorização para comercializar carne artificial em Singapura, em 2020. Em maio deste ano, ela fechou acordo com uma fabricante de equipamentos para desenvolver tanques gigantes onde pretende produzir frango e carne bovina em larga escala.
Enquanto esperam poder servir carne de laboratório para os humanos – o que ainda é muito complicado, além de caro – , outras empresas querem conquistar o mercado de alimentos para animais de estimação, a priori menos difícil de satisfazer do que a seus donos.
Em países como Holanda, Portugal e Espanha, diferentes iniciativas também tentam produzir carne cultivada em células para atender à demanda de consumidores que rejeitam a ideia de sacrificar animais para se alimentar. COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS E THE WASHINGTON POST
EUA - Os Estados Unidos e a Rússia pediram moderação à Turquia, nesta terça-feira (22), depois que seu presidente, Recep Tayyip Erdogan, ameaçou lançar uma operação terrestre contra posições de combatentes curdos no norte da Síria.
Erdogan ameaça com uma nova ofensiva nesses territórios desde maio. Mas o ataque de 13 de novembro em Istambul, que deixou seis mortos e 81 feridos e que a Turquia atribui a combatentes curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) e das YPG (Unidades de Proteção Popular), corre o risco de acelerar as operações.
"Sobrevoamos os terroristas por alguns dias com nossa Força Aérea e nossos drones. Se Deus quiser, vamos eliminá-los em breve com nossos soldados, armas e tanques", disse Erdogan em um discurso nesta terça-feira no nordeste do país.
A Força Aérea turca lançou no domingo (20) a chamada "Operação Garra-Espada", uma série de ataques aéreos contra posições do PKK e das YPG no norte do Iraque e na Síria, que deixaram quase 40 mortos em território sírio, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Nesta terça-feira, os bombardeios turcos continuaram atingindo Kobane, no norte da Síria, bastião das YPG que, em 2015, retomaram a cidade dos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) com ajuda ocidental, informou o OSDH.
Outro ataque com drones turcos teve como alvo uma base conjunta na Síria entre as forças curdas e a coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos.
A base está localizada 25 quilômetros ao norte da cidade de Hassaka, segundo informou um porta-voz curdo à AFP, e o ataque deixou dois combatentes curdos mortos, afirmaram as forças curdas e o OSDH.
Também morreram cinco civis, entre eles uma criança, em Azaz (norte), na província de Aleppo. Outros três soldados sírios morreram no bombardeio contra a base aérea de Menagh, perto de Azaz.
Outros bombardeios tiveram como alvo um campo de petróleo perto da cidade de Al Qahtaniyah, na fronteira com a Turquia, segundo um correspondente da AFP.
"Respondemos a este ataque feroz que custou a vida de seis pessoas inocentes, incluindo crianças, varrendo organizações terroristas no Iraque e no norte da Síria", declarou Erdogan nesta terça. "Sabemos quem arma, quem encoraja os terroristas", acrescentou.
- Preocupação em Washington e Moscou -
O chefe de Estado turco alertou no dia anterior que "não se trata de esta operação se limitar apenas a uma operação aérea" e mencionou "consultas" para decidir sobre "a potência" das suas forças terrestres.
Em Karkamis, cidade turca localizada na fronteira, vários foguetes lançados da Síria mataram um menino e uma jovem professora.
"Faremos aqueles que nos incomodam em nosso território pagar", alertou Erdogan.
As declarações do presidente turco preocupam os Estados Unidos e a Rússia, que pediram moderação.
Ambos os países estão envolvidos na guerra na Síria, que já matou quase meio milhão de pessoas desde 2011.
"Pedimos uma desescalada na Síria para proteger os civis e apoiar o objetivo comum de derrotar o Estado Islâmico", declarou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, nesta terça-feira.
"Continuamos nos opondo a qualquer ação militar não coordenada no Iraque que viole a soberania" do país, acrescentou em comunicado.
Os Estados Unidos apoiam as YPG, a principal milícia curda da Síria, na luta contra os jihadistas do EI, o que permitiu que recuperassem o controle de Kobane em 2015.
A Rússia espera, por sua vez, que a Turquia mostre "moderação" e se abstenha de "qualquer uso excessivo da força" na Síria.
"Entendemos as preocupações da Turquia sobre sua própria segurança (...) Mas, ao mesmo tempo, pedimos a todas as partes que se abstenham de qualquer iniciativa que possa levar a uma séria desestabilização da situação", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
As Forças Democráticas da Síria (FDS), uma coalizão dominada pelas YPG, indicaram nesta terça-feira que estão concentrando seus esforços na "desescalada".
Entre 2016 e 2019, a Turquia realizou três grandes operações no norte da Síria contra milícias e organizações curdas.
O governo turco afirma que quer criar uma "zona de segurança" de 30 quilômetros de largura ao longo de sua fronteira sul.
CAMBOJA - As divergências a respeito de Taiwan dominaram a reunião desta terça-feira (22) entre o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, e seu homólogo chinês, Wei Fenghe, um encontro que aconteceu no Camboja em um momento em que as duas nações se esforçam para conter as tensões.
A reunião, que ocorreu à margem de uma conferência de ministros da Defesa na cidade cambojana de Siem Reap, foi a primeira entre os dois desde junho.
Pouco depois, em agosto, a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan aumentou a tensão entre as potências.
Desde então, Pequim e Washington tentam acalmar a situação e organizaram vários encontros entre funcionários de alto escalão.
Uma fonte do Departamento de Defesa americano classificou o diálogo entre Austin e Wei como "produtivo e profissional".
"As partes concordaram que é importante que nossos países trabalhem juntos para evitar que a concorrência resulte em conflito", declarou.
Austin buscou "a reabertura de uma série de diálogos e mecanismos militares, além de outros mecanismos para ajudar a administrar a concorrência de forma responsável", acrescentou a mesma fonte.
Estes procedimentos e diálogos foram suspensos depois da visita de Pelosi a Taiwan, que provocou indignação e várias ameaças de Pequim
O funcionário do governo americano informou que Austin e Wei tiveram uma "longa conversa" sobre Taiwan, que durou quase uma hora e meia.
Um porta-voz do ministério da Defesa da China descreveu o encontro como "sincero, profundo, prático e construtivo".
"As duas partes reconheceram que os exércitos devem implementar com seriedade os importantes consensos alcançados pelos chefes de Estado para manter a comunicação e os contatos, além de fortalecer a gestão da crise e trabalhar duro para manter a paz e a estabilidade regional", disse o porta-voz.
A fonte acrescentou que a "China considera importante o desenvolvimento das relações bilaterais, mas que os Estados Unidos devem respeitar os interesses fundamentais chineses".
- Linha vermelha -
A China considera que Taiwan é parte de seu território e busca retomar o controle, inclusive pela força se considerar necessário.
Durante a reunião, Wei disse que para a China a questão de Taiwan é uma linha vermelha.
"Taiwan pertence a China, é um tema que deve ser resolvido pelo povo chinês apenas e nenhuma força externa tem o direito de interferir", disse o porta-voz.
Pequim critica as ações diplomáticas que podem conceder legitimidade a Taiwan e critica as visitas à ilha de autoridades ocidentais.
Após a visita de Pelosi, Pequim organizou manobras militares em larga escala ao redor da ilha.
Austin disse a Wei que a política americana a respeito de Taiwan não mudou e que Washington continua contrário a qualquer mudança unilateral no 'status quo' da ilha.
Na reunião também foram citados outros temas geopolíticos como a invasão russa da Ucrânia e a situação da Coreia do Norte, segundo um comunicado do secretário de imprensa do Pentágono, o general Pat Ryder.
O encontro entre os secretários de Defesa aconteceu uma semana após a reunião do presidente chinês Xi Jinping com o colega americano Joe Biden, à margem da cúpula do G20.
Poucos dias depois, Xi se reuniu com a vice-presidente americana, Kamala Harris, no encontro de cúpula da APEC em Bangcoc.
EUA - O canal pago americano Disney Junior encomendou uma série derivada do sucesso “Princesinha Sofia”, originalmente exibida entre 2012 e 2018. O criador da série original, Craig Gerber, está desenvolvendo a nova atração como parte de um novo contrato firmado com a emissora.
Ainda não foram divulgados muitos detalhes a respeito da nova série. Sabe-se apenas que a atração, ainda sem nome, será ambientada na Royal Prep Academy, uma escola para príncipes e princesas no reino fictício de Enchancia.
“O compromisso de Craig em representar diversos personagens e histórias com mensagens de compaixão, liderança e resiliência é uma linha mestra em sua carreira”, disse Alyssa Sapire, executiva do Disney Junior, em comunicado. “Sua capacidade de contar histórias divertidas, sinceras e significativas que ressoam tanto com crianças quanto com adultos é algo incomparável, e estou ansiosa para continuar nossa parceria por muitos e muitos anos.”
A Princesinha Sofia apareceu pela primeira vez em 2013, no telefilme de animação “Princesinha Sofia: Era Uma Vez”, escrito por Gerber, e se tornou um um fenômeno, virando a transmissão de TV paga mais vista de todos os tempos entre meninas de 2 a 5 anos.
Para marcar o aniversário de 10 anos de sua estreia (que cai nessa sexta, 18 de novembro), o filme voltará a ter exibições especiais ao longo do final de semana.
O sucesso de “Princesinha Sofia: Era Uma Vez” gerou a série “Princesinha Sofia”, que durou quatro temporadas e teve mais de 100 episódios, todos disponíveis no serviço de streaming Disney+.
A série conta com dublagens originais de Ariel Winter (“Modern Family”), Sara Ramirez (“Grey’s Anatomy”), Travis Willingham (“Camp Camp”), Wayne Brady (“American Gigolo”) e Tim Gunn (“How I Met Your Mother”) e venceu quatro Emmys.
A nova atração ainda não tem previsão de estreia.
Além de “Princesinha Sofia”, Craig Gerber também criou outra série animada popular: “Elena de Avalor”. Seus projetos futuros incluem ainda uma nova série sobre viagem no tempo, também sem previsão de estreia.
Assista abaixo ao trailer de “Princesinha Sofia: Era Uma Vez”.
Daniel Medeiros / PIPOCA MODERNA
EUA - Os republicanos conseguiram ganhar as 218 cadeiras necessárias para obter a maioria na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, segundo projeções da rede CBS News, parceira da BBC no país.
A margem de vitória é pequena, mas suficiente para trazer dificuldades ao presidente Joe Biden, democrata, nos próximos dois anos de mandato.
De acordo com a CBS, os republicanos devem ganhar entre 218-223 assentos na Câmara — de um total de 435.
A vitória de quarta-feira (16/11) confirma a volta a um governo dividido, com os democratas mantendo o poder no Senado. Os republicanos, que esperavam reconquistar o controle das duas casas legislativas, tiveram desempenho abaixo do esperado.
Na terça-feira (15), os republicanos já haviam definido o nome do parlamentar Kevin McCarthy como o indicado do partido à presidência da Câmara — hoje ocupada pela democrata Nancy Pelosi. Enquanto isso, o ex-presidente Donald Trump anunciou que concorrerá novamente à Casa Branca em 2024.
O presidente Biden parabenizou McCarthy por seu partido ter conquistado a maioria na casa nesta quarta.
"Como eu disse na semana passada, o futuro é muito promissor para ficarmos presos em uma guerra política", afirmou o democrata.
"O povo americano quer que façamos as coisas por ele. Eles querem que nos concentremos nas questões importantes para eles e em tornar suas vidas melhores."
"E trabalharei com qualquer um — republicano ou democrata — disposto a trabalhar comigo para entregar resultados para eles [os americanos]", completou o presidente.
- Este texto foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/internacional-63657637
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.