BRASÍLIA/DF - O Brasil deverá produzir um total de 298,6 milhões de toneladas de grãos na safra 2023/2024. A estimativa representa uma queda de 6,6% (ou 21,2 milhões de toneladas), na comparação com a safra anterior (2022-2023). Apesar da redução, o resultado, se confirmado, corresponderá à segunda maior safra já colhida no país.
De acordo com o 11º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta terça-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a queda se deve principalmente à perda na produtividade média das lavouras do país, decorrente de adversidades climáticas.
“O efeito de adversidades climáticas sobre o desenvolvimento das culturas, desde o início do plantio até as fases de reprodução das lavouras, provocou situações em que áreas com redução das chuvas desaceleraram o desenvolvimento das plantas, ocorrendo queda da produtividade ou em regiões com aumento da precipitação houve inundações nas áreas de cultivo, o que também tende a reduzir a produtividade”, diz o levantamento.
Com relação à área cultivada, houve um acréscimo de 1,5%, o que corresponde a 1,18 milhão de hectares a mais, na comparação com a safra passada. A Conab explica que os maiores crescimentos foram observados na soja (1,95 milhão de hectares), seguido do gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz.
“Já o milho total teve redução de 1,3 milhão de hectares, seguido do trigo e demais cultura de inverno”, acrescentou. A colheita do milho segunda safra está avançada, já seguindo para a finalização. A produção estimada é de 90,28 milhões de toneladas. Semeaduras feitas durante a janela ideal (entre janeiro e meados de fevereiro), obtiveram produtividades “dentro do esperado e até superiores às registradas na última safra”. Isso se deve principalmente à regularidade das chuvas durante o desenvolvimento da cultura.
“Exceções a esta situação ocorreram no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo do cereal”, detalhou a Companhia ao informar que houve também redução da área destinada ao plantio de milho na primeira e na segunda safra.
O total produzido no atual ciclo é de 115,65 milhões toneladas, número que corresponde a uma queda de 12,3%, na comparação com a temporada anterior.
Algodão, arroz e feijão
A produção estimada de algodão pluma é de 3,64 milhões de toneladas representa recorde na série histórica da Conab, e um aumento de 14,8% na produção. O resultado se deve às condições climáticas que favoreceram ao desenvolvimento da cultura. Também colaborou para este crescimento o aumento de 16,9% na área semeada
A colheita de arroz já foi finalizada. Segundo a estimativa da Conab, ela será de 10,59 milhões de toneladas, resultado 5,6% maior do que o volume obtido na safra anterior. O arroz irrigado deverá ficar em 9,74 milhões de toneladas, enquanto a do sequeiro está estimada em 844,8 mil toneladas.
“O aumento verificado é influenciado pela maior área cultivada no país, já que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão”, detalhou a Companhia.
Já no caso do feijão, as três safras da produção devem totalizar 3,26 milhões de toneladas, o que representa aumento de 7,3% na comparação com a safra anterior. A primeira já teve colheita finalizada (942,3 mil toneladas). A segunda safra, estimada em 1,5 milhão de toneladas, foi prejudicada por causa de fatores como falta de chuvas; temperaturas elevadas em alguns estados produtores; e pela incidência de doenças e da mosca-branca. A terceira safra deverá chegar a 812,5 mil toneladas
Soja e trigo
Principal grão cultivado no país, a soja deve fechar a atual safra com um total de 147,38 milhões de toneladas produzidas. O resultado representa uma queda de 4,7%, na comparação com o ciclo anterior.
“Nas áreas semeadas entre setembro e outubro, nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e na região do Matopiba [que compreende os estados do MT, TO, PI e BA], houve alterações no potencial produtivo das lavouras, com os baixos índices pluviométricos e as altas temperaturas, situações que causaram replantios e perdas de produtividade, diferente das áreas com lavouras mais tardias”, informou a Conab.
Destaque entre as culturas de inverno, o trigo já concluiu sua fase de semeadura na Região Sul, que é maior produtora do cereal no país, que responde por 85% da área cultivada. “No Rio Grande do Sul, após o atraso inicial da semeadura em razão do excesso de chuvas, teve o plantio concluído, assim como as áreas semeadas no Paraná. A expectativa é de uma redução de 11,6% na área destinada ao cereal, estimada em 3,07 milhões de hectares”.
Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
CHINA - O Banco do Povo da China (PBoC) pretende conduzir testes de estresse sobre a exposição de instituições financeiras a participações em títulos do Tesouro local, como parte de seus esforços para conter riscos no setor bancário do país. O PBoC disse em seu relatório trimestral de política monetária que as verificações planejadas visam evitar riscos decorrentes de potenciais flutuações de taxas no futuro, que podem prejudicar os preços dos títulos e causar perdas financeiras para os investidores.
Para economistas do Goldman Sachs, as declarações sinalizam a preocupação do banco central com os riscos de marcação a mercado nos portfólios de títulos dos bancos chineses, que poderiam desencadear um colapso semelhante ao do Silicon Valley Bank, em 2023.
O credor dos EUA falhou em março passado quando, depois de ter mantido alto nível de títulos do Tesouro norte-americano e títulos lastreados pelo governo, as taxas de juros começaram a subir rapidamente e ele teve que vender ativos com prejuízo enquanto enfrentava uma onda de solicitações de retirada de depósitos.
O relatório do PBoC veio depois que um regulador interbancário disse na semana passada que está investigando quatro bancos comerciais rurais por potencial manipulação do mercado de títulos.
Os reguladores também pediram às empresas de fundos mútuos que limitassem a duração de seus novos fundos de títulos a dois anos, um limite que restringiria ainda mais o investimento dos fundos em notas de prazo mais longo. Fonte: Dow Jones Newswires
POR ESTADAO CONTEUDO
BRASÍLIA/DF - De janeiro a julho deste ano, a indústria de motocicletas instalada no Polo Industrial da Manaus (PIM) atingiu a marca de 1.015.201 unidades produzidas, com alta de 14,4% em relação a igual período de 2023. É o melhor resultado para o período desde 2012.
Especificamente em julho, foram produzidas 147.125 motocicletas, com alta de 19,7% na comparação com julho de 2023 e de 38,4% em relação a junho deste ano. O resultado de julho foi o melhor registrado para o mês em 14 anos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (12) pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).
O presidente da associação, Marcos Bento, disse que a indústria de duas rodas de Manaus permanece cumprindo os planos de produção, o que explica os resultados positivos nos primeiros sete meses do ano. "Mas a expectativa de estiagem na região amazônica para os próximos meses do ano vai exigir atenção redobrada do setor", disse ele. Para evitar que a produção seja afetada por efeitos climáticos, as fábricas do Polo Industrial de Manaus estão implementando seus planos de contingência para cumprir o planejamento dos volumes de produção e, assim, manter o abastecimento da linha de produtos de duas rodas para o mercado, que está aquecido devido à melhora da economia.
No varejo, no período de janeiro a julho, de acordo com a Abraciclo, 1.090.088 motocicletas foram licenciadas, 20,7% acima do total do mesmo período de 2023. É o melhor desempenho de licenciamento desde 2008 e a segunda melhor performance da história do segmento. Os modelos mais procurados pelos consumidores e que foram destaque nos licenciamentos são Street (48,4% de participação do mercado), seguido pelo modelo Trail (18%) e motoneta (17,4%).
A Abraciclo também informou que a média de venda diária de motocicletas em julho, que teve 23 dias úteis, foi de 6.823 unidades no Brasil inteiro. As indústrias associadas exportaram em julho 3.318 unidades, com alta de 4,5% em relação a julho do ano passado e de 50,6% na comparação com junho deste ano.
CHINA - As incertezas que pairam sobre a economia chinesa atrapalham o crescimento da demanda por petróleo em 2024, segundo o relatório mensal da Opep, que revisou por uma pequena margem as previsões anteriores publicadas em junho.
O cartel dos países exportadores de petróleo afirmou, no entanto, que o crescimento da demanda segue sendo muito sólido.
“O crescimento previsto da demanda mundial por petróleo para 2024 foi revisado ligeiramente para baixo, em 135.000 barris diários em relação ao mês passado, a 2,1 milhões barris diários (mb/d), muito acima da média histórica de 1,4 milhão de barris diários (mb/d) observada antes da crise do covid-19”, afirma o relatório publicado nesta segunda-feira (12).
A causa principal, de acordo com a Opep, é uma queda de expectativa em relação à demanda chinesa por petróleo, devido à “leve desaceleração” do crescimento chinês observado no segundo trimestre de 2024 após um crescimento de 5,3% no primeiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Essa preocupação com a economia chinesa “contribuiu para pressionar os preços para baixo”, segundo a Opep, que aponta que “entre maio e julho, os preços do petróleo caíram”.
Para este ano, a Opep prevê uma demanda de 104,32 milhões de barris diários e de 106,11 mb/d para 2025, o que representa um aumento de 1,8 mb/d, impulsionado principalmente pelos países pertencentes à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
AFP
ISTOÉ
Levantamento do IEMB-Acirp mostra que quase um em cada três ribeirão-pretanos não conseguiu quitar as dívidas no primeiro semestre de 2024
RIBEIRÃO PRETO/SP - Cerca de um terço da população de Ribeirão Preto (29,65%) ficou inadimplente no primeiro semestre de 2024. De acordo com levantamento feito pela Associação Comercial e Industrial da cidade (Acirp), o índice representa um crescimento de 3% em relação ao semestre anterior e de 2,55% no comparativo com o mesmo período de 2023.
Os cálculos são do Instituto de Economia Maurílio Biagi da Acirp (IEMB - Acirp) e tomam como base dados da Equifax Boa Vista.
“O total de indivíduos sem condições para quitar suas dívidas já é o maior em 2 anos, desde que a pesquisa foi iniciada pelo instituto”, afirma Lucas Ribeiro, analista do IEMB-Acirp.
Os pesquisadores destacam que o cartão de crédito ainda é o principal responsável pelo elevado endividamento. “As principais dívidas contraídas nesse modo de pagamento são compras em supermercados (alimentos), produtos (roupas, calçados, eletrodoméstico, entre outros), medicamentos, alimentos por delivery e gastos com transporte (combustível)”, destaca Ribeiro.
Em Ribeirão, as projeções mostram que 75% dos inadimplentes financiam a maior parte de suas dívidas mensais com o cartão de crédito, sendo que 53% recorrem ao rotativo nessa modalidade.
Em relação ao perfil de inadimplência, 46,24% dos devedores são mulheres e 45,5% são homens (outros 8,26% não tiveram informações de gênero divulgadas). O perfil etário está concentrado entre os 25 a 49 anos.
Entre os fatores que influenciam o elevado nível de inadimplência na cidade, aponta-se o desemprego, a desvalorização do salário médio e a inflação. Segundo o levantamento do IEMB, 56% dos inadimplentes encontravam-se desocupados, de modo que a ausência de renda fragilizou a capacidade de pagamento desses indivíduos.
“Ademais, verificou-se que nos últimos anos houve uma redução de 10% no salário médio do ribeirão-pretano, fator que unido à inflação crescente dos alimentos no 1° semestre de 2024, gerou uma fragilidade na capacidade de pagamento”, diz o analista.
A inflação acumulada nos itens da cesta básica alimentar em Ribeirão registrou uma alta expressiva de 7,16% entre janeiro e junho de 2024 - o dado é mensurado por meio do Índice de Inflação dos Alimentos, divulgado mensalmente pelo IEMB Acirp.
SÃO PAULO/SP - O mês de julho registrou crescimento das vendas financiadas de veículos. Ao todo, 626 mil unidades, entre veículos usados e zero quilômetro, foram adquiridas por meio de financiamentos. O crescimento foi de 27,2% em relação a julho de 2023 e de 7,2% em relação a junho deste ano. Esse desempenho foi o melhor desde dezembro de 2013, segundo o levantamento feito pela B3 (Bolsa de Valores).
A pesquisa apontou que, no segmento de veículos leves, o aumento dos financiamentos foi de 26% na comparação com julho do ano passado e de 11,3% em relação a junho deste ano.
No caso de veículos pesados, de utilização no segmento logístico do país, os financiamentos cresceram 28,1% em julho deste ano em relação a igual período de 2023. Na comparação com o mês de junho, a alta foi de 10,8%.
Já o financiamento de motocicletas teve expansão de 32% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Porém, houve queda de 5% dos financiamentos em relação a junho.
As vendas financiadas de veículos no acumulado do ano totalizam 4 milhões de unidades, número 24,3% superior ao de igual período do ano passado, o equivalente a 793 mil unidades a mais. Essa marca não havia sido igualada desde 2011.
“Os resultados de julho tiveram um ritmo forte. Fechamos o mês com o maior número de veículos financiados desde dezembro de 2013. O mercado de financiamento de veículos continua aquecido, e o destaque fica por conta do segmento de automóveis e comerciais leves novos, que registrou um crescimento de quase 20%, com mais de 100 mil veículos financiados”, disse o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3, Gustavo de Oliveira Ferro.
A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.
Por Agência Brasil
De acordo com levantamento Abecip, primeiro semestre tem alta de 30% nos financiamentos imobiliários, na comparação com 2023. Mercado mantém otimismo também para os próximos seis meses do ano
ARARAQUARA/SP - No primeiro semestre de 2024, os financiamentos imobiliários atingiram R$ 149,4 bilhões. A alta, em relação aos primeiros seis meses do ano passado, é de 30% (R$ 115 bilhões), revela levantamento da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Somado a este bom desempenho, a construção civil apresentou um número expressivo de contratações. Em Araraquara, município que vem se destacando em lançamentos imobiliários no Estado de São Paulo, o Novo Caged aponta 5.083 trabalhadores com carteira assinada no setor, no primeiro semestre deste ano. No mesmo período, o segmento criou 674 novos postos.
Ao considerar somente o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), a pesquisa Abecip indica que foram financiados R$ 82,1 bilhões nos primeiros seis meses de 2024, uma elevação de 7% na comparação com o mesmo período de 2023. Os financiamentos pelo FGTS chegaram a R$ 67,2 bilhões, um crescimento de 75% que reflete as novas medidas aplicadas ao programa Minha Casa Minha Vida.
“Os resultados do setor imobiliário, especialmente no primeiro semestre do ano, mostram um panorama favorável a investimentos, não apenas às construtoras e incorporadoras, mas também ao consumidor”, afirma Marcos Túlio Campos, diretor de Incorporação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, maior construtora do Centro-Oeste. O valor dos aluguéis, baseado em torno de 0.5% do valor da venda, segundo o executivo, “é um fator de peso na decisão de compra e no compromisso mensal da parcela do financiamento”.
Como aposta na demanda por imóveis em Araraquara, a EBM entregou o residencial Wish Morumbi. A localização privilegiada do empreendimento de médio-alto padrão, no Jardim Morumbi, é um diferencial. A poucos quilômetros do Centro, a região é servida por uma estrutura comercial completa, com shopping centers e supermercados, Unesp, Uniara e outros estabelecimentos de ensino, inúmeras opções de bares e restaurantes. O empreendimento é próximo também do Sesc Araraquara. O morador do residencial conta ainda com diversas lojas no Wish Mall para desfrutar de serviços e comodidades sem precisar se deslocar.
A torre residencial tem plantas de 61m2 e 76m2, com opções de dois e três dormitórios com suíte. Como diferenciais, os apartamentos têm churrasqueira ecológica a carvão, fechadura digital, previsão de tomadas USB em todos os dormitórios, ponto de melhoria de Wi-Fi na sala, nos quartos e na cozinha.
Nas áreas de lazer, os moradores podem usufruir de churrasqueira, piscinas adulto e infantil, solarium, espaço fitness, brinquedoteca integrada ao playground, quadra esportiva, salão de festas, espaço gourmet, entre outros equipamentos. De acordo com o executivo, estes equipamentos são mais que desejáveis nos projetos da construtora, pois contribuem para a prática regular de atividades físicas e a convivência.
Segundo semestre
De acordo com analistas do mercado, o segundo semestre do ano deve ser ainda mais promissor para o setor imobiliário residencial. Mercado aquecido, cortes nas taxas de juros e valorização dos imóveis são três fatores relevantes.
No levantamento realizado pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Deloitte, que considera apartamentos do Minha Casa Minha Vida e residências de médio e alto padrões, os indicadores de procura e venda de imóveis residenciais cresceram no primeiro trimestre de 2024 em relação aos três últimos meses do ano passado. A metodologia da pesquisa, que transforma os percentuais apurados em notas, revela “aumento” (faixa de 2,21 a 2,60) em procura e comercialização. A nota foi de 2,28 contra 2,22 do trimestre anterior.
A projeção da Abrainc/Deloitte para os próximos cinco anos é ainda mais otimista, com alcance da nota máxima da escala (2,61 a 3,00).
PORTO ALEGRE/RS - A retomada da produção nas fábricas gaúchas em junho, mês seguinte às enchentes que inundaram grande parte do Rio Grande do Sul, fez com que a produção industrial no estado tivesse um crescimento de 34,9%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal Regional, divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expansão é a maior já registrada pelo estado na série histórica da pesquisa.
O resultado do estado foi também o maior entre os 18 locais pesquisados pelo IBGE. A explicação do salto dado pela produção industrial gaúcha está na base de comparação negativa, já que em maio houve recuo de 26,3%, em um cenário em que muitas fábricas ficaram fechadas ou em baixo ritmo, por causa dos alagamentos.
Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), 63% das fábricas gaúchas tiveram paralisação parcial ou total no período das chuvas.
Com os dados de maio severamente prejudicados, a retomada da atividade em junho tem um efeito estatístico mais expressivo, além de já ter compensado as perdas do mês anterior. Esse resultado já era esperado, segundo avalia o analista da pesquisa Bernardo Almeida.
“Depois de um período de paralisação em decorrência das inundações provocadas pelas fortes chuvas no estado, houve retomada das atividades em diversas plantas industriais. Isso foi determinante para o resultado positivo da indústria gaúcha em junho, sendo a taxa positiva mais intensa da indústria local desde o início da série histórica”, explicou Almeida.
Entre os setores que contribuíram para esse comportamento positivo estão os de produtos químicos, derivados do petróleo, veículos automotores, máquinas e equipamentos e metalurgia.
Como o Rio Grande do Sul tem um peso de 6,8% no total da indústria brasileira, o crescimento de junho foi, além de o maior, o de maior influência para o desempenho nacional, que apresentou expansão de 4,1% ante maio.
Com os últimos resultados conhecidos, a indústria gaúcha está 2,7% acima do patamar pré-pandemia, comportamento semelhante ao da indústria nacional de 2,8%.
Apesar de a retomada de junho ter compensando a queda de maio, no acumulado do ano a produção industrial do Rio Grande do Sul apresenta recuo de 1% e de 2,3% no acumulado de 12 meses. Já a média nacional cresceu 2,6% no ano e 1,5% em 12 meses.
Estados
Na passagem de maio para julho, o Pará figura com a segunda maior alta, 9,7%. Os setores extrativo e de metalurgia foram os maiores responsáveis pelo resultado positivo do estado.
São Paulo, maior parque industrial do país, cresceu 1,3% no período, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul, em termos de influência positiva.
“Os setores de alimentos, derivados do petróleo, veículos automotores e farmacêuticos foram os que mais influenciaram o comportamento da indústria do estado”, destaca Bernardo Almeida.
Esse resultado deixa a indústria paulista 3,6% acima do patamar pré-pandemia.
No lado das quedas, a Região Nordeste caiu 6%, Bahia 5,4% e Pernambuco 5,2%, registraram as taxas mais expressivas.
O IBGE apura resultados regionais nas 17 unidades da federação com participação de, no mínimo, 0,5% no total da industrial nacional, e para o Nordeste como um todo.
Por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil
SÃO CARLOS/SP - O Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) e o Sindicato dos Empregados do Comércio de São Carlos e Região (Sincomerciários) autorizaram a abertura do horário estendido do comércio de São Carlos e Ibaté, até 22h, nesta sexta-feira (09), antevéspera do Dia dos Pais, que neste ano será comemorado em 11 de agosto.
No sábado (10), o comércio fica aberto até às 17h e no Feriado de 15 de Agosto (Nossa Senhora Aparecida da Babilônia) estará fechado.
Para 2024, as lojas de São Carlos e Ibaté também já estão autorizadas a funcionar nos feriados de 07 de setembro (sábado) - Independência do Brasil; 12 de outubro (sábado) – Feriado de Nossa Sra. Aparecida e Dia das Crianças e no feriado de 15 de novembro de 2024 (sexta-feira) – Proclamação da República, sempre das 9h às 13h.
O comércio das duas cidades ainda terá o horário estendido, até às 22h, para a Black Friday (29 de novembro).
BRASÍLIA/DF - Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,5 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de junho, de acordo com dados divulgados na quarta-feira (7) pelo Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,4 bilhões, de um total de R$ 15,9 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.
O SVR é um serviço do Banco Central no qual o cidadão pode consultar se ele próprio, sua empresa ou pessoa falecida tem dinheiro esquecido em algum banco, consórcio ou outra instituição e, caso tenha, saber como solicitar o valor. Para ter acesso a recursos de pessoas falecidas é preciso ser herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal.
As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de junho, 21.655.768 correntistas haviam resgatado valores, menos da metade do total de 66.362.955 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.
Entre os que já retiraram valores, 20.146.702 são pessoas físicas e 1.509.066 são pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.285.530 são pessoas físicas e 3.421.657 são pessoas jurídicas.
A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque têm direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,1% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,06% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 10,04% dos clientes. Só 1,8% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
Em junho, foram retirados R$ 268 milhões, uma redução em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 328 milhões.
O SVR engloba valores disponíveis em contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente; contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
Alertas
O Banco Central alerta os correntistas a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer esse tipo de pedido.
Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil
Este site utiliza cookies para proporcionar aos usuários uma melhor experiência de navegação.
Ao aceitar e continuar com a navegação, consideraremos que você concorda com esta utilização nos termos de nossa Política de Privacidade.