SÃO CARLOS/SP - O Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio) e o Sindicato dos Empregados do Comércio de São Carlos e Região (Sincomerciários) autorizaram a abertura do comércio de São Carlos e Ibaté, SP, no Feriado Nacional de 12 de Outubro (sábado), Nossa Senhora Aparecida e Dia das Crianças, das 9h às 13h. No sábado (05/10), as lojas abrem das 9h às 17h.
Além desse feriado, as lojas de São Carlos e Ibaté já estão autorizadas a funcionar no feriado de 15 de novembro de 2024 (sexta-feira), Proclamação da República, também das 9h às 13h.
O comércio das duas cidades ainda terá o horário estendido, até às 22h, para a Black Friday (29 de novembro).
CRESCIMENTO - Estimativas da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com divulgação do Sincomercio São Carlos, mostram que o faturamento dos segmentos varejistas mais impactados pelo Dia das Crianças deve chegar a R$ 46,6 bilhões em outubro, um incremento de R$ 1,48 bilhão (ou alta de 3,3%) em comparação ao mesmo período do ano passado. Na visão da Entidade, apesar de moderado, esse crescimento reflete um cenário econômico estável em que o consumo se mantém em alta.
Dentre os quatro segmentos mais impactados pela data no Estado de São Paulo, a previsão é que as atividades de farmácias e perfumarias liderem a alta nas vendas, com um aumento de 6,7% — que, em números absolutos, representa R$ 665,5 milhões a mais em comparação a outubro de 2023. Essa expansão sugere que a procura por cosméticos e perfumaria pode estar relacionada a presentes.
Outro destaque é o do grupo de vestuário, tecidos e calçados, que deve registrar alta de 3% nas vendas, gerando R$ 224,2 milhões a mais em relação a 2023. Em outras atividades — que inclui as lojas de brinquedos —, a expectativa é de elevação de 2,5%, um crescimento de R$ 529,2 milhões no faturamento. O segmento de eletrodomésticos, eletrônicos e linha branca deve apresentar um desempenho mais tímido (0,9%), resultando em R$ 61 milhões a mais nas vendas.
SÃO PAULO/SP - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na segunda-feira, 30 em encontro com empresários realizado no México, que sempre soube que em economia não tem mágica e não se dá "cavalo de pau".
"Eu sempre compreendi que em economia não tem mágica, você não inventa economia. Não dá um cavalo de pau como se estivesse num carro, numa autopista, num país do tamanho do México. E muito menos você dá um cavalo de pau numa economia do tamanho do Brasil", disse o presidente brasileiro.
Lula disse que teve sorte em seus dois primeiros mandatos e que está tendo sorte de novo. Dessa vez, não falou em tom de ironia. O petista costuma ironizar adversários que atribuem à sorte os resultados de seu governo. Ele também afirmou que é preciso ter "sensibilidade política" para conduzir as ações no Brasil e no México.
O evento tem a presença nomes importantes do PIB brasileiro, como Joesley e Wesley Batista, da JBS. Também participa o indicado por Lula para a presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo. Ele ainda não foi sabatinado pelo Senado, passo necessário para assumir o cargo. Lula se referiu a ele como "companheiro que logo será o presidente do Banco Central".
POR ESTADAO CONTEUDO
SÃO PAULO/SP - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (30) que até 600 sites de apostas online serão banidos do Brasil nos próximos dias por apresentarem irregularidades em relação à legislação aprovada pelo Congresso Nacional.
Em entrevista à rádio CBN, Haddad recomendou que os jogadores resgatem os recursos nesses sites, para evitar que o dinheiro seja perdido.
Haddad também anunciou que o governo adotará novas medidas e fiscalizará, de forma mais dura, regras que já estão em vigor – como o acompanhamento das apostas por CPF, a limitação das formas de pagamento e a regulamentação da publicidade das empresas (veja mais abaixo).
"A primeira providência vai ser banir do espaço brasileiro as 'bets' não regulamentadas. Tem cerca de 500, 600 sites de apostas que vão sair do ar nos próximos dias. Porque a Anatel vai bloquear no espaço brasileiro o acesso a esses sites. Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já. Porque você tem direito a ter o seu valor restituído. Às vezes, o valor fica bloqueado lá pra você apostar de novo", disse o ministro à CBN.
Segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Régis Dudena, a lista de bets ilegais a serem banidas deve ser divulgada nesta terça-feira (1º). As operadoras deverão derrubar os sites a partir do dia 11 – a ordem será oficializada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Na entrevista à CBN, Haddad também afirmou que a equipe econômica vai banir determinadas formas de pagamento para as apostas online, como os cartões de crédito e, também, o cartão do Bolsa Família.
Somente em agosto de 2024, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões com as bets.
"Nada disso vai poder ser utilizado para o pagamento de apostas. E vamos acompanhar CPF por CPF a evolução da aposta e dos prêmios, pois quem aposta muito e ganha pouco, em geral está com dependência psicológica do jogo. Quem aposta pouco e ganha muito, em geral é lavagem de dinheiro", afirmou o ministro da Fazenda.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão já instaurou um procedimento para verificar o impacto das apostas online nas pessoas em situação de vulnerabilidade social e econômica.
E, em outra frente, a pedido do diretor-geral Andrei Passos, a Polícia Federal abriu uma investigação preliminar para apurar a atuação de grupos internacionais suspeitos de lavar dinheiro no mercado de apostas esportivas.
O ministro Haddad também informou que o governo federal quer regulamentar a publicidade das apostas online, que, em sua visão, está "completamente fora de controle".
"Amanhã, tenho encontro com entidades ligadas ao setor de publicidade, autorregulação, e vamos tratar esse assunto. Como tem regulação de publicidade de fumo e bebida alcoólica, temos de ter o mesmo zelo", explicou ele.
Bets ilegais ainda nem começaram cadastro
Segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Régis Dudena, a legislação atual no país dá prazo até o fim deste ano para que as bets se adequem às novas regras.
Essas regras, de acordo com ele, já têm uma série de dispositivos para proibir o uso de cartão de crédito, proteger os apostadores e evitar crimes como a lavagem de dinheiro.
"Começamos a identificar a formação de dois grupos: um de empresas sérias, que quiseram atuar e vieram ao Ministério da Fazenda pedir autorização. E um segundo, que podemos chamar de oportunista. Que começa a explorar os apostadores de uma forma descontrolada; em muitos casos, praticar fraudes; e, no extremo, ser utilizado pelo crime organizado para, por exemplo, lavagem de dinheiro", disse Dudena em entrevista ao Fantástico.
Mesmo antes do fim do prazo, no entanto, o governo decidiu bloquear bets que, até agora, nem sequer começaram seus processos de regularização.
"Se o processo foi aberto em maio e, até hoje, a empresa sequer pediu autorização, não dá para eu reconhecer que ela está em período de adequação. Estamos restringindo e dizendo: apenas aquelas que pediram autorização poderão operar nesse período de transição", explicou.
Por Alexandro Martello, g1
BRASÍLIA/DF - Cerca de 511 mil contribuintes que entregaram a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física até setembro recebem nesta segunda-feira (30) o último dos cinco lotes de restituição de 2024. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores e inclui cerca de 86 mil contribuintes do Rio Grande do Sul.
A Receita Federal vai desembolsar R$ 1,03 bilhão a 511.025 contribuintes. O pagamento será feito ao longo do dia, na conta bancária ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda.
Cerca de 40% do valor, informou o Fisco, irá para contribuintes com preferência no reembolso. Em relação à lista de prioridades, a maior parte, 201.381 contribuintes, informaram a chave Pix do tipo Cadastro de Pessoa Física (CPF) na declaração do Imposto de Renda ou usaram a declaração pré-preenchida. Desde o ano passado, a informação da chave Pix dá prioridade no recebimento.
Em seguida, há 106.289 contribuintes que não informaram a chave Pix e não se encaixam em nenhuma das categorias de prioridades legais. Este é o terceiro lote a contemplar contribuintes não prioritários.
Em terceiro lugar, há 86.570 contribuintes residentes no Rio Grande do Sul. Em quarto, vêm 75.686 contribuintes com idade entre 60 e 79 anos. Em quinto lugar, estão 23.180 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. O restante dos contribuintes são 11.188 idosos acima de 80 anos e 6.731 com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave.
No caso do Rio Grande do Sul, os residentes no estado que regularizaram a declaração até setembro entraram na lista de prioridades. Por causa das enchentes em abril e maio, os contribuintes gaúchos foram incluídos na lista de prioridades.
A consulta poderá ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.
Caso não esteja na lista de restituição, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes residuais. Neste ano, a Receita incluiu 1,47 milhão de declarações na malha fina.
Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).
Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessar o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo "Solicitar restituição não resgatada na rede bancária".
Dados da FecomercioSP, com divulgação do Sincomercio São Carlos, mostram impacto da inflação no setor; passagens subiram quase 20% no mês, ajudando o desempenho do segmento de transporte aéreo
SÃO PAULO/SP - O faturamento do turismo nacional alcançou R$17,5 bilhões, marcando o melhor desempenho para o mês de julho desde 2019. Esse crescimento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano anterior é reflexo das férias escolares, que tradicionalmente aquecem o setor. Os dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), indicam que, no acumulado do ano, o faturamento chega a R$113,2 bilhões, com alta de 2,2%. Divulgação do Sindicato do Comércio Varejista de São Carlos e Região (Sincomercio).
O transporte aéreo de passageiros, segmento com maior peso no levantamento, registrou um faturamento de R$4,62 bilhões, o que representa um crescimento de 6,4% em relação a julho de 2023. Embora o número de passageiros tenha registrado um aumento modesto de 1%, o que totalizou 8,53 milhões de viajantes transportados no mês, a alta expressiva de 19,39% nos preços das passagens, de acordo com o IPCA do IBGE, contribuiu para alavancar o faturamento do setor aéreo. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a tarifa média real subiu de R$603, para R$633, em um ano, ou seja, 5%, refletindo a pressão inflacionária que afeta a demanda.
O segmento de locação de veículos obteve o maior crescimento, com um faturamento de R$2,35 bilhões e alta de 9,8%. Esse resultado também foi beneficiado pelo aumento expressivo nos preços: de 17,7% nas tarifas de locação que, somado à demanda durante as férias, resultaram em um aumento tanto na quantidade, quanto no volume financeiro.
As atividades culturais, recreativas e esportivas apresentaram crescimento de 5,7%, totalizando R$1,3 bilhões, impulsionadas por uma agenda rica em eventos durante as férias escolares. Já os setores de hospedagem e alimentação mostraram altas de 2,2% e 2,9%, respectivamente, com faturamentos de R$2,1 bilhões e R$2,7 bilhões. Embora essas variações sejam mais modestas, elas refletem a continuidade da recuperação do setor, que já havia visto um crescimento de 10,2% no ano anterior.
Entretanto, o panorama não é homogêneo. Os setores de transporte rodoviário de passageiros e agências de viagens enfrentaram dificuldades, com quedas de 1,7% e 0,7%, respectivamente. Isso ressalta que, apesar do aumento geral do faturamento, muitas empresas ainda lidam com altos custos operacionais, o que pode impactar sua rentabilidade. Nos balanços financeiros do segundo trimestre, diversas empresas do setor relataram prejuízos, indicando um cenário desafiador para a sustentabilidade financeira.
Por outro lado, o resultado de julho mostra a solidez do turismo brasileiro com o aumento da demanda, mesmo com os preços mais elevados ajudando no resultado. Os investimentos que estão sendo feitos na indústria hoteleira, com o aumento da malha aérea, nacional e internacional, e a renovação de frota das locadoras de veículos, cria um potencial de crescimento importante para o turismo nacional, possibilitando alcançar novos recordes, sem uma pressão sobre os preços, dado o aumento gradativo da oferta.
“As previsões para o turismo permanecem positivas, com a expectativa de um mercado corporativo mais forte a partir de agosto, acompanhando o desempenho do PIB, e investimentos contínuos em infraestrutura, como a expansão da malha aérea e a renovação de frotas de veículos”, explica Guilherme Dietze, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP.
Dados Regionais
O faturamento do turismo nos estados, sem a inclusão do transporte aéreo, somou R$12,9 bilhões, obtendo alta de 2,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. Sergipe e o Distrito Federal foram os estados com os maiores crescimentos, de 13,8% e 11,6%, respectivamente. São Paulo, responsável por 35% do faturamento nacional, atingiu R$4,54 bilhões, com um crescimento de 5,1%, beneficiado principalmente pelo transporte terrestre de passageiros.
Já no Rio Grande do Sul, houve redução de 5,5%. A queda acumulada no período de maio a julho é de 11,7%. Em termos absolutos, significa uma diminuição de R$254 milhões no faturamento.
Nota metodológica
O estudo se baseia nas informações da Pesquisa Anual de Serviços, mediante dados atualizados com as variações da Pesquisa Mensal de Serviços, ambas do IBGE. Os valores são corrigidos mensalmente pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e foram escolhidas as atividades que têm relação total ou parcial com o Turismo. Para as que têm relação parcial, foram utilizados dados de emprego ou de entidades específicas para realizar uma aproximação da participação do setor no total.
Em relação aos dados regionais, a base continua sendo a PAS, mas foi adotado um procedimento estatístico distinto, de uso da proporcionalidade nacional, para encontrar a receita das atividades nos Estados e, na sequência, uma estimativa setorial para se chegar na receita operacional líquida. Embora foram feitas estimativas segmentadas, a divulgação ficará restrita ao total, pois o objetivo é obter uma dimensão geral do setor e acompanhar o desempenho mensal. A correção monetária é feita pelo IPCA, e não pelo índice específico, tal como ocorre no volume de serviços no IBGE.
O total do faturamento das Unidades Federativas (UFs) não coincide com o total nacional do levantamento da FecomercioSP, por não contabilizar o setor aéreo. Pelo fato de não haver clareza sobre como o instituto trabalha o dado de transporte aéreo de passageiros, optou-se por não usar neste momento. Quando houver uma indicação mais clara, haverá, certamente, uma atualização.
Pesquisa do Instituto de Economia Maurílio Biagi, da Acirp, aponta que alcatra e café tiveram as maiores altas
SÃO PAULO/SP - A cesta de alimentos em Ribeirão Preto atingiu o valor de R$ 672,65 em setembro, registrando um aumento de 8,06% em relação ao mês anterior.
O levantamento, realizado pelo Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB), da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), aponta que o aumento foi impulsionado, principalmente, pelas queimadas e pela estiagem prolongada, que vêm afetando a produção de alimentos e elevando os custos de vários produtos essenciais.
“A escassez de chuvas, característica do outono e do inverno na região, impactou diretamente nas colheitas, encarecendo o preço dos alimentos. Além disso, as queimadas agravaram a situação, prejudicando a qualidade do solo e reduzindo a produtividade agrícola”, avalia Livia Piola, analista do IEMB-Acirp.
Maiores altas
A pesquisa foi realizada no dia 23 de setembro em dez supermercados/hipermercados e quatro panificadoras distribuídas entre todas as regiões do município.
Entre os itens mais impactados, a alcatra sofreu uma variação de 12%, impulsionada pelo aumento no custo da alimentação do gado, que foi afetado pela falta de pasto e a necessidade de maior quantidade de ração.
“A expectativa é de que o preço da carne continue subindo nos próximos meses devido à estiagem prolongada e à alta nos custos dos insumos para ração, como cana-de-açúcar e soja, que também foram afetados pelas condições climáticas adversas”, comenta Livia.
Outro destaque foi o café, que apresentou aumento de 19,64%. O clima seco desde abril tem afetado a produção do grão, que já vinha sofrendo desde 2023 com as altas temperaturas e os baixos níveis de umidade.
Impacto no orçamento
Para um trabalhador com salário líquido de R$ 1.305,82, já deduzidos os encargos da Previdência Social, o gasto com alimentos em setembro comprometeria 51,51% de sua renda, um aumento de 3,84 pontos percentuais em comparação ao mês anterior. Seria preciso trabalhar cerca de 113,33 horas ou 8,45 horas a mais do que em agosto, para adquirir a cesta de consumo alimentar.
As carnes representam a maior parte na composição do orçamento alimentar, correspondendo a 37,71% do total, seguidas por frutas e legumes (27,38%), farináceos (20,67%) e laticínios (7,15%). O restante é composto por leguminosas, cereais e óleos.
Variação por regiões da cidade
Quando analisados os preços por região, a zona Sul de Ribeirão Preto apresentou o maior custo da cesta de alimentos, chegando a R$ 716,38, com destaque para a variação da carne bovina, que subiu 14,84%.
Já a região Leste foi a mais barata, com uma cesta custando R$ 646,08, embora o aumento do café em pó, que chegou a 40,19% nesta região, tenha puxado o crescimento de 11,2% no valor total da cesta.
Segundo o levantamento do IEMB-Acirp, a previsão para os próximos meses é de que os preços dos alimentos continuem subindo, especialmente com a chegada da La Niña, cujos efeitos devem intensificar a seca no centro-sul do Brasil.
Metodologia
O levantamento da cesta básica em Ribeirão Preto avalia mensalmente 13 itens descritos no decreto nº 399/1938, que define as quantidades alimentares mínimas necessárias para atender às necessidades nutricionais de um indivíduo de idade adulta.
A cesta considerada pela Acirp inclui carne bovina (6 kg de alcatra), leite longa vida (7,5 litros), feijão carioca (4,5 kg), arroz branco tipo 1 (3 kg), farinha de trigo (1,5 kg), batata inglesa (6 kg), tomate italiano (9 kg), pão francês (6 kg), café em pó (0,6 kg), banana nanica (90 unidades), óleo de soja (0,8 litro), açúcar cristal (3 kg) e margarina (0,75 kg).
Os locais de compra são determinados com base na Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017-2018. O pão francês é o único item cotado também em padarias, uma vez que 60% dos ribeirão-pretanos preferem comprar este produto nestes estabelecimentos.
IEMB-Acirp
O Instituto de Economia Maurílio Biagi (IEMB) é um braço do Departamento de Relações Institucionais da Acirp, entidade que em 2024 completa 120 anos de atuação. O IEMB-Acirp foi criado em 1954 com objetivo de gerar dados socioeconômicos para orientação na gestão de empresas e da cidade.
BRASÍLIA/DF - Casas de apostas representadas pela Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) bloquearão a partir de 1º de outubro o uso do cartão de crédito para jogos de azar online e apostas esportivas.
A entidade afirmou nesta quarta-feira (25) que obteve consenso entre empresas de bet associadas para antecipar norma que seria implementada por portaria do Ministério da Fazenda a partir de janeiro de 2025. Um aceno após a repercussão da nota técnica do Banco Central sobre os gastos dos brasileiros com bets.
"Vamos recomendar a todos e encerrar qualquer operação com cartão", diz Plínio Jorge, presidente da ANJL. "Todos irão seguir a recomendação."
A porcentagem das apostas feitas com o cartão de crédito é incerta. A ANJL, que abarca grandes nomes do setor, como GaleraBet/PlayTech, Big Brazil, F12, PagBet, BetNacional, Mr. Jack, Parimatch, BetFast, Aposta Ganha e 1xBet, cita menos de 3% dos lances feitos por esse meio entre suas afiliadas. O efeito, portanto, seria limitado.
Porém a proibição do uso de cartões de crédito para o pagamento das apostas é demanda de varejistas e do setor bancário. Um dos temores é o de aumento da inadimplência, que pode ter consequências mais graves nessa modalidade de pagamento.
Pesquisa do Instituto Locomotiva divulgada no mês passado mostra que 86% dos apostadores brasileiros têm dívidas e 64% estão com o nome sujo.
O presidente em exercício Geraldo Alckmin (PSB), se reuniu na manhã de terça-feira (25) com representantes das pastas da Saúde, Justiça e Fazenda para discutir melhorias na regulação do setor de apostas online. Uma das discussões à mesa era justamente a antecipação da proibição do cartão de crédito.
Outras grandes empresas de bets, como Bet365, Betway, LeoVegas, KTO e Novibet estão sob o guarda-chuva do Instituto Brasileiro de Jogo Responsável (IBJR), que ainda não manifestou direcionamento oficial sobre o assunto.
Beneficiários do Bolsa Família que fazem apostas esportivas online gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix no mês de agosto, segundo uma análise técnica feita pelo Banco Central divulgada nesta quarta-feira (25). O montante destinado às empresas de apostas corresponde a 20% do valor total repassado pelo programa no mês.
No total, de acordo com o Banco Central, foram identificados R$ 21,1 bilhões em apostas em agosto via Pix (levando em conta todos os apostadores e bets que o Banco Central conseguiu identificar).
Os dados consideram apenas os recursos pagos pelos apostadores utilizando o sistema de pagamentos instantâneos do BC e não contabilizam desembolsos realizados por outros meios, como cartões de débito ou crédito. Isso significa que as cifras podem ser ainda mais elevadas.
O volume bruto de recursos destinados pela população às empresas do setor em 2024 supera projeções usadas pelo Ministério da Fazenda. Novas estimativas do valor bruto só com Pix já ultrapassam os R$ 200 bilhões, ante R$ 150 bilhões por ano calculados anteriormente.
Integrantes da pasta vinham ressaltando que não tinham levantamentos próprios para mensurar o potencial e salientavam que os dados ainda não eram acurados, visto que o mercado é em grande parte uma novidade para o país.
POR FOLHAPRESS
BRASÍLIA/DF - Parte dos recursos dos programas sociais está indo parar nas casas de apostas. Segundo nota técnica elaborada pelo Banco Central (BC), os beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets (empresas de apostas eletrônicas) via Pix em agosto.
O levantamento foi feito a pedido do senador Omar Aziz (PSD-AM), que pretende pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) que entre com ações judiciais para retirar do ar as páginas das casas de apostas na internet até que elas sejam regulamentadas pelo governo federal.
Segundo a análise técnica do BC, cerca de 5 milhões de beneficiários de um total aproximado de 20 milhões fizeram apostas via Pix. O gasto médio ficou em R$ 100. Dos 5 milhões de apostadores, 70% são chefes de família e enviaram, apenas em agosto, R$ 2 bilhões às bets (67% do total de R$ 3 bilhões).
O relatório inclui tanto as apostas em eventos esportivos como jogos em cassinos virtuais.
O volume apostado pelos beneficiários do Bolsa Família pode ser maior. Os dados do BC incluem apenas as apostas via Pix, não outros meios de pagamento como cartões de débito e de crédito e transferência eletrônica direta (TED). O levantamento, no entanto, só registrou os valores enviados às casas de apostas, não os eventuais prêmios recebidos.
O BC também estimou o valor mensal gasto via Pix pela população em apostas eletrônicas. O volume mensal de transferências para bets variou entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. Somente em agosto, o gasto somou R$ 20,8 bilhões, mais de dez vezes o R$ 1,9 bilhão arrecadado pelas loterias oficiais da Caixa Econômica Federal.
Em agosto, o Bolsa Família pagou R$ 14,12 bilhões a 20,76 milhões de beneficiários. O valor médio do benefício no mês ficou em R$ 681,09.
Declarações
Em evento organizado por um banco nesta manhã em São Paulo, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que as transferências via Pix para apostas triplicaram desde janeiro, crescendo 200%. Ele manifestou preocupação que o comprometimento da renda, principalmente de camadas mais pobres, com as bets prejudique a qualidade do crédito, por causa de um eventual aumento da inadimplência.
“A correlação entre pessoas que recebem Bolsa Família, pessoas de baixa renda, e o aumento das apostas tem sido bastante grande. A gente consegue mapear o que teve de Pix para essas plataformas e o crescimento de janeiro pra cá foi bastante grande. A gente pega o ticket médio e subiu mais de 200%. É uma coisa que chama atenção e a gente começa a ter a percepção de que vai ter um efeito na inadimplência na ponta”, comentou Campos Neto.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda anunciou a suspensão das bets que não tiverem pedido, até 30 de setembro, autorização para operar no país. Na ocasião, o ministro Fernando Haddad comentou que o país enfrenta uma pandemia de apostas on-line.
“[A regulamentação] tem a ver com a pandemia [de apostas eletrônicas] que está instalada no país e que nós temos que começar a enfrentar, que é essa questão da dependência psicológica dos jogos”, disse Haddad. “O objetivo da regulamentação é criar condições para que nós possamos dar amparo. Isso tem que ser tratado como entretenimento, e toda e qualquer forma de dependência tem que ser combatida pelo Estado.”
WELLTON MÁXIMO – REPÓRTER DA AGÊNCIA BRASIL
BRASÍLIA/DF - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 24, a homologação do reajuste tarifário anual de 21 permissionárias de distribuição de energia elétrica. O ajuste nas tarifas passa a valer a partir de 30 de setembro de 2024.
Os técnicos do órgão regulador consideram os custos de compra de energia, custo de transmissão, encargos setoriais, bem como custo de distribuição. Da lista, 11 terão aumento tarifário.
A homologação tarifária da Aneel, em um único processo, ocorre em função da data comum de aniversário contratual das empresas espalhadas pelo País.
O processo inclui a Cooperativa de Eletricidade Jacinto Machado (Cejama); Cooperativa Distribuidora de Energia Vale do Araçá (Ceraçá); Cooperativa de Eletrificação de Braço do Norte (Cerbranorte); Cooperativa de Prestação de Serviços Públicos de Distribuição de Energia Elétrica Senador Esteves Júnior (Cerej); Cooperativa de Eletrificação Rural Anita Garibaldi (Cergal); e Cooperativa de Eletricidade de Gravatal (Cergral).
Também estão na lista: Cooperativa de Eletrificação de Paulo Lopes (Cerpalo); Cooperativa de Eletrificação Sul Catarinense (Cersul); Cooperativa Pioneira de Eletrificação (Coopera); Cooperativa de Eletrificação Lauro Müller (Coopermila); Cooperativa Regional Sul de Eletrificação Rural (Coorsel); Cooperativa de Eletrificação e Distribuição da Região de Itariri (Cedri); e Cooperativa Fumacense de Eletricidade (Cermoful).
Por fim, a aprovação da Aneel também engloba: Cooperativa Energética Cocal (Coopercocal); Cooperativa de Eletricidade de Grão Pará (Cergapa); Cooperativa de Energia Treviso (Certrel); Cooperativa de Energização e de Desenvolvimento do Vale do Mogi (Cervam); Cooperativa de Eletricidade de São Ludgero (Cegero); Cooperativa de Distribuição de Energia Elétrica Salto Donner (Cersad); Cooperativa de Distribuição de Energia Elétrica de Santa Maria (Codesam); e Cooperativa de Distribuição de Energia Elétrica (Cooperzem).
POR ESTADAO CONTEUDO
CHINA - As autoridades financeiras da China lançaram medidas excepcionalmente amplas destinadas a injetar ímpeto na segunda maior economia do mundo, anunciando nesta terça-feira, 24, o pacote de estímulo mais significativo desde que a pandemia atingiu o país há quase cinco anos.
Essas medidas, que incluem o corte das taxas de juros e o apoio aos mercados imobiliários e acionários, surgem em meio a sinais de que a economia chinesa não atingirá a meta de crescimento do governo de 5% este ano.
A decisão do Banco Popular da China (PBOC) de reduzir sua taxa de juros de referência ocorre menos de uma semana depois que o Federal Reserve dos EUA reduziu as taxas de juros em meio ponto.
A decisão mostrou que o banco central da China havia mudado de uma postura de “aguentar até o Fed piscar”, disse Larry Hu, do Macquarie Group, para uma postura de “combater a deflação agora”.
Enquanto grande parte do mundo está lutando contra a inflação, as autoridades chinesas têm lutado para impulsionar a demanda e conter a queda dos preços em meio a um clima de tristeza generalizada sobre as perspectivas econômicas.
“Os anúncios de políticas de hoje são mais positivos do que o esperado, embora isso, por si só, ainda possa não ser suficiente para acabar com a mais longa série de deflação desde 1999?, escreveu Hu em uma nota de pesquisa. “Mas pode ser o começo do fim, pois sinaliza a crescente urgência entre os principais líderes para combater a deflação na China.”
Dados recentes revelaram que a economia chinesa está se desacelerando mais rapidamente do que o esperado: o crescimento da produção industrial e das vendas no varejo diminuiu, enquanto o mercado de ações e o investimento em imóveis despencaram. O desemprego aumentou e a deflação continua sendo um problema urgente.
A capacidade da China de atingir a meta de crescimento deste ano, de cerca de 5%, está agora em dúvida. O Goldman Sachs e o Citigroup reduziram suas projeções para o crescimento econômico chinês este ano para 4,7%, enquanto o Morgan Stanley espera apenas 4,6%.
As medidas de estímulo coordenadas anunciadas nesta terça-feira marcaram um distanciamento da “abordagem anterior das autoridades financeiras de alimentar medidas de apoio fragmentadas”, escreveram Julian Evans-Pritchard e Zichun Huang, da consultoria Capital Economics, em uma nota. Foi “o pacote de estímulo mais significativo desde os primeiros dias da pandemia”.
Mas, por si só, pode não ser suficiente. “Provavelmente será insuficiente para impulsionar uma reviravolta no crescimento, a menos que seja acompanhado de um maior apoio fiscal”, escreveram.
Ainda assim, os mercados reagiram favoravelmente às notícias. O índice de referência do mercado de ações CSI 300 da China e o índice Hang Seng de Hong Kong subiram quase 4% com a notícia, atingindo um nível não visto desde o início de 2022, enquanto o yuan chinês atingiu a maior alta em 16 meses em relação ao dólar americano.
Pan Gongsheng, do Banco Popular da China, disse que as novas medidas de estímulo foram projetadas para “apoiar o crescimento estável da economia chinesa”.
“Um fator importante a ser considerado é que precisamos promover uma recuperação moderada dos preços”, disse ele em uma rara entrevista à imprensa em Pequim, onde se sentou ao lado dos chefes da Administração Nacional de Regulamentação Financeira e da Comissão de Regulamentação de Valores Mobiliários da China.
O PBOC reduziu sua taxa de juros de referência de 1,7% para 1,5%, tornando mais barato para as famílias e empresas tomarem dinheiro emprestado.
Para incentivar ainda mais os empréstimos, o PBOC disse que reduziria em meio ponto percentual o montante de dinheiro que os bancos comerciais deveriam manter em reserva, o que poderia liberar US$ 142 bilhões em novos empréstimos. Ele sinalizou que poderia reduzir o “índice de exigência de reserva” pelo mesmo valor novamente até o final do ano.
Entre as medidas destinadas a reenergizar o mercado imobiliário, que até recentemente era responsável por quase um quarto da economia e tem sido um dos principais impulsionadores da riqueza da classe média, o PBOC disse que as taxas das hipotecas existentes serão reduzidas em cerca de meio ponto.
Estima-se que isso economizará US$ 21 bilhões em custos de juros por ano para as famílias e poderá liberar os gastos necessários para impulsionar a economia, escreveram os analistas da empresa de pesquisa Gavekal Dragonomics em uma nota.
O banco central também informou que a entrada mínima exigida para compradores de imóveis pela segunda vez será reduzida de 25% para 15%, em um esforço para estimular o mercado imobiliário.
Os preços das casas novas na China caíram no ritmo mais rápido em nove anos em julho, registrando uma queda de 4,9% em relação ao ano anterior, e uma pesquisa da Reuters com economistas prevê que os preços das casas chinesas cairão 8,5% este ano.
Christian Shepherd e Anna Fifield / ESTADÃO
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