LONDRES - A economia britânica contraiu no terceiro trimestre mais do que o calculado antes, deixando-a em último lugar entre o Grupo das Sete principais nações avançadas, antes do que ser um 2023 fraco.
Dados mostraram nesta quinta-feira que a produção econômica caiu 0,3% na comparação com o trimestre anterior, em comparação com uma estimativa anterior de queda de 0,2%, disse a Agência de Estatísticas Nacionais.
A agência disse que os dados colocaram o Reino Unido no último lugar entre o G7 em termos de crescimento trimestral, embora as leituras tenham sido pressionadas para baixo pelo feriado bancário para o funeral da rainha Elizabeth.
O investimento empresarial caiu 2,5% em termos trimestrais, em comparação com uma primeira estimativa anterior de queda de 0,5%.
"Olhando para o futuro, o Reino Unido provavelmente continuará a ter um desempenho mais fraco. Prevemos que o Reino Unido sofra a recessão mais profunda entre as principais economias avançadas em 2023, devido à severidade dos obstáculos causados tanto pela política monetária quanto pela fiscal", disse a economista Gabriella Dickens, da Macroeconomia Pantheon.
A agência disse que a produção econômica britânica no terceiro trimestre estava 0,8% abaixo do nível do final de 2019, em comparação com uma estimativa anterior de 0,4% abaixo e em contraste com outros países do G7 que se recuperaram.
Enquanto o setor de serviços expandiu 0,1% no trimestre, quedas na indústria e construção arrastaram o número para baixo
A grande maioria dos economistas entrevistados pela Reuters prevê que a economia vai contrair novamente no trimestre atual, normalmente considerado como recessão.
Por Andy Bruce / REUTERS
BRASÍLIA/DF - Sistema de transferências instantâneas do Banco Central (BC), o Pix bateu novo recorde na terça-feira (20). Pela primeira vez, a modalidade superou a marca de 100 milhões de transações em 24 horas.
Somente ontem, foram feitas 104,1 milhões de transferências via Pix para usuários finais. O volume coincidiu com a data limite para o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário.
A alta demanda não comprometeu o funcionamento do Pix. Segundo o BC, os sistemas funcionaram com estabilidade ao longo de todo o dia.
O recorde anterior tinha sido registrado em 30 de novembro, com 99,4 milhões de transações em apenas um dia. Naquela data, tinha acabado o prazo de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro.
Criado em novembro de 2020, o Pix acumula 143,3 milhões de usuários, dos quais 131,6 milhões são pessoas físicas e 11,7 milhões, pessoas jurídicas. Em setembro deste ano, o sistema superou a marca de R$ 1 trilhão movimentados por mês.
Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
BRASÍLIA/DF - A Caixa Econômica Federal paga hoje (21) a parcela de dezembro do Auxílio Brasil aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 8. É a quinta parcela com o valor mínimo de R$ 600, que vigorará até este mês, conforme emenda constitucional promulgada em julho pelo Congresso Nacional.
A menos que uma nova proposta de emenda à Constituição (PEC) seja aprovada, o valor mínimo do Auxílio Brasil voltará a R$ 400 em janeiro. No último dia 7, o Senado aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que prevê recursos de R$ 145 bilhões no teto federal de gastos pelos próximos dois anos, que permitiria a manutenção do valor em R$ 600 e o pagamento de R$ 150 extras a famílias com crianças de até 6 anos. O programa deve voltar a se chamar Bolsa Família.
No último domingo (18) à noite, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liminar que exclui o Bolsa Família do teto de gastos e, na prática, garante a manutenção do valor mínimo de R$ 600. Apesar da garantia, o governo eleito pretende prosseguir com a votação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados.
A emenda constitucional aprovada em julho liberou a inclusão de 2,2 milhões de famílias no Auxílio Brasil. Com isso, o total de beneficiários subiu para 20,2 milhões neste semestre. Tradicionalmente, as datas do Auxílio Brasil seguem o modelo do Bolsa Família, que pagava nos dez últimos dias úteis do mês.
O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas em dois aplicativos: Auxílio Brasil, desenvolvido para o programa social, e Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.
O Auxílio Gás também é pago hoje às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 8. Com valor de R$ 112 neste mês, o benefício segue o calendário do Auxílio Brasil.
Com duração prevista de cinco anos, o programa beneficiará 5,5 milhões de famílias até o fim de 2026. O benefício, que equivalia a 50% do preço médio do botijão de 13 quilos nos últimos seis meses, foi retomado em agosto com o valor de 100% do preço médio, o que equivale a R$ 112 em outubro. Esse aumento vigorará até este mês conforme emenda constitucional promulgada pelo Congresso, a menos que a PEC da Transição seja aprovada.
Pago a cada dois meses, o Auxílio Gás originalmente tinha orçamento de R$ 1,9 bilhão para este ano, mas a verba subiu para R$ 2,95 bilhões após a promulgação da emenda constitucional.
Só pode fazer parte do programa quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.
O Auxílio Brasil tem três benefícios básicos e seis suplementares, que podem ser adicionados caso o beneficiário consiga emprego ou tenha filho que se destaque em competições esportivas, científicas ou acadêmicas.
Podem receber os benefícios extras as famílias com renda per capita de até R$ 100, consideradas em situação de extrema pobreza, e de até R$ 200, em condição de pobreza.
EL SALVADOR - O parlamento de El Salvador aprovou terça-feira uma reforma da lei das pensões que aumentará os subsídios de pensão em 30%, eliminará o levantamento de adiantamentos de saldo e permitirá ao governo acesso ilimitado aos fundos de pensão.
Com 67 votos a favor, dois contra e doze abstenções, a Assembleia Legislativa salvadorenha aprovou um aumento das pensões contributivas, deixando de fora da reforma os idosos que não contribuíram para o sistema, informou o 'La Prensa Gráfica'.
O aumento exclui também as pensões por morte de um membro da família e as pensões por invalidez. Além disso, os trabalhadores que retiraram o adiantamento das suas poupanças não serão elegíveis para o aumento, e o cálculo será baseado no montante retirado da sua conta e no montante total poupado.
Por outro lado, a lei aumentará a contribuição laboral para o Sistema de Poupança de Pensões (SAP) em um ponto percentual, aumentando-a de 15 para 16 por cento do salário como contribuição para as poupanças de cada trabalhador.
Assim, a pensão mínima em El Salvador - que corresponde às não incluídas nesta reforma - será de 304,17 dólares americanos (286,48 euros), um valor muito inferior aos 400 dólares (376 euros) prometidos pelo governo salvadorenho, de acordo com o diário salvadorenho El Mundo.
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
BRASÍLIA/DF - A segunda parcela do 13º salário deve ser paga aos trabalhadores com carteira assinada até esta terça-feira (20), inclusive aos profissionais que já receberam a primeira parcela com as férias. A primeira parcela foi paga até o dia 30 de novembro.
Sobre essa segunda parcela incidem os descontos de INSS e IR.
O valor médio recebido pelos trabalhadores após o pagamento das duas parcelas é de R$ 2.672, segundo estimativas apresentadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
De acordo com as previsões, o pagamento da remuneração extra vai injetar R$ 249,8 bilhões na economia nacional. O montante representa, aproximadamente, 2,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.
Ao todo, 85,5 milhões estão aptos a receber o 13º salário neste ano, incluindo os aposentados e pensionistas.
Saiba quem tem direito a este benefício e como calcular quanto vai receber.
1) Quem tem direito?
• Trabalhadores com carteira assinada;
• Trabalhadores rurais;
• Empregados domésticos;
• Funcionários públicos; e
• Aposentados e pensionistas.
2) Quem não tem direito ao 13º salário?
Trabalhadores que não têm carteira assinada, como autônomos ou empresários.
3) Como é calculado?
Cada mês trabalhado (ou mais de 15 dias num mês) dá direito a 1/12 da remuneração. A remuneração inclui todos os valores recebidos pelo empregado, como horas extras e adicional noturno, e não apenas o salário.
Quem entrou na empresa em março, por exemplo, receberá 10/12 do valor. Se entrou no dia 14 de dezembro, recebe 1/12. Mas, se trabalhou menos de 15 dias apenas em dezembro, não recebe nada.
O valor é calculado pela divisão da remuneração por 12 e multiplicação desse resultado pelo número de meses trabalhados.
Exemplo: remuneração de R$ 1.500 dividida por 12 = R$ 125.
Se trabalhou o ano inteiro, recebe R$ 1.500 (12 x R$ 125).
Se trabalhou dez meses, recebe R$ 1.250 (10 x R$ 125).
Se trabalhou um mês (ou mais de 15 dias num mês), recebe R$ 125 (1 x R$ 125).
4) Como é calculado o 13º salário de quem não tem salário fixo, que recebe gorjetas, comissões, adicional noturno e horas extras?
O 13º salário não é calculado em cima do salário, mas da remuneração, e tudo isso constitui remuneração.
Nesse caso, o 13º é calculado pela média da remuneração dos últimos 12 meses.
5) Se o empregado for demitido por justa causa, ele terá direito ao 13º salário?
Não. Se o empregado for mandado embora por justa causa, terá direito apenas ao saldo salarial e férias vencidas.
Já os empregados que forem demitidos sem justa causa ou pedirem demissão terão direito ao recebimento do 13º proporcional.
6) Trabalhador temporário tem direito?
Quem tem vínculo empregatício sob contrato de experiência ou trabalho temporário tem direito, mas só se trabalhar por mais de 15 dias.
7) As mulheres que estiverem em licença-maternidade recebem?
Sim. E o tempo que estiverem em licença-maternidade será contabilizado como mês trabalhado para o recebimento do próximo 13º e férias também.
8) Quem presta serviço como diarista tem direito?
Não, pois as diaristas são trabalhadoras autônomas. Mas os empregados domésticos têm, pois são trabalhadores com carteira assinada.
9) Estagiário tem direito?
Não, pois a lei do estágio não dá a esse profissional os mesmos direitos dos trabalhadores contratados pelo regime da CLT.
10) Aposentado que trabalha pode receber dois décimos terceiros?
Sim, recebe um do INSS e o outro do empregador.
11) E se o empregador não pagar o 13º salário no tempo certo ou pagar com atraso?
O trabalhador poderá fazer uma denúncia ao sindicato da categoria, ao Ministério do Trabalho ou, se todos os empregados da empresa não receberam, poderá ser feita uma denúncia coletiva ao Ministério Público do Trabalho (o Ministério Público do Trabalho não recebe denúncias individuais, apenas coletivas).
Para receber o dinheiro, o trabalhador precisará entrar com uma ação na Justiça.
Sophia Camargo, do R7
GANA - O governo ganês anunciou na segunda-feira a suspensão de parte dos pagamentos da sua dívida externa, no contexto da crise económica no país africano.
"Anunciamos a suspensão de todos os pagamentos do serviço da dívida sob certas categorias da nossa dívida externa, enquanto se aguarda uma reestruturação ordenada das obrigações afetadas", lê-se numa declaração do Ministério das Finanças.
O ministério especificou que a suspensão inclui pagamentos sobre Eurobonds, empréstimos a prazo comerciais, e grande parte da dívida multilateral. Contudo, não incluirá pagamentos sobre dívidas multilaterais ou novas dívidas contraídas após 19 de Dezembro de 2022 ou dívidas a curto prazo.
"Estamos também a avaliar certas dívidas específicas relacionadas com projetos com maior impacto socioeconómico para o Gana que possam ter de ser excluídas", continua a carta.
Além disso, o ministério indicou que o governo está disposto a envolver-se em discussões "com todos os seus credores externos para tornar a dívida" do país "sustentável através de um exercício de reestruturação da dívida justo, transparente e abrangente, em linha com as melhores práticas internacionais".
Fonte: (EUROPA PRESS)
por Pedro Santos / NEWS 360
Apesar da constância, segmento registra queda de 40% do saldo positivo, na comparação anual, aponta FecomercioSP
SÃO PAULO/SP - O comércio no Estado de São Paulo foi responsável pela geração de 78 mil novos postos de trabalho em dez meses. Dentre as divisões do setor, o varejo lidera, com 35.962 vagas celetistas – 893.574 admissões contra 857.612 desligamentos, entre janeiro e outubro de 2022. Atualmente, são 2,807 milhões de vínculos empregatícios ativos no setor.
Os dados são da Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), índice da Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A despeito da constância no ritmo de geração de vagas neste ano, na comparação entre janeiro e outubro de 2022 e 2021, notam-se quedas no crescimento do mercado de trabalho de comércio e serviços de 40% e 8%, respectivamente.
Para o último trimestre de 2022, por enquanto, a FecomercioSP espera que o varejo paulista novamente circunde a geração de 45 mil postos de trabalho com carteira assinada. O setor deve alcançar, portanto, um patamar próximo ao registrado no quarto trimestre de 2021, quando a divisão criou 47,5 mil empregos no Estado.
Cenário
Segundo a Entidade, o desempenho menos dinâmico em 2022 era esperado, principalmente no comércio, uma vez que há comparação com a base forte de 2021, marcada pela retomada econômica pós-pandemia. Além disso, a conjuntura de consumo das famílias foi desafiadora graças à inflação elevada, ao crédito mais caro e aos níveis mais preocupantes de endividamento e inadimplência.
Outubro
Em outubro, o comércio paulista viu o seu mercado crescer pelo sétimo mês consecutivo. Foram 14.192 empregos celetistas a mais, saldo entre 123.901 admissões e 109.709 desligamentos. O resultado positivo é 8,8% maior em relação ao resultado de setembro. Comparando-se a outubro de 2021, o saldo é 26,2% menor.
Fonte: Caged
Elaboração: FecomercioSP
Dentre as três divisões que formam o segmento, o varejo gerou 10.126 vagas, ao passo que o atacado foi responsável pela geração de 3.084 postos formais de emprego. Já a divisão de comércio e reparação de veículos automotores foi responsável por 982 empregos.
Serviços
Entre janeiro e outubro de 2022, o setor de serviços no Estado de São Paulo registrou a criação de 367.685 novos empregos, índice aquecido pelos grupos de serviços educacionais (55.876 empregos), serviços de alojamento e alimentação (49.430 vagas) e administrativos e complementares (47.919 postos).
Dentre os segmentos de cada uma das divisões, chama a atenção o desempenho das educações infantil e fundamental, com saldo positivo de 35.372 empregos. Bares e restaurantes contabilizaram 32.789 novos postos laborais, enquanto nos serviços para edifício e atividades paisagísticas, foram 13.743 vagas.
Assim como observado no comércio, o saldo de movimentação da mão de obra nos serviços paulista, no mês de outubro, foi maior do que o registrado em setembro, mas menor na comparação com o décimo mês de 2021.
Fonte: Caged
Elaboração: FecomercioSP
Capital
Na capital paulista, o comércio gerou 4.332 empregos celetistas em outubro, resultado de 35.665 admissões e 31.333 desligamentos. É o nono avanço mensal consecutivo. Dentre as três divisões comerciais, o varejo liderou (2.988 vagas positivas), puxado pelos hipermercados e supermercados (911 empregos).
No ano, são quase 27 mil novos empregos com carteira assinada geradas no comércio paulistano. Novamente, destaque para a divisão varejista, com 13.158 novas vagas – número impulsionado pelo segmento varejista de padarias, laticínios, doces, balas e semelhantes (2.291 vagas).
Já o setor de serviços gerou quase 18 mil vagas em outubro, na cidade de São Paulo. Mais uma vez, serviços administrativos e complementares encabeçaram as contratações com carteira assinada (10.357 vagas).
Em dez meses, o setor aumentou a empregabilidade em 139.193 postos de trabalho. Em 13 das 14 divisões do setor houve saldo positivo de vagas.
SÃO PAULO/SP - O último concurso regular da Mega-Sena foi sorteado neste sábado (17) em São Paulo e ninguém acertou as seis dezenas. O prêmio que era de R$ 4.507.373,51 milhões agora fará parte da bolada que será sorteada na Mega da Virada em 31 de dezembro.
O concurso especial e que não acumula promete pagar R$ 450 milhões pouco antes da virada do ano.
107 apostas chegaram bem perto e acertaram cinco dezenas. Para cada uma delas a Caixa vai pagar R$ 22.867,86. Os 5.232 acertadores de quatro dezenas vão receber R$ 668,10 cada.
Agora é a Mega da Virada
A partir de agora toda aposta feita na Mega-Sena será para a Mega da Virada, que promete pagar o maior prêmio da história. O concurso 2.550 da Mega Sena tem prêmio estimado em R$ 450 milhões e vai ser sorteado em 31 de dezembro.
Já não é mais necessário fazer apostas para a Mega da Virada em volantes específicos. Quem quiser tentar a sorte pode fazer os jogos nas casas lotéricas, além de poder jogar por meio do aplicativo Loterias Caixa, disponível para os sistemas iOS e Android, ou no site Loterias Caixa.
Por Daniel Cristóvão, Valor Investe
Vendas em 2022 podem alcançar mais de R$ 1,1 trilhão, aponta FecomercioSP
SÃO PAULO/SP - Impulsionado pelas lojas de vestuário, tecidos e calçados – que, até setembro, apontaram aumento nas vendas em 22% –, o comércio varejista no Estado de São Paulo deve conquistar o seu melhor ano, desde 2008, quando se deu início à série histórica da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A projeção é que a comercialização cresça 9%, em 12 meses, na comparação com 2021, superando o movimento do período em R$ 88,6 bilhões.
A expectativa aponta para um faturamento anual de vendas reais de mais de R$ 1,1 trilhão. Frente ao cenário otimista, destaque para o primeiro semestre de 2022. Com desempenho 37% acima da média histórica para o primeiro semestre, o faturamento acumulado até junho somou mais de meio trilhão de reais – R$ 53 bilhões (ou 11%) a mais que o valor registrado em igual momento no ano passado.
Segundo estudo da FecomercioSP, é nítida a reação dos setores que mais sentiram as contingências impostas para o controle da pandemia, em 2020. Entre janeiro e junho de 2022, com exceção das concessionárias de veículos e das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, todas as atividades analisadas demonstraram recorde histórico nas vendas.
Destaque positivo para as lojas de vestuário, que, durante as restrições impostas pelo avanço da covid-19, sofreram a maior retração da histórica (-31%). Em 2021, retomaram o crescimento, e, neste ano, o segmento tende a mostrar nova expansão, em virtude da demanda reprimida por roupas e calçados – após quase um ano de consumo essencialmente voltado a bens essenciais.
Faturamento recorde
Entre janeiro e setembro de 2022, o faturamento do comércio varejista bateu novo recorde histórico, ao atingir R$ 812 bilhões – quase R$ 70 bilhões acima de igual período do ano passado.
O bom desempenho pode ser justificado pelo melhor rendimento das famílias, graças à redução do desemprego e ao maior saldo de contratações formais, assim como pela normalização do cenário da pandemia, com reabertura das lojas e livre circulação de pessoas.
Além disso, o aumento de crédito foi importante para dar sustentação aos impactos causados pela inflação: 24% acima do registrado no primeiro semestre de 2021. Entre janeiro e setembro, o sistema financeiro injetou R$ 2,3 bilhões mediante novas concessões de empréstimos, 22% a mais que em 2021.
Incertezas para 2023
Segundo a FecomercioSP, 2023 deve ser um ano de incertezas quanto aos princípios a serem adotados na condução da política econômica. Além disso, o desempenho de 2022 torna mais árdua a tarefa de superar este patamar.
Consequentemente, para viabilizar o resultado positivo – com taxas setoriais mais modestas do que as registradas em 2022 –, será essencial que os fundamentos econômicos (como juros, câmbio e equilíbrio fiscal) se mantenham estáveis, sustentando a confiança dos agentes econômicos.
Caso isso ocorra, será possível alcançar novo crescimento do varejo paulista de até 2%, o que poderia ser considerado um excelente resultado, dada a excepcional performance registrada neste ano.
Para FecomercioSP, vendas do setor podem alcançar o patamar de R$ 66,7 bilhões no Estado de São Paulo
SÃO PAULO/SP - O comércio eletrônico paulista deve fechar o ano de 2022 com alta de 26% e alcançar o patamar de R$ 66,7 bilhões. O montante representa R$ 13,7 bilhões a mais que o registrado no ano passado (R$ 53 bilhões). A projeção é da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) elaborada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Ebit/Nielsen.
A participação do e-commerce nas vendas do varejo físico (lojas que comercializam das duas formas) deve alcançar 6%. Este bom desempenho ao longo do ano reforça as expectativas da FecomercioSP para o movimento cada vez mais consolidado nas vendas online, principalmente quando há integração entre os canais físico e digital.
Entre janeiro e setembro deste ano, as vendas do comércio eletrônico no Estado de São Paulo registraram alta de 21% em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando o montante de R$ 15 bilhões.
Assim como no comércio físico, o bom resultado nas vendas online é influenciado pela queda no desemprego e pelo saldo maior de trabalhadores com carteira assinada, além da normalização do cenário de pandemia. O restabelecimento da confiança do consumidor e o crescimento da oferta de crédito também contribuíram para os números.
Tíquete médio menor
Apesar da alta nas vendas online, no terceiro trimestre de 2022, o tíquete médio registrou queda de 16% na comparação com igual período do ano anterior (R$ 362). Cenário que pode ser justificado pelo aumento de compras de não duráveis como alimentos, bebidas, itens de higiene pessoal e produtos de baixo custo e alto giro.
A pesquisa aponta crescimento de 126% no número de pedidos destes produtos. O faturamento real dos não duráveis registrou alta de 24% no terceiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2021.
Black Friday e Natal impulsionam comércio eletrônico
De acordo com a pesquisa da FecomercioSP, ao considerar um cenário sem turbulências econômicas e políticas até o fim de 2022, a expectativa é de que o quarto trimestre registre alta de 33% em relação ao mesmo período do ano passado, registrando montante de R$ 18,4 bilhões.
Desempenho impulsionado pela Black Friday e pelo Natal. Além disso, a injeção do décimo terceiro salário em montante superior ao dos anos anteriores, em razão do aumento dos empregados formais com direito ao benefício, pode contribuir para o resultado positivo das vendas.
A expectativa para o próximo ano, ao considerar o cenário de incertezas e a forte base de comparação, é que e-commerce no Estado de São Paulo registre crescimento de 6% em comparação a 2022. O faturamento deve ser de R$ 70,5 bilhões.
Tendências de negócios
A transformação digital dos negócios é um caminho sem volta. Contudo, em 2023, a integração entre os canais de vendas físicos e digitais devem fazer cada vez mais parte do ambiente de negócios.
Se o negócio não adaptar as suas operações, pode perder espaço para o concorrente. Apesar de algumas inovações ainda parecerem distantes da realidade do empreendedor (soluções de inteligência artificial, realidade virtual e aumentada, metaverso, entre outras), é importante estudar o mercado e implementá-las gradativamente.
Além disso, um atendimento mais decisivo na hora de fechar uma compra, especialmente pela maneira como o consumidor é conduzido dentro da plataforma digital, é sempre válido. Por fim, estudar o mercado consumidor, o concorrente e os fornecedores é fundamental para o sucesso.
A regra não é manter um estoque elevado para garantir o produto para o consumidor, mas dispor de opções de fornecedores que possam garantir a entrega em um eventual aumento da demanda. Para 2023, é importante contemplar, no planejamento, as despesas e as projeções de receitas.
Nota metodológica
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir de informações fornecidas pela Ebit|Nielsen. Além de dados de faturamento real, número de pedidos e tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões, que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0. Em 2018, a PCCE passou a trazer também informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, blu-ray, brinquedos, casa e decoração, CDs, colecionáveis, construção e ferramentas, discos de vinil, DVDs, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia e celulares. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, petshop, saúde, serviços, sexshop e tabacaria.
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